Inadimplência abre o ano em desaceleração

O ano de 2019 começa com sinais de acomodação da inadimplência. Dados apurados pelo Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que mesmo com o crescimento do número de consumidores negativados na comparação anual, o avanço foi menor em janeiro de 2019 ante os últimos meses, alcançando 2,42%.

Já o número de dívidas apresentou recuo de 0,29% no mesmo período, embora o volume de pendências continue crescendo em dois setores específicos: o de bancos, com avanço de 2%, e o de água e luz, com aumento expressivo de 14%. Em contrapartida, comércio e comunicação registraram queda de 7%.

O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, destaca que apesar do avanço da quantidade de devedores, o número médio de dívidas vem caindo. “O problema da inadimplência, que cresceu muito nos anos mais recentes, ainda está longe de resolvido. Mas já se observa uma tendência de acomodação, que pode ser um prenúncio de melhora na capacidade de pagamento das famílias”, explica. “Este cenário só deve mudar quando a retomada da economia for percebida de fato pelos consumidores, ou seja, com a criação de novos empregos e o aumento renda”, observa Costa.

Brasil tem 62,08 milhões de negativados; região Sudeste é a região com maior crescimento da quantidade de inadimplentes

Depois de alcançar níveis recordes, estima-se que o país tenha fechado o mês de janeiro com aproximadamente 62,08 milhões de brasileiros negativados, o que representa 40% da população acima dos 18 anos. No Sudeste, região que abriga a maior fatia da população, o número de negativados chegou a 26,5 milhões ou 40% da população adulta local. O contingente também é grande no Nordeste, com 16,7 milhões de inadimplentes ou 41% da população adulta. No Sul são 8,3 milhões de consumidores com CFP restrito ou 36% da população — a menor entre as regiões. Já no Centro-Oeste, o volume de negativados é de 5 milhões. No Norte, os negativados somam 5,6 milhões, sendo a maior proporção adulta local, com 46%.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o consumidor, que agora começa a livrar-se de dívidas atrasadas, deve cuidar para não voltar à inadimplência. “Não é baixo o número de consumidores que, depois de sair do cadastro de negativados, acaba retornando. Isso ocorre porque, em muitos casos, a inadimplência tem origem no mau uso do crédito e da falta de controle das próprias finanças. Nesses casos, é fundamental que haja disciplina para fazer a gestão dos ganhos e dos gastos, além de se reconhecer os limites do próprio orçamento”, orienta a economista.

Mais da metade dos consumidores entre 30 e 39 anos está inadimplente, somando 17,6 milhões

Quanto à estimativa por faixa etária, a maior frequência de negativados continua entre os que têm idade de 30 e 39 anos. Em janeiro, mais da metade da população nesta faixa etária (51%) estava com o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,6 milhões.

Outro destaque é a proporção significativa de inadimplentes com idade de 25 e 29 anos (44%), da mesma forma que acontece na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, em que a proporção é de 33%. Já entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 17%.

Metodologia

O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

PMC lança novos cursos do Qualifica nesta terça-feira (12)

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres, realiza, nesta terça-feira (12), a aula inaugural para o lançamento dos cursos do “Mulher que Faz III – Visibilidade e Trabalho Feminino”, do Programa Qualifica Caruaru. O evento será das 13h às 17h, no Citi Hotel Premium, localizado na Avenida Prof. José Leão, 307 – Maurício de Nassau.

A solenidade dará início também aos cursos para formação de Qualificação Profissional e Sociopolítica para 90 mulheres nos segmentos de Manutenção e Mecânica de Motocicleta, Manutenção e Mecânica de Máquina de Costura Industrial e Curso de Agroecologia, que serão ministrados em bairros e comunidades da zona urbana e rural de Caruaru.

