Analista de desempenho do Caruaru City é contratado pelo Atlético-GO

O Caruaru City informa que o analista de desempenho Rhostann Almeida, que integrava a comissão técnica da equipe profissional do clube para a disputa do Campeonato Pernambucano da Série A2, foi contratado pelo Atlético Goianiense para compor as categorias sub-17 e sub-20 da equipe goiana.

Rhostann, que já se apresentou ao Atlético-GO, chegou ao Caruaru City no ano passado para o Departamento de Análise de Desempenho do clube, com o objetivo de estruturar o mesmo, visando analisar os atletas com perfil do clube para a montagem do elenco profissional, que atualmente se prepara para disputar a Série A2 do Pernambucano. No Caruaru City, o profissional também também atuou na base sub-15, durante o estadual da categoria.

Natural de Belo Jardim, Rhostann Almeida, 33 anos, antes de trabalhar no Caruaru City, teve passagens pelo Pesqueira-PE, na Série A2 de 2020, e pelo próprio Atlético-GO.

Demissão por recusa à vacina: entenda as interpretações sobre a nova polêmica nas relações trabalhistas

A pandemia fez com que o trabalho remoto se tornasse realidade em todo o mundo. No Brasil não foi diferente. Em muitos casos, as empresas aderiram ao home office por tempo indeterminado. Outras optaram pelo retorno, aos poucos, ao regime presencial. E é justamente aí que surgem questões que precisam ser observadas, principalmente diante do momento excepcional de crise sanitária. A mais polêmica de todas, sem dúvidas, é a obrigatoriedade da vacinação contra a COVID-19. Os empregadores, nesse caso, poderiam exigir dos colaboradores o comprovante de imunização sob o risco de eles serem demitidos?

De acordo com o guia técnico emitido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a orientação é para que as empresas invistam na conscientização, mas o entendimento é o mesmo ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da compulsoriedade na vacinação e indiretamente que a recusa injustificada à vacina pode até acarretar desligamento por justa causa, uma vez que ninguém teria a prerrogativa de colocar em risco a saúde dos demais colaboradores.

Quando o direito coletivo se sobrepõe ao individual

Mas, o que diz a Constituição sobre direitos fundamentais, sejam eles individuais ou coletivos? E como eles são aplicados quando, aparentemente, há contradição? A resposta para essa questão é: não há direito absoluto. Em certas situações os direitos individuais de liberdade, vida privada e intimidade podem ser limitados em prol do bem-estar coletivo, assim como o inverso, sendo obrigatório dizer que nas condições normais o direito coletivo de proteção à saúde e bem estar da coletividade deve se sobrepor aos direitos individuais mencionados.

Afinal, de nada servirão os avanços da medicina na pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas se não houver uma adesão da sociedade às campanhas de vacinação. Ou seja, quando um trabalhador se recusa a ser imunizado para retornar ao regime presencial, está colocando em risco todo o ambiente de trabalho. E isso é o que vem sendo entendido pela Justiça, como afirma o advogado João Pacheco Galvão de França Filho, especialista em Direito Trabalhista, do escritório SFCB Advogados.

“Em condições normais, pelo respeito à solidariedade, objetivo da República inscrito no artigo 3º da Constituição Federal, e da proteção da saúde da coletividade, aplica-se a compulsoriedade na vacinação, sendo que a recusa injustificada poderá até acarretar em dispensa por justa causa. Os tribunais já se posicionaram neste sentido, sobretudo quando os empregadores conscientizam os colaboradores e, mesmo assim, permanece a recusa na vacinação.”

Ainda, de acordo com o advogado, a orientação é de que as demissões ocorram apenas como última alternativa depois de reiteradas tentativas de convencimento por parte do empregador da importância da imunização em massa:

“É de extrema importância o papel do empregador, pois este deve conscientizar os colaboradores da importância da vacinação e do impacto deste ato no ambiente de trabalho e na sociedade. Após esta campanha preventiva, se ainda assim algum colaborador recusar-se à vacinação, há espaço para aplicação de medidas sancionatórias graves, desde que não haja justificativa plausível do empregado”.

A obrigatoriedade da imunização mesmo no trabalho remoto

E quando o colaborador permanece em trabalho remoto, a empresa pode tornar a vacinação compulsória? Apesar de ser uma questão bem mais complexa, a solução mais conservadora seria a não exigência da vacinação por não lesar diretamente o ambiente de trabalho.

