Manutenções nas vias do município foram realizadas durante o fim de semana

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Obras, realizou, no último fim de semana, mais uma ação de tapa-buracos e manutenção em algumas vias do município, entre elas: na Rua Capitão João Velho e na Dr. Júlio de Melo, no Centro da cidade; embaixo do viaduto do final da avenida Agamenon Magalhães e na estrada do Murici.

Os reparos aconteceram em pontos críticos de buracos que foram abertos pela Compesa há algum tempo e não foram fechados. Também foram feitas manutenções que eram de responsabilidade do DER-PE, mas como estavam atrapalhando o dia a dia do caruaruense, foram incluídos no cronograma de atividades semanal da secretaria, uma vez que o serviço não foi realizado pelo órgão competente.

Na semana passada (13 a 17/07), as equipes de manutenção estiveram nos seguintes bairros: Alto do Moura; Avenida Brasil; Baraúnas; Cidade Alta; Indianópolis; IV Distrito; José Carlos de Oliveira; Maurício de Nassau; Nova Caruaru; Petrópolis; Rendeiras; Riachão; Salgado; São José e Santa Rosa. Eles receberam reparos na pavimentação, desobstrução de redes de esgotos e limpeza de sistemas de drenagem.

De hoje (20) até sexta-feira (24), recebem as Operações Tapa-Buracos e de Manutenção: Alto do Moura (acesso ao Luiz Bezerra Torres); Avenida Brasil; Encanto da Serra; II Distrito; João Mota; José Carlos de Oliveira; Kennedy; Maurício de Nassau; Morro Bom Jesus; Murici; Nossa Senhora das Dores; Petrópolis; Rendeiras; Salgado; Santa Rosa; São Francisco; São João da Escócia e Vassoural.

Foto: Jorge Farias

Em uma semana, unidade móvel de testagem realiza cerca de 450 testes em Caruaru

Em mais uma iniciativa da Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde, no combate à Covid-19 no município, a unidade móvel de testagem circulou por vários pontos da cidade. Em apenas uma semana em atividade, foi possível realizar teste em locais estratégicos e com maiores índices de vulnerabilidade da doença. Durante o período, a unidade passou por cinco localidades diferentes.

Além dos testes rápidos, também foram realizados testes moleculares. “A estratégia reforça as ações que estamos realizando na cidade. A unidade móvel irá auxiliar ainda mais no monitoramento, colhendo o material necessário para as testagens nestas áreas, percorrendo localidades consideradas de risco”, destacou o secretário de Saúde, Francisco Santos.

Na primeira semana de circulação, foi possível realizar cerca de 450 testes, entre áreas da zona rural e urbana de Caruaru, como Vila do Juá, Serra Velha, Comércio na Praça (Guararapes e Centro) e Via Parque. A unidade seguirá visitando outros pontos do município.

Foto: Arnaldo Félix

Artigo – Dia da Amizade: Psicóloga fala da amizade por fase da vida

Nesta segunda-feira (20), vivencia-se em todo o mundo o Dia Internacional da Amizade e do Amigo. Um dia que será celebrado de maneira diferente devido à pandemia pelo coronavírus, mas que servirá para relembrar a importância da amizade e o que ela traz. Afinal, o que é a amizade? Como o “ser amigo” vai se tornando durante as etapas da vida e como essa atitude vai mexendo com cada etapa?

A psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lucineide Silva, explica que a amizade é um sentimento que gera emoções de alegria, bem-estar, calma, sentimentos positivos como felicidade, compaixão. Ainda segundo a profissional, é um sentimento gratuito e recíproco, que faz tão bem ao ser humano. Alguns amigos chegam a ser considerados como nossa família, não sanguínea, mas que o coração, ou melhor, o cérebro, sentiu uma identificação e através de uma emoção foi gerada um sentimento tão forte, que se denominou amizade.

“A amizade é essencial em todas as fases do desenvolvimento humano. Somos seres biopsicossociais, ou seja, além de sermos constituídos por nosso corpo, somos por nosso psicológico, e pelo social. Este último influencia no que somos e nossas amizades refletem muito de nós mesmos”, explica a psicóloga.

Ainda segundo a docente, viver isolado é prejudicial à saúde, o isolamento pode acarretar adoecimento, visto que um nível alto de tristeza e solidão, pode gerar angústia, desânimo, e levar a patologias como a depressão. “Somos seres sociáveis e de vínculos e os amigos fazem nossa empatia crescer, proporcionam sentimentos de bem-estar, liberam substâncias positivas no nosso cérebro, que faz com que diminua o nível de tristeza, angústia e ansiedade. Ficamos mais inspirados e motivados a falar, nos movimentar, lembrar de fatos, trabalhar com nossa memória”, destaca Lucineide Silva.

