Uso da camisinha é ignorado por 36% dos jovens brasileiros

Ao passo que o contágio por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) cresce no País, 36% dos jovens brasileiros, com idade entre 15 e 24 anos, não usam camisinha durante as relações sexuais. É o que aponta a última Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira, a PCAP, publicada pelo Ministério da Saúde em 2016.

Em dados específicos, o número de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil aumentou em 21% nos últimos 10 anos. No entanto, entre jovens com idade de 15 a 24 anos, a porcentagem de aumento de casos da doença, no mesmo período, foi de 85%.

A coordenadora-geral de vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa Miranda, acredita que as ISTs não causam mais preocupação aos jovens. O uso da camisinha, por exemplo, deixou de ser uma prática constante, o que contribuiu, segundo ela, para o aumento de casos das Infecções Sexualmente Transmissíveis.

“As ISTs são doenças antigas e começaram a ter alguma repercussão maior no início da epidemia da Aids, que também é uma IST. Os números da epidemia da Aids, com a gravidade dos sintomas, fizeram com que as pessoas tivessem mais medo de pegar a doença ou de pegar qualquer outra IST. Só que essa geração mais jovem não teve contato com aqueles casos tão pesados da Aids do início da epidemia. Assim, você acaba sendo displicente no uso da prevenção. As pesquisas mostram que os jovens perderam o medo da contaminação por uma IST e acabam não usando tanto o preservativo.”

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, um milhão de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis são contabilizados no mundo.

Muitas vezes silenciosas, as ISTs podem ficar meses, ou até anos, sem apresentarem sinais e sintomas. Caso não sejam diagnosticadas e tratadas, podem trazer graves complicações para a saúde das pessoas, como infertilidade, câncer ou até mesmo a morte. É o que explica Artur Kalichman, médico sanitarista do Centro de Referência e Treinamento em IST/Aids de São Paulo.

“Muitas das Infecções Sexualmente Transmissíveis não têm sintomas, é como se a pessoa não sentisse nada. Não tem corrimento, não tem úlcera, não tem nada, ou seja, não tem doença. Mas, a pessoa foi infeccionada, foi infectada por alguma IST. A camisinha é a melhor estratégia que tem, porque ela protege praticamente de todas as ISTs, senão 100% delas, adiciona uma proteção enorme para as pessoas e protege da gravidez também, não tem efeito colateral.”

O Ministério da Saúde, junto às Secretarias de Estados e Municípios, distribui preservativos gratuitamente em todas as unidades do Serviço Único de Saúde, o SUS. Somente este ano já foram distribuídas quase 470 milhões de unidades de camisinhas masculinas e femininas.

Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e proteja-se de todas as ISTs, como HIV e Hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.

Fonte: Agência da Rádio Mais

Taxa de detecção de HIV em gestantes sobe 38% nos últimos 10 anos

Nos últimos dez anos, a taxa de detecção de HIV em gestantes subiu 38,1%. Entre 2008 e 2019, mais de 125 mil mulheres foram notificadas com infecção pelo vírus durante a gravidez, 8.621 delas apenas em 2018. O crescimento não significa necessariamente um aumento de contágios. O resultado pode ser dado, em parte, pela ampliação do diagnóstico durante o pré-natal, que identifica a condição de saúde da mulher e previne a transmissão vertical do HIV, quando o vírus passa da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação.

Com o aumento da identificação de gestantes soropositivo, a taxa de detecção de Aids em menores de 5 anos caiu. No período de 4 anos, houve redução de 26,9%, passando de 386 casos a cada mil habitantes para 265. Isso acontece porque, uma vez identificada a infecção, a gestante recebe o tratamento que impede a transmissão do vírus para a criança. É o que explica Artur Kalichman, médico sanitarista do Centro de Referência e Treinamento em IST/Aids de São Paulo. Ele ressalta, ainda, a importância de uma mulher grávida fazer o teste e, se confirmar o contágio, dar início ao tratamento.

“O HIV ainda não tem cura, mas, com o tratamento, a quantidade de vírus do corpo da pessoa fica tão pequena, que (o vírus) fica indetectável. Ou seja, os exames nem acham mais. Isso tem duas grandes vantagens. A primeira que a pessoa não evolui para a Aids – ela não fica doente – e a segunda que ela não transmite o HIV. Então, uma mulher gestante que vive com HIV, com a carga viral indetectável, não transmitirá o HIV para o seu filho.”