Serviço:

O quê? Lançamento dos Cursos do Qualifica Caruaru – Projeto Mulher Que Faz
Quando? Terça-feira, 12 de fevereiro de 2019.
Onde? Citi Hotel Premium. Endereço: Avenida Prof. José Leão, 307 – Maurício de Nassau.
Horário? Das 13h às 17h.

Oficina de Teatro na Casa de Cultura José Condé

O grupo caruaruense Cia Bacurau Cultural abre inscrições para Oficina de Teatro na Casa de Cultura José Condé. As aulas acontecerão aos sábados, das 13h30 às 18h, no Teatro Joel Pontes, e são voltadas para pessoas sem experiência com teatro, atores/atrizes e profissionais que necessitem se expressar melhor.

As aulas já iniciam no próximo sábado (16) e o primeiro módulo encerra em junho. A oficina será ministrada pelo produtor cultural e diretor, Túlio Beat, e pelo ator, produtor e dançarino, Paulo Conceição.

“Será uma oportunidade única para que os participantes explorem a comunicação, expressão corporal, técnicas teatrais, cultura popular e criatividade. Professores, advogados, artistas, profissionais da arte ou interessados estão convidados”, explica Túlio Beat.

A mensalidade será no valor simbólico de R$ 20,00 e a classificação será a partir dos 14 anos. As inscrições podem ser feitas no local, no próximo sábado, às 14h; pelo fone (81) 98799-3223 ou pelo link https://goo.gl/forms/CLpDDnuYwMPF783Y2

A Cia Bacurau Cultural é uma premiada companhia artística pernambucana com vasta experiência no Agreste. Com reconhecido mérito artístico e cultural, produz oficinas, espetáculos, conteúdo audiovisual, performances, além de manter constantes atividades voltadas para a ação social e sustentabilidade.

Serviço

Local: Casa de Cultura José Condé (próximo a Feira de Ervas na Parque 18 de Maio)
Data/horário: Aulas a partir do sábado (16/02) – 13h30 as 18h
Quanto: mensalidade R$ 20,00
Inscrição: No local (sábado – 14h), pelo fone 81 9 87993223 ou pelo link: https://goo.gl/forms/CLpDDnuYwMPF783Y2

Karatecas do Bolsa Atleta Caruaru garantem vagas em campeonatos nacionais

Duas jovens atletas de Caruaru chegaram a fases nacionais em competições de karate olímpico. Camilla Mirelly Medeiros da Silva, de 17 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio, garantiu uma vaga para a seletiva nacional do Combat Games após derrotar a atual campeã brasileira, Daphine, com o placar de 9 x 0. A karateca caruaruense, que no ano passado ficou em 4° lugar na competição mundial do esporte no Marrocos, na África, agora se prepara para competir com mais 300 atletas de todo o país na cidade de Palmas-TO, em abril deste ano. A fase nacional serve de seletiva para o mundial que acontecerá em Budapeste, na Hungria.

Já Milena Stefani Ferreira da Silva, de 17 anos, aluna do terceiro ano do ensino médio, que também representa Caruaru, foi consagrada campeã e garantiu vaga para fase inicial da Campeonato Brasileiro de Karate Olímpico que vai acontecer no mês de maio, no Recife, capital pernambucana. Para esta competição são esperados cerca de mil atletas de todos os estados brasileiros.

Camilla e Milena são integrantes da Associação Santana Dojô de Karatê de Caruaru e ambas fazem parte do programa Bolsa Atleta e do Chamamento Público de Esportes, concedidos pela Prefeitura de Caruaru. Juntamente com o técnico Anderson Santana, as karatecas receberam o apoio da prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, por meio da Gerência de Esporte e Lazer.

Estudantes da ETE lançam aplicativo oficial do Carnaval de Bezerros 2019

Coordenados pelo professor Flávio Brayner, os alunos do terceiro ano do curso de Manutenção e Suporte em Informática, da Escola Técnica Maria José Vasconcelos (ETE Bezerros), desenvolveram um aplicativo para celulares e tablets que vai conter e divulgar maiores informações sobre a Folia do Papangu 2019.