A amizade nas fases da vida

Lucineide elenca como a amizade ajuda e influencia positivamente nas importantes fases da vida, infância, adolescência, adulta e terceira idade:

– Começamos na fase da infância com a amizade para o nosso processo de desenvolvimento, aprendendo as primeiras regras de convivência, de estar e ser com o outro.

– Depois na adolescência, para o processo de independência, as amizades ficam mais intensa na busca de grupos de iguais, começa o desenho para nossa identidade.

– Na fase adulta, as vezes com tantas demandas, nem nos lembramos quem somos, e as amizades são nossas referências, para lembrar de nós mesmos.

– Já quando idoso, a amizade faz com que relembremos os momentos, ativemos o cérebro, faz com que possamos sorrir do passado, ter leveza no presente e continuar a seguir.

Projeto #CulturaemRedeSescPE apresenta o espetáculo “Eu Sou”

O projeto #CulturaemRedeSescPE apresenta nesta segunda-feira (20/07), às 19h, o espetáculo “Eu Sou”, com o ator, músico e dançarino Helder Vasconcelos. A exibição será no canal oficial do Sesc PE no Youtube. O espetáculo dirigido por Marco França será seguido de uma conversa virtual entre o artista e integrantes do processo criativo do espetáculo. A live/debate será transmitida pelo Youtube, no canal do artista (www.youtube.com/user/hvsvasconcelos\).

“Eu Sou” é a última parte da trilogia de solos criada e encenada por Helder Vasconcelos, ex-integrante do Mestre Ambrósio, um dos grupos mais importantes da cena Mangue Beat. O espetáculo traz músicas do cd autoral “Sambador” e Helder utiliza instrumentos de percussão, fole de 8 baixos, voz e instrumentos digitais que, ao mesmo tempo, são de música e dança. Os produtores tecnológicos João Tragtenberg e Filipe Calegário participaram da criação.

Helder Vasconcelos – músico, ator e dançarino, é um dos formadores do grupo musical Mestre Ambrósio. Em carreira solo, criou os espetáculos “Espiral Brinquedo Meu”, “Por Si Só” e “Eu Sou“. É fundador e coordenador do grupo Boi Marinho. Atua também na criação de trilhas sonoras e como consultor, preparador, diretor e palestrante. No cinema, atuou nos longas “Baile Perfumado”, “O Homem que Desafio o Diabo”, “A Luneta do Tempo” e “Entre Irmãs”.

#CulturaemRedeSescPE – Comprometido com o incentivo, fomento e difusão das produções culturais, especialmente em um momento de fragilidade do setor, o Sesc Pernambuco deu início, no dia 15 de julho, ao projeto #CulturaEmRedeSescPE. A chamada pública, aberta em maio deste ano, selecionou, por meio de uma curadoria que avaliou mais de mil proposições, 161 projetos locais, que vão compor programação virtual de julho até novembro deste ano.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço – Espetáculo “Eu Sou”, com Helder Vasconcelos*
Data: 20 de julho
Horário: às 19h
Transmissão: canal oficial do Sesc PE no Youtube (www.youtube.com/sescpernambuco)
Informações do espetáculo:

EU SOU
2016, 70 minutos

Ficha Técnica do Espetáculo:
Criação, atuação e música: HELDER VASCONCELOS
Direção: MARCO FRANÇA
Roteiro e dramaturgia: MARCO FRANÇA e HELDER VASCONCELOS
Produção dos instrumentos digitais: JOÃO TRAGTENBERG e FILIPE GALEGARIO (Batebit Artesania Digital)
Projeto de iluminação: RONALDO COSTA
Cenário: ROGÉRIO FERRAZ
Figurino: FABIANA PIRRO e HELDER VASCONCELOS
Assistência de figurino: FABIO COSTA
Som: JOHANN BREHMER
Produção: LAURA TAMIANA
Realização: TERREIRO PRODUÇÕES

Ficha Técnica da Apresentação:
Luz: RONALDO COSTA
Som: JOHANN BREHMER
Operação Técnica dos Instrumentos Digitais: JOÃO TRAGTENBERG e FILIPE GALEGARIO
Assessoria de Imprensa: ANA NOGUEIRA
Fotografia e Filmagem: DANILO GALVÃO e LARISSA ALVES
Edição de Vídeo: DANILO GALVÃO
Produção: FABIANA PIRRO e LORENA PIRRO