Apesar de tal posição, João Pacheco Galvão de França Filho afirma que a Justiça pode entender que o tomador de serviços pode sofrer danos indiretos com a recusa do colaborador.

“Em breve teremos discussões sobre a obrigatoriedade da vacinação da COVID-19 também aos colaboradores em teletrabalho, isso porque ainda que não haja lesão direta ao ambiente de trabalho, pode haver riscos indiretos relacionados, como, por exemplo, a sinistralidade dos planos de saúde, o pagamento dos primeiros quinze dias de afastamento do empregado e o prejuízo com sua ausência nos dias posteriores”.

A posição mais conservadora

Além da discussão sobre a vacina, vale destacar que o empregador, ao exigir o retorno ao trabalho presencial, também deve cumprir alguns requisitos, previstos no artigo 75 – C, §2º da CLT, como o registro de um aditivo contratual, a concessão de 15 dias para que o colaborador se adapte à nova rotina, bem como garantir a ele que a mudança não vá lesar a sua saúde.

Como toda regra, há exceções

Mas há ressalvas em que o direito individual da liberdade em não vacinar prevalece, como em relação a grávidas ou portadores de doenças que impossibilitem a imunização em determinado momento. Nesses casos, o diálogo e o bom senso precisam ser levados ainda mais em conta.

“Em condições em que a vacinação possa lesar o colaborador, como, por exemplo, na existência de doença que a vacina possa agravar, a compulsoriedade na vacinação deve ser mitigada pelo bom senso e razoabilidade, sempre lembrando que as particularidades de cada caso devem ser levadas em conta na decisão de cobrança pela imunização”, explica o advogado Humberto Henrique de Souza e Silva Hansen, também sócio do escritório SFCB.

Projeto escolar busca transformar alunos de hoje em grandes líderes do amanhã

Ao pensar em liderança, logo vem à cabeça homens e mulheres com roupas elegantes, rodeado por assistentes, ou seja, alguém que se destacou na sua vida profissional. Porém, essas imagens já não mais representam a liderança do mundo contemporâneo, e ainda menos, a do futuro. Um líder hoje é reconhecido pelas suas características pessoais positivas, que motiva aqueles que o rodeiam, inspiram pessoas e prepara novos líderes. O principal aspecto a ser destacado nos líderes atuais é o ser e não o ter.

Mas, como se destacar e transformar suas habilidades para se tornar um bom líder? A resposta está na escola, uma vez que, para serem reconhecidos como bons líderes, é preciso aprimorar algumas características desde cedo. E por isso o colégio GGE criou o Projeto Semear.

“O papel fundamental do Projeto Semear é promover a comunicação interpessoal entre os grupos de alunos. Cada turma tem seu representante, e este membro vai apresentar as solicitações dos alunos às psicólogas do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SEOP), onde, junto com estes alunos líderes, vão buscar ações para executar, dentro da realidade de cada turma. Desta forma, estes alunos, vão poder aprender a gerenciar conflitos, ouvir as dores da turma, criar soluções, desenvolver a empatia, entre outras qualificações importantes para ser um bom líder”, explicou a explica a psicóloga do GGE, Liliane Nascimento.

Assim como este projeto, o colégio GGE vem realizando programas socioemocionais, visando promover o exercício de uma infinidade de habilidades necessárias para a liderança do futuro, tais como a escuta ativa, a alternância de papéis, aprender a se colocar no lugar do outro, resiliência, autonomia, tolerância e estabelecer laços de confiança, entre tantas outras. Estas habilidades são muito importantes para preparar os estudantes, não só para serem bons líderes, mas para o âmbito social, cultural, político e econômico de nosso país.

“Através do projeto já podemos identificar alguns pontos importantes de cada um dos membros para também trabalhar e desenvolver da melhor forma, pois sendo integrante do Grupo Semear, ele precisa ter foco na solução e não no problema, entender as diretrizes do colégio e trabalhar ações dentro dessas diretrizes, como também ter paciência para lidar com situações que ele não poderá resolver. A importância deste projeto não é apenas de formar bons líderes, mas agregar valores para vida”, concluiu a psicóloga.

