João Paulo Costa defende retomada dos eventos em Pernambuco

Presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual João Paulo Costa (Avante) tem trabalhado para ajudar o setor de eventos em Pernambuco. O parlamentar considera já ser possível a volta de eventos no Estado, seguindo as orientações dos órgãos de saúde. “O número de casos e também o de óbitos têm diminuído em Pernambuco. Estamos avançando no plano de convivência com a covid-19 e já retomamos atividades importantes como academias, shoppings, bares e restaurantes. Manter a paralisação do setor de eventos, um dos mais afetados pela pandemia, preocupa bastante, isso porque o segmento emprega muitas pessoas. São pais e mães de família que precisam trabalhar e, por isso, é importante que os eventos sejam retomados”, defendeu.

João Paulo Costa tem apresentado projetos para auxiliar o segmento. O deputado é autor do projeto de lei que normatiza as apresentações artísticas e culturais na modalidade drive-in durante a pandemia de coronavírus. “Vou procurar o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, para discutir o assunto e ter uma posição do Governo do Estado sobre o cronograma da retomada das atividades do setor de eventos”, frisou o parlamentar.

Movimento do Comércio sobe 4,5% em julho, diz Boa Vista

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, avançou 4,5% em julho na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados apurados pela Boa Vista. Na avaliação acumulada em 12 meses, o indicador apresenta retração de 3,2%. No acumulado do ano houve queda de 7,5% contra o mesmo período do ano passado. Já em relação ao mesmo mês de 2019, o varejo recuou 1,3%.

Após o indicador registrar queda acentuada em abril, os resultados do trimestre entre maio e julho recuperam parte dessa perda e somam três avanços mensais consecutivos, refletindo leve reação do varejo com as medidas de estímulo aos empresários e consumidores no combate à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Ademais, dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus, reduzindo renda e emprego, e pelas medidas de isolamento social ainda vigentes, espera-se que o movimento do comércio siga bastante fragilizado ao longo de 2020. Portanto, apesar do aumento na base mensal, melhores resultados ainda dependerão da continuação na flexibilização das medidas de isolamento e do desempenho dos principais setores da atividade.

Setores

Na análise mensal, o segmento de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou alta de 12,8% em julho após já ter avançado em maio e junho, descontados os efeitos sazonais. Já nos dados sem ajuste sazonal, o segmento desacelerou seu ritmo de queda na análise acumulada em 12 meses registrando variação de -14,0%.

A atividade de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” registrou variação de -0,1% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 2,8% em relação ao ano anterior.

Já a categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 6,1 no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados dos últimos 12 meses houve alta de 5,2%.

Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” apresentou elevação de 0,7% em julho considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de –7,4%.

Metodologia

O indicador Movimento do Comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista, por empresas do setor varejista. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100, e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

A série histórica do indicador está disponível em: www.boavistaservicos.com.br/economia/movimento-do-comercio/

Artigo – Sustentabilidade de Marketing para o Setor de Moda

O objetivo principal da sustentabilidade é sustentar a sociedade, encontrar um modo de existência social humana que possa ser praticada no futuro. Os processos ambientais e ecológicos são sistemas de suporte físico para a sociedade e a sua integridade deve ser mantida a fim de que a sociedade exista fisicamente. A economia, troca de bens e serviços, é o mecanismo dentro da sociedade que assegura ou, pelo menos promove, o bem-estar de cada indivíduo na sociedade. Portanto, as ideias de sustentabilidade devem ser integradas nas questões sociais, em cada nível, à medida em que a sustentabilidade amadurece como um conceito e um objetivo.

A sustentabilidade tem sido extensivamente estudada em várias disciplinas de negócios, incluindo a administração, marketing e operações, cobrindo tópicos tais como o chamado Triple Bottom Line, negócios verdes e responsabilidade corporativa. Os principais elementos da responsabilidade social incluem: governança organizacional, direitos humanos, práticas de trabalho, meio ambiente e o envolvimento da comunidade no desenvolvimento. A teoria da Triple Bottom Line inclui um foco adicional sobre a economia, a fim de enfatizar os benefícios financeiros resultantes da sustentabilidade. Em resposta às necessidades práticas, a Organização Internacional de Padronização desenvolveu a família do ISO 14000, grupo de padrões que proporciona uma orientação em relação à gestão ambiental. ISO 26000 foi introduzida em 2010 com o objetivo de oferecer guias as empresas que desejarem implementar iniciativas de responsabilidade social.