As regiões Norte e a Nordeste foram as que apresentaram maiores incrementos na taxa nos últimos dez anos, com 87,5% e 118,1% respectivamente. Em toda a série histórica, a região Sul apresentou as maiores taxas de detecção no País. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que em 2018 a taxa observada nessa região foi de 5,8 casos a cada mil nascidos vivos, quase duas vezes superior à taxa nacional, de 2,9.

Entre as capitais, apenas sete mostraram uma taxa de detecção inferior a nacional. Brasília, Rio Branco, Goiânia, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal e Teresinha compõe essa lista. A capital federal tem a taxa de detecção mais baixa, com apenas 1 caso em cada mil nascidos vivos. Porto Alegre tem a mais alta, apresentando 20,2 casos para cada mil nascidos vivos, uma taxa sete vezes maior que a nacional. Em relação à faixa etária, o maior número de gestantes infectadas com HIV está entre jovens com idade entre 20 e 24 anos. Elas representam 27,8% das grávidas infectadas.

Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com o passar do tempo e graças ao tratamento oferecido a qualquer pessoal que viva com HIV, as novas gerações são cada vez menos afetadas pelas consequências do contágio pelo vírus.

“No início da epidemia da AIDS, ela foi muito impactante, porque muitas figuras públicas, ídolos (tiveram a doença). Então, para a minha geração, aquilo era suficiente para que a gente conversasse na universidade, nos bares, nas festas. Talvez o ápice do uso do preservativo tenha sido exatamente na primeira década do início da epidemia, porque não havia sequer uma possibilidade de tratamento. O tempo foi passando a geração atual entende uma prática de risco e, as práticas de risco precisam ser muito bem dialogadas para que eles entendam que isso tem consequências.”

O Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios.

A eliminação da transmissão vertical é uma das seis prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

A certificação possibilita a verificação da qualidade da assistência ao pré-natal, do parto e do puerpério, além do acompanhamento da criança e do fortalecimento das intervenções preventivas.

Até agora, três municípios brasileiros já receberam a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. Curitiba e Umuarama, ambas no Paraná, receberam a certificação em 2017 e 2019, respectivamente. A cidade de São Paulo, com 12,1 milhões de habitantes, também foi certificada no ano passado. O município é o que possui a maior população no mundo a receber o título.

A camisinha é o único método que previne o contágio por todas as ISTs. Use camisinha e proteja-se do HIV e de outras ISTs, como Sífilis e Hepatites. Sem camisinha, você assume esse risco. Para mais informações, acesse: saúde.gov.br/ist.

Fonte: Agência da Rádio Mais

Inadimplência das empresas cai 10,6% em 2019, diz Boa Vista

A inadimplência das empresas em todo o país caiu 10,6% em 2019, de acordo com dados nacionais coletados pela Boa Vista. O indicador é um somatório dos principais mecanismos de apontamento da inadimplência empresarial, isto é, cheques devolvidos, títulos protestados e registros de débitos realizados na base do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

Na comparação semestral, o 2º semestre de 2019 apresentou alta de 3,7% frente ao semestre imediatamente anterior, descontados os efeitos sazonais. Já na análise interanual, nos três últimos meses de 2019 o indicador aumentou 9,1% contra o mesmo trimestre do ano anterior.

Os últimos resultados indicam para a continuidade da manutenção dos baixos níveis de inadimplência das empresas, que no início de 2017 começaram a registrar queda no acumulado em quatro trimestres. Em um primeiro momento, esse movimento se deveu, principalmente, à restrição de crédito por parte das concedentes, mas com a gradual melhora na economia, as empresas registraram aumento nas receitas, com inflação menor e juros em queda, fatores que têm colaborado para a amenização dos fluxos de inadimplência.

E apesar da desaceleração da queda na análise em quatro trimestres, a tendência é que a inadimplência das empresas se mantenha baixa nos próximos meses, favorecida pela recuperação da economia e pela redução das taxas de juros. Um ponto de atenção, porém, é a mudança no mix da carteira de crédito, com crescimento mais significativo dos empréstimos para micro, pequenas e médias empresas, que, historicamente, apresentam índices de atraso superiores aos das grandes empresas.

Confiança do Consumidor encerra 2019 com 47,0 pontos, patamar acima de 2018

Ainda que não tenha deslanchado, a percepção dos consumidores brasileiros sobre o ambiente macroeconômico tem apresentado melhoras. O Indicador de Confiança do Consumidor mensurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) encerrou o ano de 2019 com 47,0 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto maior o número, mais confiantes estão os consumidores. O dado alcançado no último mês de dezembro supera os 45,8 pontos observados no mesmo período de 2018. Já com relação a novembro de 2019, o número ficou praticamente estável (47,2 pontos).

