“Obstáculos serão vencidos”, diz Bolsonaro durante cerimônia militar

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, neste sábado (15), durante cerimônia de formação de 749 novos paraquedistas no Rio de Janeiro, que conta com a lealdade dos militares ao país para superar os “obstáculos” que o país atravessa, sem esclarecer exatamente a que dificuldades se referia.

“Hoje, o paraquedista não apenas salta da rampa [de aviões militares]. Ele [também] sobe a rampa do [Palácio do] Planalto, para mostrar a todos no Brasil que temos honra na condução das questões públicas e que queremos sim um Brasil muito melhor do que aquele que recebi em janeiro do ano passado”, disse o presidente. Dos formandos, 747 são do Exército e dois são da Força Aérea Brasileira.

“Com a força de vocês […] nós cumpriremos esta missão”, acrescentou o presidente, que integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército antes de se dedicar à carreira política. “Tenho certeza de que, contando com vocês, com sua lealdade absoluta ao nosso Brasil, cumpriremos qualquer missão. Tenho certeza de que os obstáculos que ora se apresentam para nós serão vencidos e que, brevemente, nos congratularemos por este momento.”

Referindo-se à obtenção do próprio brevê, Bolsonaro classificou a conclusão do curso de formação como um “momento ímpar”. “Hoje, vocês [paraquedistas] se unem à elite do nosso Exército brasileiro. A partir de hoje, somos todos iguais”, disse o presidente.

Também participaram da cerimônia realizada no 26° Batalhão de Infantaria de Paraquedistas, na Vila Militar, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno Ribeiro Pereira; o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, oficiais militares e parlamentares.

Parentes do soldado Pedro Lucas Chaves, 19 anos, que morreu no dia 20 de junho deste ano, ao saltar de um avião durante exercício de treinamento do curso de formação, foram convidados a participar da cerimônia, durante a qual Chaves foi lembrado. “Em sua memória, rendemos homenagens”, comentou Bolsonaro.

O presidente já tinha participado, ontem (14/8), de outro evento com militares no Rio de Janeiro: a inauguração da Escola Municipal Cívico-Militar General Abreu, em Rocha, na zona norte da capital fluminense. A construção do estabelecimento de ensino é fruto de uma parceria dos ministérios da Defesa e da Educação e faz parte de um projeto-piloto que prevê investimentos federais da ordem de R$ 1 milhão em cada uma das 54 unidades previstas.

Correio Braziliense

Após mirar PT e centrão, Lava Jato vira algoz de tucanos

Polícia Federal

Se nos primeiros anos da Lava Jato as investigações da Polícia Federal eram criticadas por não atingirem alvos do PSDB, hoje a operação e seus desdobramentos avançam sobre os três políticos que disputaram eleições presidenciais pelo partido desde 2002.

Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, todos eles também ex-presidentes da sigla, se tornaram réus em ações em São Paulo e estão praticamente alijados das discussões sobre os rumos da legenda, que hoje tem o governador paulista, João Doria, como principal líder.

Apesar de Doria ter um discurso pró-Lava Jato e de ser ligado ao atual presidente do partido, Bruno Araújo, nenhum dos caciques tucanos que respondem a ações penais sofreu sanções da direção partidária.

Além do trio, investigações com origens em delações da Lava Jato também atingiram outros caciques tucanos como o ex-senador paulista Aloysio Nunes e os ex-governadores Beto Richa (Paraná) e Marconi Perillo (Goiás).

Nos últimos meses, Serra e Alckmin têm estado nos holofotes por serem alvos de ações da Lava Jato de São Paulo, tocada pelo Ministério Público Federal, e do braço da operação na Justiça Eleitoral, sob responsabilidade do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal.

Ambos viraram réus em julho, mas negam ter cometido irregularidades. Duas investigações sobre Serra foram suspensas por ordem do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli.

Nomes ligados ao PSDB de São Paulo, como Paulo Vieira de Souza, o suspeito de operar para o partido conhecido como Paulo Preto, já apareciam na Operação Castelo de Areia, anulada em 2011 pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, investigações sobre a cúpula tucana só avançaram após a delação da Odebrecht, homologada em 2017.

Os primeiros baques significativos que o partido sofreu aconteceram em Minas Gerais em 2015 e 2016, quando o PSDB era um dos bastiões de defesa da Lava Jato em manifestações e no Congresso.