No app, o folião pode acessar a programação de blocos e palcos de rua. Também estão disponíveis serviços como transportes, telefones úteis, postos médicos, hotéis e restaurantes. O aplicativo já está disponível nos sistemas Android e iOS e será constantemente atualizado. Baixe agora: https://app.vc/papangu

Plataforma usa inteligência artificial

A variação nos preços de passagens aéreas confunde o usuário sobre o melhor momento de comprá-las. Teoricamente, com antecedência sai mais barato, mas também é possível encontrar promoções atraentes próximas à data de embarque. Para que o usuário não precise checar sites de companhias o tempo todo, a plataforma Trafega (www.trafega.com) utiliza um sistema de inteligência artificial, apelidado de Olívia, para encontrar os melhores preços com base no que o consumidor deseja ou pode pagar e, enquanto calcula as chances de ele viajar com esse valor, auxilia o viajante a fazer o melhor negócio.

A ideia surgiu do relacionamento à distância do engenheiro de software Eduardo Ibrahim, que namorava uma garota de Ribeirão Preto e precisava voar com frequência. Cansado de arcar com valores absurdos, o também mestre em finanças decidiu estudar o modelo das companhias e entender por que, mesmo com todos os esforços promocionais, os aviões continuam decolando com espaços vazios. “Acabei me deparando com estratégias de proteção de preços utilizadas há mais de 50 anos, que não consideram a dinâmica do usuário atual. Isso gera prejuízos para as companhias e menos viagens para o consumidor”, afirma o empreendedor.

Ao acessar o site da Trafega, o usuário insere os dados da viagem (origem, destino e datas de ida e volta) e informa o valor que deseja pagar pelas passagens. A partir disso, o sistema calcula as chances de ele viajar de acordo com o limite estipulado e também sugere as oportunidades para compra imediata. “Caso o viajante não encontre o que precisa, a inteligência artificial auxilia-o a encontrar um valor que atenda às expectativas. Vale lembrar que a plataforma garante o mesmo preço do site da companhia ou menor”, diz Ibrahim.

Desenvolvido com base na união entre inteligência artificial e economia comportamental, o sistema ultrapassa os conceitos tradicionais de marketing sobre comportamento do consumidor. São consideradas variáveis como percepção de valor, para oferecer às companhias técnicas capazes de preencher os espaços vazios em aviões, sem comprometer a proteção de preços. Dessa forma, as empresas têm maior faturamento e podem oferecer melhores serviços e valores aos passageiros.

“Estamos no momento perfeito para utilizar ferramentas de IA e machine learning junto à economia comportamental, teoria desenvolvida pelo vencedor do Prêmio Nobel de Economia, Daniel Kahneman. Esse é um assunto quente no Vale do Silício e o mercado aéreo é forte candidato para sair na frente”, comenta Ibrahim.

A partir deste mês, a plataforma também disponibilizará um aplicativo gratuito para Android e iOS, que já está em fase de testes e trará toda a praticidade do negócio para a palma da mão.

Empresa brasileira oferece solução que promete economia de combustível

A SFI Chips, empresa brasileira de soluções em preparação eletrônica de veículos automotores à combustão, o chamado chip tunning ou “chipagem”, oferece equipe de profissionais altamente qualificados e softwares próprios de remapeamento, buscando a melhor performance de veículos leves e pesados, aumentando o rendimento de combustível e oferecendo uma redução de até 20% em custos com abastecimentos.

“Somos uma empresa que conhece muito bem o serviço. No quesito motor a diesel não há concorrente no país, temos o know-how de competições renomadas como o Rally dos Sertões, no qual fomos doze vezes campeões”, afirma o CEO da SFI Chips, Márcio Medina.

