Na contramão, setor público abre vagas e eleva salário durante pandemia

Nesta quinta-feira (20), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu que os deputados mantivessem o veto ao reajuste dos servidores, argumentando que eles precisavam dar “sua cota de sacrifício” durante a pandemia. Nesse caso, apenas não ter reajuste no meio da crise, disse Maia.

Essa parcela dos trabalhadores, que representa 15% da população ocupada, tem garantia de estabilidade e de rendimentos. Também está protegida contra os dissabores econômicos da crise deflagrada pelo coronavírus por todo o sistema de proteção estatal.

Enquanto quase 9 milhões de trabalhadores do setor privado deixaram a força de trabalho no segundo trimestre, período mais agudo dos efeitos econômicos da pandemia, o setor público registrou aumento de 708 mil vagas, segundo dados da pesquisa sobre o mercado de trabalho do IBGE.

O rendimento médio no setor privado recuou 0,5%, para R$ 2.137, queda amenizada pelos auxílios do governo, que também ajudaram a conter as demissões. No setor público, cresceu 1,5% na mesma comparação, para R$ 3.776.

Quando anunciou as medidas para permitir a redução de jornada e salários no setor privado, o governo disse que não mexeria com o setor público, uma vez que seria necessário alterar a Constituição. Em compensação, conseguiu congelar os salários até o fim de 2021 em todas as esferas de governo.

Dados do Atlas do Estado Brasileiro 2019 do Ipea mostram que essa diferença entre o ganho dos servidores e dos funcionários do setor privado cresceu nos últimos anos. Hoje, está em 75%.

A remuneração média mensal no setor público cresceu 23,5% além da inflação no período 1986-2017. No privado, recuou 4% em termos reais. O maior ritmo de crescimento foi nos Poderes Judiciário federal e estadual e no Executivo federal, de 2% ao ano.

Segundo o estudo, nesse período, o número de funcionários públicos cresceu 123%, para 11,4 milhões, enquanto o emprego privado avançou 95%, para 53 milhões. Em junho deste ano, esses números eram de 12,4 milhões e 43,5 milhões, respectivamente.

A despesa com pessoal é a segunda maior do governo federal (R$ 313 bilhões ou 4,3% do PIB em 2019), metade do que é gasto com a Previdência e 22% do dispêndio total.

Segundo levantamento da Folha, mais de 60% dos funcionários públicos federais estão em home office. Metade é da área de educação.
Números do Painel Estatístico de Pessoal do governo para 2019 mostram que quase metade dos servidores federais estão na área de Educação.

O Ministério de Defesa, no entanto, responde pela maior despesa (25% dos gastos). Em seguida, estão Educação (21%), Economia (15%), e a Justiça do Trabalho e o Ministério de Saúde (ambos com 6%).

Naquele ano, as maiores remunerações no topo da carreira do Executivo eram de R$ 30.936,91, pagas em alguns cargos na PF e em cargos em extinção de servidores dos antigos territórios. A maior inicial é de diplomatas, que chegava a R$ 27.369,67.

Folhapress

Brasil tem mais de 3,4 milhões de casos e 111 mil mortes pela Covid-19

O Brasil, que é o segundo com maior número de casos e óbitos no mundo, ainda observa um alto número de confirmações diárias. Com mais 49.298 casos do novo coronavírus e 1.212 mortes pela Covid-19, confirmadas nesta quarta-feira (19/8), o Brasil já acumula 3.456.652 infectados e 111.100 óbitos pela doença.

Ao todo, 22 unidades federativas já registraram mais de mil mortes cada. Quem lidera o ranking brasileiro é São Paulo, com 27.591 óbitos pelo novo coronavírus. O Rio de Janeiro é o segundo com mais fatalidades, com 14.913 vítimas da doença. Os dois são os únicos estados que têm mais de 10 mil mortes.

Em seguida estão: Ceará (8.241), Pernambuco (7.280), Pará (6.015), Bahia (4.611), Minas Gerais (4.436), Amazonas (3.537), Maranhão (3.302), Espírito Santo (2.963), Rio Grande do Sul (2.881), Paraná (2.808), Goiás (2.475), Mato Grosso (2.421), Paraíba (2.223), Distrito Federal (2.148), Rio Grande do Norte (2.126), Santa Catarina (1.918), Alagoas (1.784), Sergipe (1.745), Piauí (1.653) e Rondônia (1.037).

No pé da tabela estão: Mato Grosso do Sul (668), Amapá (622), Acre (591), Roraima (575) e Tocantins (536).

