No aniversário de Riacho das Almas, Paulo Câmara inaugura sistema de inversão do sistema adutor de Jucazinho

água

O aniversário de 64 anos de Emancipação Política de Riacho das Almas foi comemorado com a presença do governador Paulo Câmara e sua comitiva, que estiveram no município no início da tarde da sexta-feira (29). Na ocasião, o chefe do Executivo estadual cumpriu duas agendas. A primeira foi a inauguração das obras de requalificação da PE-95 no trecho do entroncamento da PE-121 até a BR-104 em Caruaru. A segunda e mais importante foi o anúncio da retomada do abastecimento regular nas torneiras de Riacho das Almas por meio de uma manobra de inversão feita no sistema adutor de Jucazinho.

Com um investimento de R$ 2,6 milhões, as obras possibilitarão que o município saia do colapso total de abastecimento e volte a receber água nas torneiras de forma regular. De acordo com o diretor regional da Compesa Marconi de Azevedo, o sistema de bombeamento já foi ligado e está em fase de testes: “Como a tubulação está sem receber água há mais de dois anos, há muitos pontos com vazamentos. Nós vamos consertar tudo e a partir daí o fornecimento de água começará a ser feito de forma regular em sistema de rodízio, sendo cinco dias com água e 25 sem”, explicou. A água será distribuída prioritariamente na zona urbana, mas assim que o abastecimento for consolidado, a água será fornecida também em todas as comunidades rurais onde houver rede da Compesa.

Para o governador Paulo Câmara, o chegada da água é uma conquista para o município: “A situação de Riacho era muito difícil, então a Compesa apresentou o projeto de fazer a reversão. Essa obra foi feita em tempo recorde e tá entregue à população. Nada melhor do que água nas torneiras para representar essa mudança de qualidade de vida que queremos dar aos pernambucanos”, discursou.

No aniversário do município, o Prefeito Mário Mota também comemorou: “Estamos comemorando 64 anos de Emancipação Política e muitas pessoas fizeram parte dessa história. No entanto, hoje tem um pernambucano aqui que traz a independência pra Riacho, porque a independência é a água nas torneiras. Daqui a três ou quatro anos não saberemos se a água distribuída em Riacho vem de Jucazinho, de Cerro Azul, do Prata ou da Transposição do Rio São Francisco, porque vamos fazer parte do Sistema Integrado de Abastecimento do Agreste Central de Pernambuco”, disse.

Participaram da solenidade os deputados estaduais Laura Gomes, Tony Gel e André de Paula; os secretários Estaduais Nilton Mota (Casa Civil), Fred Amâncio (Educação), Ruy Bezerra (Controladoria Geral do Estado), Antônio de Pádua (Segurança Pública) e o chefe de gabinete do Governo do Estado João Campos, bem como os vereadores do município e demais autoridades locais.

Novos contratos destinam recursos do FGTS para saneamento de quatro estados

Para beneficiar e melhorar o setor de saneamento nos estados do Espírito Santo, Pernambuco, Goiás e Rio Grande do Sul, o Ministério das Cidades assinou 24 contratos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ao todo serão liberados R$ 951 milhões para 23 municípios.

“Quantos municípios não sofrem com a falta de água? Com essas obras, em alguns municípios de Goiás, por exemplo, solucionaremos esse problema para os próximos 25 anos. Alocamos quase R$ 4,5 bilhões em contratos, repasses e programas no âmbito do Programa Avançar”, declarou o ministro Alexandre Baldy. Segundo ele, a meta é que 2018 seja iniciado com melhorias na qualidade de vida dos brasileiros.

Pernambuco

Serão destinados R$ 312,49 milhões para obras de esgotamento sanitário e abastecimento de água na capital Recife e em oito municípios.

Espírito Santo

O estado do Espírito Santo receberá R$ 63,56 milhões para a realização de quatro obras de esgotamento sanitário nos municípios de Guarapari, Nova Venécia e Manguinhos.

Rio Grande do Sul

Para o Rio Grande do Sul, a companhia de água vai receber R$ 210,56 milhões em obras de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em sete municípios. O município de Rio Grande terá obras de três estações de esgotamento sanitário.

Goiás

Em Goiás, a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) terá R$ 379,31 milhões para a ampliação do sistema de abastecimento de água em Anápolis e Aparecida de Goiânia.

Agora, é Avançar

Até o final de 2018, cerca de 7 mil empreendimentos serão concluídos. Serão obras de infraestrutura logística, energética, defesa, social e urbana. Todos os ministérios setoriais estão envolvidos no Programa, uma das principais ações de reconstrução da infraestrutura do Brasil.

Tarifa branca é nova opção para os consumidores a partir de 2018

A tarifa branca é uma nova opção que sinaliza aos consumidores a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela será oferecida para as unidades consumidoras que são atendidas em baixa tensão (residências e pequenos comércios, por exemplo). Desde ontem, 1º de janeiro de 2018, todas as distribuidoras do país deverão atender aos pedidos de adesão à tarifa branca das novas ligações e dos consumidores com média mensal superior a 500 kWh. Em 2019, deverão ser atendidas unidades com consumo médio superior a 250 kWh/mês e, em 2020, para os consumidores de baixa tensão, qualquer que seja o consumo.

Controle do consumo. Com a tarifa branca, o consumidor passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana em que consome a energia elétrica. Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia nos períodos de menor demanda (manhã, início da tarde e madrugada, por exemplo), a opção pela tarifa branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida. Nos dias úteis, a tarifa branca tem três valores: ponta, intermediário e fora de ponta. Esses períodos são estabelecidos pela ANEEL e são diferentes para cada distribuidora.

