Cartilha do MPPE orienta atuação dos promotores de Justiça no combate à evasão escolar

Como parte do Projeto Institucional Priorizar a Escola, que tem como um dos objetivos o combate à evasão, infrequência e abandono escolar, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lança nesta sexta-feira (9) a Cartilha do Projeto Voltei (Verificação Oficial Limitadora de Taxas de Evasão e Infrequência). Elaborado pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Direito Humano à Educação (Caop Educação), o material tem a finalidade de apoiar as ações e procedimentos a serem adotados pelos promotores de Justiça, trazendo os aspectos legais e apresentando possibilidades de atuação.

Criado em 2003 como parte do projeto Primeiro a Infância pelo promotor de Justiça Francisco Cruz Rosa, que na época coordenava o Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e Juventude (Caop Infância e Juventude), o Projeto Voltei estabelecia a implantação, por parte das Secretarias de Educação, de um sistema de controle da evasão dos alunos, que permitisse envolver, sempre que necessário, todos os órgãos do sistema de proteção.

“Precisamos efetivar atitudes com escopo de manter a memória institucional e recuperar alguns projetos que foram sucesso no passado. O Voltei, idealizado por Dr. Francisco Rosa, hoje aposentado, obteve grande projeção e foi muito importante no combate à evasão escolar. O Ministério Público tem a importante função de promover a garantia do direito à educação e a proteção integral das crianças e adolescentes. A Cartilha do Projeto Voltei retoma a construção desta ação junto à rede municipal de ensino, Conselhos Tutelares e de Direitos”, comentou o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.

Na cartilha, são disponibilizados aos promotores de Justiça modelos de portaria de instauração de Procedimento Administrativo; Recomendação; e de Termo de Cooperação e Integração Operacional. O material também descreve o passo a passo a ser seguido, a partir do momento em que o professor constata o atraso frequente ou a infrequência reiterada do aluno.

Todas as ações adotadas deverão ser registradas na Ficha Voltei, documento individual com os dados dos alunos e da instituição de ensino, por meio da qual será possível o monitoramento de cada caso. Nela, constarão as medidas tomadas pela unidade de ensino; o atendimento e medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar; a síntese do atendimento realizado pelo Ministério Público; e as novas medidas adotadas pela escola e encaminhadas à Secretaria de Educação.

“Além disso, se faz necessária a implantação da Busca Ativa Escolar nos municípios, devendo haver cooperação de representantes de diferentes áreas, como educação, saúde, assistência social, dentro de uma mesma plataforma. Cada pessoa ou grupo tem um papel específico, que vai desde a identificação de uma criança ou adolescente fora da escola, até a tomada das providências necessárias para a matrícula e o acompanhamento da permanência do aluno na escola”, destacou o promotor de Justiça e coordenador do Caop Educação, Sérgio Souto.

Segundo o promotor, a evasão e a infrequência escolar são questões complexas que podem estar atreladas a diversas situações, como: abandono, negligência, violência, trabalho infantil, agressões morais e corporais sofridas dentro ou no entorno da escola; além de escolas com estrutura física precária ou inadequada, com educadores despreparados e insuficientes.

Por isso, o MPPE pretende realizar, no curso do projeto, capacitações, esclarecendo o papel de cada ator no combate à evasão escolar. “É de fundamental importância a articulação de todos os órgãos de proteção para garantir a matrícula e da frequência, bem como a qualidade do ambiente escolar, tanto no que se refere à estrutura física como na oferta do ensino”, reforçou o coordenador do Caop Educação.

“A criação do Projeto Voltei foi importante para dar ao Conselho Tutelar uma atribuição própria, pois até então vários juízes e promotores usavam indevidamente o Conselho Municipal para essa finalidade. No começo foi um pouco difícil, pois na época alguns Conselhos Tutelares estavam sendo criados e ainda não sabiam quais eram suas atribuições. A volta do projeto será importante porque irá firmar qual é a função do cada um dos conselhos: o municipal, de gerir a aplicar a política e os direitos da criança e do adolescente; e o tutelar, de fazer a aplicação direta desse direito, no caso, da educação”, comentou o promotor de Justiça Francisco Rosa.