Com 11 anos de experiência, a empresa de Medina foi a pioneira em desenvolvimento de softwares próprios para o remapeamento de centrais eletrônicas em carros de competição, uso misto e pessoal.

Tendo iniciado suas operações em 2008, a SFI Chips conta hoje com uma ampla rede parceira, totalizando mais de 40 pontos no Brasil todo. Atuando não somente em carros de competição, mas em veículos de passeio e frotas pesadas.

“Começamos buscando obter o melhor rendimento para carros, hoje, com mais experiência, podemos oferecer não somente a preparação, mas uma série de outras soluções voltadas à melhor performance e economia de combustível de veículos leves, pesados, inclusive barcos e máquinas agrícolas”, esclarece o CEO.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA = ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

Com certeza os maiores ganhos com a preparação eletrônica oferecida pela SFI Chips são a economia de combustível e a redução do impacto ambiental gerados pela melhor eficiência energética dos motores movidos à combustível fóssil, uma vez que isso afeta toda a cadeia produtiva do mesmo.

“O que muita gente pensa é que a preparação eletrônica serve somente para aumentar potência e testar os limites dos carros, mas não é só isso, é possível extrair melhor desempenho, com a queima mais acertada de combustível, com um consumo final do veículo menor, em muitos casos, chegando à 20% de economia”, diz Medina.

“Podemos configurar frotas inteiras em pouco tempo para que tenham um melhor rendimento energético gerando uma economia de milhares de reais para as empresas de transporte”, completa o empresário.

Para se ter uma ideia, numa frota de 150 veículos pesados, que rodem somente nos dias úteis, sejam caminhões ou ônibus, a economia de combustível pode ser de quase R$500 mil por mês. Levando em conta uma economia máxima de 20% que pode variar dependendo do uso e do modo de condução.

Com o conceito de eficiência energética sendo um dos marcos balizadores das preparações da SFI Chips, um motor pode ter seu funcionamento otimizado, gerando menos calor, queimando menos combustível e tendo um rendimento superior aos veículos com configurações de fábrica.

eSocial impõe desafio de comunicar informações de saúde e segurança do trabalho

O eSocial chegou à nova e última etapa: o envio das informações de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) para o governo federal. Segundo informação disponível no portal do eSocial, o ambiente de testes estará disponível a partir de 18 de março.

De acordo com o cronograma da Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, as empresas que possuem faturamento superior a R$ 78 milhões (grupo I) serão as primeiras a cumprir a obrigação, com envio dos eventos de SST a partir de julho, o que inclui: tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador, exame toxicológico do motorista profissional e condições ambientais do trabalho – fatores de risco, treinamentos, capacitações, exercícios simulados e outras anotações.

“Após um ano intenso de implantação das empresas no ambiente do eSocial, a nova obrigação traz muitos desafios, dada a natureza única da área de Saúde e Segurança do Trabalho, considerando seus impactos e riscos tecnológicos, operacionais e jurídicos. Por isso,
é importante entender muito bem a obrigação para conquistar agilidade no processo e minimizar erros”, diz Valquíria Cruz, gerente de produtos da ADP Brasil.

Pensando em apoiar as empresas nesse sentido e levar conhecimento a todos os envolvidos, a ADP convida os interessados a participarem de webinar gratuito sobre o tema no dia 21 deste mês, às 15h. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na página: http://bit.ly/2GrTMWw. As explicações serão dadas por Valquíria Cruz, profissional com trajetória internacional e multidisciplinar nos segmentos de tecnologia e inovação.

Sobre a ADP (NASDAQ-ADP)

Tecnologia poderosa com um toque humano. Empresas de todos os tipos e tamanhos ao redor do mundo confiam no software de cloud e nas percepções de especialistas da ADP para ajudar a aproveitar ao máximo o potencial de seus colaboradores.