Foto: Ricardo Moura

Tucanas aderem à campanha Sinal vermelho contra a violência doméstica

Lideranças femininas do PSDB em Pernambuco integram a campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação de Magistrados do Brasil (AMB). A presidente do partido em Pernambuco, deputada estadual Alessandra Vieira; a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e a prefeita de Lagoa do Carro, município da Zona da Mata Norte, Judite Botafogo, foram algumas das lideranças que postaram nas redes sociais um “X” desenhado nas mãos, representando um “basta”. O objetivo é formar uma rede de proteção a mulheres vítimas de violência doméstica.

A ideia é incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um “X” na mão e exibi-lo em uma farmácia, a vítima poderá receber auxílio dos funcionários, que vão acionar as autoridades. “O silêncio que não impede o enfrentamento à violência contra mulheres agora pode ser usado para denunciar os agressores. Com a iniciativa, a comunicação da vítima não precisa de palavras, um simples símbolo pode salvar vidas”, afirma Alessandra Vieira.

A prefeita Raquel Lyra destaca a importância da campanha. “Não podemos nos calar diante de qualquer indício de agressão moral, física, verbal, sexual ou moral”, reforça a tucana.

A campanha Sinal Vermelho tem mobilizado e engajado mulheres em todo Brasil há um pouco mais de um mês. Mais de 10 mil farmácias apoiam a rede de proteção.

“É um dever social denunciar a violência contra as mulheres. Durante a pandemia o combate tem que ser redobrado, pois muitas mulheres estão em casa sofrendo caladas. Então deixo aqui meu recado a todas as mulheres, se você está sofrendo ou conhece alguém que esteja sofrendo violência doméstica e familiar, não tenha medo. Denuncie”, alerta a prefeita Judite Botafogo.

ALÉM DAS REDES – É de autoria da deputada Alessandra Vieira o projeto que originou a lei 16.742/2019 que determina que as escolas estaduais deverão promover a divulgação de informações sobre os direitos da mulher por meio de palestras, seminários, orientações e debates a respeito de temas como preconceito, combate à violência e ao feminicídio.

Em Caruaru, a prefeita Raquel Lyra sancionou, em 2018, a Lei Municipal nº 6.074. O texto estabelece políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher em situação de vulnerabilidade social, e traz, entre os seus artigos, a obrigação de assegurar vagas em creches e escolas para os filhos das vítimas da violência familiar.

Manutenção de merenda escolar: Um desafio para gestores municipais e estaduais

Para muitos alunos da rede pública de ensino, a merenda escolar é a principal refeição do dia. Com a suspensão das aulas presenciais nas escolas municipais e estaduais de todo o país, prefeitos e governadores estão distribuindo kits de alimentação a famílias de alunos em situação de vulnerabilidade social. O governo do Paraná, por exemplo, fornece cestas básicas aos estudantes inscritos em programas de assistência social. Por lá, o kit merenda contém arroz, feijão, farinha de milho, macarrão, óleo e molho de tomate.

No município Jarinu, em São Paulo, alunos da rede municipal recebem uma cesta básica ainda mais completa. Entre os alimentos do kit, estão frutas, verduras e vegetais produzidos por agricultores locais, sardinha, leite em pó, entre outros produtos.

As compras de alimentos da merenda escolar são feitas com recursos de estados e municípios e é complementada com repasses do Governo Federal, realizados por meio Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia, afirma que de forma geral as prefeituras do país têm enfrentado dificuldades durante a pandemia na aquisição e distribuição de alimentos. Segundo ele, os kits merenda requerem mais recursos e um processo de logística muito caro e defende uma complementação dos recursos do PNAE com o fim da pandemia.

“Há municípios que já comprometeram os recursos para todo o ano em apenas dois ou três meses por conta dessa demanda”. Garcia alega que “é importante que seja discutido o processo de complementação para quando as aulas presenciais voltarem, porque grande parte dos municípios, não vão ter dinheiro para alimentação escolar”, justifica.

Os repasses do PNAE a estados, municípios e escolas federais são realizados em 10 parcelas, conforme o número de alunos matriculados em cada rede de ensino. Para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o valor repassado por aluno a cada dia letivo é de R$ 0,32. Em creches, esse valor por estudante matriculado é de R$ 1,07.

