Caravana Juventude em Movimento leva cursos para 61 socioeducandos

O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru, no Agreste do Estado, recebeu, na terça-feira (2), o primeiro dia da Caravana Juventude em Movimento. O objetivo da ação, que será realizada semanalmente ao longo do mês de abril, é proporcionar o contato de socioeducandos com conteúdos educativos, por meio da oferta de três cursos, um ciclo de palestras e uma série de oficinas de aperfeiçoamento profissional. Ao todo, 61 adolescentes e jovens devem ser beneficiados em quatro dias de atividades.

A jornada é promovida pelo Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), instituição vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ). O evento também tem a participação do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que, além de certificar os concluintes dos cursos e oficinas, está promovendo um ciclo de palestras de pré-qualificação para o mercado de trabalho. Serão abordados os temas “Marketing Pessoal”, “Currículo”, “Entrevista” e “Trabalho em Equipe”, um em cada etapa da caravana, que também ocorrerá nos dias 9, 16 e 23 de abril.

Já os cursos ofertados são os de Pintor Imobiliário, com 18 horas/aulas, para 16 adolescentes, Produção Audiovisual, com 20 horas/aula e nove alunos, Introdução à Automação Eletrônica, com 14 horas/aula, para 12 socioeducandos, e as oficinas de aperfeiçoamento profissional, que terão 12 horas/aula e devem contemplar 24 internos do Case Caruaru.

“Estamos realizando essas ações em um momento em que a unidade passa por um período de retomada das atividades pedagógicas. A caravana, além de intensificar a parte da educação profissional, também busca trabalhar a importância da qualificação entre os socioeducandos e identificar novos interesses que eles apresentem pelas áreas que estamos trabalhando”, destaca o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque.

O Case Caruaru já havia sido contemplado pela Caravana Juventude em Movimento em 2018, além de ter recebido um pré-evento similar, que proporcionou aos socioeducandos a inserção em parte dos cursos profissionalizantes normalmente ofertados durante a jornada de atividades. Também no ano passado, adolescentes foram atendidos pela ação em outras unidades, como o Case Timbaúba, o Case/Cenip Garanhuns e o Case Jaboatão dos Guararapes. Já em 2019, a caravana ocorreu no Case Santa Luzia.

Imagens: Divulgação/Funase

Transplantes: negativa familiar ainda dificulta doações

Entre janeiro e fevereiro de 2019, Pernambuco realizou 93 transplantes de órgãos sólidos (coração, rim, fígado e coração), um a mais que o mesmo período de 2018. Os destaques ficam por conta do aumento em 69% nos procedimentos de fígado (16 em 2018 e 27 em 2019) e 33% de coração (6 em 2018 e 8 em 2019). Também foram realizados 2 transplantes de rim/pâncreas, e 56 de rim (70 no mesmo período de 2018 / – 20%). Apesar dos dados animadores, a fila de espera por órgãos e tecidos tem se mantido acima dos 1,1 mil nos últimos anos, reforçando a necessidade de ampliar as doações no Estado.

Quando um paciente é identificado com morte encefálica em uma unidade hospitalar, condição que possibilita a doação do coração, rins, pâncreas, fígado e córneas, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) e as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) entram em ação para conversar com os familiares e dar informações sobre o processo de doação. No Brasil, em 2018, 43% das famílias entrevistadas negaram o processo. Em Pernambuco, o número sobe para 46%, superior a Estados como Paraná (27%) e Santa Catarina (33%). De acordo com a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), um percentual aceitável de negativas deveria ficar em torno de 30%. Entre janeiro e fevereiro deste ano, o índice está em 36% – foram 47 entrevistas e 17 recusas.