“Mais do que controlar o número de alunos ausentes nas escolas, o Projeto Voltei é um instrumento para se verificar a real situação da educação em cada cidade do Estado e fomentar políticas públicas para solução de outros problemas, identificando os fatores que ocasionam a evasão e a infrequência e atuando em conjunto com a Escola e o Conselho Tutelar. Poder retomar esse projeto iniciado pelo promotor Francisco Rosa é motivo de muita satisfação e responsabilidade”, finalizou Sérgio Souto.

Termos de Cooperação – para celebrar a retomada do Projeto Voltei, a Prefeitura e diversos órgãos municipais de Passira firmaram, na última terça-feira (6), um Termo de Compromisso perante o MPPE com a rotina de procedimentos a serem adotados caso o município não tenha êxito no retorno dos alunos à escola. Em outubro, o promotor de Justiça Fabiano Beltrão havia realizado uma audiência pública sobre o tema e emitido uma recomendação ao município, para que fossem tomadas as medidas necessárias para reintegrar os estudantes à sala de aula. “A importância desse projeto está na preocupação demonstrada por todos os órgãos municipais signatários do termo em envidar esforços para evitar a evasão escolar”, destacou o promotor. Além de Passira, as cidades de Vitória de Santo Antão e Toritama também assinaram perante o Ministério Público Termos de Cooperação com a mesma finalidade.

Artigo – Depois da eleição, precisamos voltar a inovar

O Brasil ficou parado acompanhando a corrida presidencial, uma das mais disputadas – nos melhores e piores sentidos. Agora, com o resultado final sobre quem ocupará a vaga no Planalto, outros assuntos virão à tona. Será hora de pensar nos rumos do País. Uma das coisas mais importantes a se debater são os investimentos em inovação. Embora sejamos destaque no empreendedorismo, ainda pecamos na inovação – o que parece até contraditório.

Entre 2017 e 2018, o Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação, passando da 69ª para a 64ª posição de 126 países ranqueados. Um avanço, visto que estávamos estagnados naquela posição há dois anos. Ainda assim, a marca mostra o quanto temos a melhorar. Hoje, o líder em inovação da América Latina continua sendo o Chile, na 47ª colocação. Ainda estão à nossa frente, na região, Costa Rica (54ª), México (56ª), Uruguai (62ª) e Colômbia (63ª). Os números nos mostram o quanto ainda precisamos melhorar – o que só será possível com investimentos massivos.

Independente de quem venceu a eleição, é necessário que o futuro presidente do Brasil volte o olhar à inovação – entre os tantos outros problemas por que passamos, claro. A inovação vem do investimento em pesquisa e desenvolvimento, mas também é promovida com a criação de um ambiente propício para as empresas se desenvolverem. Estamos em um mundo globalizado e digital, em que inovar é uma poderosa arma que as corporações têm como diferencial competitivo. Mais que isso, hoje, é uma necessidade, uma obrigação para quem não quer ficar para trás.

Importante lembrar, também, que não só o presidente precisa se preocupar com a criação de um ambiente mais inovador no país. É até mais importante que essa consciência parta do Congresso Nacional, responsável pelas principais decisões sobre os rumos do país. Se queremos que o Brasil volte a crescer e se desenvolver, precisamos estimular, cada vez mais, as mentes inovadoras, que vão criar os produtos e serviços do futuro e ajudar a devolver a força à nossa economia.

Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – janguie@sereducacional.com

Natal deve movimentar R$ 53,5 bi na economia

Apesar da lenta recuperação da economia no país e do ambiente de incertezas, a maior parte dos brasileiros pretende manter a tradição e ir às compras neste Natal, movimento que promete aquecer as vendas do varejo em 2018. É o que revela pesquisa realizada em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As projeções permanecem no mesmo patamar do último ano e indicam uma injeção de aproximadamente R$ 53,5 bilhões na economia.