A legislação do PNAE restringe a aquisição de alguns alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras e impõe limites a quantidade desses nutrientes nas preparações diárias e a oferta de doces. Além disso, o programa estabelece que 30% dos recursos repassados aos estados e municípios sejam utilizados na aquisição de produtos da agricultura familiar.

Repasses

No início do mês, o FNDE depositou a sexta parcela deste ano do programa. Ao todo, em julho, a entidade repassou R$ 270 milhões para a alimentação de alunos da rede municipal e R$ 130 milhões para escolas estaduais e do Distrito Federal, totalizando R$ 400 milhões.

Karine Santos, coordenadora do PNAE, diz que aproximadamente 70% dos estados e 60% dos municípios estão distribuindo kits de merendas durante a pandemia. Além disso, segundo ela, os gestores locais devem contratar nutricionistas para a definição dos alimentos a serem distribuídos e cabe a prefeituras e governos estaduais investirem com a maior parcela dos recursos da merenda escolar.

“Os recursos do governo federal são complementares, eles não são os únicos investimentos destinados à alimentação dos estudantes no Brasil. Estados e municípios recebem a parcela [do PNAE]. Em vias de regra, estados e municípios também precisam investir na merenda escolar”, diz.

Rubens Araújo, secretário de Educação de Dois Riachos (AL), afirma que a prefeitura da cidade tem garantido à distribuição de cestas às famílias dos alunos, mas não há recursos para distribuir os alimentos de porta em ponta. Ele afirma que no município há muitos estudantes carentes, que necessitam da alimentação fornecida pela escola. “Nós temos uma quantidade muito grande de alunos que dependem do Bolsa Família e que não tem recursos. Muitos vão para a escola apenas por conta da merenda.”

Investimentos

No entanto, há maus exemplos do fornecimento de alimentos às famílias de alunos. No final de junho, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram uma operação contra fraude na compra de merenda escolar e de outros produtos durante a pandemia. Algumas famílias de estudantes da rede pública estadual de ensino afirmaram que não receberam as cestas básicas prometidas por algumas escolas estaduais. Procurada, a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro não comentou o caso.

Fonte: Brasil 61

Eleições Municipais: Comícios e eventos com aglomerações podem ser proibidos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro (José Cruz/Agência Brasil)

Projeto de Lei (PL 3602/2020) em tramitação na Câmara dos Deputados prevê a proibição de comícios e eventos que promovam aglomerações durante as eleições municipais deste ano. Segundo a proposta, esses eventos ficam impedidos de ocorrer enquanto durar o estado de calamidade pública decretado por conta da pandemia do novo coronavírus, que se encerra em 31 de dezembro deste ano. A proposta é de autoria do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).

De acordo com o projeto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editar um regulamento com medidas que garantam a segurança sanitária de mesários e eleitores durante a votação, o que inclui ações que estabeleçam o distanciamento social. O regulamento deverá ser divulgado pelo menos 30 dias antes do primeiro turno.

Eduardo Stranz, consultor da Confederação Nacional de Municípios (CNM), diz que a proposta se adequa à realidade vivida no país, mas afirma que candidatos de municípios pequenos, onde os comícios é a principal plataforma de campanha, poderão ser prejudicados. “No interior do Brasil, a eleição ainda ocorre com visitas de porta em porta, com a realização de comícios, através do contato físico com o eleitor”, disse.

Na justificativa de apresentação do projeto de lei, Gadêlha alega que há unanimidade entre especialistas de saúde em relação a medidas de isolamento social para evitar o contágio da Covid-19. Além disso, o parlamentar cita que, mesmo com um eventual controle da pandemia, é preciso garantir que novos surtos não aconteçam.

“Precisamos ter a consciência de que, tão importante quanto conter o atual surto, é essencial evitar que surjam novos. Mesmo que nos próximos meses o surto mais grave seja controlado, apenas a manutenção de medidas sanitárias corretas garantirá a preservação da nossa saúde”, defende.

No começo deste mês, o Congresso Nacional promulgou a Emenda à Constituição que adiou o primeiro e segundo turno das eleições deste ano para os dias 15 e 29 de novembro, respectivamente, por conta da pandemia Segundo o calendário eleitoral, as votações iriam ocorrer em 4 e 25 de outubro. Foram meses de discussão, que envolveu o Congresso Nacional, especialistas de saúde e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se chegar a um consenso.

