Plano de retomada frustra o setor industrial de Pernambuco

As medidas de relaxamento propostas pelo Governo do Estado desapontaram o setor industrial de Pernambuco. Isso porque, a lenta retomada de outros setores econômicos, como comércio e serviços, põe em xeque a produtividade da indústria e retarda a recuperação econômica local. Somente o funcionamento pleno da cadeia produtiva seria capaz de trazer de volta a previsibilidade dos negócios e evitaria o fechamento das empresa e dos postos de trabalho.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Ricardo Essinger, apesar de existir um plano de retomada, os cenários são incertos e não trazem confiança ao empresariado. “Dentro do plano apresentado, e considerando os melhores cenários, precisaríamos ainda de sete semanas para tudo estar funcionando em sua plenitude. Ou seja, não sabemos se muitas empresas chegarão até lá e isso também acende o alerta para nós”, destacou.

A observação de Essinger tem a ver com o fato, por exemplo, de o polo de confecções passar a produzir em grande escala, mas não ter para quem escoar a produção. O mesmo raciocínio vale para os demais setores, como o de alimentos e bebidas, que dependem do funcionamento de bares e restaurantes; e o da produção de gesso, tintas, serrarias, vidros e cimentos, que também necessitam de uma melhora no cenário da construção civil, setor que está paralisado desde o dia 23 de março. No País, apenas Pernambuco e Piauí sofreram com paralisações nos canteiros das obras privadas durante a pandemia.

Ainda na análise do presidente da FIEPE, boa parte das medidas propostas pelos empresários não foi atendida e o prazo para retomada pode ser fatal para muitas pequenas empresas, que já deram férias coletivas, suspensão do contrato de trabalho e se vêm sem fluxo de caixa para manter as vagas de emprego e a sua própria existência. “A indústria alimenta o comércio, os serviços e a construção. Se estas atividades ficam muito restritas, somos afetados”, alertou.

Essinger aproveitou ainda para reafirmar que o cuidado com a saúde está em primeiro lugar e que medidas de prevenção estão sendo tomadas para evitar o contágio. É tanto que, segundo ele, as indústrias em atividades em todo Brasil vêm apresentando pouco ou nenhum caso de contaminação. “Temos protocolos rígidos”, assegurou. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), só 1% dos trabalhadores da construção foram infectados pela Covid-19, dos quais, só 0,01% morreram.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Endossando o coro das indústrias atendidas parcialmente pelo plano de retomada do Governo, está a construção civil. Na visão do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon), Érico Furtado, a solução proposta se mostrou inviável social e economicamente. “As empresas de construção civil não teriam como manter 50% do efetivo em casa, sendo certa a demissão de cerca de 25 mil funcionários até o fim deste ano”, disse. Além do contingente de trabalhadores ser um empecilho, fatores como a mudança no horário da jornada e o tráfego dos colaboradores do setor nos horários de pico também foram vistos como pontos sensíveis no momento atual.

Novo sistema de esgotamento começa a operar em Gravatá

O Governo do Estado, por meio da Compesa, entregou o novo Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Gravatá, beneficiando 30 mil pessoas com mais saúde e qualidade de vida. A primeira etapa do SES conta com 35 quilômetros de redes e ramais implantados, e recebeu o investimento de R$ 58 milhões do Governo de Pernambuco e Compesa, por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), uma obra que atende 30% da população gravataense.

O projeto contemplou a implantação de uma Estação Elevatória de Esgoto e uma Estação de Tratamento de Esgoto com um sistema de desinfecção ultravioleta que trata os resíduos e os devolve à natureza com um alto nível de qualidade. A unidade possui capacidade de tratamento de 136 litros por segundo de esgoto. Além dessas estruturas físicas e suas redes, a obra ainda beneficiou a população com a realização de ligações intradomiciliares, ou seja, cabe à Companhia executar o serviço interno.