“Nossa cultura ainda não sabe lidar com a morte encefálica. A população não entende que a morte do cérebro é irreversível e significa a morte do paciente, independente do suporte tecnológico e terapêutico manter algumas funções vitais do corpo por mais algumas horas. Nossa missão é difundir informações para os pernambucanos não apenas no momento da entrevista familiar, mas fazer com que a população discuta em vida esse tema. Quando o indivíduo declara a seus familiares que é um doador, a decisão em um momento de dor fica mais fácil. E esse sim é indispensável para dar qualidade de vida aos mais de 1 mil pacientes em fila de espera atualmente por órgãos e tecidos”, afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

“Além disso, também focamos na capacitação permanente dos profissionais de saúde para que a população encontre equipes habilitadas para conversar com ela e para explicar todo o processo da doação na hora da morte de um parente”, finaliza Noemy. No Brasil, a doação só pode ser efetuada com a autorização de um familiar de até segundo grau.

Segundo a coordenadora, um dos mitos relacionados à doação de órgãos está em como o corpo do doador será entregue à família. “Após a retirada dos órgãos ou tecidos, a equipe médica faz todo o procedimento para que o corpo seja entregue íntegro para que as cerimônias de despedida possam ser realizadas normalmente. Também trabalhamos para que todo o processo ocorra no menor tempo possível”, pontua a coordenadora. Ela ainda lembra que o diagnóstico e a confirmação da morte encefálica são norteados por critérios rígidos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualizou em dezembro de 2017 sua resolução para dar ainda mais segurança ao trabalho dos profissionais envolvidos e ao diagnóstico dos pacientes.

TECIDOS – Em 2019, Pernambuco realizou 32 transplantes de medula óssea (34 em 2018 / – 6%) e 115 de córnea (127 em 2018 / – 9%).

FILA DE ESPERA – Atualmente, 1.164 pacientes aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco. A maior fila é por rim (898), seguida de córnea (117), fígado (110), medula óssea (16), coração (13) e rim/pâncreas (10). “Principalmente no caso do fígado e do coração, o paciente realmente está em uma corrida contra o tempo, já que o transplante é a única indicação terapêutica para que ele possa continuar vivendo”, frisa Noemy Gomes.

CÓRNEA ZERO – Desde meados de 2017 que Pernambuco mantém o status de córnea zero. Isso significa que todo paciente com indicativo para o procedimento, com os exames realizados, bem de saúde e inscrito na lista, fará o transplante em até 30 dias. “A maioria dos pacientes em fila, hoje, ainda precisa concluir algum exame ou estabilizar o quadro de saúde. Cumprindo com as prerrogativas, temos córneas disponíveis e equipes preparadas para concretizar o transplante”, afirma a coordenadora da CT-PE.

MEDULA ÓSSEA – A Central de Transplantes de Pernambuco ainda lembra que, em vida, é possível ser doador de medula óssea. Basta ir ao Hemope e se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Para doar, é preciso ter entre 18 e 55 anos e levar RG e CPF. Além de uma palestra informativa sobre a doação de medula óssea, será feita a coleta de uma amostra de sangue do possível doador para os testes de compatibilidade. Uma vez no banco de dados, o possível doador pode ajudar alguém em qualquer lugar do Brasil e também do mundo. Atualmente, Pernambuco é primeiro lugar no Norte e Nordeste e quarto no Brasil no transplante desse tecido. Mais informações podem ser obtidas pelo 0800.081.1535.

Estudantes de Caruaru recebem óculos de grau gratuitamente

Nesta quarta-feira (3), a partir das 8h, os estudantes das escolas municipais Tereza Neuma, José Clemente Souza, Maria Bezerra Torres, Cesarina Moura e ETI Álvaro Lins serão beneficiados pelo programa ‘Aprender com Saúde’, com a entrega, gratuita, de óculos com lentes corretivas. O ato é a última etapa da ação que teve triagem e exames de vista, na própria unidade escolar.

A solenidade será dividida em dois momentos: às 8h, na quadra da Escola Josélia Florêncio, no Bairro São João da Escócia, e às 10h, na quadra da Escola Cesarina Moura, no distrito do Rafael. O evento contará com a presença de 400 estudantes; da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra; do vice-prefeito, Rodrigo Pinheiro; do secretário de Saúde, Francisco Santos; da secretária de Educação, Marta Medeiros, entre outras autoridades.