Proposta de adiamento das eleições deste ano altera datas do calendário eleitoral

De acordo com a emenda, os prazos determinados no calendário eleitoral, como o registro de candidaturas e o início da propaganda eleitoral, também foram adiados. Caso julgue necessário, a partir de solicitação da Justiça Eleitoral, o Congresso Nacional pode estabelecer novas datas nas eleições em cidades com alta incidência do novo coronavírus. A data limite para realização do pleito foi fixada em 27 de dezembro deste ano.

Expectativa

O analista político Creomar de Souza diz que é bastante provável que alguns candidatos das eleições deste ano vão utilizar, durante a campanha, o discurso de negação à pandemia. Ele acredita que esses políticos vão insistir na realização de eventos que geram aglomerações. “Algumas lideranças políticas vão manter os comícios e as aglomerações, pois a negação da pandemia tem um aspecto eleitoral importante. Dizer que não tem problema ou afirmar que é reduzido, é parte de um discurso que gera um impacto considerável em parte do eleitorado”, afirma.

Tramitação

A matéria ainda não começou a ser discutida na Câmara dos Deputados. Por conta da pandemia e da implementação das Sessões Deliberativas Remotas (SDRs), a maior parte das propostas encaminhadas por deputados federais e senadores são votadas e discutidas diretamente no plenário, sem a discussão nas comissões das respectivas casas.

Fonte: Brasil 61

Crise nos municípios deve reaquecer agenda de reformas administrativas

Com o avanço da pandemia e o aprofundamento da crise nos municípios, economistas reforçam a importância de uma reforma administrativa para cortar gastos de prefeituras e garantir uma recuperação mais rápida do poder público. A situação não está fácil. Em São Paulo, por exemplo, um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) mostrou que 86% dos municípios estão com as contas públicas comprometidas. De acordo com os dados, se não fossem as regras excepcionais devido à pandemia, mais de metade dos prefeitos teriam que responder na justiça por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Além do aumento dos gastos com a saúde, estados e municípios também sofrem com a redução da arrecadação. No Paraná, por exemplo, o governo recebeu R$ 1 bilhão a menos neste ano, em comparação com o ano passado, segundo a Secretaria de Fazenda. Além disso, o estado já usou 40% do orçamento disponível para os investimentos no enfrentamento à pandemia. “Houve uma quebra de todo o planejamento. Há um direcionamento dos gastos para a área da saúde e da assistência social. É isso que se passa em todos os municípios do Brasil: uma receita cada vez menor e despesas cada vez maiores”, explica Eduardo Stranz, consultor da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Para a instituição, o governo deve rever as atribuições dos municípios. “Pra você manter escola e posto de saúde abertos, fazer obra de pavimentação, fiscalização de meio ambiente, atendimento na assistência social, você precisa de funcionários. É claro que isso traz uma despesa muito grande com pessoal”, explica.

Reforma administrativa

Economistas consultados pela reportagem veem uma outra solução para o problema: o enxugamento da máquina estatal de estados e municípios e o aumento da eficiência. “Você tem gastos mal executados e a necessidade de investimentos, o que não é feito porque os recursos são escassos. Você tem o gigantismo do setor público, que mostra que dá para fazer uma reforma e melhorar o fluxo de caixa, para que os funcionários públicos sejam bem pagos e que prestem um bom serviço”, explica o economista César Bergo, presidente do Conselho Regional de Economia do DF. Segundo ele, esse problema vem de antes da crise e deve se prolongar para depois dela.

Um estudo divulgado por economistas do Insper, uma instituição privada de ensino superior, defende que o Governo Federal pode sim prorrogar auxílios emergenciais a estados e municípios para o ano que vem, mas precisa exigir como contrapartida dos entes federados maior eficiência administrativa.

Para os economistas do Insper, diversos benefícios de servidores públicos devem ser revistos: “[..] o Estado passou a servir a sua própria burocracia: os direitos dos servidores vêm antes dos direitos dos demais a quem deveriam servir. É preciso alterar a estrutura de incentivos e limitar a expansão indevida de direitos às custas da sociedade”, defendem. O documento afirma diminuição de contratações, que devem ser focadas somente nas áreas mais relevantes. Eles também pedem revisão dos sistemas de promoção automática e aposentadorias precoces, o fim de carreiras com remunerações acima do teto constitucional. Por outro lado, também pedem que benefícios sirvam como incentivos ao bom rendimento.