Belz e Peattie (2009), num dos primeiros livros textos sobre sustentabilidade de marketing, sugeriram um esquema holístico e uma perspectiva global que foque a sustentabilidade ecológica, em invés da eficiência econômica e do reconhecimento do valor intrínseco da natureza. Na definição de sustentabilidade de marketing, esses autores enfatizam as relações de longo prazo, bem como a construção e manutenção de relações sustentáveis com os consumidores, o ambiente social e natural.

Além disto, a sustentabilidade demanda o reconhecimento dos limites finitos da natureza como uma fonte de recursos e distingue entre (impossível) crescimento econômico ilimitado e desenvolvimento sustentável. Uma vez que a sustentabilidade ecológica implica em olhar o mundo de uma forma fundamentalmente diferente.

A partir da década de 1990, é perceptível um movimento da indústria da moda em adotar a sustentabilidade também como estratégia de diferenciação (ELKINGTON, 1994).

Iniciativas sustentáveis são cruciais para empresas que se encontram em áreas de negócios mais sensíveis à temática, como é o caso da indústria da moda, reconhecida negativamente pelo uso intensivo de recursos naturais, pelas condições de trabalho insalubres (Caniato et al., 2012; Goworek, 2011), e subcontratações expansivas (Rech, 2008; Nunes; Campos, 2006). Este é um setor que oferece diversos riscos socioambientais, tendo em vista ser uma das indústrias que mais empregam no mundo, inclusive em países em desenvolvimento, e seus processos fabris que habitualmente envolvem impactos ambientais agressivos (GARDETTI; TORRES, 2013; PEDERSEN; GWOZDZ, 2014; UNIETHOS, 2013).

Ademais, o sistema da moda é tradicionalmente uma área efêmera e dinâmica, o que resulta na imposição de um ritmo de obsolescência programada muito rápido, com alta volatilidade, ocasionando altos níveis de compra por impulso, assim como o descarte de produtos de forma precoce, como é o caso do fast-fashion (KIKUCHI; SILVA, 2011; PERRY, 2012).

Mascarenhas, Dias e Baptista, (2015) apontam que o setor têxtil e de confecções apresentam características comuns a setores onde ocorrem casos de escravidão contemporânea, sendo que 6% (ou mais) dos casos identificados no Brasil ocorreram neste setor. Tal afirmação chama a atenção para a necessidade de se atentar a aspectos das estratégias de sustentabilidade de marketing no setor da moda (econômico, ambiental, social, ética/cidadania ecológica e tecnologia de informação) na condução dos seus negócios (GALLELI; SUTTER; MACLENNAN, 2015; LIM, 2015; RODRIGUES; RODRIGUES FILHO, 2018).

Muito em razão das proporções que têm tomado as críticas a respeito dos impactos negativos sociais e ambientais, o modo de se fazer negócios na indústria da moda tem mudado. Ao longo das duas últimas décadas, uma razoável variedade de padrões, organizações não- governamentais e iniciativas associadas à temas, tais como produção limpa, ética, responsabilidade e cooperação, apareceu (e por vezes desapareceu) neste setor (Goworek, 2011; Pedersen; Gwozdz, 2014). Do mesmo modo, diversos nichos produtivos e grandes empresas começaram a se dedicar às questões envoltas na sustentabilidade (PEDERSEN; GWOZDZ, 2014).

De modo geral, a sustentabilidade de marketing pode contribuir para as demandas e os impactos negativos sociais e ambientais do setor de moda sustentável, através das suas estratégias: econômica, ambiental, social, ética/cidadania ecológica e de tecnologia de informação na condução dos seus negócios.

José Austerliano Rodrigues. Especialista Sênior em Sustentabilidade de Marketing e Doutor em Marketing Sustentável pela UFRJ, com ênfase em Sustentabilidade e Marketing, com interesse em pesquisa em Marketing Sustentável, Sustentabilidade de Marketing, Responsabilidade Social e Comportamento do Consumidor. E-mail: austerlianorodrigues@bol.com.br.

Retorno às aulas exigirá debate transparente e novas estratégias educacionais

O debate sobre a possibilidade da volta às aulas, em meio a uma grave pandemia, precisa ser entendido como algo muito além dos cuidados de higienização e protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias. Para a consultora educacional e psicóloga, Carla Jarlicht, é preciso dar maior atenção aos aspectos emocionais, tanto de professores quanto de alunos, estabelecendo uma nova estratégia que deverá surgir de um debate transparente entre todos os envolvidos: estabelecimentos, pais, alunos, professores, poder público e sociedade.