A possibilidade de optar por essa tarifa amplia os direitos dos consumidores de energia elétrica. Da mesma forma que é possível aderir, se o consumidor não perceber a vantagem, ele pode solicitar sua volta ao sistema tarifário anterior (tarifa convencional). A distribuidora terá 30 dias após o pedido para retornar o consumidor ao sistema convencional. Caso queira participar de novo da modalidade tarifária branca, o consumidor deverá cumprir um período de carência de 180 dias. A tarifa branca não se aplica aos consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em Lei, e à iluminação pública.

É importante que o consumidor, antes de optar pela tarifa branca, conheça seu perfil de consumo. Quanto mais o consumidor deslocar seu consumo para o período fora de ponta, maiores são os benefícios desta modalidade. Todavia, a tarifa branca não é recomendada se o consumo for maior nos períodos de ponta e intermediário e não houver possibilidade de transferência do uso dessa energia elétrica para o período fora de ponta. Nessas situações, o valor da fatura pode subir. Por isso, é bom ter atenção ao solicitar a mudança.

Para ter certeza do seu perfil, o consumidor deve comparar suas contas com a aplicação das duas tarifas. Isso é possível por meio de simulação com base nos hábitos de consumo e equipamentos. Para aderir à tarifa branca, os consumidores precisam formalizar sua opção junto à distribuidora. Quem não optar por essa modalidade continuará sendo faturado pelo sistema atual.

Antes da criação da tarifa branca, havia apenas uma tarifa, a convencional, que tem um valor único (em R$/kWh) cobrado pela energia consumida que é igual em todos os dias, em todas as horas. A nova modalidade cria condições que incentivam alguns consumidores a deslocarem o consumo dos períodos de ponta para aqueles em que a rede de distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa. Este benefício reduz a necessidade de expandir a rede elétrica.

Como proteger a casa durante a ausência no período de férias?

Férias são sempre boas oportunidades de recarregar as baterias, se divertir com os amigos ou a família e aproveitar bons momentos juntos de relaxamento e lazer. Mas imagine chegar em casa e encontrar objetos espalhados por todo chão, ou simplesmente não encontrar nada. Esta situação desagradável é muito comum de acontecer durante o período das férias escolares de janeiro, afinal, os criminosos sabem que a maioria das residências estão desprotegidas e os velhos truques para tenta enganá-los já não funcionam mais. Mas algumas medidas podem ser tomadas para evitar tudo isso.

Para pessoas que moram em condomínios (sejam de casas ou apartamentos), a dica é evitar, ao máximo, divulgar o itinerário de sua viagem para os outros. Agir com discrição pode impedir que pessoas mal-intencionadas saibam que o lar está vazio. Se for passar muito tempo fora, é importante deixar avisado o zelador e o porteiro, e também deixar uma autorização com alguém no caso de alguma pessoa ou empregado precisar entrar no seu apartamento durante a ausência. Por mais que se confie em funcionários da residência, por exemplo, faxineira ou jardineiro, eles podem inocentemente comentar com alguém de fora, que pode não ser uma pessoa bem intencionada.

A portaria conhece a rotina do condomínio, e é muito difícil os profissionais desta área não perceberem a ausência de algum morador. Por isso, é recomendável que os porteiros sejam contratados através de uma empresa terceirizada confiável, que ofereça um treinamento especializado de atendimento, discrição e segurança preventiva. A empresa, profissional e especializada, realiza contratações após verificar o histórico profissional e pessoal do porteiro e também ao investigar possíveis antecedentes criminais, sua conduta e por indicação. Quando contratados diretamente pelo condomínio, geralmente a contratação não dispõe de todos esses recursos, aumentando o risco de maus profissionais adentrarem em um ambiente onde a segurança deveria ser prezada e mantida.

Como em toda e qualquer residência, a atenção deve ser intensificada também quanto ao fechamento correto de portas, grades e janelas, e objetos valiosos precisam ser colocados em um lugar seguro e longe de serem vistos facilmente, caso ocorra alguma invasão. Para prevenir a entrada indesejada de mal-intencionados, pode-se instalar um sistema de segurança 24h, com alarmes e circuito interno de câmeras. E ainda, não é indicado deixar a luz acesa durante o tempo em que estiver fora, porque na verdade pode ser uma evidência de que não há ninguém em casa, além de poder ser um gasto desnecessário de energia. É importante, também, pedir a um vizinho ou uma pessoa de confiança para visitar sua casa sempre que for possível. Isto indica que o lar não está vazio e engana os ladrões.

Os cuidados com a segurança durante as férias não devem ser apenas quanto a ações criminosas, é crucial também se certificar de que registros de água e gás, por exemplo, foram bem fechados, para assim evitar eventuais desperdícios e acidentes. Estes procedimentos de segurança garantem tranquilidade à família que irá curtir a viagem, sem ninguém precisar se preocupar se irá encontrar surpresas desagradáveis ao voltar.

Por Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização: www.gsterceirizacao.com.br

Sesc abre inscrições para o projeto Brincando nas Férias

brincadeiras

Jogos, brincadeiras, atividades na piscina, gincanas e oficinas são algumas das ações que crianças e adolescentes poderão aproveitar neste mês de janeiro, no período do recesso escolar. A partir de hoje, 2 de janeiro, estão abertas as inscrições para as atividades que vão ocorrer nas Unidades de Arcoverde, Buíque, Caruaru, Surubim, Garanhuns, Belo Jardim e Pesqueira.