Em dezembro de 2015, o ex-governador de Minas Eduardo Azeredo foi condenado em primeira instância por peculato e lavagem de dinheiro pelo episódio que ficou conhecido como “mensalão tucano”, um embrião do mensalão petista que teria irrigado com recursos públicos a fracassada campanha de Azeredo à reeleição em Minas em 1998.

Azeredo foi preso em 2018 e solto após 18 meses. O político, que recorre a tribunais superiores e responde em liberdade, se desfiliou do partido.

Meses depois da condenação de Azeredo, uma operação em maio de 2016 prendeu o ex-presidente do PSDB de Minas Narcio Rodrigues, também sob suspeita de participar de um esquema de desvio de dinheiro para irrigar campanhas políticas.

A operação se chamava Aequalis (igualdade em latim), para sinalizar que não só os petistas, mas os tucanos também eram alvos de investigações por suspeitas de irregularidades. Narcio responde em liberdade a ações penais, e sempre negou ter cometido irregularidades.

Minas é reduto de Aécio, ex-governador do estado e tucano que ficou mais próximo de levar o partido de volta à Presidência da República, em 2014, com um discurso anticorrupção. Viu sua imagem pública se corroer ao ser flagrado em gravação pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, em 2017.

Por causa do episódio, chegou a ser alvo de ordem do Supremo determinando que permanecesse em recolhimento domiciliar noturno e virou réu na corte sob acusação de corrupção e obstrução de Justiça.

No ano passado, conseguiu tirar essa denúncia do STF -onde o esgotamento de todos os recursos contra eventual condenação poderia levar menos etapas- e enviá-lo para a primeira instância, em São Paulo. A medida ocorreu porque ele deixou de ser senador e se elegeu deputado federal.

Outros dois ex-líderes de expressão nacional do partido também caíram no ostracismo após serem alvos de desdobramentos da Lava Jato.

Ex-governadores, o goiano Marconi Perillo e o paranaense Beto Richa tiveram destino parecido após consolidarem hegemonia política em seus estados. Ambos concorreram ao Senado em 2018, mas foram derrotados.

Richa havia sido preso semanas antes da votação. Perillo, alvo da delação da Odebrecht, passou um dia preso após a eleição, suspeito de receber propina, e chegou a ser denunciado sob acusação de corrupção, lavagem e organização criminosa pelo Ministério Público em 2019. Mas o caso foi enviado para a Justiça Eleitoral, sem que até hoje uma ação tenha sido aberta.

Richa, também delatado pela empreiteira, é réu hoje na Justiça Federal em ação sobre pagamentos da construtora. Em processos relacionados a supostos desvios em obras de estradas rurais e de escolas, conseguiu vitórias: a suspensão de um deles, por ordem do ministro do STF Gilmar Mendes, e o envio para a Justiça Eleitoral por determinação do Tribunal de Justiça do Paraná.

Aloysio, Richa e Perillo negam ter cometido qualquer irregularidade.

Conheça alguns casos que envolvem ex-presidenciáveis do PSDB

Aécio Neves
Acusado de corrupção e obstrução de justiça em processo que corre na Justiça Federal de São Paulo, por pedir R$ 2 milhões em empresário Joesley Batista, da JBS, em 2017. Sua irmã, Andrea, e o primo Frederico Pacheco também são alvo da ação.

Processo pouco avançou. Movimento mais importante aconteceu em março, quando o juiz responsável decidiu redistribuir a outra vara porque não envolvia lavagem de dinheiro, especialidade daquela unidade.

Em 2018, Aécio foi alvo de mandados de busca na Operação Ross, desdobramento da delação da JBS, que apura pagamentos ao tucano e a aliados. Um ano depois, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou o envio da investigação para a Justiça Eleitoral no DF por entender que havia conexões com crimes eleitorais.

A delação da JBS, firmada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, ainda terá sua validade julgada no Supremo. Eventual anulação do acordo e das provas beneficiaria o ex-presidenciável tucano.

Em abril deste ano, a Procuradoria-Geral da República denunciou o tucano sob acusação de lavagem de dinheiro e corrupção no recebimento de propina das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. Os repasses somam R$ 65 milhões e, segundo acusação, visavam influência na área de energia, como em projetos das hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia.

Outro capítulo da delação da Odebrecht acabou enviado para Minas. Em maio, o STJ decidiu que um inquérito que apura se houve corrupção e fraude a licitações na construção da sede do governo de Minas, entregue em 2010, não tinha relação com crime eleitoral e deveria ser conduzido pela primeira instância mineira.