O ‘Aprender com Saúde’ é uma parceria entre as secretarias de Saúde e Educação que visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população escolar caruaruense em caráter de corresponsabilidade. “O programa tem grande alcance social e produz resultados importantes, pois quando se tem dificuldade de visão, provoca-se dispersão e dificuldade no aprendizado”, explicou a coordenadora da ação, Michelly Pereira.

Em 2018 o programa atingiu 100% dos estudantes com 12 ações de prevenção e promoção à saúde. Na ação de Saúde Ocular foram examinados 5.682 estudantes e entregue 433 óculos. A programação 2019/2020 deve beneficiar 124 escolas municipais e uma média de 34.800 estudantes.

Serviço:
Entrega dos óculos gratuitos aos estudantes do município
Data: 03.04.2019 (quarta-feira)
Horário/Local: “8h – Quadra da Escola Josélia Florêncio (R. Dallas, 21 – São João da Escócia)
10h – Quadra da Escola Cesarina Moura (BR 104 – via local distrito do Rafael)

“Fiscalização Integrada” vem trazendo mais ordenamento, tranquilidade e segurança

A Prefeitura Municipal de Caruaru, através da Secretaria de Ordem Pública (SECOP), vem atuando em diversos pontos críticos da cidade, em ações integradas, fiscalizando estabelecimentos e comércios informais para manutenção da ordem. Identificados de colete verde, os fiscais da SECOP zelam pelo bem-estar de todos, preservando o direito de ir e vir das pessoas, além do ordenamento do comércio de ambulantes, cuja área foi implantada em janeiro de 2018, com a contratação, por seleção, do quadro de Fiscais de Ordem Pública.

Os destaques nesse trabalho de reordenamento e segurança são o projeto “Comércio na Praça”, coordenado pela SECOP, e “Operação Sossego” e “Bar Seguro”, que são coordenadas pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, como explica o gerente de Operações da SECOP, Tenente Adilson José. “Esse trabalho integrado tem sido bastante observado pela população caruaruense. São pontos específicos, alvos de denúncias, principalmente perturbação de sossego, obstrução de calçadas, espaços públicos e vias veiculares”, destaca.

De acordo com a demanda, atuam em conjunto: Vigilância Sanitária, DESTRA (Agentes de trânsito e Guardas Municipais), Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, PROCON, Conselho Tutelar, Secretaria da Fazenda, Polícia Militar de Pernambuco, através do 4º Batalhão e BIESP, e o Corpo de Bombeiros. “Estamos, diuturnamente, percorrendo pontos da cidade que são locais de maior incidência criminal, do ponto de vista de homicídios ou perturbação de sossego. Recebemos demandas do Ministério Público, da Ouvidoria da prefeitura, dos Conselhos de Segurança Cidadã dos Bairros, como também decisões judiciais. Com essas ações conjuntas, percebemos uma redução no número de homicídios, agressões e crimes contra o patrimônio”, explicou a secretária de Ordem Pública, Karla Vieira.

As fiscalizações se destacam no Centro da cidade; no projeto “Nossa Avenida”, na Agamenon Magalhães; Monte Bom Jesus; jogos de futebol, suporte à Feira da Sulanca; Alto do Moura; eventos; festividades (Carnaval, São João etc.); bairros periféricos; Via Parque; acessos ao município, dentre outros.

Projeto Comércio na Praça – Uma das ações da Secretaria de Ordem Pública vai reordenar o centro da cidade com novos espaços de trabalho para cerca de 800 ambulantes que atuam em 28 ruas monitoradas pela fiscalização.

Jovens buscam alternativas para não sair da faculdade

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o nível de instrução é o fator que irá determinar a futura renda. Quem tem ensino superior completo chega a receber um salário três vezes maior do que aquele que só concluiu o ensino médio. Entretanto, a crise econômica acabou afetando os jovens que têm como objetivo uma formação universitária para se qualificar no mercado de trabalho.