A presidente da Compesa, Manuela Marinho, avalia o impacto da obra especialmente no momento em que todo o Estado segue mobilizado no combate à pandemia da Covid-19. “A entrega do novo sistema de esgotamento de Gravatá é uma conquista da população que ganha um significado ainda maior nesse período de enfrentamento do coronavírus. Levar saúde e qualidade de vida para as pessoas é uma determinação do governador Paulo Câmara e uma missão da Compesa, que segue investindo na universalização do saneamento em todo o Estado”, ressalta Manuela.

Além do atendimento à população, a contribuição ambiental é também uma meta que vem sendo alcançada pela Compesa. Por meio do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca (PSA Ipojuca) o novo sistema de esgotamento está contribuindo para o processo de despoluição do Rio Ipojuca. Internamente, a irrigação do cinturão verde e gramado da ETE é realizada com o aproveitamento da água obtida do tratamento do esgoto a partir de um sistema de irrigação automatizado.

Mutirão de combate à Covid-19 segue no São João da Escócia

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde, iniciou ontem (2) o mutirão comunitário com o objetivo de realizar uma busca ativa de sintomáticos respiratórios. As visitas na comunidade seguem durante toda a semana, com o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde da UBS Paulo Miranda.

Este é a segunda vez que a ação acontece e, além de buscar pessoas com sintomas, o mutirão também realiza o acompanhamento de casos já registrados pelas equipes. A ideia é também repassar toda orientação e prevenção adequada para à Covid-19. O mutirão tem início sempre às 9h e vai percorrer a cada dia áreas diferentes do bairro.

Cerca de 13 mil pessoas já foram alcançadas nas barreiras sanitárias de Caruaru

Seguindo o Plano de Isolamento Social Intensivo definido pela Prefeitura de Caruaru, iniciado no último dia 26 de maio, as barreiras sanitárias instaladas em pontos estratégicos da cidade tiveram um alcance de cerca de 13 mil pessoas. A ação, que passou de cinco barreiras para 20, abordou, até o momento, mais de quatro mil veículos, o que corresponde a uma evolução de aproximadamente 193,58%, se comparada à semana anterior.

Durante as abordagens preventivas, foram identificadas cerca de 600 pessoas em vulnerabilidade, mais que o dobro das abordagens da semana anterior (231), que corresponde a um aumento de 141%.

Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, foi possível aferir a temperatura da população com a utilização de termômetros com infravermelho, e conferir a porcentagem de hemoglobina arterial, com a ajuda de oxímetros. Mais de mil pessoas utilizaram os equipamentos que auxiliam na identificação de casos suspeitos de Covid-19. Também já foram realizados mais de 200 testes rápidos nas barreiras.

“Os números mostraram uma grande evolução no número de veículos e pessoas alcançadas. As equipes estiveram adesivando os carros, facilitando a identificação de quem já foi orientado, evitando parar o veículo mais de uma vez. Durante a abordagem, também foi realizado um questionário ao motorista e passageiros, identificando o destino e o motivo de saída da residência”, pontuou a secretária de Ordem Pública, Karla Vieira.

Em relação à origem e ao destino dos veículos abordados, 88,92% tem seu trajeto entre bairros de Caruaru e, desses, 45% tinham como roteiro o Centro da cidade. De outras localidades, o percentual de veículos abordados foi de 11,03%, tendo com origem e destinos principais as cidades vizinhas Brejo da Madre de Deus, Riacho das Almas e Toritama.

Em relação ao questionário realizado, os motoristas e passageiros responderam os motivos da saída de casa: trabalho diário (31%), negócios (17%), consulta médica ou hospital, supermercado/consumo e outros.

As barreiras sanitárias são coordenadas pela Secretaria de Ordem Pública, em um trabalho conjunto com a Guarda Municipal, agentes de trânsito, agentes de saúde, fiscais de Ordem Pública e bombeiros civis.

Eduardo Mendonça será reconduzido à presidência do Sismuc

O atual presidente do Sismuc Regional, Eduardo Mendonça, foi reconduzido, ontem (02), para mais um mandato de cinco anos (2020/2025) à frente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru. De acordo com a entidade, o pleito transcorreu dentro da “mais perfeita ordem e harmonia”.