Sobe 16% o preço de medicamentos hospitalares no país

O preço dos medicamentos vendidos aos hospitais do país subiu 16,4% durante os cinco primeiros meses da pandemia da covid-19 no Brasil, de março e julho. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (20), são do Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Bionexo.

Segundo o levantamento, a alta foi impulsionada por três grupos de medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com a covid-19: suporte ao aparelho cardiovascular, com elevação de 92,6%; sistema nervoso, de 66%; e aparelho digestivo e metabolismo, de 50,4%. Os aumentos principais foram de remédios relacionados a analgesia, anestesia, suporte ventilatório e suporte vital.

Também apresentaram aumento expressivo os preparados hormonais sistêmicos, de 21,8%, e do sistema musculoesquelético, de 18,2%, utilizados nas unidades de terapia intensiva (UTI).

“Entre os fatores que contribuíram para o aumento dos preços observado pode-se destacar dois. O primeiro deles, que tem impacto abrangente, foi a desvalorização cambial, que afeta o preço de medicamentos e insumos cujos mercados estão atrelados à moeda estrangeira. O segundo aspecto, mais específico, foi o aumento brusco da demanda das unidades de saúde por medicamentos associados aos cuidados dispensados aos pacientes da covid-19, principalmente aqueles em estado mais grave”, disse o coordenador de pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Julho
Em julho, o preço dos remédios hospitalares registrou um avanço de 1,74%, resultado que representa uma aceleração menor em relação à variação observada no mês anterior, de 4,58%. No acumulado do ano, de janeiro a julho, o índice registra alta de 18,72%.

De acordo com a Fipe, entre os motivos que podem ter contribuído para a aceleração menor no último mês estão a estabilização da taxa de câmbio, a reestruturação gradual das condições de mercado, a queda dos casos de covid-19 nos grandes centros urbanos do país, e a readequação, ainda que parcial, das condições de oferta após o choque inicial.

Empresas que se digitalizaram têm menos dívidas em atraso, diz pesquisa do Sebrae

Uma pesquisa feita pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que entre os meses de junho e julho desse ano, o percentual de empresários com dívidas em atraso caiu de 40% para 36%. Já a proporção de empresas com compromissos em dia passou de 28% para 33%. O levantamento revelou que os pequenos negócios que estão com as dívidas em dia têm algumas características em comum: são aquelas que mais utilizavam vendas pelas redes sociais antes da pandemia (53%) e já usavam ferramentas digitais de gestão do negócio. Além disso, a pesquisa indicou que essas MPE são as que mais conseguiram o empréstimo desejado (39%) contra 9% das empresas com dívida em atraso.

A pesquisa (a sexta de uma série iniciada em março), ouviu 6.506 donos de pequenos negócios de todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os dados mostram que o cenário ainda é preocupante, mas indicam também que os primeiros sinais de recuperação começam a ser percebidos. “O caminho será longo, íngreme e demorado. Mas já começamos a enxergar uma luz no fim do túnel”, comenta Melles. Ele ressalta, entretanto, que as medidas de apoio às micro e pequenas empresas precisam continuar: “A retomada da economia do país, a recuperação dos empregos e a geração de renda vai depender fundamentalmente da situação dos pequenos negócios. Não podemos descuidar do apoio a esse segmento. Um ponto delicado nesse processo é o nível de endividamento. As empresas passaram por forte redução de demanda e de caixa durante a pandemia, e isto ainda pode comprometer o nível de endividamento delas nos próximos meses”

Escolaridade

Considerando o perfil socioeconômico dos empresários, o estudo do Sebrae revelou que a maior diferença de realidade é observada no recorte de escolaridade. Segundo o levantamento, os mais escolarizados são a maioria entre os que têm dívidas em dia (63% têm superior incompleto ou mais). Já entre os donos de pequenos negócios com nível médio ou menos, a proporção de empresários com as divididas em dia é de 36%.