Este ano o projeto traz como tema “As cinco forças da natureza: vai, planeta!”. A proposta é vivenciar, de forma lúdica, a relação entre terra, fogo, água e ar e como estes elementos estão presentes no nosso dia a dia, mas,principalmente, como a energia do nosso coração pode transformá-los em benefício para todas as pessoas. Dessa forma, a ação trabalha com a criançada questões como: a nossa força juntamente com as forças da natureza podem contribuir para a melhoria do planeta?

A ação da colônia tem como diferencial ser fundamentada nos princípios do Lazer Educativo, o que agrega sentido e significado aos jogos e brincadeiras.“Através das atividades recreativas temáticas e direcionadas à criança, o Brincando nas Férias tem a capacidade de desenvolver a atenção, afetividade, o hábito de permanecer concentrado, além de outras habilidades psicomotoras”, explica a coordenadora de Recreação e Lazer do Sesc Pernambuco, Jeane Karla Albuquerque.

Em Arcoverde, o período de inscrições começa na quarta-feira (03/01). Para participar, as crianças precisam ter idades entre 5 e 12 anos. O projeto será realizado de 15 a 19 de janeiro, das 10h às 17h. O preço da inscrição é de R$ 80 para dependentes dos comerciários e de R$ 160 para o público em geral.

No mesmo período, acontece o Brincando nas Férias em Buíque. As inscrições custam R$ 35 para os dependentes dos comerciários e R$ 70 para o público em geral e podem ser feitas de 2 a 15 de janeiro para crianças dos 4 aos 12 anos. O horário das atividades será das 8h às 12h na segunda, terça e quinta, e das 8h às 16h na quarta e sexta.

A Unidade de Caruaru também realiza o Brincando nas Férias no período de 15 a 19 de janeiro, das 8h às 17h. Podem participar crianças com idades entre 5 e 12 anos e as inscrições podem ser feitas de 2 a 16 de janeiro. Para os dependentes dos comerciários, o preço da inscrição é de R$ 100; para o público em geral, é de R$ 180.

Outra unidade que vai oferecer as atividades do brincando nas Férias no período de 15 a 19 de janeiro é a de Surubim. As inscrições podem ser feitas de 2 a 15 de janeiro, para crianças com idades a partir dos 5 anos, e custam R$ 55 para os dependentes dos comerciários e R$ 110 para o público em geral. As atividades serão realizadas das 8h às 16h nos cinco dias do projeto.

O Sesc Garanhuns também realiza o Brincando nas Férias no período de 15 a 19 de janeiro. Lá, as atividades serão das 10h às 16h. As inscrições custam R$ 75 para os dependentes dos comerciários e R$ 150 para o público em geral.

Entre os dias 22 e 26 de janeiro, acontece o Brincando nas Férias em duas cidades: Belo Jardim e Pesqueira. Em Belo Jardim, as inscrições vão de 2 a 24 de janeiro e custam R$ 50 para os dependentes dos comerciários e R$ 100 para o público em geral. As atividades serão realizadas das 9h às 16h e podem participar crianças com idades entre 4 e 12 anos.

Já em Pesqueira, as atividades serão das 8h às 12h para crianças dos 5 aos 13 anos. As inscrições começam no dia 2 e seguem até o dia 19 de janeiro. Para os dependentes dos comerciários elas custam R$ 35; para o público em geral será R$ 70.

Serviço

Projeto Brincando nas Férias do Sesc

Arcoverde

Período das atividades: de 15 a 19 de janeiro

Idade: de 5 a 12 anos

Horário: das 10h às 17h

Inscrições a partir de 3 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Rua Capitão Arlindo Pacheco de Albuquerque, 364, Centro

Preço: R$ 80 (comerciários e dependentes) / R$ 160 (público em geral)

Informações: (87) 3821-0864

Buíque

Período das atividades: de 15 a 19 de janeiro

Idade: de 4 a 12 anos

Horário: segunda, terça e quinta, das 8h às 12h; quarta e sexta, das 8h às 16h

Inscrições: de 2 a 15 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Rua Projetada, S/N, Frei Damião

Preço: R$ 35 (comerciários e dependentes) / R$ 70 (público em geral)

Informações: (87) 3855-2230

Caruaru

Período das atividades: de 15 a 19 de janeiro

Idade: de 5 a 12 anos

Horário: das 8h às 17h

Inscrições: de 2 a 16 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Rua Rui Limeira Rosal, S/N, Petrópolis

Preço: R$ 100 (comerciários e dependentes) / R$ 180 (público em geral)

Informações: (81) 3721-3967

Surubim

Período das atividades: de 15 a 19 de janeiro

Idade: a partir de 5 anos

Horário: das 8h às 16h

Inscrições: de 2 a 15 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Rua Frei Ibiapina, S/N, São José

Preço: R$ 55 (comerciários e dependentes) / R$ 110 (público em geral)

Informações: (81) 3634-5280

Garanhuns

Período das atividades: de 15 a 19 de janeiro

Idade: a partir de 4 anos

Horário: das 10h às 16h

Inscrições: a partir do dia 2 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Rua Manoel Clemente, 136, Centro

Preço: R$ 75 (comerciários e dependentes) / R$ 150 (público em geral)

Informações: (81) 3761-2246

Belo Jardim

Período das atividades: de 22 a 26 de janeiro

Idade: de 4 a 12 anos

Horário: das 9h às 16h

Inscrições: de 2a 24 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Rua Pedro Leite Cavalcante, S/N – Cohab II

