Cinco adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), instituição ligada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), participarão, na tarde desta quarta-feira (27), do Banquetaço. O evento, que ocorrerá no Recife e em mais de 15 cidades brasileiras, é um manifesto contra a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), determinada pela Medida Provisória 870/2019. Durante o ato, será servido um banquete coletivo e solidário. A expectativa é de que sejam preparadas 15 mil refeições em todo o País, mil delas só em Pernambuco. No Recife, segundo os organizadores, a ação ocorrerá das 12h às 15h, em frente ao Armazém do Campo, na Avenida Martins de Barros, no bairro de Santo Antônio.
Os cinco socioeducandos da Funase vêm sendo inseridos nas ações que envolvem o Banquetaço como uma atividade pedagógica em defesa da segurança alimentar. No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Vitória de Santo Antão, onde cumprem medida de internação, eles e outros adolescentes participam de ações na área de sustentabilidade, por meio de uma horta e de um viveiro florestal existentes na unidade. Os produtos cultivados, livres de agrotóxicos, são distribuídos no próprio local e na sede da Funase.
Parte da produção – aproximadamente 15 quilos de coentro e rúcula – foi encaminhada à organização do Banquetaço como contribuição para o preparo das refeições. O ato de entrega, que ocorreu na sede do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), também contou com o acompanhamento dos adolescentes que participarão do banquete coletivo. O carregamento oriundo de outras instituições parceiras ainda contou com chuchu, cenoura, quiabo, repolho, cebola, tomate, macaxeira, maçã, banana, mamão e arroz. A ideia é que, no Banquetaço, seja servido um cozido vegetariano. Ainda haverá uma programação com grafitagem.
“Temos várias ações na Funase que, de algum modo, tangenciam a questão da sustentabilidade, como o viveiro florestal na unidade de Vitória de Santo Antão. É algo que não só diz respeito à qualificação que os socioeducandos vão tendo para trabalhar nessas áreas, mas também com o envolvimento que eles passam a ter com as questões relacionadas a uma alimentação segura e saudável. Além da competência técnica, se podemos oferecer um pouco do sentimento de utilidade pública, de que aquilo que eles fazem melhora as condições do outro, então conseguimos trabalhar a perspectiva do cuidado e formar jovens mais atentos às questões que os cercam”, destaca o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque.
Imagem: Marcelo Vidal/SDSCJ