Após a eleição, uma comissão composta por três servidores deu posse à nova diretoria. O presidente reeleito expressou sua satisfação e força de vontade em continuar trabalhando, lutando sempre com todas as forças, pelos servidores municipais alcançados pelo Sismuc Regional.

Segundo o Presidente Eduardo Mendonça, ele se “sente muito honrado, empolgado e disposto para seguir atuando em prol dos servidores”.
Confira abaixo a composição da nova diretoria do Sismuc:

Diretoria executiva

Presidente – Eduardo Mendonça Pereira
Vice-presidente – Marcelo Eduardo Santos Oliveira
1º Secretário – Rosineide Santos Mota
2º Secretário – Augusto César da Silva Freire
1º Tesoureiro – Dorgival Francisco de Sousa
2º Tesoureiro – Nilce Xavier de Lima Azevedo
Suplentes –Maria do Salete Bezerra Barbosa de Figueiredo e Nilton Marin Avelar Domingues

Conselho Deliberativo

Presidente – Maurício Gualberto Pelloso
Vice-presidente – Belkys de Fátima Araújo de Menezes
Secretário – Claylton Maciel Mendes
Suplente – Tiago Falcão Pelágio

Secretaria de Divisão de Departamentos

Diretor Depto. de Formação Sindical – Cléber Ferreira da Silva
Diretor Depto. de Cultura – Péricles Alves de Castro
Diretor Depto. de Esporte – Eduardo Rogério Dias de Oliveira
Diretor Depto. de Imprensa e Divulgação – Pedro Jorge dos Santos Caetano
Diretor Depto. de Saúde do Trabalho – Déjina Mendonça da Silva
Diretor Depto. Jurídico – Márcio Bezerra de Lima
Diretor Depto. Patrimonial – Fábio José Cordeiro Dantas
Diretor Depto. de Habitação – Sheyla Maria Oliveira de Vasconcelos
Diretor Depto. de Aposentado – Leonardo Fernando da Silva
Diretor Depto. Social – Flávio Henrique de Lima

Conselho Fiscal

Cid Sete de Almeida
José Laércio dos Santos
Heleno José da Silva

Morte a esclarecer é registrada na Capital do Agreste

Cadáver estava num Siena de placas de Juazeiro do Norte, Ceará. Foto: Blog do Adielson Galvão.

Pedro Augusto

Uma morte a esclarecer foi registrada na noite de ontem (1º), em Caruaru. Durante circulação pela BR-104, já a um quilômetro do Distrito de Cachoeira Seca, na zona rural da cidade, a equipe da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano de Toritama identificou um cadáver de um homem no banco traseiro de um automóvel em chamas.

A unidade da CTTU acionou a PRF, bem como o Corpo de Bombeiros, sendo este último responsável pela contenção das chamas. Devido ao estado do corpo – totalmente carbonizado -, a equipe do Instituto de Criminalística, que também se deslocou até o local, não teve como identificar a causa morte do homem.

Somente o exame tanatoscópico do IML do Recife é quem irá determinar a causa do óbito. A Polícia Civil não descarta a hipótese de assassinato.

Brasil ainda não chegou ao pior da pandemia, diz OMS

World Health Organization (WHO) Health Emergencies Programme Director Michael Ryan talks during a daily press briefing on COVID-19, the disease caused by the novel coronavirus, at the WHO heardquaters in Geneva on March 11, 2020. – WHO Director-General Tedros Adhanom Ghebreyesus announced on March 11, 2020, that the new coronavirus outbreak can now be characterised as a pandemic. (Photo by Fabrice COFFRINI / AFP) (Photo by FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images)

O pior da pandemia ainda não chegou para o Brasil, afirmou nesta segunda (1ª) o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan.

Segundo ele, o Brasil -entre outros países da América Central e do Sul- está entre os que têm registrado os maiores aumentos diários de casos da doença, com transmissão ainda fora de controle.

“Claramente a situação em alguns países sul-americanos está longe da estabilidade. Houve um crescimento rápido dos casos e os sistemas de saúde estão sob pressão”, disse Ryan. Segundo ele, o pico do contágio ainda não chegou, “e no momento não é possível prever quando chegará”.