Ainda está em aberto também inquérito contra o tucano relativo a suspeitas na estatal Furnas, com origem ainda em etapas iniciais da Lava Jato. A peculiaridade dessa investigação é a de que o Ministério Público levantou suspeitas sobre uma conta em um banco de Liechtenstein, paraíso fiscal europeu, vinculada à mãe de Aécio, Inês Neves Faria. Em documento em 2019, a Procuradoria disse que eram necessários mais detalhes desses dados bancários no exterior.

O que diz a defesa:
Afirma que ele nunca cometeu qualquer ato ilícito. “Após mais de três anos de investigações, não foi apresentada nenhuma prova que vincule o parlamentar à prática de qualquer ato irregular. Delações sem prova e falsas acusações, criadas para ganhar benefícios pessoais, precisam ser enfrentadas com coragem pelo país.”

José Serra
Serra é réu na Justiça Federal de São Paulo sob acusação de lavagem de dinheiro, junto a sua filha Verônica.

O ex-governador era alvo de investigação sob suspeita de corrupção após a delação da Odebrecht.

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal decidiu que crimes atribuídos ao tucano cometidos até 2010 estavam prescritos. No entanto, ao descrever suas investigações, os procuradores apontam que houve movimentações financeiras até 2014 em uma conta atribuída a Verônica.

Só a Odebrecht, diz a denúncia contra Serra, pagou ao tucano “cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente para fazer frente a gastos de suas campanhas no governo do estado de São Paulo, e cerca de R$ 23,3 milhões entre 2009 e 2010, em contrapartida à liberação de créditos havidos junto à Dersa, no valor total atualizado de R$ 191.590.000,00”.

Além dessa ação penal, Serra foi alvo de busca e apreensões na Operação Revoada, de julho.

Em outra investigação, no âmbito da Operação Paralelo 23 da Lava Jato Eleitoral, Serra é suspeito de estar no topo político de um esquema de doações via caixa dois que teria beneficiado sua campanha ao Senado em 2014.

As apurações da Revoada e da Paralelo 23 foram suspensas durante o recesso de julho do Judiciário pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, até posterior análise da corte. O relator dos casos é o ministro Gilmar Mendes.

Por causa dessa decisão, a ação penal contra Serra também foi suspensa em primeira instância. O Ministério Público Federal recorre da decisão.

O que diz a defesa:
Quando a Revoada foi deflagrada e a denúncia apresentada, ambas no dia 3 de julho, a defesa manifestou “manifestar profundo repúdio à busca e apreensão” e afirmou que a denúncia partia de “fatos antiquíssimos, e que vinham sendo apurados pela Justiça Eleitoral. Sobre eles, aliás, José Serra nunca foi ouvido”.

Na visão da defesa, o tema é de competência da Justiça Eleitoral, e não da Justiça Federal.

Serra disse que “aguarda com serenidade o reconhecimento de todas as ilegalidades e inverdades das acusações que lhe foram feitas”.

A respeito das investigações, afirmou que “culminaram em abusos inaceitáveis contra o senador”.

“Em ambas as esferas, era evidente o excesso e ilegalidade das medidas determinadas contra o senador da República, em clara violação à competência do Supremo Tribunal Federal e em inegável tentativa de criar fantasias relacionadas a seu mandato parlamentar.”

Geraldo Alckmin
O ex-governador de São Paulo é réu na Justiça Eleitoral sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e de receber caixa dois da Odebrecht.

A acusação se refere a pagamentos para as campanhas eleitorais de 2010 e 2014, quando ele disputou o governo do estado. Segundo a Promotoria, o ex-governador recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha de dez anos atrás e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição. Ele foi eleito nas duas ocasiões.

O que diz a defesa:
A defesa de Alckmin disse que “lamenta a injusta e indevida exposição” e que tem confiança de que, ao final, a verdade prevalecerá.

“[O ex-governador] nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados nos termos da legislação vigente, nem tampouco praticou qualquer ato de corrupção, como, aliás, nunca fez durante mais de 40 anos de vida pública”.

Folhapress

Câmara e Senado pretendem tocar a reforma administrativa para pressionar o governo

Sem a colaboração do governo, que promete uma reforma administrativa há mais de um ano e nunca manda, o Congresso pretende avançar com o assunto por conta própria. Embora alguns pontos das mudanças que afetam o serviço público dependam, necessariamente, de iniciativa do Executivo, deputados e senadores devem retomar projetos que já estão em tramitação nas Casas para colocar o tema novamente em debate e pressionar o presidente Jair Bolsonaro a entrar na discussão.