A percepção geral dos consumidores, tanto sobre a sua vida financeira quanto com a economia, permanece negativa, mas em um nível pouco mais otimista do que em períodos anteriores. Em cada dez brasileiros, seis (62%) avaliam como ‘ruim’ o atual momento econômico do país – há um ano, esse número era 10 pontos percentuais mais alto, alcançando 72% dos entrevistados. Já o percentual de brasileiros que consideram ‘bom’ o momento econômico atual avançou de 2% para 7%, um número ainda pequeno. Outros 30% consideram regular.

Observando a própria vida financeira, apenas 14% dos consumidores avaliam a condição como ‘boa’. A notícia positiva é que o percentual dos que avaliam a situação como ‘regular’ (47%) supera os que consideram a própria vida financeira ‘ruim’ (38%), que diminuiu dois pontos percentuais em 12 meses.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a melhora gradual da percepção dos consumidores é resultado da reação econômica do país, mas como essa evolução se dá a passos lentos, a percepção dos consumidores também cresce a um ritmo devagar e cauteloso. “Espera-se que com um cenário econômico mais estável, o brasileiro encontre razões para voltar ao consumo de forma mais confiante e comece a pagar suas dívidas”, avalia a economista.

Mesmo com inflação controlada, 55% dos brasileiros acham que custo de vida pesa no orçamento

Mesmo com a inflação abaixo da meta, 71% dos entrevistados que avaliam o quadro macroeconômico como ‘ruim’ atribuem essa percepção negativa à alta dos preços. Já o desemprego é responsável pela avaliação negativa para 62% das pessoas ouvidas. Os juros elevados são citados por um terço (33%) dos pessimistas com a economia.

Para 55% dos entrevistados, o custo de vida é o que mais tem pesado no seu orçamento, seguido do desemprego (20%). Na visão desses consumidores, as despesas que mais subiram nos últimos meses foram os produtos de supermercados (90%), conta de luz (88%), combustíveis (86%) e medicamentos (77%).

Futuro da economia divide opiniões, mas maioria está otimista com as próprias finanças

Olhando para os próximos seis meses, nota-se um equilíbrio entre as opiniões: 26% dos brasileiros estão otimistas com a situação do país no futuro e igual percentual (26%) está pessimista. Outros 44% se mantêm neutros.

Entre os otimistas com o futuro, o fator que mais pesa é a expectativa de que haverá mais estabilidade política do país (38%). Já 28% creem que coisas boas devem acontecer, embora não saibam apontar uma razão clara, enquanto 28% concordam com as medidas econômicas adotadas pelo governo. Já entre os pessimistas, a opinião é fundamentada, principalmente, pelo sentimento de que os preços continuam altos (56%), discordâncias com as medidas econômicas tomadas pelo governo (40%) e a percepção de que não há melhora no emprego (35%).

O otimismo é maior, contudo, quando os consumidores são indagados sobre o futuro da sua própria vida financeira. De acordo com o levantamento, 56% dos brasileiros possuem boas expectativas para o seu bolso nos próximos seis meses. A opinião é fundamentada, sobretudo, pela crença de que a economia do país irá melhorar (39%) e a esperança de conseguir um emprego ou aumento de renda (28%). Apenas 8% dos consumidores acreditam que a vida financeira estará ruim nos próximos seis meses e 32% pensam que ela continuará igual.

“Pode parecer contraditório observar uma expectativa maior com as próprias finanças do que com a economia brasileira. O fato é que por mais que a situação econômica do país impacte a vida financeira do consumidor no seu dia a dia, ele sabe que assumir um controle efetivo sobre seu bolso e fazer adaptações podem ajudar a enfrentar um ambiente adverso e se a desgarrar da crise”, explica a economista Marcela Kawauti.

Metodologia

Foram entrevistados 800 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança. Baixe a análise do Indicador de Confiança do Consumidor em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

Estudantes da rede municipal de ensino voltam às aulas em Caruaru

Depois de curtir as férias, milhares de alunos das unidades de ensino municipais das áreas urbana e rural de Caruaru, matriculados nas escolas regulares, voltaram às aulas, nesta terça-feira (04). A data foi marcada por muita expectativa e alegria. Os estudantes chegaram logo cedo e prontos para aprender. “Não via a hora de voltar às aulas. Eu estou muito feliz em chegar a minha escola e ver que eu vou ter material escolar de qualidade, mochila, livros e farda nova”, comemorou Yasmim Vitória, aluna da Escola Municipal Josélia Florêncio.