Além disso, espera-se que mais de 110,1 milhões de consumidores presenteiem alguém no Natal de 2018. Em termos percentuais, 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para terceiros no Natal deste ano, número que se mantém elevado principalmente nas classes A e B (83%). Apenas 9% disseram que não vão presentear — 26% porque não gostam ou não têm o costume, 23% por estarem desempregados e 17% por não ter dinheiro — enquanto 19% ainda não se decidiram.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a injeção desse volume de recursos na economia reforça o porquê a data é a mais aguardada do ano para consumidores e comerciantes. “Embora o cenário econômico atual não esteja tão favorável, a expectativa positiva para o Natal dá indícios sobre a disposição dos brasileiros em consumir”, afirma Pellizzaro Junior.

Consumidor pretende comprar entre quatro e cinco presentes; ticket médio será de R$ 116 por item. Considerando os que realizaram compras no ano passado, 27% planejam gastar mais

Em média, os consumidores ouvidos na pesquisa devem comprar entre quatro e cinco presentes. O valor médio com cada item será de R$ 115,90, sendo maior entre os homens (R$ 136,51). O levantamento também revela que o número dos que pretendem desembolsar entre R$ 101 e R$ 200 com presentes cresceu na comparação com 2017, passando de 10% para 16%. Esse percentual chega a mais de um terço (33%) na faixa acima de 55 anos. Há, contudo, uma parcela considerável de consumidores (33%) que ainda não decidiu qual ao valor a ser desembolsado.

Outro dado que sugere uma disposição maior de consumo para o Natal é que quase um terço (27%) dos entrevistados que compraram presentes em 2017 irá gastar um valor superior este ano — alta de oito pontos percentuais na comparação com o último Natal. Outros 30% planejam gastar a mesma quantia e 22% menos. Considerando os que vão gastar mais no Natal de 2018, 29% afirmam que vão adquirir um presente melhor, enquanto 25% reclamam do aumento dos preços, principalmente as classes A e B (41%). Há ainda, 22% de pessoas que economizaram ao longo do ano para poder gastar mais com os presentes natalinos, em especial as mulheres (33%).

Entre os que irão diminuir os gastos, a principal razão deve-se à situação financeira ruim e ao orçamento apertado (34%). Outros 30% afirmaram que querem economizar, enquanto 14% possuem outras prioridades de compra, como a casa própria ou um automóvel e 12% estão desempregados.

85% dos consumidores vão pesquisar preços antes de comprar presentes; lojas de departamento e internet são principais locais de compra

Os reflexos da crise continuam sendo sentidos no bolso do consumidor, que enfrenta orçamento mais apertado e renda que não acompanhou ajustes de preço dos produtos. Tanto que a maioria dos consumidores ouvidos (56%) disseram que os presentes de Natal estão mais caros em 2018 do que no ano passado. Para 28%, os produtos estão na mesma faixa de preço, enquanto apenas 6% disseram que os preços estão menores.

Pesquisar preço antes de comprar já se consolidou como hábito entre os brasileiros: 85% dos entrevistados adotarão essa prática pensando em economizar e a internet (67%) será a principal aliada. O tradicional comércio de rua e as lojas de shopping são dois outros destinos de quem pretende comparar preços, com 49% e 47% das menções, respectivamente. Quanto ao local escolhido para as compras de Natal, este ano as lojas de departamento dividem a preferência dos consumidores (42%) com as lojas online (40%) — 75% desses consumidores virtuais farão, pelo menos, metade de suas compras neste canal.

Os shopping centers aparecem em seguida, com 34% das citações, enquanto as lojas de rua foram mencionadas por 30%. Os endereços online preferidos são os sites das grandes redes varejistas nacionais (75%), sites de classificados de compra e venda (27%) e lojas virtuais especializadas em ofertas e descontos (22%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a internet vem se consolidando como um importante canal de vendas no país “Cada vez mais, os consumidores usam a rede para compras, principalmente pela comodidade e praticidade, além da possibilidade de comparar preços e encontrar uma diversidade de produtos disponíveis”, comenta Marcela.