A iniciativa é da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Administrativa. Os textos que devem ser retomados tratam, entre outros assuntos, das regras de ingresso no serviço público via concurso, das gratificações de servidores e do teto dos salários. Na visão dos deputados e senadores envolvidos, é o momento ideal para tratar de medidas de corte de despesa pública, para lidar com os efeitos da crise do novo coronavírus.

A ideia vai na mesma linha do que defende o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na última quinta-feira, ele lembrou que o governo tem uma proposta pronta e disse que o Parlamento deve “tentar convencer o presidente” de que ele pode enviar o projeto, porque terá apoio da sociedade. Um dos medos do Planalto é de desgaste político com a medida, ainda mais em ano de eleições municipais.

Nas mãos dos deputados e senadores da frente parlamentar estão projetos que tramitam desde 2003 no Congresso. Um deles é o Projeto de Lei 252/2003, que já passou pelo Senado e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em dezembro do ano passado, que cria novas normas gerais para concursos públicos. Outro, o PL 10887/ 2018, trata das punições aos servidores por improbidade. Mudanças para endurecer as sanções já foram defendidas, mas nunca enviadas pela equipe econômica.

As discussões sobre estabilidade do serviço público também devem voltar ao radar, ponto muito controverso, do qual Bolsonaro tentou se afastar, apesar de a equipe econômica defender abertamente o aumento das condições de demissão. O presidente já mencionou, e boa parte dos parlamentares à frente das discussões também, a possibilidade de acabar com a estabilidade de parte das carreiras, deixando apenas as que realmente precisam ser resguardadas, e diminuir as remunerações iniciais, que costumam ser mais altas do que na iniciativa privada.

O PLS 116/2016, que regulamenta a avaliação de desempenho dos servidores, e o PL 6726/2016, que trata dos super-salários no serviço público, estão entre os que devem ser avaliados pela frente parlamentar. O grupo estuda criar uma agência independente, responsável por coordenar o RH dos funcionários públicos. A Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, contrária à reforma, também deve voltar a debater o assunto.

Correio Braziliense

Nem a pandemia assusta as aglomerações políticas

A medida que o cenário eleitoral vai se desenhando para as eleições municipais, os futuros postulantes tentam encontrar estratégias para manter contato com o seu eleitorado durante a pandemia da Covid-19. Adotando o ritmo de pré-campanha, alguns pré-candidatos tem desobedecido as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de especialistas nacionais e internacionais para evitar aglomerações durante os seus encontros com a população. Uma vez que, mesmo munidos com álcool em gel e máscaras, o distanciamento social ainda é o único método efetivo de combate à contaminação, segundo autoridades.

Nesta semana, o retorno de um prefeito ao comando do município após 16 dias por meio de uma decisão judicial aconteceu, literalmente, pelos braços dos seus apoiadores. Houve aglomerações e muitos abraços. Em postura menos foliã, outros pré-candidatos à Prefeitura do Recife têm feito várias incursões às comunidades para falar de suas propostas para a capital. O mesmo acontece em outras cidades da Região Metropolitana, sendo vários os casos de aglomeração gerados pela ação dos futuros postulantes.

Tic-tac do relógio

Não fosse a pandemia e o atraso do calendário eleitoral, a campanha para os cargos eletivos no legislativo e executivo estaria a todo vapor a esta altura do ano. Mas, mesmo com o adiamento, alguns dos pré-candidatos ainda insistem em adiantar a chamada política do “corpo a corpo”.

Segundo Matheos Chomatas, sanitarista e coordenador de Medicina Geral e Saúde Coletiva da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná, a campanha nas ruas ainda pode significar um risco para a saúde dos eleitores. “Não é seguro a gente fazer isso. A campanha eleitoral não dá imunidade para ninguém”, disse o médico, exemplificando outras formas de se ampliar o debate político. “As convenções partidárias a gente acredita que vão ser também pela internet. Se os próprios partidos não vão fazer convenções com presença física, muito menos ainda se justifica uma abordagem desse tipo com o eleitor”, concluiu.