– Serão muitos os desafios. E vão dos aspectos estruturais e organizacionais da escola, que deverá atender aos protocolos, aos aspectos emocionais, que envolvem não só o acolhimento dos alunos como também o das famílias. Todos estão, em alguma medida, sensíveis a tudo que vem acontecendo e, de certa forma, inseguros, ansiosos e um tanto esperançosos com o que está por vir – afirma Jarlicht.

Para ela, o retorno ao ensino presencial demandará do professor novas estratégias para a reinvenção tanto das relações afetivas quanto do trabalho pedagógico em si, repensando os projetos, de acordo com a avaliação diagnóstica dos alunos, contemplando novos encaminhamentos, além de outros combinados para a rotina, que será inteiramente diferente.

– Essa nova realidade será um grande desafio para todos na escola, sobretudo para os professores que são o porto seguro dos alunos, suas famílias e coordenação. Portanto, o acolhimento deve também se estender a eles. Gestores e coordenadores precisam estar abertos para ouvir esses profissionais nas suas demandas e trabalhar em parceria.

Carla lembra que a escola é um lugar de encontro. E que seria fundamental criar um espaço para diálogo transparente com as famílias e a comunidade para que, juntos, possam pensar sobre esse retorno às aulas e sobre como viabilizar a prática de tais protocolos.

-Discutir, ponderar, acalmar as angústias, alinhar as expectativas e planejar soluções possíveis. Mais do que nunca, num contexto como a de uma pandemia, precisamos pensar coletivamente, compartilhando a responsabilidade entre todos os envolvidos – salienta.

A especialista destaca, citando o educador português José Pacheco, que “escola não é edifício; escolas são pessoas”.

– Sendo assim, para além de todos os cuidados de higienização, que são importantíssimos, temos que focar na saúde emocional de crianças e adultos. A situação vivida ainda é delicada sob muitos aspectos e, sobretudo, o aspecto emocional. Muitas e diversas foram as perdas, não podemos fechar os olhos para isso, não será possível continuar de onde havíamos parado, como se tudo tivesse sido um feriado prolongado – resume.

Nota do movimento municipalista sobre o adiamento do Censo Demográfico

É com muita preocupação que a Confederação Nacional de Municípios (CNM) recebe informações de que a realização do Censo Demográfico de 2020 pode vir a ser realizado apenas em 2022 em decorrência do remanejamento de orçamento. A entidade destaca que a o tema deve ser uma prioridade para o país por conta do forte impacto aos 5.568 Municípios e, consequentemente, à população brasileira.

Ressalta-se que o número de habitantes define os coeficientes de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal fonte de custeio da maioria das cidades, bem como das transferências de inúmeros programas federais. Além disso, a entidade aponta que o Censo é a mais importante radiografia do Brasil, e os indicadores demográficos e socioeconômicos produzidos orientam investimentos e subsidiam políticas implementadas pelas três esferas de governo.

A não realização do Censo 2020 também incorre no descumprimento da Lei 8.184/1991, que determina a realização decenal do Censo Demográfico. Importante alertar que as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já estão defasadas, tendo em vista que a contagem populacional que deveria ter sido realizada em 2015 não ocorreu, havendo um vácuo de dez anos no que se refere a esses dados.

Com isso, o IBGE tem trabalhado nos últimos anos apenas com estimativas, que, em muitos casos, não condizem com a realidade dos Municípios no que se refere ao número de habitantes, ocasionando perdas significativas de receitas e dificuldades para prestar serviços essenciais à população. Diante da ameaça real de não promoção do Censo 2020, o movimento municipalista vem atuando para garantir que o levantamento seja realizado.

Desde 2015, representantes da CNM e gestores locais se reúnem com técnicos e diretoria do IBGE, deputados e senadores e com o Tribunal de Contas da União (TCU), para sensibilizá-los sobre os impactos dos dados na administração municipal. Além disso, a Confederação promoveu e participou de várias mobilizações em que destacou o tema. Em 2018, o movimento conseguiu garantir no Congresso Nacional o congelamento do coeficiente populacional de 135 Municípios que perderiam com a estimativa.

A entidade também protocolou ofício na Presidência da República e, em todas as situações, apresentou, por meio de estudos, os impactos negativos para os Municípios referentes às divergências na estimativa populacional. A entidade ainda reforçou essas dificuldades enfrentadas pelos gestores e conferências e outros eventos realizados pelo próprio IBGE.