Roupas continuam sendo o item mais procurado para o Natal e os filhos mantêm lugar cativo como os mais presenteados

Por mais um ano, as roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (55%). Calçados (32%), perfumes e cosméticos (31%), brinquedos (30%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (19%), completam a lista de produtos mais procurados para a data.

Quando o assunto se refere a quem deve receber os presentes neste Natal, os filhos continuam em primeiro lugar (57%). Em seguida, os entrevistados mencionaram maridos ou esposas (48%), mães (46%), irmãos (24%), sobrinhos (21%), pais (20%) e namorados (17%). Os filhos também receberão os presentes mais caros (25%).

Na hora de escolher os presentes, o fator que os consumidores mais levam em conta é a qualidade do item adquirido (21%). A pesquisa aponta que dois aspectos chamam a atenção este ano e ganharam importância frente a 2017, tanto as promoções ou descontos oferecidos pelas lojas (20%, contra 13% no último ano) quanto o preço dos presentes (17%, contra 9% no ano passado). Além desses, os entrevistados destacaram ainda o perfil do presenteado (17%) e o desejo do presenteado (13%) como pontos a serem considerados na decisão.

57% vão pagar presentes à vista; para quem parcela, dívidas vão durar, em média, quatro meses

De acordo com o levantamento, a maioria dos entrevistados (57%) vai optar por uma modalidade de pagamento à vista — percentual que sobe para 61% nas classes C, D e E. Os que vão utilizar alguma modalidade de crédito somam 40% dos compradores, dos quais 26% vão recorrer ao cartão de crédito parcelado, 10% preferem pagar no cartão em parcela única e apenas 2% devem usar o cartão de lojas.

Na média, as compras parceladas serão divididas entre quatro e cinco vezes, o que significa para o consumidor comprometer parte de sua renda com prestações de Natal até a Páscoa do próximo ano. Para 54% das pessoas ouvidas pela pesquisa que irão dividir o pagamento de suas compras, a escolha pelo parcelamento deve-se à falta de condições em comprar todos os presentes de uma única vez, enquanto 29% preferem parcelar para garantir sobras de dinheiro no orçamento e 25% esperam poder comprar presentes melhores.

“O ideal é que se o consumidor estiver inadimplente não contraia novas dívidas com o Natal, já que o início do próximo trará despesas altas com impostos, férias e matrícula escolar. Recomenda-se que a pessoa faça as contas e se a opção for o pagamento parcelado, é preciso estar atento para que a prestação não comprometa o pagamento das contas que virão no próximo ano”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil.

Metodologia

Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

Inadimplência do consumidor cai 1,9% no acumulado em 12 meses

A inadimplência do consumidor caiu 1,9% no acumulado em 12 meses (novembro de 2017 até outubro de 2018 frente aos 12 meses antecedentes), de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. Na avaliação mensal com ajuste sazonal, outubro apresentou variação positiva de 1,0% frente a setembro. Quando comparado o resultado contra o mesmo mês de 2017, o indicador cresceu 1,1%.

Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, ocorreu queda nas regiões Centro-Oeste (-3,3%), Norte (-3,4%), Nordeste (-1,0%), Sudeste (-1,9%) e Sul (-1,8%).

As adversidades ocorridas na economia ao longo dos últimos anos geraram grande cautela nas famílias, inibindo o consumo e a tomada de crédito, contribuindo para a diminuição do fluxo de inadimplência. Passado o período mais intenso da crise econômica, o indicador demonstra sinais de que caminha para estabilização, após longo período de queda nos registros. Ainda assim, a manutenção de um ritmo estável do estoque de inadimplência está condicionada por uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho, diminuição dos juros e evolução da renda.

Metodologia

O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista SCPC pelas empresas credoras. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

Natal deve movimentar R$ 53,5 bi na economia, projetam CNDL/SPC Brasil

Apesar da lenta recuperação da economia no país e do ambiente de incertezas, a maior parte dos brasileiros pretende manter a tradição e ir às compras neste Natal, movimento que promete aquecer as vendas do varejo em 2018. É o que revela pesquisa realizada em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As projeções permanecem no mesmo patamar do último ano e indicam uma injeção de aproximadamente R$ 53,5 bilhões na economia.