De acordo com o cientista político Ernani Carvalho, da UFPE, quanto mais próximo das eleições mais necessidade os políticos tem de se fazer presente nas ruas. “Eu acho que a campanha vai ganhando corpo e também porque a própria, o lastro da pandemia já começa a dar sinais de estancamento em vários lugares, não em todos, mas aqui no Nordeste isso vem acontecendo”, avalia. “Pode ser que alguns prefeitos tenham uma postura muito mais de retaguarda com os candidatos, respeitando essa lógica da disputa nacional e de como se deve portar os líderes e etc. E talvez em cidades menores, onde o corpo a corpo tenha um peso muito maior, a necessidade de estar perto do eleitor, ela vai terminar ganhando peso quanto mais perto a gente tiver da eleição”, completa.

Órgãos ainda não tem resolução

Questionado se o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) já tem alguma resolução sobre as regras para pré-candidatos e futuros candidatos relacionadas a proteção contra a pandemia durante a campanha eleitoral, o Tribunal limitou-se a defender que não possui a atribuição de tratar de questões de saúde pública. “Resta-nos, na qualidade de órgão público, apenas a obrigação de cumprir rigorosamente com todas as medidas de higiene e prevenção estabelecidas pelas autoridades competentes”.

Ainda segundo o TRE, nos casos aos quais os pré-candidatos se encontram em aglomeração, ou, geram aglomeração nas ruas (fazendo caminhadas ou reuniões, por exemplo), a despeito da situação atípica da pandemia neste ano, não competem à Justiça Eleitoral atribuir punição ou sanções. “Quanto a eventuais irregularidades relacionadas à propaganda eleitoral, inclusive realização de propaganda antecipada, esclarecemos que cada caso concreto deverá ser apreciado pelo juiz eleitoral do respectivo município, conforme legislação eleitoral vigente”, reforça.

Por sua vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que sobre eventuais casos concretos de aglomeração causadas por pré-candidatos, o Tribunal “precisa ser provocado a se manifestar”. Ainda segundo o órgão – apesar dos três meses para o pleito, em primeiro turno – a fiscalização dos pretensos candidatos, quanto a forma e a adoção das normas de segurança sanitária, segue sendo debatida, em um grupo interno destacado para essa discussão, no próprio Tribunal.

Diario de Pernambuco

Com dores, André e Pipico não treinam neste sábado, mas devem jogar contra o Treze

O Santa Cruz não contou com duas peças importantes no treino deste sábado, no Arruda, às vésperas do jogo contra o Treze, pela segunda rodada da Série C, na próxima terça-feira (18).

Sentindo dores, o volante André e o atacante Pipico não realizaram a atividade junto com o grupo, mas, de acordo com o departamento médico coral, ao Diario de Pernambuco, os atletas não devem preocupar e “provavelmente” jogarão o duelo diante do Galo da Borborema.

“Eles não treinaram hoje no Arruda, mas acho que jogam sim contra o Treze, na terça-feira. André sentiu algumas dores musculares e Pipico sofreu uma contusão na lombar. Provavelmente vão jogar, mas vamos aguardar”, afirmou o vice presidente médico tricolor, Antônio Mário Valente.

Esta não é a primeira vez, no entanto, que os jogadores se ausentaram dos treinamentos. Durante a última semana, visando a preparação para a estreia da Série C, contra o Paysandu, fora de casa, Pipico e André, por cansaço, foram poupados das atividades. O primeiro, inclusive, sequer viajou para Belém.

Mas, e como fica a escalação do Santa Cruz caso os atletas virem desfalques?

Na vaga de André, seu substituto imediato é Bileu, então titular absoluto na cabeça de área tricolor no início do ano. Para substituir Pipico, a única alternativa do técnico Itamar Schülle é alçar Victor Rangel, centroavante de ofício, no lugar do camisa nove.

Super Esportes

Seis entre dez trabalhadores dizem ter FGTS emergencial

O saque emergencial de até R$ 1.045 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode ser realizado por 59% dos trabalhadores do país, segundo declararam possíveis beneficiários em pesquisa realizada pela Serasa.

Entre aqueles que disseram ter direito ao benefício, 67% afirmam que vão utilizar o recurso, seja por meio do aplicativo Caixa Tem (para pagar contas ou fazer compras) ou a partir da liberação para a retirada do dinheiro nas agências bancárias.

O saque emergencial do FGTS foi autorizado por uma medida provisória publicada em abril e é uma das ações do governo para combater a crise gerada pela pandemia de Covid-19.