Outros números da Pesquisa

Entre a 3ª edição e a 6ª edição da sondagem (maio-julho), a proporção de MPE endividadas passou de 61% para 69%.
Atualmente, 36% têm dívidas em atraso, 33% têm dívidas (em dia) e 31% não têm dívidas.
As MPE sem dívidas trabalham proporcionalmente mais em casa (41%).
54% das MPE sem dívidas e 54% das que têm dívidas em dia estão em municípios que já reabriram.
As empresas com dívidas em dia são aquelas que mais utilizavam vendas pelas redes sociais antes da pandemia (53%).
As MPE com dívidas em atraso são as que mais passaram a vender nas redes sociais após o início da crise (18%).
Alta proporção das MPE em atraso começaram a usar ferramentas digitais de gestão do negócio, após a crise (42%).
Desde o início da crise, as MPE sem dívidas são as que menos procuraram empréstimo bancário (28%).
As MPE com dívidas em dia (66%) e em atraso (66%) procuraram mais os empréstimos.
As MPE em dia são as que mais conseguiram o empréstimo desejado (39%)

Mourão diz que Amazônia “não está queimando” e convida DiCaprio a visitá-la

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta quarta-feira (19/8) que a Amazônia “não está queimando”, e ironizou as críticas feitas pelo ator e ativista ambiental Leonardo DiCaprio. Em transmissão ao vivo promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mourão afirmou que os incêndios no bioma são em regiões “antropizadas”.

“[Há] Muita desinformação sobre a Amazônia. Uma primeira coisa que tem que ficar clara: onde ocorre queimada na Amazônia é naquela área humanizada. A floresta não está queimando e, no entanto, a imagem que é passada para o resto do Brasil e para a comunidade internacional é que tem fogo na floresta. E não adianta mostrar o mapa da Nasa, o mapa do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que a turma não aceita o dado”, afirmou o vice-presidente.

Dados do Inpe apontam aumento do desmatamento e de queimadas na região da Amazônia Legal, que abrange nove estados brasileiros. No mês de julho, por exemplo, foi registrado um aumento de 27,9% na quantidade de focos de incêndio no bioma, se comparado com o mesmo período do ano passado.

O número é também 42% mais elevado que julho de 2018, mas é menor que 2017, que registrou o segundo pior dado da série histórica (desde 1998), com 7.986 focos. Apesar do aumento no mês, observando dados de janeiro a julho deste ano e do ano passado, houve uma redução de 7,6%.

O vice-presidente ainda falou do ator Leonardo DiCaprio, que recentemente criticou o aumento de queimada e desmatamento no país.”A Amazônia não é uma coisa única. Existem 22 tipos de florestas diferente aqui dentro. Não é uma floresta única. E muito menos é uma planície. Eu gostaria de convidar o nosso mais recente crítico, nosso ator Leonardo DiCaprio, para ele ir comigo aqui a São Gabriel da Cachoeira (Amazonas) e nós fazermos uma marcha de oito horas pela selva entre o aeroporto de São Gabriel e a estrada de Cucuí. E aí ele vai aprender em cada socavão que ele tiver que passar que a Amazônia não é uma planície. E aí entenderá melhor como funcionam as coisas nessa imensa região”, disse Mourão.

Na última semana, DiCaprio publicou no seu Instagram um vídeo do jornal The Guardian trazendo estes dados e afirmando que o presidente Jair Bolsonaro está sob pressão internacional para frear o aumento de queimadas, mas que ele “duvidou publicamente da severidade das queimadas no passado, alegando que oponentes e comunidades indígenas eram os responsáveis”.

“Os incêndios florestais na Amazônia no ano passado foram devastadores o suficiente, mas com o clima mais seco este ano, assim como a pandemia do coronavírus que matou mais de 99.000 brasileiros, há uma preocupação crescente de que o desmatamento em curso não esteja recebendo atenção suficiente”, escreveu o ativista e ator.

Agrestina aguarda que colegiado do TSE decida destino de prefeito e vice

Às vésperas da campanha eleitoral para as eleições municipais de novembro, a cidade de Agrestina pode trocar de prefeito antes do tempo. Tudo depende do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), que tem em mãos um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE), que pede o afastamento do prefeito, Thiago Nunes (MDB) e o vice, Zito da Barra (PTB). Eles chegaram a deixar o cargo, por decisão do TRE, em junho, mas, um mês depois, por efeito de liminar emitida pelo TSE, conseguiram regressar aos cargos.

Thiago e Zito tiveram os mandatos cassados por decisão do TRE-PE. Os gestores são apontados pelo tribunal e pelo MP como autores de abuso de poder político. A oposição municipal afirma que o próprio Ministério Público, após a decisão do TSE, entrou com recurso contra a recondução do prefeito e do vice aos cargos.

“A oposição tá atenta fazendo denúncias contra esse descalabro administrativo aqui na cidade, mas a gente é minoria”, disse Paulo Sargento (DEM), vereador de Agrestina e pré-candidato a vice da cidade na chapa da ex-prefeita Carmem Míriam (DEM). “A eleição indireta estava marcada para o dia 10 de julho, mas o prefeito em exercício não fez nada. Vários partidos entraram com impugnação contra a eleição direta, também, protelando o processo”, lamentou Paulo.