Até domingo (31), o Brasil tinha 514.849 casos confirmados de coronavírus e 29.314 mortes, com 480 novos mortos nas 24 horas anteriores. É o segundo país com maior número de casos no mundo, depois dos EUA, e o quarto em número de mortes, atrás de EUA, Reino Unido e Itália.

Em relação à população, o Brasil era no domingo o 13º no mundo, com 13,8 mortes por 100 mil habitantes. Nos cálculos semanais feitos pelo Imperial College de Londres, a taxa de contágio brasileira está há pelo menos cinco semanas acima de 1 -o que significa que a transmissão está se acelerando.

O diretor-executivo da OMS afirmou que a densidade urbana e o grande número de pessoas mais pobres na cidade são fatores que dificultam o risco da doença, mas que políticas públicas implantadas no sul da Ásia e na África conseguiram estabilizar a gravidade da doença, enquanto no Brasil e em outros países latino-americanos ela ainda cresce com velocidade progressiva e ameaça os sistemas de saúde.

Segundo ele, nas Américas, “houve respostas diferentes entre os países, e há bons exemplos de governos que adotaram abordagens científicas, enquanto em outros países vemos uma ausência ou uma fraqueza nisso”. “O que precisamos agora é mostrar nossa solidariedade e trabalhar com esses países para que eles consigam controlar a epidemia”, disse Ryan.

Os especialistas da OMS voltaram a dizer que decisões de desconfinamento devem ser acompanhadas de um sistema para testar casos suspeitos, rastrear contatos, tratar doentes e isolar os que possam ter o coronavírus para impedir que contagiem outras pessoas.

Folhapress

Confira os protocolos de higiene e segurança nos estabelecimentos comerciais

A retomada gradual das atividades econômicas em Pernambuco será realizada dentro de uma nova realidade. Protocolos de higiene e de distanciamento social foram anunciados ontem pelo Governo de Pernambuco para que se evite aumentar os casos de coronavírus no Estado nesse processo de reabertura. Esses protocolos gerais terão que ser seguidos por todos os clientes e profissionais das atividades. Além disso, o governo informou que anunciará, gradativamente, outros protocolos específicos para 15 setores da economia.

Os protocolos gerais foram divididos em três eixos: distanciamento social, higiene e monitoramento e comunicação. As medidas vão desde do cuidado no uso coletivo de utensílios até a demarcação de filas presenciais.

Dentro do eixo do distanciamento social, algumas medidas listadas são: manter de distância de 1,5 metro entre colaboradores, clientes e demais indivíduos; evitar o compartilhamento de utensílios e ferramentas de trabalho; dividir os funcionários em grupos para reduzir possibilidades de contágio; demarcar no chão o espaço das filas; escalonar o horário de refeição dos funcionários; atenção especial aos trabalhadores do grupo de risco.

As medidas de higiene, algumas são: permissão de pessoas somente com uso de máscara; disponibilizar boas condições de limpeza para os trabalhadores, como álcool; higienizar grandes superfícies com sanitizante; higienizar, antes do uso, os equipamentos que precisem ser compartilhados entre os funcionários; privilegiar a ventilação natural dos ambientes.

No eixo de monitoramento e comunicação, algumas determinações são: identificar as funções que podem ser exercidas remotamente, priorizando essa modalidade sempre que possível; informar aos colaboradores qualquer sintoma da Covid-19; afastar da frequência presencial por até 14 dias os casos suspeitos; emitir comunicados de orientação sobre a Covid-19 aos trabalhadores.

Segundo a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Maíra Fischer, as medidas específicas estão sendo elaboradas. “Separamos em 32 grupos as atividades econômicas. Dos 32, 15 vão ter protocolos específicos. Eles estão sendo elaborados e validados junto a cada setor. Devem ser publicados nos próximos dias de acordo com o cronograma de reabertura”, explicou Maíra.