Preço: R$ 50 (comerciários e dependentes) / R$ 100 (público em geral)

Informações: (81) 3726-1576

Pesqueira

Período das atividades: 22 a 26 de janeiro

Idade: de 5 a 13 anos

Horário: das 8h às 12h

Inscrições: de 2 a 19 de janeiro, no Ponto de Atendimento da Unidade – Avenida Luiz de Almeida Maciel, S/N, Baixa Grande

Preço: R$ 35 (comerciários e dependentes) / R$ 70 (público em geral)

Informações: (87) 3835-1164

Descaso com o diabetes tipo 2 implica danos à saúde e prejuízo financeiro

Subestimar uma doença crônica, negligenciando cuidados e tratamentos, não resulta apenas em danos à saúde, mas também em prejuízos financeiros para pacientes e governo. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), apenas 50% das pessoas com doença crônica segue o tratamento corretamente. E o diabetes tipo 2, enfermidade que cresceu 60% na última década apenas no Brasil, exemplifica bem esse cenário.

“A cada seis segundos, uma pessoa morre no mundo em decorrência das complicações do diabetes tipo 2, mas, como o seu potencial de letalidade costuma ser desprezado pelos portadores da doença, por desconhecimento, na maioria da vezes, a situação é mais crítica do que aparenta ser”, alerta o endocrinologista Luiz Turatti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes

O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida explicam o crescimento no número de casos de diabetes no mundo. “A doença, no entanto, ainda está diretamente relacionada à epidemia da obesidade e aos maus hábitos de vida, como alimentação desequilibrada e sedentarismo – que também estão em curva de ascensão. Ou seja: todas as causas da patologia, com exceção do componente familiar, vêm aumentando ao longo dos anos”, destaca.

Somado a isso há outros impasses que tornam o problema uma bola de neve. No Brasil, 50% das pessoas não sabem que têm a doença. E, quando descobrem, nem sempre se comprometem a tratá-la como deveriam, seja por desconhecimento ou descaso. Ou seja, são anos de negligência que agravam as consequências da doença no organismo e resultam em gastos que poderiam ser evitados. A baixa aderência ao tratamento, segundo levantamento da OMS, inclusive, aumenta em 125% os custos com a doença no mundo.

Diferentemente do senso comum, o diabetes tipo 2 não só traz riscos de perda de visão, amputação de membros e comprometimento renal, mas aumenta a incidência das doenças cardiovasculares, como o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral). E como as doenças do coração são a principal causa de morte no mundo, a sensação de descontrole fica evidente. Inclusive, as patologias cardiovasculares no diabético matam mais do que o HIV, que a tuberculose e o câncer de mama.

Para o Dr. Turatti, recuperar esse cenário é desafiador, mas não impossível. Uma das armas para isso é a disseminação contínua de informação sobre a doença, dando maior capacidade de empoderamento ao paciente para que ele se conscientize e cuide de sua própria saúde.

Mostrar o quanto o diabetes tipo 2 faz mal ao coração deve ser um assunto constante para servir como alerta. Adotar hábitos mais saudáveis de vida é outra forma de combate ao mal.

Artigo: Mega-Sena da Virada: mude de vida mesmo se não ganhar

Reinaldo Domingos *

As lotéricas daqui a pouco estarão lotadas, com filas enormes, por causa da Mega-Sena da Virada, que, neste ano, premiará com R$ 280 milhões, o maior valor da história.. Muita gente aposta não só dinheiro, mas também a esperança em ganhar essa quantia de dinheiro e resolver, de uma vez por todas, a vida financeira.

Embora a situação seja de euforia, é preciso cautela. Fazer “uma fezinha”, destinando pequenos valores para esta finalidade, faz parte da brincadeira e é divertido. No entanto, há pessoas que se tornam “viciadas” em apostar, o que, ao invés de ajudar, atrapalha – e muito – as finanças pessoais.

O grande erro é achar que a única forma de se tornar independente financeiramente é por meio da sorte. Chegar a uma fase da vida em que não precisa mais trabalhar por necessidade, apenas por prazer, é um mérito de quem busca se educar financeiramente, planejando-se para alcançar esse objetivo.

Na educação financeira, a pessoa aprende a ter sonhos materiais que serão realizados e entre estes sempre deverá estar o da independência financeira. Na Metodologia DSOP, dividimos os sonhos em: curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo prazo (mais de dez anos). Se tornar sustentável financeiramente deve ser um objetivo de longo prazo, porém, para atingir, o início deve ser imediato.

Em uma aposta da Mega-Sena da Virada, a chance de acertar todos os seis números é de uma em 50.063.860, segundo os dados oficiais da Caixa Econômica Federal. Por outro lado, apostando na educação financeira, para se tornar sustentável financeiramente depende só de você.

Para isso, o caminho deve ser o contrário do que normalmente fazem: ao receber seus rendimentos, a pessoa já deve, imediatamente, separar uma parte para os seus sonhos. Com isso, não haverá risco de cair nas tentações do consumo e não sobrar dinheiro para poupar.

Também é fundamental que se saiba exatamente os valores desses sonhos, descobrindo, assim, o quanto deverá guardar mensalmente para cada um. O tipo de aplicação que deverá feito para realização dos sonhos também dependerá do tempo que pretende realizá-los. Para uma aposentadoria sustentável financeiramente, é preferível aplicações de longo prazo, como uma previdência privada ou título do tesouro direto.

Enfim, o problema não é apostar, mas não ter consciência desses atos e apostar o seu futuro nisso. Se quiser realmente ter chances de ter o dinheiro para sua segurança financeira o caminho é ter sonhos e buscar educar-se financeiramente.