Estas características, quando trabalhada em toda jornada escolar, vai permitir às novas gerações um ambiente profissional bem mais satisfatório, com estruturas organizacionais ágeis e inovadoras, com relações de trabalho e de liderança colaborativas e vinculadas a propósitos em comum, transformando o mundo do futuro em um lugar mais justo, equitativo, social e ambientalmente sustentável.

Saiba o que diferencia a Delta das demais variantes

Já encontrada em mais de 100 países, a variante Delta já é uma realidade em solo brasileiro, inclusive em Pernambuco, como foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), indicando duas amostras com a cepa originária da Índia: dois homens, de 24 e 49 anos, residentes em Abreu e Lima e Olinda, respectivamente.

Com o tema em alta, muita gente está em dúvida sobre o que diferencia essa variante das demais, questão explicada pelo Dr. Amaro Capistrano, pneumologista credenciado do Cartão São Gabriel.

“A variante Delta é apenas uma variação das cepas anteriores, diferente em alguns pontos presentes na sua carapaça e, por isso, que ela escapa dos exames atuais descritos”, afirma o médico, que comenta ainda sobre a razão dela ser tão contagiosa e possuir sintomas semelhantes as outras variantes.

“Essa variante Delta é muita mais contagiosa por possuir em seus receptores alguns com poder de ligação à célula com maior efetividade. E em relação a sintomatologia, é basicamente a mesma, apenas ela se liga mais facilmente à parede da célula e por isso é mais transmissível, porém menos importante em termos de gravidade”, conclui.

Em Caruaru, a Clínica São Gabriel realiza teste de COVID, que também detecta a variante delta. O resultado sai em apenas 1 hora.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 19.08.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta quinta-feira (19), 97,53% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 51 novos casos, 48 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 105.517 dos quais 40.278 foram através do teste molecular e 65.239 pelo teste rápido, com 31.919 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 73.003.

Também já foram registrados 121.157 casos de síndrome gripal e 934 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 595 casos, 71 pessoas em isolamento domiciliar e 15 internamentos.

Armando: “atual proposta de reforma do Imposto de Renda não deveria ser votada”

Em entrevista à coluna Painel da Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira (19), o ex-senador e Conselheiro Emérito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, disse que a proposta de reforma de Imposto de Renda “está longe de ser aceitável” e que deveria ser discutida de forma mais cuidadosa, assegurando audiência ampla dos setores.

Abaixo, as declarações de Armando publicadas pela coluna:

Reforma do IR foi desfigurada e não deveria ser votada, diz CNI

O ex-senador Armando Monteiro, também ex-presidente da CNI, uma das entidades que vinham fazendo pressão para se prolongar a discussão sobre a reforma do Imposto de Renda e fazer ajustes no texto, diz agora que a proposta não deveria ser votada porque foi “desfigurada após todas as mudanças que ocorreram desde a apresentação da primeira versão pelo governo”.

Segundo ele, caso passe ao Senado, haverá mais pressão para que não seja aprovada na Casa ou sofra alteração profunda.

“O projeto ficou absolutamente inconsistente no seu conjunto e do ponto de vista da indústria e dos setores produtivos. Está longe de estar aceitável. Não deveria ser votado. Deveria ser discutido de forma mais cuidadosa por uma comissão especial assegurando audiência ampla dos setores”, diz Monteiro, hoje conselheiro emérito da CNI.

O texto, proposto pelo governo, sofreu diversas alterações no último mês, mas ainda enfrenta resistências.

A CNI vinha dizendo que o projeto ia na direção correta, mas pedia ajustes no texto, como a redução maior no imposto cobrado das empresas e a taxação de dividendos com alíquota inferior ao que previsto.

Pediu também a manutenção do mecanismo do JCP (Juros sobre Capital Próprio), forma de distribuição de lucro a acionistas e que permite dedução de imposto pelas empresas.

O projeto também é alvo de reclamações de diversos setores, além de governadores e prefeitos, que receiam perder arrecadação.

Overdrives anuncia selecionadas para a 5º turma de aceleração

O Centro de Inovação da UNINASSAU – Overdrives divulgou as quatro startups que irão participar da 5º turma do seu programa de aceleração. As vencedoras da seleção foram: Fluxo, iFeira, Lumi e Rutt. Cada selecionada receberá um incentivo de, aproximadamente, R$ 120 mil.