Muitos estudantes, por falta de condições financeiras, abandonam os estudos e outros buscam alternativas para reverter a situação sem abrir mão dos projetos de formação acadêmica e de carreira. Assim como constatado em outros países em épocas de crise, o site de relacionamentos Meu Patrocínio registrou um crescimento de cadastros de sugar babies da acima de 50% nos últimos quatro anos. Homens e mulheres – jovens atraentes, ambiciosos e com objetivos claros de vida pessoal e profissional – vislumbram na figura de um “provedor”, sugar daddies ou sugar mommies, pessoas maduras e bem-sucedidas, uma alternativa para não adiar os sonhos de uma educação de qualidade e de um diploma. Como o tipo de relação proposta pelo estilo sugar envolve a transparência e o alinhamento de objetivos, fica claro desde o início o que o jovem espera deste “provedor”, uma renda suplementar que possa, dentre outras coisas, para a maioria, garantir a continuidade de sua formação.

Entre os mais de um milhão de babies usuários do site, 162 mil são estudantes universitários, com uma média de 23 anos de idade, em plena fase de investimento nos estudos e cientes de que só a beleza não basta para as conquistas pessoais e profissionais. Para o pagamento das mensalidades, ou material de estudo, o apoio financeiro fornecido pelo “provedor” proporciona a tranquilidade para quem precisa, neste momento da vida, dedicar-se a aprender e evoluir culturalmente.

Jennifer Lobo, fundadora e CEO da plataforma Meu Patrocínio, considera que “os jovens sabem bem o que querem, principalmente em termos materiais e de carreira. Estudo é fundamental. Esta geração está apta a utilizar os recursos disponíveis para conseguir os seus objetivos. Babies, daddies e mommies são honestos com relação às expectativas, cumprem o que foi estabelecido, beneficiando-se mutuamente. Assim, universitários têm conseguido se formar, fazer cursos de especialização, aprendido um novo idioma. Quando encontram o seu provedor, acabam estimulando outros a fazer a mesma coisa”.

Saúde prisional: seleção com 259 vagas prorroga inscrições até 17.04

Foram prorrogadas até o dia 17.04 as inscrições da seleção pública simplificada para profissionais que atuarão na saúde do sistema prisional. Ao todo, há 259 vagas para as equipes de Atenção Básica Prisional (EABp) e de Avaliação e Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP). A Secretaria Estadual de Saúde (SES) publicou no Diário Oficial desta terça-feira (02.04) a alteração no calendário da seleção, além da mudança nos requisitos para os cargo. Os secretários estaduais de Saúde, André Longo, e de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, estiveram reunidos na manhã desta terça na sede da SES, no Bongi, para tratar do assunto.

Os interessados irão atuar nas unidades prisionais do estado de Pernambuco ou na sede da SES, conforme vagas distribuídas no edital da seleção. O objetivo é qualificar o cuidado de saúde à população privada de liberdade, seja no atendimento direto ou na construção de políticas públicas para esse público, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Privada de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). Pernambuco foi um dos primeiros Estados do país a adotar essa política para o seu público.

As inscrições podem ser realizadas via Sedex ou presencialmente, na sede da SES, no Bongi, ou das Geres que constam com vagas (horários e endereços constam no edital). A seleção será por avaliação curricular ou avaliação curricular seguida por prova de conhecimentos, de acordo com os cargos. A remuneração é de R$ 998 a R$ 7,5 mil e a carga horária entre 30 e 40 horas semanais.

As vagas são para 21 médicos clínicos EABP, 19 médicos psiquiatras EABP, 02 médicos infectologistas EABP, 40 enfermeiros, 21 cirurgiões dentistas EABP, 23 assistentes sociais EABP, 40 psicólogos EABP, 21 farmacêuticos EABP, 42 técnicos de enfermagem EABP, 21 auxiliares de saúde bucal; 01 coordenador do Núcleo de Apoio Psicossocial de Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei, 01 médico psiquiatra ou clínico com experiência em saúde mental EAP; 01 enfermeiro EAP, 01 psicólogo EAP, 01 assistente social EAP, 01 advogado EAP, 01 apoiador Institucional de Saúde Prisional – psicólogo e 02 apoiadores institucionais de Saúde Prisional – enfermeiro. Os profissionais serão lotados nas seguintes Geres: I (sede no Recife), II (Limoeiro), III (Palmares), IV (Caruaru), V (Garanhuns), VI (Arcoverde), VII (Salgueiro) e VIII (Petrolina).