A CNM compreende o adiamento para o próximo ano em decorrência da pandemia provocada pelo coronavírus, pois entende que a atenção deve estar de fato voltada à saúde da população neste momento. No entanto, faz-se imprescindível que esse orçamento volte a ser disponibilizado em 2021 para a realização do Censo, por ser esse um dos instrumentos prioritários para sanar injustiças nas informações municipais e a base para a definição de todas as políticas públicas no país.

Projeto de deputado define critérios e ordem de prioridade para vacinação contra a Covid-19

Diante da impossibilidade de imunizar toda a população brasileira de uma só vez e das divergências sobre os critérios para definir os grupos prioritários para vacinar, tão logo a vacina contra Covid-19 esteja disponível, o líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PE), protocolou na Câmara Federal o Projeto de Lei 3982/20 que estabelece os procedimentos e ordem de prioridade para a imunização.

De acordo com o projeto – o primeiro a tratar sobre a vacinação contra a Covid-19 –, encabeçam a lista os profissionais de saúde e os de manutenção da ordem pública, seguidos de idosos com mais de 60 anos; pessoas com comorbidades; profissionais da educação; atendentes de público em órgãos públicos e empresas privadas; jornalistas; e, por fim, pessoas saudáveis de idade inferior a 60 anos.

Pelo texto, que altera a lei 13.979/2020, a imunização deverá ter início no prazo máximo de 15 dias após ser aprovada a vacina pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda de acordo com a proposta, a vacina será distribuída diretamente pelo Ministério da Saúde ou por meio de Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Além da distribuição, as secretarias também ficarão responsáveis por divulgar data e local de vacinação.

Veja mais detalhes do projeto no link: https://bit.ly/2Dv5Szf

IBGE: Mais de 8 milhões de brasileiros trabalharam de casa até o fim de julho

Teletrabalho, home office ou trabalho remoto.

O “novo normal” ao qual o mundo está se adaptando em meio à pandemia da Covid-19 promete modificar, definitivamente, as relações de trabalho. Antes resistentes em adotar o regime de trabalho remoto — regulamentado pela lei brasileira — muitas empresas se viram forçadas a aderir ao home office em decorrência da crise que o novo coronavírus causou.  De acordo com o IBGE, cerca de 8,4 milhões de brasileiros estavam trabalhando de casa até o fim do mês de julho.

Segundo a advogada Cyntia Possídio Lima, o isolamento social antecipou uma transição no mundo do trabalho que já vinha se desenhando. “Essa é uma realidade que veio para ficar. A adoção do home office ou teletrabalho só cresceu desde então, devido ao desenvolvimento da tecnologia, fruto de uma era na qual se impera a lógica digital, modificando as relações de trabalho”, afirma.  

Matheus Nobre de Lima, 25 anos, conta que passou a trabalhar de casa no fim de março, por conta da pandemia da Covid-19. Ele é analista de requisitos em uma empresa de TI. Depois de consultar os clientes comumente atendidos e receber uma resposta positiva, a empresa também ouviu os funcionários e decidiu instituir o home office permanentemente, para alegria de Matheus. 

“Eu gostei desse formato. É muito bom poder trabalhar da minha casa. Isso proporciona mais qualidade de vida, ao meu ver. Principalmente, porque eu tenho mais tempo com a minha família em casa, tenho acesso ao meu banheiro e cozinha. Isso tudo melhora a qualidade de vida do profissional”, relata.  

O temor de muitos gestores com a queda de produtividade dos funcionários não se confirmou. Agora, diante da tentativa de implementar o modelo de modo permanente, muitas dúvidas podem surgir, especialmente em relação à legislação. Especialista em Direito do Trabalho, Karolên Gualda Béber, diferencia os termos. Ela diz que o “teletrabalho está previsto na CLT”. Já o home office, explica, é um estágio “mais pontual”. 

Segundo Karolên, a legislação brasileira não traz uma regra específica sobre quem arca com os custos do trabalho em casa, nem como fazer esse cálculo. “A empresa [é quem deve] vai arcar com o custo de internet, luz e telefone. É importante deixar claro que isso vai sempre ser objeto de negociação entre a empresa e o empregado”, orienta. 

Direitos

Com exceção do vale-transporte, os especialistas entendem que os benefícios que o trabalhador ganha além do salário devem ser mantidos. O vale-refeição, usado comumente para compras em restaurantes e lanchonetes, por exemplo, poderia ser substituído pelo vale-alimentação, aceito em supermercados. 