Os pagamentos foram organizados em dois calendários (um para movimentação por conta digital e outro para saque em dinheiro ou transferência bancária) com 24 datas entre junho e novembro.

Os lotes ou datas em que cada trabalhador terá direito ao valor integral do benefício depende do mês em que ele faz aniversário. Ao todo, cerca de 60 milhões de brasileiros podem ser beneficiados pela medida.

Para Jéssica Vicente, responsável pela pesquisa da Serasa, o saque emergencial do FGTS despertou mais interesse dos trabalhadores quando comparado a outras liberações especiais de recursos do fundo.

“A gravidade da crise provocada pelo coronavírus causou redução na renda para a maior parte das famílias, em um período curto, e por isso as pessoas decidiram buscar informações sobre os benefícios que estão disponíveis”.

A pesquisa ainda apontou que 55% dos beneficiários pretendem utilizar o aplicativo Caixa Tem, cujo crédito ocorre cerca de dois meses antes da liberação para o saque.

“A necessidade do dinheiro é tão grande que está levando a uma digitalização forçada em um país que, como sabemos, a maior parte da população não costumava usar meios eletrônicos para fazer movimentações financeiras.”

FGTS EMERGENCIAL | ENTENDA

A retirada emergencial de dinheiro do FGTS está autorizada para todos os trabalhadores titulares de contas ativas e inativas com saldo.
O valor máximo que o trabalhador pode usar do FGTS emergencial é de R$ 1.045, não importa quantas contas ativas e inativas ele possua.

Como receber

O FGTS emergencial é liberado em duas etapas, sendo que cada uma delas tem um calendário organizado conforme o mês de nascimento do trabalhador.

1 – Crédito na conta digital

O pagamento é feito por meio de uma poupança social digital, criada automaticamente para todos os trabalhadores elegíveis

O crédito é disponibilizado nesta poupança, mesmo para aqueles que já possuem conta-corrente ou poupança na Caixa

Enquanto o dinheiro estiver na conta digital, é possível fazer compras e pagar contas pelo aplicativo Caixa Tem

2 – Saque ou transferência

Aproximadamente dois meses após o crédito na conta digital, o valor do FGTS emergencial que não foi utilizado por meio do Caixa Tem é liberado para saque

Na mesma data da autorização para o saque, o beneficiário também pode transferir o valor da poupança digital para outras contas bancárias

Folhapress

Brasil registra 3,3 milhões de casos e 107,2 mil mortes por Covid-19

Covid-19: Fiocruz amplia capacidade nacional de testagem

O Brasil chegou a 107.232 mortes pela Covid-19, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada neste sábado (15). Nas últimas 24 horas, foram registrados 709 novos óbitos pelas secretarias estaduais de saúde. Ontem (14), o sistema da pasta marcava 106.523 mortes em decorrência da pandemia.

A soma de casos acumulados é de 3.317.096. Entre ontem e hoje, foram notificadas 41.576 novas infecções. Na sexta-feira, o sistema do Ministério da Saúde contabilizava 3.275.520 pessoas com a Covid-19.

Pela atualização diária, a letalidade (mortes entre o total de infectados) da doença foi de 3,2%. Os dados indicam também que 805.592 pacientes estão, neste momento, em acompanhamento. Outros 2.404.272 já se recuperaram.

Na distribuição geográfica do número absoluto de mortes, os estados com mais óbitos são São Paulo (26.780), Rio de Janeiro (14.526), Ceará (8.129) Pernambuco (7.156) e Pará (5.932).

Agência Brasil

Aliados travam batalha para indicar vice de Bolsonaro nas eleições de 2022

Picture released by Brazilian agency AGIF showing Brazilian President Jair Bolsonaro displaying a box of the antimalarial drug chloroquine, which is used by some to treat COVID-19 despite a lack of scientific consensus on their potential effectiveness, to supporters outside Alvorada Palace in Brasilia, on July 19, 2020, amid the COVID-19 novel coronavirus pandemic. (Photo by Mateus Bonomi / AGIF / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / AGIF / MATEUS BONOMI” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS

Enquanto vê a aprovação do governo atingir índices recordes desde que assumiu o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro já pensa na melhor estratégia para seguir no poder em 2022, quando, certamente, enfrentará candidatos mais fortes daqueles que concorreram contra ele dois anos atrás. Nessa articulação, um dos pontos-chave será a escolha do vice. Uma das possibilidades é de que o atual, o general Hamilton Mourão, deixe o posto para dar lugar à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Existem sinalizações de que a saída de Mourão poderia ocorrer para ele concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, seu estado natal. Dessa forma, o general seria um importante canalizador de votos para Bolsonaro no estado, sobretudo porque rivalizaria com o candidato da esquerda na disputa pelo Palácio Piratini. Uma eventual polarização, possivelmente contra o PT, tende a ser positiva para o presidente: apesar do arrependimento de alguns dos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018, há quem não vote no partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de forma alguma.