* Reinaldo Domingos é doutor e mestre em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Mesada não é só dinheiro, e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.

Defesa e Forças Armadas reforçam o compromisso com o Brasil

O ano de 2017 foi marcado por diversas ações do Ministério da Defesa (MD), reforçando o comprometimento das Forças Armadas com o Brasil. Foram desenvolvidas ações na área de indústria de defesa, missões de paz, apoio à segurança pública e à defesa civil, proteção e segurança nas faixas de fronteiras, assistência humanitária internacional, programas sociais, parcerias bilaterais e defesa cibernética.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, apresentou, na quinta-feira (28), durante coletiva de imprensa, as principais realizações da Pasta. Entre os avanços implementados no setor de indústria de defesa destacam-se a criação da linha internacional de créditos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a participação do MD na Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).

Além disso, o Ministério garantiu a liberação de recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento da região Nordeste (FNE e FNDE) e da região Centro-Oeste (FCO e FDCO), para financiamento dos produtos de defesa. Outra ação relevante na área foi a abertura do mercado de munições, com o recente anúncio da instalação da empresa suíça RUAG AMMOTEC no País.

“Se um país é dependente em termos tecnológicos, industriais e de conhecimento de terceiros é um país que apresenta fragilidades. A base industrial de defesa é um elemento fundamental da defesa da soberania e dos interesses nacionais. Depois de 15 anos de tentativa, criamos uma linha de financiamento para a Base Industrial de Defesa por meio do BNDES. Isso é uma enorme conquista porque ela possibilita tanto o financiamento do cluster de defesa e segurança brasileiro como também a possibilidade de exportar, disputando mercado em condições de igualdade com outros países”, comentou o ministro Jungmann.

Jungmann explicou que a entrada na CAMEX foi essencial, pois lá são definidas as políticas de importação e exportação do Brasil “e a Defesa não fazia parte disso. É uma conquista institucional da maior relevância. A Base Industrial de Defesa, segundos dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, representa 3,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, empregando diretamente 60 mil brasileiros e 240 mil indiretamente”.

Ao ser perguntado sobre o controle da Embraer, o ministro Raul Jungmann reforçou que a manutenção do controle acionário da Embraer pelo governo brasileiro é uma questão de soberania nacional. “Nenhum país do mundo abre mão do controle de uma empresa como a Embraer. Pesquisa e Desenvolvimento nasce na Defesa. Somos favoráveis a negociações, menos controle acionário”, disse o ministro.

Segurança Pública

Sobre a crise de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, o ministro Jungmann declarou que a liderança deste processo é sempre da área de segurança pública do Rio. “As Forças Armadas se dispuseram a ser auxiliares e não falharam em absolutamente nada. Não assumimos a Segurança do Rio de Janeiro, nós fizemos uma parceria, mas a liderança não é nossa”, complementou Jungmann.

Jungmann mais uma vez disse que a solução para a crise da segurança pública não será resolvida por sua Pasta. “A Defesa pode auxiliar (em situações extraordinárias) e apoiar”, disse.

Ainda sobre o Rio de Janeiro, onde atuam desde julho, também em GLO, Jungmann lembrou que mais de 40 mil militares já participaram de 15 operações em conjunto com os órgãos de segurança pública, e as ações prosseguirão até o final de 2018. As Forças Armadas continuarão responsáveis pelas operações de cerco, ocupando pontos estratégicos, de forma a liberar os efetivos policiais para atividades dentro da comunidade e atuarão em ações de inteligência.

Em apoio à segurança pública, os militares realizaram 33 varreduras em 31 presídios de sete estados (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte). Ao longo do ano, 11 mil militares participaram dessas operações.

Com uma nova concepção, ao longo de 2017, composta de operações de duração limitada, baseada em inteligência e fator surpresa, a Operação Ágata integrou as Forças Armadas e as agências federais que intensificaram as atividades nas faixas de fronteiras com 88 operações coordenadas pelo MD. A Força Aérea reforçou a vigilância do espaço aéreo com a realização da Operação Ostium, coibindo voos irregulares ligados a crimes, como o narcotráfico.

Jungmann enfatizou que neste final do ano, a Marinha divulgou o documento de Solicitação de Proposta (em inglês, Request for Proposal – RFP) ao mercado de defesa nacional e internacional, para obtenção de navios de superfície do Projeto “Corveta Classe Tamandaré”. O investimento do projeto será de US$ 1,6 bilhão, ao longo de oito anos. A iniciativa foi possível com a capitalização da Emgepron, uma empresa pública, que não é dependente do Tesouro, e, portanto, fora dos limites do teto de limites de gastos do Governo.

Artigo: Segurança digital: O que aprendemos em 2017 e quais as tendências para o ano que começa?

Por Bruno Prado*

O ano de 2017 ficou marcado como o dos ataques cibernéticos em larga escala, com casos sequenciais de ações que paralisaram serviços variados e ocasionaram prejuízos financeiros e operacionais a empresas e cidadãos em todo o mundo. Sem dúvida, o mais notório foi o do ransomware – tipo de arquivo malicioso que sequestra os dados da vítima em troca de um pagamento de resgate em criptomoedas – Wannacry, que infectou mais de 250 mil computadores em 150 países durante o mês de maio.