Karolên afirma que deve haver cuidado por parte das empresas para não invadirem a vida privada do trabalhador. “O empregado que sentir que está sofrendo um controle, que sofre uma fiscalização e quer pleitear seus direitos na Justiça, ele vai ter que juntar provas da fiscalização do empregador. Pode ser e-mail, WhatsApp, momentos de login e logout no sistema. Tudo isso é prova da jornada e do controle de jornada feito pelo seu empregador”, aconselha. 

Números

Além da melhoria na produtividade, o trabalho remoto pode dar alívio ao caixa dos empregadores. Segundo o ministério da Economia, até junho, o governo federal economizou R$ 360 milhões com a implantação do home office. 

Fonte: Brasil 61

Projeto Fiocruz cria estratégia de combate à Covid-19 para favelas e comunidades

Um projeto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está criando estratégias para o combate ao coronavírus nas comunidades e favelas do Rio de Janeiro. Batizado de “Conexão saúde: de olho na Covid”, a ideia é intensificar a orientação da população, a realização de testes e o rastreamento das pessoas que tiveram contato com pessoas infectadas.

De acordo com a Fiocruz, a preocupação dos especialistas em saúde é que, apesar da taxa de incidência da Covid-19 ser menor em favelas, são as comunidades que registram as maiores taxas de mortalidade. Além disso, a organização aponta que a falta de testes nessas regiões dificulta a elaboração de estratégias mais efetivas.

O médico sanitarista da Fiocruz, Valcler Fernandes, explica como vai funcionar ação: “Vai ter a divulgação da iniciativa pela comunidade. O paciente é encaminhado para testagem, para fazer o PCR. Depois disso o resultado é enviado em 48 horas. Articulamos com agentes de saúde e uma equipe de campo.  Nós visitamos um paciente, ele recebe recomendação de isolamento e passa a ser acompanhado por meio da telemedicina”, explica.

Participam da iniciativa as entidades Conselho Comunitário de Manguinhos, Redes da Maré, Dados do Bem, SAS Brasil e União Rio. A ideia é que o acompanhamento do dia-a-dia das comunidades permita a elaboração de estratégias mais eficazes.

Inicialmente, o projeto será desenvolvido na zona norte do Rio, no Complexo da Maré e em Manguinhos. Mas o objetivo é expandir para outras comunidades.

Eliana Sousa Silva é fundadora da ONG Redes da Maré. Ela explica que esses locais precisam de estratégias diferentes, já que a infraestrutura não permite o mesmo modelo de isolamento social, por exemplo.

“As pessoas que moram em favelas e periferias tem dificuldade de cumprir os protocolos. Não adianta ter as clínicas da família se a gente não conseguir fazer com que elas funcionem e deem uma resposta como deveriam. Essa articulação que tem a sociedade civil, entidades privada e pública é uma demonstração de como, nesse momento difícil, precisamos estar buscando alternativas”, explica Eliana.

Além de coletar amostras e realizar os testes, a Fiocruz vai atuar coordenando e fazendo a capacitação dos profissionais que vão operar nas comunidades. 

Fonte: Brasil 61

Em cinco meses Brasil pode ter soro contra Covid-19, feitos a partir de cavalos

O soro produzido a partir do plasma de cavalos possui anticorpos que chegam a ter 50 vezes mais potência do que os produzidos pelos seres humanos contra o vírus da Covid-19. É isso o que aponta a pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Vital Brazil (RJ), ao divulgar resultados promissores para o tratamento da doença.

Em uma visão otimista pela produção para combater a doença, o soro estará disponível daqui a quatro ou cinco meses. De acordo com o estudo, feito em 70 dias, os plasmas de quatro dos cinco cavalos que receberam o vírus em maio deste ano, com a proteína S recombinante do coronavírus, apresentaram anticorpos com capacidade de neutralizar o vírus com 20 a 50 vezes mais potência contra o SARS-CoV-2 do que os plasmas de pessoas que tiveram Covid-19.

O trabalho foi coordenado pelo professor do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jerson Lima Silva, e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Segundo ele, a primeira evidência apresentada pela pesquisa é a de que os animais com o vírus passaram a produzir uma quantidade muito alta de anticorpos e foi possível avaliar um aumento na dificuldade de transmissão.  

“É importante explicar o que faz com o plasma, que não sai direto do cavalo. Ele sai do animal, depois é processado, as imunoglobulinas são purificadas e tratadas para eliminar uma parte que possa causar qualquer reação adversa. E tudo isso já é um tratamento tradicional, feito desde os anos 80”, detalha o processo, o pesquisador.

Fonte: Brasil 61