“Hoje, preferimos não levantar essa hipótese para não provocar qualquer tipo de desentendimento no governo federal. Mas, no momento aprazado, eu vou fazer essa solicitação ao general Mourão. Gostaria de contar com ele concorrendo ao governo estadual, ou mesmo sendo candidato ao Senado. Além de ele contribuir com força política para o Rio Grande do Sul, não tenho dúvidas de que teria uma força eleitoral muito grande. O general Mourão é muito respeitado entre os gaúchos”, diz Marco Elias Pinheiro, presidente no Rio Grande do Sul do PRTB, partido de Mourão.

A preocupação em não rivalizar com outros partidos que não os de esquerda justifica a opção por Tereza. Além de ser o símbolo do setor econômico que segurou firme o país em meio à pandemia da covid-19, por ser filiada ao DEM, a ministra poderia “unir” a legenda em torno do plano de reeleição de Bolsonaro e evitar uma candidatura do partido que pudesse competir com o eleitorado do presidente.

Atualmente, os democratas estão divididos entre os que são da base do governo e os que fazem oposição. Ao colocar Tereza em um posto tão importante para o país, como o de vice-presidente, a equipe de Bolsonaro entende que agradaria o DEM e ganharia um importante aliado. Para o entorno do presidente, é mais importante ter o partido ao seu lado do que em uma esporádica aliança com o PSDB, por exemplo, legenda de um dos principais rivais de Bolsonaro no momento, o governador de São Paulo, João Doria.

O termômetro de 2022, no entanto, é que vai definir os passos de Bolsonaro. O eleitorado fiel do presidente é, majoritariamente, conservador. Ciente disso, o presidente pode recorrer à base ideológica para escolher alguém que seja um contraponto ao seu comportamento mais suave, sobretudo para manter mobilizados os seus apoiadores mais radicais. Nesse cenário, ganha força o nome da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que é contra o aborto e a ideologia de gênero. Há a chance também de que o vice seja ligado ao segmento evangélico.

Correio Braziliense

Artigo: Pós-pandemia não terá espaço para o “quebra-galho” no digital

por Bruno Grillo Castello

O digital já deixou de ser tendência há muito tempo, ele já é a realidade em que vivemos. Contudo, ainda existem muitas empresas que não entenderam o que isso significa para o seu negócio.

Com o início da pandemia, pude acompanhar muitas empresas que, antes, hesitavam e adiavam sua presença no mundo digital, correndo e fazendo da maneira que era possível, sua entrada nesses canais. Com isso, vi diversos modelos “quebra-galho” adotados em caráter de urgência. E isso tem seu valor, mostrou a flexibilidade de muitas instituições, de todos os tamanhos, em se adequar ao momento e ao novo perfil de consumidor que aceitou as opções que o mercado dispunha no momento para que pudesse manter seu consumo.

Lojas vendendo por troca de mensagens e até pelos comentários do Instagram e Facebook, uma tradição dos pequenos empreendedores que o isolamento social acabou impondo até às grandes marcas. O WhatsApp ganhando cada vez mais espaço no relacionamento com clientes.

Por exemplo, se você possui uma padaria ou minimercado que agora recebe pedidos pelo WhatsApp e por causa disso, decidiu colocar um funcionário dedicado a andar pelos corredores da loja para fazer a compra solicitada pelo cliente é sinal que você tomou uma decisão rápida para atender uma nova demanda, o que é ótimo, mas ainda não pode dizer que possui uma empresa digital.

Caminho sem volta

Chegamos a um momento no qual não existe um caminho de volta, o meio digital se tornou indispensável e seu consumidor está lá, mais do que nunca. E nessa nova fase não há mais espaço para o modelo “quebra-galho” ou sua empresa corre um sério risco de ficar para trás. O que era um “jeitinho” para conseguir sobreviver precisa se tornar oficial, profissional e eficiente.