As sucessivas ocorrências registradas desde então evidenciaram uma vulnerabilidade maior do que se imaginava. O principal motivo era – e ainda é – a falta de atualização dos sistemas operacionais de usuários domésticos e corporativos, muitas vezes negligenciada pelos gestores que optam pelo uso de softwares piratas, ou até mesmo desconhecem os riscos. O não cumprimento dessa medida tão simples pode continuar trazendo consequências, com a paralisação de serviços durante o ano de 2018. Diante disso, os líderes das áreas de TI das empresas devem ficar atentos em relações a compras e instalações de novas licenças.

Outro tipo de ataque que teve um crescimento notório em quantidade e, sobretudo, em volume, foi o de negação de serviço, conhecido pela sigla “DDoS” (de Denial Distribution of Service, em inglês), que utiliza milhares de dispositivos infectados para o acesso simultâneo a um mesmo endereço, a fim de sobrecarregá-lo. Em 12 meses, o tamanho médio das ameaças aumentou de 32 Gigabytes por segundos (Gbps) para 100 Gigabytes por segundo, o equivalente a 200%, havendo registros de ocorrências massivas de até 1,1 Terabyte por segundo. Isso fez com que especialistas incorporassem um “M” no início de seu acrônimo. Por conta deste cenário, as empresas devem aumentar o investimento em soluções de monitoramento e mitigação de ataques tão logo haja a identificação de tráfego suspeito.

O ano de 2017 também foi emblemático pelo aumento no uso das criptomoedas, como o Bitcoin, que passaram a ser aceitas por algumas lojas virtuais e também tornaram-se alternativas de investimento. Por conta disso, além do pagamento de sequestro de dados, os hackers começaram a utilizar sem consentimento computadores de terceiros para a mineração, como é chamado o processamento para a criação desses meios de pagamentos. Além de o usuário não ser remunerado pelo serviço, o que acontece quando ele disponibiliza seu equipamento de forma voluntária, o dispositivo tem grandes perdas em performance. A situação pode ser evitada com o uso de bons antivírus e firewalls que barram os malwares injetados em sites desprotegidos e em programas e aplicativos de origem duvidosa.

Reforços na segurança em 2018

Além do aumento na proteção dos ataques citados, o ano que começa sinaliza para a popularização do uso do blockchain, tecnologia que visa a descentralizar processos como medida de segurança. Até pelo aumento do uso das criptomoedas, esta ação tem por objetivo disponibilizar registros e bancos de dados de forma compartilhada, a fim de criar um índice global para a o aumento da confiança na relação entre empresas e mercados.

Outro movimento acenado dentro das organizações diz respeito à governança, com a criação do cargo de Chief Information Security Officer (CISO), responsável pela implementação de uma central de operações de segurança (SOC, no inglês). Esse núcleo é composto por profissionais dedicados ao uso de ferramentas especializadas para monitoramento de ameaças e ações preventivas. Também deve-se aumentar a demanda por soluções orquestradoras de softwares de diferentes fornecedores de segurança, para uma atuação de forma integrada e em 360 graus.

O início de um ciclo é o momento propício para a revisão do planejamento, métricas e prioridades, e a segurança digital certamente precisa figurar entre os quesitos mais importantes na hora de avaliar os investimentos. Mesmo com as incertezas trazidas por um ano de eleição, é essencial que os gestores não deixem de proteger suas instituições, afinal, as ameaças não dão trégua.

*Bruno Prado é CEO da UPX Technologies, empresa especializada em performance e segurança digital. – www.upx.com

Crise financeira e privatizações marcam setor de infraestrutura em 2017

Em meio à queda de investimentos em razão da crise econômica, o ano de 2017 no setor de infraestrtura foi marcado pelo anúncio de um amplo programa de privatizações e de busca da revisão do marco legal de diversos setores, entre eles o de energia, aeroportuário, petróleo e mineração.

Com o ajuste fiscal, diversos sofreram cortes de investimentos como: Minha Casa, Minha Vida, que perdeu 71% (R$ 3,7 bilhões) do orçamento previsto para o ano (R$ 5,2 bilhões); os investimentos para a conservação de estradas tiveram um corte de 50%, ficando em R$ 10,9 bilhões; e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que perdeu R$ 13 bilhões em relação ao orçamento previsto para o ano de R$ 36 bilhões, o que representa queda de 36%.

Na área de telecomunicações, o ano foi marcado pela disputa em torno da recuperação judicial da Oi. Também houve a tentativa do governo de leiloar parte do satélite geoestacionário de defesa e comunicação, lançado em maio, e pelo anúncio de mudanças nas regras da banda larga de internet.

No que diz respeito à geração de energia, o ano foi de aperto, com baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Por isso, ao longo do ano, houve sucessivos aumentos na tarifa de energia elétrica. Por outro lado, a escassez dos reservatórios abriu margem para o aumento da participação da energia solar e, especialmente, a eólica na geração de eletricidade no país.

Privatizações

Em agosto, o governo anunciou um pacote de privatizações com o objetivo de melhorar o caixa da União e estimular a economia. No total, foram anunciadas a privatização de 57 projetos de venda de empresas e parcerias público privada.

O governo decidiu colocar à disposição da iniciativa privada a administração de 14 aeroportos, 11 lotes de linhas de transmissão, 15 terminais portuários, além de parte da Eletrobras. A expectativa de arrecadação, a partir de 2017, é de cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de vigência dos contratos.

Telecomunicações

O ano começou com a devolução ao Senado Federal do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 79/2016 que dispõe sobre o marco regulatório do setor de telecomunicações. A principal mudança foi no regime de concessão, onde as operadoras têm a obrigação de cumprir determinados compromissos, especialmente em telefonia fixa. Pelo regime de autorização, não existe essa contrapartida.