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Para mais informações, visite o site do Brasil: https://www.adp.com.br/

Governo planeja regras especiais de aposentadoria para policiais federais e civis

A proposta de reforma da Previdência sob exame no governo Jair Bolsonaro vislumbra regras próprias de aposentadoria para policiais federais e civis, em que a idade mínima e o tempo de contribuição da categoria seriam diferentes dos demais contribuintes. Segundo reportagem do jornal O Globo, a idade mínima diferenciada para os policiais é projetada em 55 anos, para homens e mulheres.

São várias as possibilidades de texto a ser submetido ao Congresso nos próximos meses – e, nesse sentido, Bolsonaro e os ministros Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil) têm levado a público declarações divergentes sobre o assunto. Mas, segundo o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Antonio Augusto de Queiroz, colunista deste site, todas elas serão mais “duras” do que a natimorta proposta do antecessor de Bolsonaro, o emedebista Michel Temer.

“A versão que vazou da reforma […] é mais dura que a proposta pelo ex-presidente Michel Temer. Porém, ainda passará pelo crivo do presidente e também do Congresso, que poderá modificá-la em vários aspectos, especialmente a unificação de idade entre homens e mulheres. Ela dá caráter previdenciário aos soldos e pensões das Forças Armadas, proíbe novas adesões aos regimes previdenciários destinados a detentores de mandatos eletivos e estende seus termos automaticamente aos estados e municípios, se no prazo de dois anos esses entes não adequarem seus regimes próprios”, diz o diretor do Diap em artigo (leia).

Ainda segundo a reportagem do jornal fluminense, o tempo de contribuição para os policiais deve continuar em 30 anos (para homem) e 25 anos (mulher). Mas uma nova exigência está a caminho, informam as repórteres Geralda Doca e Gabriela Valente: o exercício efetivo e comprovado da função por no mínimo 25 anos – nas regras atuais, a categoria se aposenta com 20 anos de atividade policial (homens) e 15 anos (mulher), sem que a idade mínima seja exigida.

“Essas condições foram negociadas com a bancada da bala na tramitação da reforma do ex-presidente Michel Temer”, lembra a reportagem, que prossegue. “O texto também deve dar um tratamento diferenciado aos trabalhadores rurais. Mas, diferentemente do governo anterior, eles também terão que dar a sua parcela de contribuição. Ou se eleva a idade mínima (hoje de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens) ou esse grupo passará a contribuir para o sistema, ainda que seja com uma alíquota baixa. Atualmente, basta comprovar o serviço no campo por um período de 15 anos para ter acesso ao benefício.”

A reportagem diz ainda que policiais militares e bombeiros dos estados não terão idade mínima de aposentadoria, uma vez que serão equiparados aos membros das Forças Armadas. O governo Bolsonaro já bateu o martelo em relação ao regime previdenciário dos militares, que terá ajustes e vai alterar alíquotas de contribuição, bem como imporá aumento de 30 anos para 35 anos na ativa como condição para aposentaria.

“A equipe econômica pretende insistir na ideia de desvincular os benefícios assistenciais do salário mínimo […]. O argumento é que o Brasil é o único país onde não há diferenciação entre benefícios assistenciais e previdenciários, o que desestimula as pessoas a contribuir para o regime. De acordo com a minuta, o auxílio seria de R$ 500 para a pessoa com 55 anos de idade, e de R$ 750, a partir dos 65 anos. Para a pessoa que completar 70 anos de idade e comprovar pelo menos dez anos de contribuição, haveria um acréscimo de R$ 150. Atualmente, deficientes e idosos de baixa renda recebem um salário mínimo [cerca de mil reais] ao completar 65 anos de idade”, lembram as jornalistas.

Fonte: Congresso em Foco

Congresso inicia formação de comissões nesta semana; 22 MPs continuam na pauta

Definidos os nomes das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, deputados e senadores agora se preparam para a composição das comissões temáticas permanentes, em disputa que inclui briga entre partidos governistas, na Câmara, e afastamento de caciques do MDB do comando dos colegiados no Senado. Enquanto se dá o xadrez administrativo, 22 medidas provisórias esperam votação dos congressistas, além de diversos outros tipos de proposição – apenas na Câmara, mais de 600 projetos já foram protocolados na primeira semana de trabalho.