As pessoas descobriram as facilidades e comodidades de utilizar a internet para o consumo de produtos e serviços básicos que, até então, poucos utilizavam. Por isso, muitas empresas tiveram que resolver problemas de processos a toque de caixa.

Não podemos ter como padrão para este novo canal, um processo de funcionamento e atendimento ao cliente elaborado de maneira superficial e sem colher dados para que nos gerem um direcionamento para um melhor atendimento e melhorias constantes neste processo.

Para muitas empresas, o digital é um mundo novo e algumas vezes pode parecer complicado demais. Talvez pela grande aproximação com o cliente, pela quantidade de dados que somos bombardeados ou ainda pela demanda de trabalho extra junto com o operacional do dia a dia para lidar.

Uma dica que eu dou para meus clientes é sempre ter uma pessoa responsável por esse novo canal, direcionando as demandas para um ponto focal. Quando temos um canal cuidado por mais de uma pessoa, corremos o risco de fazer duas ou mais vezes o mesmo trabalho e o pior: ninguém fazer o trabalho, acreditando na responsabilidade do outro.

Planeje, estipule KPI´s (indicadores de desempenho), objetivos, metas e principalmente um responsável pelo trabalho, que possa direcionar, monitorar e delegar funções, criando um modelo de trabalho organizado e focado.

E então, você está pronto mesmo para continuar no meio digital? O consumidor exigente não vai aceitar o “quebra-galho” no pós-pandemia!

Bruno Grillo Castello tem parte de seus 15 anos de carreira construída no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sua última atuação antes de fundar a Bcast Consultoria. Como professor e palestrante em cursos de gestão formou mais de 2.200 empresários, e atuou ativamente como consultor ou mentor de aproximadamente 600 executivos e empreendedores. Hoje, dá suporte a empresas desde a criação de negócios startup até a gestão macro de pequenas e médias companhias, além de realizar diagnósticos precisos na solução de crises e obstáculos em busca de potencializar um crescimento sustentável.

Caruaru poderá sediar etapa Nacional do Campeonato Brasileiro de Duathlon em 2021

Nesta sexta-feira (14), a pré-candidata a vereadora de Caruaru e Conselheira Consultiva da Federação Pernambucana de Triathlon, Samara Sarmento e o Diretor Técnico da Federação, Álvaro Coutinho se reuniram com o vice-presidente da Fundação de Cultural de Caruaru, Fúlvio Wagner, para apresentar uma proposta de evento esportivo: sediar uma etapa teste do Campeonato de Duathlon em Caruaru e a possibilidade de conseguir trazer a etapa Nacional deste Campeonato para o município, em Maio de 2021.

A ideia é incentivar a prática esportiva em Caruaru e trazer a possibilidade do município sediar a etapa Nacional do Campeonato Brasileiro de Duathlon, Samara Sarmento explica: “Nós estamos organizando para Novembro deste ano a etapa teste do campeonato para ver como essa prática vai ser aceita aqui na região. A ideia é que seja um evento sem público, para não aglomerar, mas que possamos mostrar que Caruaru tem estrutura e atletas para receber um evento a nível Nacional”.

Um Campeonato de Duathlon consiste na realização de atividades de Ciclismo e Corrida, sendo dividido por baterias. Para um atleta preparar-se para provas como essa é possível praticar a corrida tanto em academia, quanto na rua, o que já proporciona uma maior participação de pessoas. “Nós precisávamos apresentar esse projeto à prefeitura de Caruaru pois a ideia é que essa primeira etapa aconteça no Autódromo Internacional Ayrton Senna, que fica aqui na cidade. Então é de extrema importância que o município apoie um evento que pode trazer notoriedade e dar mais possibilidades aos atletas da nossa região. Nós queremos transformar Caruaru na capital do Duathlon no Nordeste”, ressalta Álvaro Coutinho.

A etapa teste do Campeonato de Duathlon está prevista para acontecer no dia 7 de Novembro de 2020, em Caruaru e estima-se que cerca de 80 atletas participem. Em breve serão divulgadas mais informações sobre como participar, mas vale ressaltar que a realização desse evento será um fator decisivo para que a etapa Nacional do Campeonato possa acontecer em Caruaru no próximo ano. Durante toda a apresentação do projeto, Fúlvio Wagner demonstrou interesse na iniciativa e deixou claro que Fundação de Cultura vai apoiar esse evento, tendo em vista o incentivo que ele trará para o esporte, a cultura e o lazer na região.