Além disso, espera-se que mais de 110,1 milhões de consumidores presenteiem alguém no Natal de 2018. Em termos percentuais, 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para terceiros no Natal deste ano, número que se mantém elevado principalmente nas classes A e B (83%). Apenas 9% disseram que não vão presentear — 26% porque não gostam ou não têm o costume, 23% por estarem desempregados e 17% por não ter dinheiro — enquanto 19% ainda não se decidiram.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a injeção desse volume de recursos na economia reforça o porquê a data é a mais aguardada do ano para consumidores e comerciantes. “Embora o cenário econômico atual não esteja tão favorável, a expectativa positiva para o Natal dá indícios sobre a disposição dos brasileiros em consumir”, afirma Pellizzaro Junior.

Consumidor pretende comprar entre quatro e cinco presentes; ticket médio será de R$ 116 por item. Considerando os que realizaram compras no ano passado, 27% planejam gastar mais

Em média, os consumidores ouvidos na pesquisa devem comprar entre quatro e cinco presentes. O valor médio com cada item será de R$ 115,90, sendo maior entre os homens (R$ 136,51). O levantamento também revela que o número dos que pretendem desembolsar entre R$ 101 e R$ 200 com presentes cresceu na comparação com 2017, passando de 10% para 16%. Esse percentual chega a mais de um terço (33%) na faixa acima de 55 anos. Há, contudo, uma parcela considerável de consumidores (33%) que ainda não decidiu qual ao valor a ser desembolsado.

Outro dado que sugere uma disposição maior de consumo para o Natal é que quase um terço (27%) dos entrevistados que compraram presentes em 2017 irá gastar um valor superior este ano — alta de oito pontos percentuais na comparação com o último Natal. Outros 30% planejam gastar a mesma quantia e 22% menos. Considerando os que vão gastar mais no Natal de 2018, 29% afirmam que vão adquirir um presente melhor, enquanto 25% reclamam do aumento dos preços, principalmente as classes A e B (41%). Há ainda, 22% de pessoas que economizaram ao longo do ano para poder gastar mais com os presentes natalinos, em especial as mulheres (33%).

Entre os que irão diminuir os gastos, a principal razão deve-se à situação financeira ruim e ao orçamento apertado (34%). Outros 30% afirmaram que querem economizar, enquanto 14% possuem outras prioridades de compra, como a casa própria ou um automóvel e 12% estão desempregados.

85% dos consumidores vão pesquisar preços antes de comprar presentes; lojas de departamento e internet são principais locais de compra

Os reflexos da crise continuam sendo sentidos no bolso do consumidor, que enfrenta orçamento mais apertado e renda que não acompanhou ajustes de preço dos produtos. Tanto que a maioria dos consumidores ouvidos (56%) disseram que os presentes de Natal estão mais caros em 2018 do que no ano passado. Para 28%, os produtos estão na mesma faixa de preço, enquanto apenas 6% disseram que os preços estão menores.

Pesquisar preço antes de comprar já se consolidou como hábito entre os brasileiros: 85% dos entrevistados adotarão essa prática pensando em economizar e a internet (67%) será a principal aliada. O tradicional comércio de rua e as lojas de shopping são dois outros destinos de quem pretende comparar preços, com 49% e 47% das menções, respectivamente. Quanto ao local escolhido para as compras de Natal, este ano as lojas de departamento dividem a preferência dos consumidores (42%) com as lojas online (40%) — 75% desses consumidores virtuais farão, pelo menos, metade de suas compras neste canal.

Os shopping centers aparecem em seguida, com 34% das citações, enquanto as lojas de rua foram mencionadas por 30%. Os endereços online preferidos são os sites das grandes redes varejistas nacionais (75%), sites de classificados de compra e venda (27%) e lojas virtuais especializadas em ofertas e descontos (22%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a internet vem se consolidando como um importante canal de vendas no país “Cada vez mais, os consumidores usam a rede para compras, principalmente pela comodidade e praticidade, além da possibilidade de comparar preços e encontrar uma diversidade de produtos disponíveis”, comenta Marcela.