O projeto, aprovado no final do ano passado, foi criticado por organizações da sociedade civil por, segundo elas, colocar em risco a infraestrutura estratégica e tornar os serviços ainda mais caros, sem previsão quanto à melhoria da qualidade.

O texto, aprovado em comissões do Senado e sem passar pelo plenário, chegou a ser remetido para a sanção presidencial. Mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou em outubro, em caráter definitivo, o retorno do texto ao Senado para que seja votado no plenário da Casa.

Em maio, o Brasil colocou em órbita o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), projetado para aumentar a oferta de internet banda larga no Brasil, especialmente em áreas remotas, e também para uso da comunicação estratégica das Forças Armadas.

Desde antes do lançamento, o governo havia manifestado a intenção de privatizar parte da banda do satélite a cargo da Telebras. No entanto, após sucessivos adiamentos, o leilão que ocorreu em novembro terminou sem nenhum interessado.

Com isso, o governo teve que retomar a responsabilidade da Telebras de levar banda larga às escolas, postos de saúde, hospitais e postos de fronteira, especialmente na região amazônica e em outras regiões de baixa densidade demográfica, prevista no Plano Nacional de Banda Larga. A previsão é de que os trabalhos tenham início no primeiro semestre de 2018.

Outro ponto que mobilizou o setor de telecomunicação foi o processo de recuperação judicial da Oi. Iniciado em junho de 2016, a disputa em torno dos rumos da maior opradora de telefonia do país terminou na segunda quinzena de dezembro, quando a assembleia de credores aprovou o plano de recuperação judicial da empresa.

Com dívidas acumuladas de mais de R$ 64 bilhões junto a 55 mil credores entre pessoas físicas e jurídicas, a Oi conseguiu costurar um acordo trocando boa parte das dívidas com seus credores por participação no capital da companhia, além de garantir um aporte de R$ 4 bilhões em seu capital.

Durante esse período, a Oi travou uma intensa disputa judicial com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em torno de uma dívida de cerca de R$ 14 bilhões em multas e créditos tributários.

A Anatel lutou na Justiça para que o montante fosse retirado da dívida da empresa. Para resolver o impasse com as multas da Anatel, o governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), chegou a considerar uma medida provisória que permitisse o parcelamentos dos créditos. Mas a iniciativa foi descartada.

Diante do resultado da assembleia, a Anatel, que votou contra o plano de recuperação, disse que recorrerá judicialmente assim que sair a homologação da proposta pela Justiça e continuará cobrando juros das multas em atraso.

Aeroportos

No caso do setor aeroviário, o ano teve avanço em relação à forte retração sofrida em 2016. Em 2017, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) estima que serão transportados 201,3 milhões de passageiros, o que representa aumento substantivo se comparado ao total de passageiros que passaram pelos aeroportos brasileiros em 2016, que foi de 109,6 milhões.

No primeiro semestre, para garantir investimentos ao setor, o governo decidiu entregar à iniciativa privada os aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. Os aeroportos foram leiloados por R$ 3,72 bilhões em todo o período da concessão, cerca de 23% acima do valor esperado pelo governo, de R$ 3,014 bilhões.

Ainda assim, houve a devolução da concessão do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), em um movimento similar ao que ocorreu com a concessão da BR-040. Em julho, a Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), que administra o aeroporto, devolveu a concessão por conta das dificuldades financeiras e da frustração da demanda do fluxo de passageiros e de cargas. Com isso, a expectativa é de que o governo realize nova licitação de Viracopos.

Mesmo com esse quadro, o final do ano trouxe algum alívio para os cofres do governo, uma vez que os valores arrecadados com as concessões dos aeroportos e a reprogramação do pagamento das outorgas assumidas pelas concessões dos aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro (Galeão), Guarulhos e Natal (São Gonçalo do Amarante) geraram um bom aporte de recursos. A reprogramação de valores atrasados devidos arrecadou R$ 4,4 bilhões relativos a dívidas de outorgas passadas e adiantamento de pagamentos futuros.

Outro ponto que mobilizou o debate no setor é a proposta para permitir a abertura de 100% do capital das companhias aéreas brasileiras ao investimento estrangeiro. Pela legislação atual, estrangeiros só podem ter até 20% de uma empresa aérea.

Desde 2016, o governo sinalizava o apoio à proposta – um projeto de lei chegou a ser apresentado ao Congresso Nacional, mas diante da falta de consenso, o governo recuou.

Prevista para entrar em vigor em março, a resolução da Anac que autorizou a cobrança pelo despacho de bagagem extra foi suspensa por uma liminar. A decisão foi cassada em abril. Com o fim da franquia de bagagem prevista antes da resolução, de 23 quilos por passageiro em voos nacionais, as companhias passaram a cobrar, desde junho, pelo despacho de bagagem extra.

A medida causou polêmica. As empresas e a Anac defenderam a mudança sob o argumento de que ela possibilitaria diminuir o preço das passagens para o consumidor. Entidades de defesa do consumidor se posicionaram contra a iniciativa.

Em setembro, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) divulgou dados de uma pesquisa que sinalizariam uma queda entre 7% e 30% no preço da tarifa.

Os números foram questionados e, em outubro, o Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) determinou a abertura de processo administrativo contra a Abear.

A decisão se baseou em investigação preliminar, no início do mês pelo departamento, que concluiu haver “indícios de infração”. O processo pode resultar, caso a condenação ocorra, em multa de até R$ 9,5 milhões.