A acolhida da escola citada pela estudante, contou com a presença da prefeita Raquel Lyra que presenteou os alunos com material escolar e fardamento. “Esse ano, nossos estudantes já começam as aulas recebendo todo o material necessário para garantir o desenvolvimento de suas habilidades. Todos os 45 mil alunos da rede serão beneficiados com kit de material escolar, livros didáticos e fardamento. A entrega está sendo realizada de forma gradativa, mas com toda certeza, chegaremos a todas as escolas contemplando nossos estudantes e assim vamos transformando Caruaru pela Educação”, assegurou a chefe do executivo.

Para a costureira Patrícia da Conceição, que tem dois filhos matriculados no município, a expectativa é grande e o momento é de agradecimento. “Meus filhos estão ansiosos para passar o ano estudando e eu estou grata a Prefeitura de Caruaru por dar a oportunidade aos nossos filhos de terem acesso a um ensino de qualidade, juntamente com todo material escolar e também a farda, pois no meu caso, que tenho dois filhos, fica difícil de comprar e de satisfazer as necessidades deles”, reconheceu.

As aulas das Escolas em Tempo Integral (ETIs) e dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) iniciarão no próximo dia 10.

Foto: Janaína Pepeu

Rodrigo Maia atende Rodolfo e cria Comissão Externa para fiscalizar hospitais e escolas de Pernambuco

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE) acertou hoje (terça, 4) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a aprovação da Mesa Diretora ao seu requerimento propondo a realização de Comissão Externa para verificar a situação dos hospitais e das escolas públicas em Pernambuco.

Na justificação do requerimento 24/2020, Rodolfo assinala ser público e notório o mau atendimento dos hospitais públicos de Pernambuco e a precariedade das escolas estaduais, incluindo suspeitas de irregularidades na compra de merenda. “Duas necessidades básicas de qualquer ser humano, saúde e educação, estão sendo vilipendiadas no estado”, pontua.

Nas comissões externas, autorizadas pela Mesa da Câmara, os deputados federais cumprem missões temporárias, sem ônus para a Casa, averiguando a situação de determinados serviços, das quais resultam relatórios públicos.

O deputado pernambucano cita no requerimento pesquisa da Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil constatando elevados índices de insatisfação dos pacientes com o atendimento no Hospital da Restauração, Hospital Otávio de Freitas e Hospital Getúlio Vargas, sem falar na precariedade dos atendimentos nos hospitais do interior.

“Em Caruaru, o caos começa pelos corredores do Hospital Regional do Agreste, por causa da falta de leitos. No Hospital Dom Moura, em Garanhuns, flagramos paciente esperando atendimento enquanto o médico dormia. Está certo isso?”, questiona o deputado pernambucano.

Sobre a situação das escolas, lembrou incursões de surpresa que fez em escolas do sertão que revelaram “discrepâncias graves” entre os editais de licitação da merenda escolar e o que era efetivamente servido como alimentação aos alunos.
“A Comissão Externa vai nos dar mais força e respaldo para fiscalizar a prestação do serviço público. Vamos percorrer Pernambuco de ponta a ponta”, concluiu Fernando Rodolfo.

Secretaria de Educação de Caruaru divulga a primeira lista de crianças contempladas para vagas de creche

A Secretaria de Educação (SEDUC) divulgou, na noite desta segunda-feira (03), no Diário Oficial do Município de Caruaru (nº 973), a lista de crianças contempladas com vaga nos Centros Municipais de Educação Infantil. A tabela se refere às crianças cadastradas na lista de espera para preenchimento das vagas já existentes na rede municipal de ensino.

Para ter acesso às vagas, os responsáveis, cujo os nomes estejam na lista, deverão comparecer a Central de Atendimento de Vagas de Creche (CAVC), que fica localizada na Secretaria de Educação, na Avenida José Marques Fontes, 21 – Santa Rosa, no período de 04 a 10 de fevereiro, das 8h às 16h, estando devidamente munidos do Registro de Nascimento (da criança) e documento oficial com foto (do responsável).

O cadastramento para o preenchimento de novas vagas segue aberto e poderá ser requisitado na CAVC. Para tanto, os responsáveis deverão apresentar a seguinte documentação: documento com foto, comprovante de residência, comprovante de renda familiar, comprovante de participação em programas sociais e laudo médico, caso seja pessoa com deficiência (PCD). Já a documentação para as crianças são: certidão de nascimento, CPF, laudo médico, caso seja pessoa com deficiência (PCD), e passaporte para criança estrangeira.