Roupas continuam sendo o item mais procurado para o Natal e os filhos mantêm lugar cativo como os mais presenteados

Por mais um ano, as roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (55%). Calçados (32%), perfumes e cosméticos (31%), brinquedos (30%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (19%), completam a lista de produtos mais procurados para a data.

Quando o assunto se refere a quem deve receber os presentes neste Natal, os filhos continuam em primeiro lugar (57%). Em seguida, os entrevistados mencionaram maridos ou esposas (48%), mães (46%), irmãos (24%), sobrinhos (21%), pais (20%) e namorados (17%). Os filhos também receberão os presentes mais caros (25%).

Na hora de escolher os presentes, o fator que os consumidores mais levam em conta é a qualidade do item adquirido (21%). A pesquisa aponta que dois aspectos chamam a atenção este ano e ganharam importância frente a 2017, tanto as promoções ou descontos oferecidos pelas lojas (20%, contra 13% no último ano) quanto o preço dos presentes (17%, contra 9% no ano passado). Além desses, os entrevistados destacaram ainda o perfil do presenteado (17%) e o desejo do presenteado (13%) como pontos a serem considerados na decisão.

57% vão pagar presentes à vista; para quem parcela, dívidas vão durar, em média, quatro meses

De acordo com o levantamento, a maioria dos entrevistados (57%) vai optar por uma modalidade de pagamento à vista — percentual que sobe para 61% nas classes C, D e E. Os que vão utilizar alguma modalidade de crédito somam 40% dos compradores, dos quais 26% vão recorrer ao cartão de crédito parcelado, 10% preferem pagar no cartão em parcela única e apenas 2% devem usar o cartão de lojas.

Na média, as compras parceladas serão divididas entre quatro e cinco vezes, o que significa para o consumidor comprometer parte de sua renda com prestações de Natal até a Páscoa do próximo ano. Para 54% das pessoas ouvidas pela pesquisa que irão dividir o pagamento de suas compras, a escolha pelo parcelamento deve-se à falta de condições em comprar todos os presentes de uma única vez, enquanto 29% preferem parcelar para garantir sobras de dinheiro no orçamento e 25% esperam poder comprar presentes melhores.

“O ideal é que se o consumidor estiver inadimplente não contraia novas dívidas com o Natal, já que o início do próximo trará despesas altas com impostos, férias e matrícula escolar. Recomenda-se que a pessoa faça as contas e se a opção for o pagamento parcelado, é preciso estar atento para que a prestação não comprometa o pagamento das contas que virão no próximo ano”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil.

Metodologia

Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

App de mobilidade urbana protege crianças no trânsito e livra as mamães do assédio

Os empreendedores digitais Bruno Castro, Daniel Sanches e Leonardo Mendes, lançaram um app que resolve dois problemas de uma vez só. O trio acaba de lançar o BabyPass – app especializado no transporte de crianças de de 0 a 7 anos com seus responsáveis. Todos os veículos cadastrados possuem assentos especiais para crianças, exigidos pela legislação, e são conduzidos por motoristas mulheres. “Nossa missão é proteger a vida de crianças e empoderar mulheres”, explica Bruno Castro, CEO da BabyPass, startup que já recebeu duas rodadas de investimento seed capital.

“Além de oferecermos segurança para transportar os pequenos, optamos por uma frota só de motoristas mulheres diante dos altos índices de assédio cometidos por motoristas e passageiros homens nos demais apps de mobilidade urbana”, explica Daniel Sanches, COO da startup.

No Brasil, o trânsito desponta entre as principais causas de morte acidental entre crianças de 0 a 14 anos. Desde que entrou em vigor, há 10 anos, a Lei da Cadeirinha impediu que muitas crianças fossem vítimas fatais de acidentes de trânsito. De acordo com dados do Ministério da Saúde, graças aos assentos especiais, foi registrada uma diminuição de 8% no número de mortes de crianças menores de 10 anos. Além disso, a chance de um acidente de trânsito levar uma criança a óbito é reduzida em 70%.