Segundo a oposição, o julgamento do mérito da liminar que reconduziu Thiago e Zito aos cargos ainda não tem data definida para ocorrer. “Semana passada começaram a julgar, mas adiaram. Estamos aguardando a nova data. É importante dizer que o prefeito voltou não foi por conta do processo no TSE sobre o abuso de poder, mas por uma resolução motivada pela pandemia de Covid-19, que reconduziu os gestores aos cargos”, afirmou Paulo Sargento.

Thiago Nunes está na gestão de Agrestina há pelo menos 10 anos. Ele foi vice-prefeito de Carmem Míriam, que na época estava no PSB, de 2009 a 2012. Em seguida, foi eleito prefeito e, no ano de 2016, reeleito. Em suas redes, ele e o vice, Zito da Barra, não mencionam o processo pelo qual passaram. “Amanhã, estaremos de volta para darmos continuidade aos trabalhos em Agrestina”, publicou Thiago em seu Facebook, no dia 9 de junho. Zito se limitou a publicar um link de um blog, anunciando a decisão favorável a eles do TSE. Ambos, prefeito e vice, preferem dar publicidade às obras da Prefeitura de Agrestina e das medidas tomadas para lidar com a pandemia de Covid-19. Zito da Barra, em junho, lançou pré-candidatura a vereador pelo PTB.

Diario de Pernambuco

Casal é multado em 43 mil reais por tráfico de animais silvestres no Agreste

Um casal foi multado em R$ 43.500,00, na terça-feira, por transportar animais silvestres na BR-232, no município de São Caetano, Agreste do estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o crime foi descoberto após uma vistoria no veículo que passava pela rodovia. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) foi acionada e esteve no local para investigar o ocorrido.

Segundo a PRF, o casal revelou que esta não teria sido a primeira vez que os cônjugues se deslocaram para comprar pássaros silvestres em São Caetano e vendê-los na feira do troca-troca, que ocorre aos sábados, no município de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata.

Dentre as espécies traficadas estão concriz, papa-capim, galo-de-campina, tico-tico, azulão e sanhaçu, que foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), unidade da CPRH, onde ficarão em observação, antes de serem devolvidos à natureza.

“O casal transportava 29 pássaros da fauna brasileira, comprados na feira de troca-troca, no município de São Caetano. Cada um dos infratores foi multado em R$ 43.500. Também apreendemos o veículo, pois é o instrumento do crime”, explicou o chefe do setor de Gestão de Fauna Silvestre da CPRH, Iran Vasconcelos.

Diario de Pernambuco

Eleições 2020: apenas onze partidos estão aptos para receber Fundo Eleitoral

Apenas 11 dos 33 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cumpriram, até o momento, todas as exigências previstas na legislação e foram habilitados a receber recursos do Fundo Eleitoral para as Eleições de 2020. Dos R$ 2,03 bilhões que serão disponibilizados pelo Tesouro Nacional para este fim, R$ 797,6 milhões terão como destino essas legendas, o que corresponde a 39,2% do valor total.

De acordo com o TSE os partidos que já foram autorizados a receber os recursos são PSL (R$ 199,4 milhões); PSD (R$ 138,8 milhões); PSDB (R$ 130,4 milhões); PL (R$ 117,6 milhões); PTB (R$ 46,6 milhões); Solidariedade R$ 46 milhões); Patriota (R$ 35,1 milhões); PSC (R$ 33,2 milhões); Rede (R$ 28,4 milhões); PV (R$ 20,4 milhões); e PMB (R$ 1,2 milhão). O partido Novo e o PRTB, que teriam direito a receber R$ 36,5 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, abriram mão das verbas do Fundo para as Eleições Municipais de 2020 por decisão interna das legendas.

Segundo o TSE, os recursos do fundo são liberados às legendas somente “após a definição dos critérios para a sua distribuição, que devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros dos diretórios nacionais de cada agremiação e, posteriormente, informados e certificados pelo Tribunal”.

Ainda estão em fase de diligência os documentos encaminhados por PP (R$ 140,6 milhões), Republicanos (R$ 100,6 milhões), DEM (R$ 120,8 milhões), e DC (R$ 4 milhões). Após o envio dos documentos, cabe à Presidência da Corte certificar que as petições dos partidos contêm todos os requisitos exigidos para a liberação do fundo, determinar a transferência dos recursos às contas bancárias informadas pelas legendas e publicar os critérios fixados pelos partidos, informou o TSE.