Foram mais de 100 startups inscritas, representando 15 estados brasileiros e mais de seis segmentos de mercado. Além do apoio financeiro e tecnológico, as quatro startups selecionadas irão contar com uma equipe de mentoria para auxiliar nas decisões que serão tomadas durante o ciclo de aceleração.

O diretor-executivo de Inovação e Serviços do grupo Ser Educacional, mantenedor da Overdrives, Joaldo Diniz, ressaltou a importância do programa de aceleração. “O programa de aceleração é destinado para todas as áreas de negócios e vem para dar um suporte financeiro para essas startups. Além de promover mentorias com profissionais de destaque em diversas áreas e criar conexões e networks que serão fundamentais para o desenvolvimento das empresas”, afirma.

O diretor da Overdrives, Luiz Gomes, destacou um dos principais objetivos da aceleração. “Queremos ajudar as startups a alcançar resultados de alto impacto numa jornada imersiva, apoiada por métodos ágeis de trabalho. Além disso, desta vez, o processo será 100% remoto, o que deve acelerar diversas etapas de desenvolvimento dos negócios”, ressalta.

Conheça um pouco sobre as vencedoras:

Fluxo: A Fluxo é uma plataforma que gerencia a experiência dos colaboradores e clientes de empresas, de maneira simples e intuitiva. Uma ferramenta desenvolvida para gestores que se preocupam tanto com resultados quanto com o bem-estar da equipe.

iFeira: Canal de vendas on-line com delivery de experiência para o varejo de vizinhança, atendendo empresas de pequeno e médio porte no B2C E B2B, personalizando o delivery e movimentando assim várias regiões da cidade.

Lumi: Plataforma de ensino on-line que personaliza a trilha de aprendizagem de cada aluno baseado na análise de suas respostas e engajamento

Rutt: Trata-se de um aplicativo que conecta passageiros com motoristas de van e carros de linha. Todos oferecendo um serviço porta-a-porta sem precisar que o passageiro vá a uma rodoviária para reservar e viajar. Todo esse processo é 100% on-line, trazendo mais comodidade ao cliente.

Prefeitura de Caruaru abre pré-cadastro para crianças e adolescentes com 12 anos ou mais

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde, deu início ao pré-cadastro das crianças e adolescentes com 12 anos ou mais. Até então, nesta faixa etária, só estão sendo vacinadas as pessoas com deficiência permanente e com comorbidades.

Com a abertura do pré-cadastro, o município se prepara para dar início à vacinação de todo o público. “É importante lembrar que o pré-cadastro serve, para nós, como um senso que nos ajuda a planejar, de maneira segura e eficiente, a vacinação da população caruaruense, para que as doses que cheguem ao município sejam suficientes para imunizar a totalidade da faixa etária liberada”, explicou o secretário de saúde de Caruaru, Breno Feitoza.

O agendamento será feito automaticamente, como nos demais grupos, e será disponibilizado no mesmo link onde é feito o pré-cadastro, conforme ampliação de faixa etária.

No dia agendamento, essas crianças e adolescentes deverão comparecer ao local de vacinação acompanhadas pelos pais ou responsáveis e apresentar: documento oficial com foto ou certidão de nascimento, cópia do CPF ou do Cartão Nacional do SUS (CNS), comprovante de residência e caderneta de vacinação.

Espetáculo de Pernambuco estreia no Festival de Teatro Virtual

A Fundação Nacional de Artes – Funarte, na terceira semana do Festival de Teatro Virtual da instituição, exibe as montagens Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro e Ombela. A primeira, do Rio de Janeiro, oferece uma reflexão sobre quais corpos são vistos e considerados na atualidade. A segunda, de Pernambuco, faz uma busca poética a partir da ancestralidade africana, com base no mito de Ombela, que significa chuva na língua umbundo angolana. As sessões serão publicadas no canal da Fundação no YouTube, nos dias 19 e 20 de agosto, às 18h30.

A agenda do festival tem 25 apresentações teatrais, de grupos e companhias das cinco regiões do País, voltadas ao público adulto e infantil. Um novo espetáculo será divulgado on-line todas as quintas e sextas, até o final de outubro, sempre no mesmo horário. Os vídeos ficam disponíveis para acesso posterior e podem ser acessados em: bit.ly/FestivaldeTeatroVirtual.

Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro

Nesta quinta-feira, dia 19, o espetáculo-performance Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro, de Maurício Lima, será liberado na plataforma de vídeos. Na obra, Maurício faz uma “arqueologia afetiva” de “artefatos” recolhidos na pesquisa para criação do Museu dos Meninos (www.museudosmeninos.com.br), projeto autoral do performer. A partir de desenhos, grafismos, memórias vividas e inventadas, ele chama o público a refletir sobre quais corpos são vistos e ouvidos, sobre quem tem o direito de narrar a própria história.

De acordo com Maurício Lima, o trabalho foi construído durante a pandemia, pela “urgência desses tempos”. “Diante da impossibilidade do encontro e de todas as violências advindas e potencializadas pela pandemia, nos colocamos o exercício de criar espaços de encontros, afetos e reflexão, subvertendo plataformas e dispositivos que não foram criados para o fazer teatral, e a partir dessa subversão criar uma obra que mobilize o espectador do outro lado da tela para juntos imaginarmos outras possibilidades de futuro”, explica o performer.

Para Maurício Lima, o teatro, como arte viva, atravessa tempos por meio “de um comprometido diálogo com o tempo presente, carregando o passado e tateando futuros”. Apesar de ganhar força neste momento, o teatro on-line não é algo novo, pois já era experimentado por diversos artistas. Agora, contudo, prossegue o performer, essa possibilidade é experienciada de uma forma coletiva.

“É uma honra poder participar deste Festival que traça um panorama nacional de espetáculos e experimentos teatrais, escrevendo um documento importante para a história do teatro no Brasil, com uma diversidade de olhares, abordagens e experiências artísticas”, reforça Maurício Lima.

Ombela

Já na sexta-feira, dia 20, será exibida a versão em vídeo do espetáculo Ombela, encenado pela primeira vez em 2014. A companhia O Poste Soluções Luminosas realiza um trabalho de busca da ancestralidade africana, com base no texto/poema épico do escritor africano Manuel Rui, Ombela, inspirado no mito de mesmo nome. Na língua umbundo angolana, ombela significa chuva. Indicado a maiores de 18 anos, o espetáculo fala sobre duas gotas que se transformam em entidades, personificando o corpo e a voz da chuva.

“Essa(s) Ombela(s) inventa(m) nascentes e desdobra(m) rios ao som do vento e a cada gota faz nascer ou morrer coisas, gente e sentimentos”, diz o grupo. O espetáculo representa os arquétipos do universo feminino e convida a refletir sobre quem somos e para onde vamos.

Além de ser interpretada em português, a obra também é falada e cantada em umbundo. “É uma satisfação participar deste festival com Ombela, porque ele vem trazendo um ineditismo em sua encenação e na sua composição”, declara Samuel Santos, diretor do grupo, chamando a atenção para os dois idiomas utilizados, no contexto da cultura afro-indígena.

Com direção musical da cantora Isaar França, encenação de Samuel Santos e interpretação de Agrinez Melo e Naná Sodré, o espetáculo ganhou prêmio especial pela pesquisa em Matriz Africana no Festival Internacional Janeiro de Grandes Espetáculos 2015.

Sobre o Festival de Teatro Virtual da Funarte

A programação é resultado do edital Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual 2020, lançado em agosto daquele ano. O objetivo era incentivar montagens para apresentação virtual e contribuir para a manutenção de coletivos, grupos e companhias. “Ele foi elaborado em meio a pandemia como uma saída, uma alternativa de fomento à classe artística, contemplando não apenas os artistas, mas também os técnicos”, declara Renata Januzzi, coordenadora de Teatro e Ópera da Funarte. Com o festival, a Fundação busca ainda estimular a democratização e acessibilidade à linguagem artística.

O Teatro Virtual faz referência e homenagem a outro projeto da Funarte, a Série Seis e Meia, que promovia shows de música sempre às 18h30. A ideia é manter o compromisso de levar arte ao público com assiduidade, em um horário acessível, mesmo que à distância. Os vídeos, previamente gravados, ficam disponíveis gratuitamente para o público após a exibição.

Renata Januzzi ressalta a força histórica do teatro, que hoje enfrenta mais um desafio para se manter presente. “O teatro é uma arte milenar e vem sobrevivendo a diversas ameaças de extinção. Dentre elas, a tecnologia, que já foi uma dessas ameaças, surge agora como uma solução de fomento a uma linguagem tão artesanal.”