Rodovias

No que diz respeito ao setor rodoviário, a avaliação é de que 2017 foi um ano de “otimismo cauteloso”, apesar da “baixa confiança na gestão econômica do país”. O ano também foi marcado pela ameaça de devolução de concessões de rodovias e baixo investimento na malha viária.

As concessionárias se queixavam de queda na arrecadação dos pedágios em razão da diminuição do tráfego de veículos e ameaçaram devolver as rodovias.

Em razão da não realização de obras previstas, em agosto, o governo decretou a caducidade do contrato da Galvão Engenharia na BR-153, que corta Goiás e Tocantins, e tomou de volta, pela primeira vez na história, uma concessão.

Para injetar ânimo no setor, logo após o anúncio da Invepar, controladora da Concessionária BR-040 S.A. (Via 040), de que devolveria ao governo a concessão de um trecho de 936 quilômetros da rodovia BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora (MG), o governo editou medida provisória que ampliou o prazo mínimo para os investimentos obrigatórios nas rodovias (duplicação) de cinco para até 14 anos, entre outras mudanças.

A medida serviu para beneficiar pelo menos, as concessões da BR-262, que previa a duplicação no trecho entre Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, e Uberaba, no Triângulo Mineiro. A expectativa de que também serão beneficiados os contratos da ECO 101, trecho da BR-101 que corta o Espírito Santo e a Bahia; MGO, que corta a BR-050 entre Minas Gerais e Goiás; dois trechos da BR-163, o MS Via, que corta o Mato Grosso do Sul, e o Rota Oeste, em Mato Grosso; o Concebra, que abrange as BRs 060, 153 e 162 e corta Minas, Goiás e o Distrito Federal.

Já o no que diz respeito ao transporte de cargas, um levantamento com empresas do setor mostrou que o desempenho em 2017 foi pior do que o esperado, segundo 31,9% das empresas. Além disso, 19,7% dessas transportadoras apresentaram queda de receita em 2017. Mesmo assim, o ano terminou com uma discreta retomada nas atividades. A constatação vem do aumento na produção de veículos de transporte.

Energia

O ano de 2017 manteve o mesmo quadro dos últimos quatro anos no que diz respeito à geração de energia por meio de hidrelétricas: poucas chuvas, diminuição do volume dos reservatórios e consequente aumento no preço de tarifas.

Na média, as tarifas devem fechar o ano com alta de 14%. Em razão da baixa nos reservatórios, o governo subiu gradualmente o valor da tarifa, chegando ao maior patamar em outubro, quando foi aplicada a bandeira tarifária de cor vermelha patamar 2, que implica a cobrança de taxa extra nas contas de luz de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos, após reajuste anunciado em novembro.

Em dezembro, em razão do início do período chuvoso e de melhora no nível dos reservatórios, foi aplicada a bandeira vermelha, mas no patamar 1, com custo um pouco menor, de R$ 3,00 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A expectativa é de que em janeiro seja aplicada a tarifa amarela, com custo ainda menor.

Apesar da situação, o Operador Nacional do Sistema (ONS) afirma que a perspectiva de que 2018 será melhor do que o ano de 2017 em termos de oferta de energia. Segundo o ONS, não há risco de desabastecimento.

De acordo com o ONS, a expectativa é que este ano o nível dos reservatórios do Sudeste, responsáveis por 80% da produção hidrelétrica nacional fiquem num patamar de 22% da capacidade. No próximo ano, devem atingir a marca de 51% de utilização.

Entre as razões para o incremento na produção de energia estão o aumento da produção na usina hidrelétrica de Belo Monte, além das usinas eólicas e solar.

Em franca expansão, o setor de energia eólica foi um dos que mais se desenvolveu, chegando a ser responsável por mais de 60% da energia que abasteceu a demanda média da Região Nordeste em 2017.

Já no caso da usinas fotovoltaicas a expectativa do segmento também é promissora. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), nos próximos 15 anos, a matriz fotovoltaica deve atingir 30 GW, superando em três vezes a produção de Itaipu.

O governo comemorou ainda os resultados obtidos com os leilões de energia e o pagamento de R$ 12,1 bilhões dos leilões para renovar a concessão de quatro usinas hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

O anúncio da privatização da Eletrobras, dentro do megapacote apresentado pelo governo em julho, também gerou forte expectativa no setor. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o valor patrimonial da Eletrobras é de R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa soma R$ 170,5 bilhões.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, chegou a estimar que o projeto seria enviado ao Congresso até o dia 22 de dezembro, quando começa oficialmente o recesso parlamentar, mas a medida ficará para o próximo ano.

Óleo e gás

No segmento de óleo é gás, o consumidor sofreu com os sucessivos ajustes no preços dos combustíveis e do gás de cozinha. A gasolina chegou a custar mais de R$ 4 nas bombas dos postos e o gás ultrapassou os R$ 80.

Por outro lado o governo comemorou os resultados dos leilões de petróleo, quando arrecadou mais de R$ 16 bilhões em bônus de outorga – o direito pago pelas empresas para explorar campos de petróleo e gás no Brasil. Desse montante, R$ 6,15 bilhões vieram do pré-sal.

Ainda o setor, em novembro, o Congresso aprovou a medida provisória que prevê novas regras tributárias para o setor de petróleo, como a suspensão do pagamento de alguns tributos, entre eles o Imposto de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS-Pasep Importação e o Cofins Importação.

De acordo com o governo, o objetivo é estimular a participação de companhias em licitações de blocos. A proposta beneficia empresas que atuam na exploração e produção de petróleo no país. O governo editou ainda uma medida um decreto prorrogando o Repetro por 20 anos, de 2020 para 2040.