“Tudo começou quando a minha sobrinha nasceu. Meu irmão trabalhava fora e minha cunhada não possuía carro. Neste momento percebi que não existia nenhum App apropriado para a locomoção de mães com seus filhos”, explica Daniel Sanches.

As condutoras da BabyPass passam por um processo seletivo minucioso antes de assumirem o volante. As chamadas BabyDrivers percorrem por rotas infantis que oferecem opções de entretenimento para a criançada. De acordo com Leonardo Mendes, CMO do BabyPass, o app permite que o usuário identifique os locais de recreação infantil mais próximos. “O app disponibiliza todos os destinos voltados para o universo infantil que existem dentro da região dos pais, separados por categorias”, explica Mendes.

Além das rotas infantis para a criançada, os pais também desfrutam de benefícios ao solicitarem o serviço das BabyDrivers de forma constante. “O app disponibiliza um Clube de Vantagens que concede descontos em diversas lojas parceiras. Toda vez que o usuário completa 8 corridas, durante o mês, poderá usufruir de uma rede de estabelecimentos parceiros que oferecem descontos exclusivos,” pontua Mendes.

Pensando no divertimento da criançada e benefícios para as mamães, a startup se prepara para ampliar suas funcionalidades e oferecer entretenimento para os pequenos ao longo da corrida. “Nos próximos 30 dias vamos lançar uma mídia interativa com base na utilização de realidade aumentada. A ideia é distribuir prêmios e gerar mais conteúdo infantil offline durante o percurso da viagem”, conclui Bruno Castro.

Dez comunidades rurais receberão água do Rio São Francisco em Sertânia

O município de Sertânia, no sertão do Moxotó, será beneficiado com uma importante obra que possibilitará abastecer dez localidades rurais. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai implantar um novo sistema de abastecimento de água para atender quatro mil moradores das comunidades de Rio da Barra, Barreiros, Cacimbinha, Maia, Salgadinho, Salgado, Santa Maria, São Gonçalo, Waldemar Siqueira e Xique-Xique, que são localidades vizinhas. Para construir o novo sistema, o Governo do Estado e a Compesa investem R$ 6 milhões.

A ação é resultado do empenho do governador Paulo Câmara em aproveitar a água do Rio São Francisco para abastecer os municípios do estado, que sempre foram castigados pela seca. “A Compesa fez o dever de casa ao elaborar, com antecedência, projetos para otimizar o aproveitamento das águas da transposição e tirar do colapso vários municípios pernambucanos”, explicou o presidente da companhia, Roberto Tavares.

A obra prevê uma captação direta no canal da Transposição do Rio São Francisco para transportar 15 litros de água, por segundo, para atender as dez localidades. A obra prevê a construção de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), duas estações elevatórias (bombeamento), dois reservatórios com capacidade de armazenar 100 metros cúbicos, além da implantação de 13 quilômetros de rede de distribuição e de uma adutora com 17 quilômetros de extensão.

Estudantes da UNINASSAU realizam visita técnica a empresas de inovações digitais

Estudantes do curso de graduação de curta duração em Análise e desenvolvimento de Sistemas (ADS) da Faculdade UNINASSAU Caruaru realizam, nesta sexta-feira (09), uma visita técnica ao Porto Digital e ao Centro de Inovação do Grupo Ser Educacional (Overdrives), localizados na cidade do Recife. As visitas acontecerão nos turnos da manhã e tarde e ainda abrangerão as empresas Stefanini Soluções Digitais e o C.E.S.A.R (centro privado de inovação que utiliza Tecnologias da Informação e Comunicação).

Entre os principais objetivos dessas visitas estão o de levar para o aluno da UNINASSAU o aprendizado para além da sala de aula e o de aproximar os discentes da realidade tecnológica, além de estimular o estudante para que ele coloque em prática o aprendizado durante o processo de sua formação vivenciando a realidade dentro das empresas de tecnologia. As visitas técnicas também devem oportunizar aos alunos um novo ambiente profissional e produtivo, para também despertar novas curiosidades a interesse das empresas em visita.