O resultado preliminar das avaliações curriculares sairá em 07.05. Os recursos para essa fase poderão ser feitos entre 08.05 e 10.05. O resultado sairá em 29.05, juntamente com a convocação para a prova de conhecimento, em 31.05, dos cargos que a necessita. O resultado preliminar da Avaliação Técnica – Prova de Conhecimentos sairá em 05.06, com recursos podendo ser impetrados nos dias 06.06, 07.06 e 10.06. O resultado final será divulgado em 28.06. A contratação será para o período de um ano, podendo ser prorrogado pelo prazo máximo de seis anos.

Mais informações podem ser obtidas pelo (81) 3184.0329 ou 3184.0140.

Funase expõe artesanato alusivo à Páscoa em shopping de Caruaru

O público já pode conferir uma exposição de artesanato que alia o encanto da Páscoa e o apoio a uma causa social. Diariamente, das 10h às 22h, objetos confeccionados na Casa de Semiliberdade (Casem) Caruaru estarão disponíveis na Feira Livre Cultural, do Caruaru Shopping. Chaveiros em feltro e até uma adega feita com um pneu reaproveitado estão no catálogo, com preços entre R$ 2 e R$ 250. A lista ainda inclui outros produtos, como caminhas para cachorro, mesas e pufes feitos com materiais recicláveis. Parte da renda será revertida para a compra de materiais para a fabricação de novas peças.

Os itens são produzidos durante oficinas realizadas por voluntários com os socioeducandos da Casem Caruaru. A unidade é administrada pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), instituição vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ). O contato com o artesanato é uma aposta na profissionalização e na descoberta de vocações, uma vez que os adolescentes atendidos, quando deixarem a Funase, poderão aplicar os conhecimentos adquiridos em um novo ofício e transformá-los em uma fonte de renda alinhada com uma atividade econômica que é um símbolo da região.

A exposição permanecerá em cartaz até o próximo dia 21, por meio de uma parceria entre a Casem Caruaru e a direção do centro de compras. Em dezembro, a Funase já havia realizado outra mostra no mesmo local, com foco em artigos natalinos. Em janeiro, teve início um novo formato, que prevê a abertura de um estande de artesanato da instituição na primeira semana de cada mês. Excepcionalmente em abril, por conta da temática dos produtos do catálogo, a exposição foi estendida até o fim da Semana Santa.

“Nos outros períodos em que foi realizada, a exposição fez muito sucesso entre o público, o que nos estimula a seguir investindo na realização de oficinas produtivas dentro da nossa unidade. É algo que mobiliza os oficineiros e os adolescentes participantes. As técnicas ensinadas servem não apenas para a criação dos produtos que são expostos, mas também para ajudar os socioeducandos no aprendizado de algo que permita a geração de renda”, destaca a coordenadora geral da Casem Caruaru, Anabel Brandão.

Os materiais que forem adquiridos com a renda obtida na Feira Livre Cultural do Caruaru Shopping serão usados em novas oficinas produtivas, desta vez, com foco na temática junina e na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), prevista para ocorrer entre 3 e 14 de julho de 2019. A Funase mantém um estande no evento desde sua primeira edição, há 20 anos. Já a outra parte do que for arrecadado com a venda de produtos no shopping será dividida entre os adolescentes participantes das oficinas.

SERVIÇO

Feira Livre Cultural com artesanato produzido por adolescentes da Funase

Data: de 1º a 21 de abril de 2019

Horário: das 10h às 22h

Local: Caruaru Shopping – Rua Adjar da Silva Casé, 800 – Indianópolis, Caruaru-PE

Geraldinho Lins canta em Garanhuns

Geraldinho Lins promove um esquenta para o Festival Viva Dominguinhos com show neste sábado (6), em Garanhuns. A apresentação ocorre na churrascaria e choperia Terraço e vai levar ao público um repertório formado por antigos e novos sucessos de Geraldinho, a exemplo da clássica “Amor de Sertão” e do lançamento “Foi só eu deixar de ligar”.