Mas, daquelas 22, apenas três medidas provisórias estão prontas para votação na Câmara. No Senado, a pauta ainda não está definida, mas líderes partidários se reúnem nesta terça-feira (12) para definir as próximas votações e conversar sobre a reforma da Previdência. Como é praxe, a pauta inicial das duas casas legislativas será definida pelos líderes de bancada em reuniões no transcorrer da semana.

O presidente Jair Bolsonaro assinou apenas das medidas provisórias que constam da pauta. A MP 870/2019 estabelece uma nova organização para os órgãos da Presidência da República e reduz de 29 para 22 o número de ministérios. Já a MP 871/2019 altera regras de concessão de pensão por morte, auxílio-reclusão e aposentadoria rural para economizar R$ 9,8 bilhões.

As outras 20 medidas provisórias são remanescentes do governo Michel Temer. Uma delas é a MP 863/2018, que abre o setor aéreo ao capital estrangeiro.

Além das medidas provisórias, a Câmara poderá votar o Projeto de Lei 10431/18, que obriga o Brasil a cumprir imediatamente sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas relativas ao crime de terrorismo. De autoria do Poder Executivo, o objetivo da matéria é agilizar as ações de bloqueio de bens, principal punição pretendida no texto, bem como a identificação de empresas e indivíduos associados ao terrorismo e à fabricação de armas de destruição em massa.

Jogo partidário

Os senadores têm o compromisso de escolher quem vai comandar as comissões da Casa a partir desta terça-feira (12), e um acordo alcançado deve permitir que a escolha se dê em relativa tranquilidade. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é nome quase certo para presidir a toda-poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por exemplo.

Figura-chave na derrota do correligionário Renan Calheiros (MDB-AL) para Davi Alcolumbre (DEM-AP), Simone foi para a disputa como candidata avulsa e, no final da tumultuada jornada eleitoral interna, anunciou voto no colega do Amapá e se retirou do páreo – a transferência de votos pela “renovação” ficou clara nos 42 votos do vencedor. A retribuição de Davi vem na forma de defesa de Simone para comandar a CCJ, mas o presidente do Senado quer mais: a pluralidade de legendas à frente das comissões, a exemplo do que se deu na composição da Mesa, quando foram contemplados 11 partidos.

Na Câmara, partidos da base governista estão em rota de colisão devido à disputa por comissões importantes, embora algumas lideranças ouvidas pelo Congresso em Foco neguem haver mal estar e digam que isso é algo natural no Legislativo. Composto por 11 legendas, o bloco que apoiou a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ocupará 15 das 25 comissões permanentes e tem prioridade nas escolhas, mas internamente há uma disputa entre o PSL e as demais siglas.

Com 54 deputados já confirmados – e a expectativa de aumentar a bancada com novas filiações –, a legenda de Bolsonaro já tem garantida a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa. O problema, segundo apuração do Congresso em Foco, é uma aparente discordância sobre o acordo que selou apoio a Maia: desde o dia em que a adesão foi fechada (2 de fevereiro), o PSL afirma também ter reservado a Comissão de Finanças e Tributação (CFT), mas nem todos os parlamentares que participaram das articulações têm clareza a respeito dessa promessa.

Se a vitória de Maia, um parlamentar alinhado à pauta reformista de Bolsonaro, serviu de alento ao governo, a queda de braço entre deputados governistas sinaliza que tempestades podem nascer da própria base de sustentação. A preocupação do Planalto, a partir do início do ano legislativo, é impedir que disputas inerentes à atividade parlamentar ameace a reforma da Previdência, prioridade máxima da nova gestão.

Fonte: Congresso em Foco