Entre os critérios de distribuição do fundo está a obrigação de aplicação mínima de 30% do total recebido para o custeio da campanha eleitoral das candidatas do partido ou da coligação. Os valores absolutos e os percentuais desse custeio devem ser amplamente divulgados pelos partidos, de forma a permitir o controle da Justiça Eleitoral.

Agência Brasil

Quatro milhões pediram empréstimo em julho por pandemia

Cerca de 4 milhões de brasileiros solicitaram empréstimo no mês de julho para combater a crise econômica instaurada pela pandemia de Covid-19. Desse total, 3,3 milhões conseguiram, de acordo com números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (20).

Os dados apontam que as pessoas mais pobres foram as que mais recorreram aos empréstimos. Entre os que solicitaram e não conseguiram, 59,2% pertencem às duas classes de rendimentos mais baixas, com ganhos mensais inferiores a um salário mínimo. No total, o número de pedido de empréstimos representa 5,9% dos 68,5 milhões de domicílios do país. Segundo o IBGE, a maioria (75,7%) veio de bancos e outras instituições financeiras, enquanto o restante foi obtido por meio de amigos ou parentes.

Os números fazem parte da terceira divulgação mensal Pnad Covid-19, edição extraordinária da pesquisa do IBGE criada para medir os efeitos do novo coronavírus sobre a população e o mercado de trabalho. A situação econômica ainda fez 30,2 milhões, ou quase metade (44,1%) dos domicílios do Brasil, receberem algum tipo de auxílio emergencial relacionado à pandemia. Na comparação com junho, ocorreu um aumento de 813 mil lares beneficiados, com. Os estados do Norte (60,6%) e Nordeste (59,6%) são os que mais receberam o benefício, que teve valor médio de R$ 896 por casa no país.

Os impactos da Covid-19 podem ser vistos nos dados do emprego no Brasil. A taxa de desocupação subiu de 12,4% para 13,1%, atingindo 12,3 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 438 mil pessoas a mais desempregadas. Não é possível, porém, comparar os dados dessa pesquisa com os da Pnad Contínua, que apura a taxa de desemprego oficial no país, já que esta última tem metodologia diferente, com coleta de dados durante três meses e em um número maior de domicílios.

A pesquisa também mostrou que 9,7 milhões de trabalhadores estavam afastados, sendo que 6,8 milhões se encontravam nessa situação por causa do distanciamento social. O número, porém, caiu 42,6% com relação ao mês de junho. “Isso corresponde a menos da metade das pessoas que estavam afastadas em maio, quando a pesquisa começou. Elas retornaram ao trabalho ou podem ter sido demitidas”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

Folhapress

Atividade turística cresce em junho em Pernambuco, aponta IBGE

Aos poucos, o setor de turismo segue crescendo e volta a registrar dados positivos em Pernambuco. Em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as atividades turísticas tiveram um incremento de 4,2% no Estado em relação ao mês anterior, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nessa quarta-feira (19).

O setor sofreu uma grande queda de 60,5% em abril, ainda no início da pandemia de Covid-19 no Estado. Em março, mês em que foram notificados os primeiros casos da doença em Pernambuco, a queda foi menos acentuada, de 33,1%. O aumento em junho é inclusive o segundo melhor registrado em 2020 – atrás apenas de maio (+10,2%). As atividades ainda tiveram incremento de 0,3% em fevereiro e 3,6% em janeiro.

Apesar do aumento entre os meses do ano, a queda ao comparar com junho de 2019 é de 69,4%. A arrecadação financeira desabou 72,8% entre os meses de junho deste ano e do ano passado.

A média nacional de junho aponta um aumento de 19,8% em comparação ao mês anterior, com destaque para o setor aéreo (+59,8%) e para os serviços de alojamento e alimentação (+17,3%). Entre março e abril, o turismo nacional chegou a registrar uma queda de 68,1%.

Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o índice pode ser considerado uma resposta positiva das ações tomadas pelo governo federal para dar sobrevida ao setor. “A nossa preocupação era ajudar o setor a não desmontar e podemos ver que o trabalho realizado deu certo. Esperamos ver o turismo brasileiro de volta aos trilhos do crescimento, observando todos os protocolos de biossegurança e garantindo destinos seguros para os nossos turistas. Dessa forma, o turismo vai seguir desempenhando sua vocação de contribuir para a geração de emprego e renda no nosso País”, disse em entrevista ao site oficial do ministério.

Realizada pelo IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país. O levantamento traz a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

Folhape