Além de Geraldinho Lins, o Terraço recebe ainda apresentação de Pedrinho Pontes. Os shows têm início às 22h. Os ingressos para a festa têm o valor de R$ 30 e podem ser adquiridos na Bicho Eventos e no próprio Terraço. O Terraço fica localizado na Av. Rui Barbosa, n.º 1070, no bairro Heliópolis, em Garanhuns, bem na esquina com a Av. Euclides Dourado. Outras informações pelo telefone (87) 3761.7527.

Rivadávia Drummond e Clóvis de Barros Filho serão palestrantes de seminário da Fiepe no Agreste

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou em março um ranking de competitividade onde o Brasil ocupa a penúltima colocação, ficando à frente apenas da Argentina. O estudo analisa fatores como educação, tecnologia, inovação e ambiente de negócios. Além dos aspectos econômicos, resultados como esse demonstram que as empresas nacionais precisam investir em formação continuada para concorrer no mercado de igual para igual com as marcas estrangeiras. Para fortalecer a atuação das empresas locais nesse cenário, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) traz para o Agreste dois nomes de autoridade no assunto: Rivadávia Drummond e Clóvis de Barros Filho.

Os especialistas serão palestrantes do seminário “Excelência em Gestão e Crescimento Organizacional”. Em um formato já consolidado na região que oferece ao público palestras, cases de sucesso e momentos de networking, a Federação promove o debate entre as empresas, principalmente do setor industrial, sobre temas atuais e relevantes em gestão. O objetivo é inserir novas práticas gerenciais para melhoria dos negócios e troca de informações entre os empresários do Agreste, maximizando o tempo de vida das micro e pequenas empresas diante de um cenário econômico desafiador e estimulando a gestão profissional focada em resultados e processos através da liderança.

Administrador, docente, escritor e consultor, Rivadávia Drummond irá compartilhar sua experiência sobre o tema “Gestão, inovação e crescimento organizacional”. O palestrante é pós-doutor pela Universidade de Toronto e participou de programas executivos nas Universidades de Harvard, Virgínia e Stanford. Foi reitor do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), entre 2011-2014, e honorary associate professor da Universidade de Hong Kong. Foi também ex-presidente da HSM Educação Executiva e professor do mestrado profissional em Administração de Centro Universitário UNA.

Clóvis de Barros Filho é doutor e livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Palestrante há mais de dez anos no mundo corporativo, é também consultor e escritor. Ele irá dialogar com o público sobre o tema “A busca da excelência empresarial” e a dificuldade de escolher os melhores valores que irão impactar na forma de viver e de conviver com as pessoas e o meio.

As inscrições para participar do seminário “Excelência em Gestão e Crescimento Organizacional” já estão abertas e podem ser feitas pelo site da Fiepe (www.fiepe.org.br), pelo e-mail: regional.agreste@fiepe.org.br ou pelo telefone (81) 3722.5667. O investimento é de R$ 195 que pode ser dividido em até 3x sem juros nos cartões. A Fiepe dispõe de uma política de descontos: até 20% para indústrias associadas, sendo que a cada cinco inscrições realizadas com o mesmo CNPJ, a empresa pode optar por mais uma inscrição de cortesia ou 10% de desconto. Para estudantes e idosos, o desconto é de 15% (no caso dos estudantes, é necessária a apresentação de comprovante estudantil).

Artigo – De olho no futuro, mas presos ao passado

Não faz muito tempo e o futuro era distante e intangível. Quando filmes do porte de 2001: Uma odisseia no espaço, ou o desenho animado mais futurista de todos, Os Jetsons, foram lançados, em plena década de 1960, apenas as mentes mais fora da caixa poderiam supor que, algum dia, ao menos parte daquilo pudesse se tornar real.

É fato que ainda não nos locomovemos em carros voadores, nem vivemos em cidades suspensas e tampouco existe consenso sobre a existência de vida fora da Terra. No entanto, é impossível negar a quantidade de coisas que até então eram tidas como pura ficção científica e que hoje fazem parte do nosso cotidiano.