Acerca da relevância dessas visitas, a coordenadora do curso, Jéssica Bezerra, destaca que há a necessidade de oportunizar aos futuros profissionais o contato mais aproximado da teoria com a prática efetuada no cotidiano das empresas. “Com isso, é de fundamental importância a participação dos nossos discentes em um ambiente de tecnologia que pode oportunizar o contato mais aproximado da teoria com a prática efetuada no cotidiano produtivo’’, ressalta a coordenadora.

Porto Digital e Overdrives

O Porto Digital abriga cerca de 300 empresas e instituições dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação, Economia Criativa e Tecnologias Para Cidades. Já o Centro de Inovação do Grupo Ser Educacional, a Overdrives, tem o objetivo de conectar e inspirar startups, pesquisadores, profissionais, estudantes, inventores e empreendedores. A proposta é retirar as ideias do papel e construir soluções e serviços inovadores para problemas nos mercados de Educação, Saúde, Logística, Construção, Financeiro, entre outras.

Sesc realiza ações de saúde para homens no Marco Zero de Caruaru

Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que para cada ano do biênio 2018/2019 sejam diagnosticados mais de 68 mil novos casos dessa doença no Brasil. Diante desse cenário, campanhas que alertam a população masculina são realizadas em todo o país. Em Caruaru, o Sesc vai promover nesta sexta-feira (09/11), uma ação preventiva, na Praça da Conceição, no Marco Zero da cidade.

A partir das 8h, serão oferecidos, gratuitamente, testes rápidos de glicose, aferição de pressão, exame rápido de vista e serviços de beleza. Além disso, os participantes terão a oportunidade de receber informações sobre os exames mais comuns para a detecção da doença e sobre o tratamento. Nesta ação, o Sesc Caruaru vai contar com a parceria do Senac, da Uninassau, das Óticas Diniz e da Racco. “Assim, como foi no Outubro Rosa, quando proporcionamos ação sobre o câncer de mama, queremos levar aos homens conhecimentos para que eles reflitam sobre os cuidados em relação ao câncer de próstata”, explica Conceição de Paulo, assistente social do Sesc Caruaru.

O Sesc vai realizar outra ação do Novembro Azul no sábado (10/11), desta vez na própria Unidade, aproveitando a movimentação dos Jogos Regionais da EJA que serão realizados no local. Nela, também serão realizados teste de glicose e aferição de pressão e serão distribuídos preservativos masculinos. Os serviços gratuitos começam às 8h.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academia, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço – Novembro Azul – Ações de conscientização sobre o câncer de próstata

Data: 9 de novembro de 2018

Local: Praça da Conceição (Marco Zero de Caruaru)

Horário: 8h

Data: 10 de novembro de 2018

Local: Sesc Caruaru

Horário: 8h

Informações: (81) 3721.3967

Laura pede ação da polícia para investigar ameaças a professores e pesquisadores

A deputada Estadual Laura Gomes falou, ontem (7), na Alepe, sobre as ameaças verbais, pessoais, físicas e até de morte a professores e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco. “Eu, que já combati este tipo de política do ódio, do preconceito e da exclusão, me coloco totalmente solidária com os mestres e também com os alunos da UFPE e me disponho a participar da luta para levar os responsáveis por esses ataques às barras dos tribunais para que sejam punidos por seu atrevimento em desafiar a Constituição e agredir pessoas honradas que deram sua vida ao ensino, à pesquisa e ao aperfeiçoamento cultural do nosso povo”, destacou a deputada.

Laura Gomes solicitou a ação investigativa da Polícia Federal, dos Serviços de Inteligência da Polícia Militar e das ações sigilosas da Polícia Civil, para que se responsabilize os que ofendem a Lei e agridem a Democracia.

Um texto anônimo em papel ofício, A-4, faz uma extensa lista de professores e pesquisadores da Federal que seriam punidos tão logo se instale o novo governo, eleito no último dia 28.