Para conferir a lista dos contemplados basta clicar no link: http://diario-oficial.caruaru.pe.gov.br/

Recadastramento dos fretistas que trabalham no Parque 18 de Maio é iniciado

A Secretaria Extraordinária da Feira informa que foi iniciada na última segunda-feita (04) o recadastramento dos frentistas que trabalham no Parque 18 de Maio.

Em 2018 foram cadastrado 540 pessoas que atuavam nas feiras que são realizadas no local. Para este ano, os fretistas devem efetuar o recadastramento obrigatório, até o próximo dia 7 de fevereiro, no Espaço Cultural, das 8h às 13h, levando o documento de identidade.

Clube Intermunicipal resgata tradicional prévia carnavalesca neste sábado (8)

Os bailes carnavalescos do Clube Intermunicipal de Caruaru são uma das marcas do clube que reúne a sociedade caruaruense há quase 80 anos. Este ano, a tradição será retomada no dia 8 de fevereiro com o evento InterCarnaval, que tem início às 13h. A folia é aberta para sócios e convidados e será animada pela Orquestra Fênix, pelo DJ Guilherme Borgeez e pelos cantores Douglas Leon e Klever Lemos.

De acordo com o presidente do clube, André Nogueira, o baile dá início às comemorações do aniversário do Intermunicipal. “Estamos a alguns passos dos 80 anos do Clube Intermunicipal, que serão comemorados no mês de abril. A prévia carnavalesca faz parte da nossa história. Trazer de volta esse evento tão bonito é a melhor forma de começar a celebrar esse passo da nossa trajetória”, afirmou.

Para participar da festa é preciso adquirir as entradas, que custam R$ 60 para sócios e R$ 70 para convidados, ou fazer reserva de mesas, que custam R$ 200 para sócios e R$ 250 para convidados. As senhas podem ser compradas no setor de administração do clube ou por meio do telefone (81) 98876-0273.

Serviço – InterCarnaval

Data: 8 de fevereiro de 2020

Horário: 13h

Preço: Senhas individuais – R$ 60 (sócios) e R$ 70 (convidados) | Mesas – R$ 200 (sócios) e R$ 250 (convidados)

Local: Clube Intermunicipal de Caruaru – Rua Francisco Joaquim – s/n, Caruaru

Informações: (81) 98876-0273

O primeiro mês de 2020 mostra o que vamos enfrentar nas próximas décadas

Os dois eventos de proporções globais que apresentaram as primeiras credenciais do ano que se inicia foram a morte do líder da guarda revolucionária iraniana, derivada de uma investida militar norte-americana no Iraque, e o passeio global da pluma de carbono — resultado do incêndio australiano.

De um lado, um ataque aéreo e unilateral do governo americano ao aeroporto de Bagdá executou Qasem Soleimani, sendo justificado pelo presidente Trump como uma janela de oportunidade única para retirar o arquiteto da estratégia de expansão e da influência iraniana no Oriente Médio.

A morte do general criou um cenário de incerteza, seja no interior da sociedade americana, seja no Oriente Médio. Do lado americano, a ação do presidente abriu espaço para um possível enfrentamento entre EUA e Irã em meio ao processo de impedimento aberto contra Trump, que acontece no calor da corrida eleitoral. Do lado iraniano, Soleimani era a provável próxima liderança a dar continuidade à tradição dos aiatolás. Como chefe da guarda revolucionária iraniana, força militar organizada e institucionalmente formada para preservar o regime dos aiatolás, Soleimani era seu principal estrategista e provável liderança responsável por perpetuar o regime.

Já no hemisfério sul, ainda que concomitante ao cenário hobbesiano no Oriente Médio, a nuvem de gás carbônico, derivada do incêndio generalizado na Austrália, espalhava-se pelo globo, indo em direção à sua volta olímpica pelo planeta. A proporção, a força e as causas dessa pluma estão relacionadas a fatores locais, como o excesso de biomassa acumulada nos ecossistemas florestais australianos, mas sobretudo pela influência sistêmica de um clima globalmente mais aquecido e menos previsível.

Ambos eventos, tanto o quase colapso das relações entre EUA e Irã (os quais poderiam ter resultado em uma escalada imprevisível dos conflitos e da guerra no Oriente Médio) como os lastros de uma primeira catástrofe atmosférica de escala global revelam o limiar em que a sociedade internacional estará submetida daqui em diante. Ou seja, eventos com potencial de estilhaçar o tecido humano-social e a vida biológica no planeta.

Autor: André Frota é membro do Observatório de Conjuntura e professor do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Internacional Uninter.