A Peça teatral ‘O Jogo’ realizou sua última apresentação neste domingo (21). Ao final do espetáculo, elenco e equipe receberam Cida Pedrosa, vereadora do Recife, poeta, advogada e ex-secretária da mulher e do meio ambiente e a mestre em psicologia e coordenadora do curso de psicologia da Uninassau, Ana Cláudia Alexandre, para um debate sobre violência contra a mulher.
Para Cida Pedrosa, a subjeção traz uma reflexão importante. “A peça é incrível. Estou impactada. Nossa sociedade precisa entender que essas relações precisam ser discutidas, debatidas e denunciadas”, destacou Cida.
Para a psicóloga Ana Cláudia, a peça faz com que seja possível refletir sobre vários tipos de violência, inclusive a patrimonial, pouco debatida na sociedade. “Queria agradecer por vocês estarem andando o Brasil levando essa mensagem tão importante para as mulheres”, destacou Ana.
Escrita pela venezuelana Mariela Romero, a terceira adaptação brasileira da peça voltou aos palcos depois de duas temporadas no Rio de Janeiro, sob a direção de Rafaela Amado, e interpretação das atrizes Miláh Coutinho e Geovana Metzger.
Para a atriz Miláh Coutino, voltar aos palcos em sua cidade natal após um longo período de pandemia é um prêmio. “Dar voz a um texto tão intenso como ‘O Jogo’, que atravessa a realidade da violência psicológica gerada a partir dos estados de confinamento, como o que vivenciamos nessa pandemia, é a oportunidade de refletir sobre diferentes aspectos das relações humanas”, conta Miláh.
Geovana Metzger, que contracena com Miláh Coutinho, destaca que o público pode esperar intensidade. “É um texto potente, que expõe as pressões e violências que uma mulher pode sofrer e ao mesmo tempo mostrar seu poder”, destaca a atriz.
Durante os três dias de apresentação, alunos da rede pública e privada foram convidados para assistir ao espetáculo e para muitos, foi a primeira vez no teatro.
Juliana Dantas, estudante do EREM Don Sebastião Leme, localizado no Ibura, conta que ficou encantada com tudo. “Não dá nem para imaginar que o teatro é tão lindo assim. A peça é maravilhosa e me emocionou bastante. A experiência foi incrível demais”, conta Juliana. Já Felipe Vinicius, também estudante do EREM Don Sebastião Leme, conta que ficou impressionado com a arquitetura do teatro e com o texto interpretado pelas atrizes. “Elas não param 1 segundo sequer. A peça é linda e emocionante. Há momentos que não dá pra saber se é real ou ficção”, define Felipe.