Para os especialistas, concursos públicos devem seguir um cronograma anual para estimular que candidatos se preparem melhor. Para eles, os certames devem focar em questões de raciocínio, em vez da memorização. Outra sugestão é de permitir que universitários se apliquem em concursos que antes eram somente para pessoas com diploma: “Exigir nível superior aos candidatos a professores primários, por exemplo, pode ter o efeito de atrair os piores profissionais de nível superior para o cargo, pois a remuneração não é atraente; estudantes universitários de bom nível podem se sentir atraídos pela remuneração e se tornarem professores mais eficazes”, defende.

Os economistas do instituto também pedem reformas da previdência locais, contratos de trabalho mais flexíveis e expansão da presença de Organizações Sociais (OS), principalmente na área da saúde.

Fonte: Brasil 61

Covid-19: cápsula de baixo custo ajuda Manaus no combate à pandemia

A cidade de Manaus foi uma das mais afetadas pela pandemia de Covid-19 e pode ser uma das primeiras a vencê-la. Esta foi uma das conclusões de um estudo feito pela Universidade Federal do Amazonas, que apontou uma série de iniciativas realizadas em junho como as responsáveis pela redução de 89% na ocupação de leitos pela doença nos hospitais da cidade. Uma delas foi o uso da cápsula Vanessa, criada pelo time de fisioterapeutas do Grupo Samel.

O equipamento recebeu este nome em homenagem à primeira paciente que precisou ser intubada e se recuperou do coronavírus. Sensibilizada por ver uma paciente tão jovem passar por um tratamento tão agressivo, a equipe de fisioterapeutas do Grupo Samel decidiu desenvolver a cápsula. Como suas especificações são abertas para quem quiser construi-la, o custo de produção é de cerca de R﹩ 450 por unidade (cerca de US﹩ 86) e os profissionais da Samel estão disponíveis para compartilhar informações com quem tiver interesse em produzi-la.

Trata-se de uma caixa construída com peças de PVC e coberta com plástico transparente. Colocada sobre o corpo dos pacientes, a cápsula cumpre duas funções importantes: servir como barreira de proteção aos profissionais de saúde e permitir a realização de ventilação não-invasiva (VNI), já que impede a dispersão de partículas/gotículas no ambiente. Segundo especialistas, muitas vezes o uso de VNI substitui a intubação orotraqueal precoce, reduzindo o uso de respiradores, a recuperação de pacientes e a possibilidade de infecções.

Desenvolvida em uma parceria com o Instituto Transire, a cápsula vem sendo utilizada desde março nos hospitais do Grupo Samel e foi fundamental no Hospital de Campanha da Prefeitura de Manaus, gerenciado pelo grupo, e no Hospital de Campanha de Roraima. Por conta de deficiências em seu protocolo, somente em maio a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a VNI como uma opção efetiva para o tratamento de Covid-19. “Nós fomos os pioneiros porque entendemos que a intubação tradicional era desnecessária em muitos casos”, afirma o presidente do Grupo Samel, Luis Alberto Nicolau.

Resultados efetivos

Grande parte da eficiência da cápsula Vanessa vem da simplicidade de seu projeto. Sua estrutura conta com um sistema de exaustão e filtros antivirais e antibacterianos que renovam o ar e criam um ambiente de pressão negativa em seu interior. É essa pressão que impede a saída de aerossóis quando o zíper é aberto para a realização de procedimentos médicos. “Nosso time de fisioterapeutas teve a ideia de fazer a cápsula, que é muito simples”, afirma Daniel Fonseca, médico e diretor técnico do Grupo Samel.

“Nós começamos a utiliza-la no momento em que o paciente chega ao hospital e os resultados foram muito bons, com uma redução significativa do tempo de hospitalização, de 15 para 7 dias, e uma taxa de intubação de menos de 5%”, explica, lembrando que seu uso não elimina, no entanto, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), por parte dos profissionais de saúde. Essa redução foi a chave para manter a disponibilidade de leitos hospitalares e, com isso, evitar o colapso do sistema de saúde.

Por conta da efetividade de seus resultados, a cápsula Vanessa vem sendo utilizada em cerca de 40 cidades no estado do Amazonas; em outros estados, como Pará, Acre, Roraima e Mato Grosso; e também na Bolívia. Até aqui, foram produzidas cerca de 2,2 mil unidades, a maioria delas doadas para uso público. “Iniciativas como essa nos ajudaram a dar alta a mais de 1,4 mil pacientes, 600 deles somente no Hospital de Campanha da prefeitura”, afirma Nicolau.