Programação do Teatro Virtual

O festival teve início em 5 de agosto com O Homem e a Mancha (SP), encenado pelo ator, professor, produtor e diretor Marcos Breda, em texto de Caio Fernando Abreu, com direção de Aimar Labaki e fotografia de Jacob Solitrenick. No dia seguinte, foi a vez de Zapato busca Sapato, da Trupe de Truões (MG), história para todas as idades sobre um “sapato recém-nascido” à procura de seu par. Na semana seguinte, foram exibidos A Casa de Farinha do Gonzagão e A Cripta de Poe, inspirados, respectivamente, no instrumentista, compositor e cantor Luiz Gonzaga e no escritor estadunidense Edgar Allan Poe.

Os vídeos ficam disponíveis para acesso posterior e podem ser acessados em: bit.ly/FestivaldeTeatroVirtual. Na semana que vem, o festival dá continuidade à agenda da região Nordeste, seguida por grupos do Norte, Sul e Centro-Oeste do País.

Espetáculos desta semana:

Dia 19 de agosto | Quinta-feira
Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro | RJ
Espetáculo-performance de Mauricio Lima

 

Dia 20 de agosto | Sexta-feira
Ombela | PE
O Poste Soluções Luminosas
Classificação: 18 anos

Espetáculos já disponíveis:
bit.ly/FestivaldeTeatroVirtual

Monólogo O Homem e a Mancha: 24 anos-luz | SP
Com o ator Marcos Breda e texto de Caio Fernando Abreu
Classificação: 12 anos

Espetáculo infantil Zapato busca Sapato | MG
Com a Trupe dos Truões
Classificação Livre

Espetáculo A Casa de Farinha do Gonzagão | SP
Teatro-Baile Produções
Classificação: 10 anos

Espetáculo A Cripta de Poe | SP
Companhia Nova de Teatro

 

Incluir ciclista é essencial para bom funcionamento dos centros urbanos

A bicicleta é capaz de trilhar grandes distâncias ocupando pouco espaço, além de ser uma forma barata de tirar as pessoas do sedentarismo e não agredir o meio ambiente. Em 2020, ela se tornou ainda mais importante – devido à necessidade de um transporte mais seguro em meio à pandemia, passou a ser recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma ótima forma de deslocamento, já que a exposição a Covid-19 é baixa. Mesmo com o aumento do uso de bicicletas, os grandes centros urbanos enfrentam vários desafios quando se fala em mobilidade urbana.

O debate sobre o uso da bicicleta como um meio de transporte está presente na esfera pública brasileira há alguns anos, com a implementação de ciclofaixas e ciclovias. Dentro deste contexto, o Dia Nacional do Ciclista, comemorado nesta quinta-feira (19), foi criado para prestar uma homenagem ao ciclista e biólogo Pedro Davison, que morreu em 19 de agosto de 2006 após ser atropelado por um automóvel no Eixo Rodoviário Sul, em Brasília, quando tinha apenas 25 anos. A data para o ciclista é também uma reivindicação por um espaço adequado e seguro. “O grande desafio é enfrentar a priorização dos veículos privados em detrimento dos transportes coletivos, ciclistas e pedestres. Os centros urbanos estão sobrecarregados com o grande número de carros que circulam diariamente. É necessário reverter essa lógica e inserir o pedestre, ciclistas e transporte público como prioritários”, afirma a urbanista e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Sofia Mahmood.

A bicicleta sempre esteve presente nos centros urbanos, principalmente entre a população de baixa renda. A concorrência, injusta, entre ciclistas e veículos motorizados é antiga. Só entre 2010 e 2019, o número de atendimentos hospitalares a ciclistas atropelados cresceu 57%.

A urbanista ressalta que a priorização do pedestre, ciclista e transporte público, resulta em um bom funcionamento dos centros urbanos. “Gestão e o planejamento das cidades estão dando um pouco mais de visibilidade ao enfrentamento da questão mobilidade, uma vez que os centros estão sobrecarregados e precisamos de cidades mais sustentáveis. A inclusão do ciclista nas vias urbanas está sendo inserida aos poucos, através de ciclofaixas, ainda, fragmentadas”. Atualmente, o Recife possui 125,5 km de rede cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que representa um aumento de 420% desde 2013, quando havia apenas 24 km.