Tamanha evolução em tão pouco tempo resulta no fato de que dificilmente há quem se pergunte se há algo que ainda possa ser inventado. Pelo contrário, mantemos nossas expectativas em alto nível, ansiosos pelo o que vem de inovador, ainda que não façamos ideia do que possa ser. As possibilidades são muitas e vão desde novas formas de gerir, comunicar e solucionar problemas até o desenvolvimento de procedimentos médicos cada vez menos invasivos e a descoberta da cura para diversos males que ainda nos afligem.

Aliás, é exatamente no campo da medicina onde são encontradas algumas das inovações mais significativas. Menos de cem anos separam a descoberta da penicilina do desenvolvimento de robôs capazes de realizarem cirurgias complexas e de forma precisa, inclusive comandados por um profissional situado a quilômetros de distância.

No entanto, como a efetiva compreensão das transformações e a mudança de comportamento possuem relação de tempo e espaço distintas da verificada no avanço tecnológico e científico, nossa sociedade tem experimentado contradições e desafios como a formação de profissionais capazes de atuar em um cenário cada vez mais competitivo, inovador e disruptivo.

Por exemplo, há décadas a prestação de serviços médicos mediados por tecnologias é realidade no país e no mundo. Para além dos preceitos éticos e morais que precisam ser assegurados, a integração entre tecnologia e medicina é um caminho sem volta.

Apesar disso, nossos profissionais da área da saúde continuam sendo formados por metodologias tradicionais, pautadas na velha concepção de que educação se faz com lousa, saliva e lápis. Hoje dispomos de ferramentas educacionais capazes de promover o acesso ao conhecimento acadêmico de maneira atraente e eficiente, ao passo em que competências como dinamismo, autonomia e criatividade são desenvolvidas. Entretanto, tudo isso é estrategicamente ignorado em nome de uma formação que, muito em breve, não será suficiente sequer para o atendimento básico de saúde.

Estamos diante da dicotomia de poder fazer, mas não poder aprender. Nossa cultura ainda está fortemente arraigada em concepções ultrapassadas que não só dificultam olhar a frente, mas já refletem no descompasso entre o que é aprendido e o que é demandado pelo mercado de trabalho e pela sociedade atual.

O termo educação a distância foi cunhado no início do Século XX para designar cursos de datilografia por correspondência. Em uma época na qual computadores e internet eram impensáveis, a expressão fazia sentido. Mas o que existe hoje é outra coisa completamente distinta. O que ainda é apresentado como EAD nada mais é do que educação intermediada pela tecnologia.

A fria troca de correspondências entre aluno e tutor deu lugar a ferramentas modernas e seguras que permitem a interação do estudante com professores, colegas e conteúdos enquanto ampliam a intimidade do aluno com o universo tecnológico. Além disso, nosso marco legal da educação determina que o processo educacional, seja ele presencial ou intermediado por tecnologia, deve dialogar com diretrizes curriculares previamente estabelecidas e sobre as quais são construídos os projetos pedagógicos dos cursos de graduação.

Sendo assim, se um curso demanda aulas práticas, como é o caso de medicina, mesmo que todo conteúdo teórico seja transmitido por intermédio da tecnologia, as atividades presenciais estão asseguradas e são realizadas nos polos das instituições de educação superior existentes em todo o país. Conclui-se, portanto, que não existe graduação 100% a distância para cursos na área da saúde que demandem formação prática.

Dito isso, resta-nos questionar até quando vamos permitir que visões retrógradas e interesses classistas se sobreponham a uma nova realidade que está posta e que trouxe consigo necessidades que não dialogam com omodus operandi do Século XX. São posturas que nos colocam muito mais próximos dos Flinstones do que dos Jetsons.

A modernização do processo educacional é inevitável, assim como as inovações que nos surpreendem dia a dia. Em uma área na qual a tecnologia incide diretamente em elementos como qualidade de vida, diagnósticos precoces e tratamentos precisos, ir contra à evolução tecnológica do ensino consiste em um grande retrocesso. Além disso, estarão nossos médicos preparados para teleconsultas e cirurgias robotizadas?

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com