Confira os protocolos:

Distanciamento Social
– Manter pelo menos 1,5 metro de distância entre colaboradores, clientes e indivíduos em geral;
– Escalonar intervalo de horário de refeição, de modo a evitar aglomeração;
– Evitar o compartilhamento de utensílios de uso pessoal, equipamentos e ferramentas de trabalho como canetas, telefone celular, trenas, espátulas, entre outros;
– Organizar a equipe em grupos ou equipes de trabalho para facilitar a interação reduzida entre os grupos.;
– Os trabalhadores pertencentes ao grupo de risco (com mais de 60 anos ou com comorbidades de risco, de acordo com o Ministério da Saúde) devem ser objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na própria residência em teletrabalho ou trabalho remoto;
– Evitar contatos muito próximos, como apertos de mãos, beijos e abraços;
– Demarcar no chão o espaço nas filas, de modo a garantir a distância mínima de um metro e meio entre os clientes;
– Instituir uma barreira física de proteção entre cliente e atendente. Quando não for possível, demarcar no chão o espaçamento entre o cliente e o balcão, de modo a manter uma distância mínima entre cliente e atendente;

Higiene
– Apenas permitir a entrada no estabelecimento de pessoas utilizando máscaras, sejam trabalhadores, clientes ou colaboradores;
– Garantir que os funcionários façam lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool 70%, e sempre a realizem ao entrar e sair das instalações da empresa;
– O uso de álcool 70% para limpeza das mãos é obrigatório aos clientes ao entrar e sair do estabelecimento;
– Disponibilizar, para uso dos trabalhadores, colaboradores e clientes, local para lavagem frequente das mãos, provido de sabonete líquido e toalhas de papel descartável ou disponibilizar álcool 70%, em pontos estratégicos de fácil acesso;
– Promover uma boa higiene respiratória (encorajar as pessoas cobrirem espirros, tosse usando o cotovelo) e o cuidado de evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos;
– Fornecer máscaras faciais, mesmo que artesanais, para todos os trabalhadores e colaboradores, conforme decreto do Governo do Estado
– Reforçar a limpeza e a desinfecção das superfícies mais tocadas (mesas, teclados, maçanetas, botões, etc.), pelo menos 3x ao dia;
– Reforçar a limpeza dos banheiros, instalações, áreas e superfícies comuns, antes, durante e após o expediente;
– Higienizar grandes superfícies com sanitizante, contendo cloro ativo, solução de hipoclorito a 1%, sal de amônio quaternário ou produtos similares de mesmo efeito higienizador, observando as medidas de proteção, em particular o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) quando do seu manuseio;
– Caso haja a necessidade de compartilhamento de materiais de trabalho, deve ser realizada a higienização antes da sua utilização por outro trabalhador;
– Não permitir que se beba diretamente de fontes de água. Usar recipientes individuais ou copos descartáveis;
– Não permitir o compartilhamento de copos, garrafas ou talheres;
– Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho de ar condicionado, verificar a higienização periódica e a adequação de suas manutenções preventivas e corretivas.

Monitoramento e Comunicação
– Identificar as funções que podem efetuar suas atividades por meio de teletrabalho ou trabalho remoto, priorizando, sempre que possível, essa modalidade de trabalho;
– Sempre que possível, manter em trabalho remoto os profissionais enquadrados nos grupos de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos, gestantes e lactantes, imunocomprometidos, e os que têm insuficiência cardíaca, renal ou respiratória crônica comprovadas;
– Informar aos colaboradores os sintomas da Covid-19 e que em caso de qualquer sintoma, a recomendação é que o trabalhador permaneça em casa e não compareça ao local de trabalho;
– Instituir mecanismo e procedimentos para que os trabalhadores possam reportar se estiverem com sintomas de gripe ou similares ao da Covid-19 ou se teve contato com pessoa diagnosticada com Covid-19;
– Afastar da frequência presencial no local de trabalho por até 14 dias, os casos acima; — Esclarecer para todos os trabalhadores e colaboradores os protocolos a serem seguidos em caso de suspeita ou confirmação de COVID-19;
– Caso haja confirmação de trabalhador diagnosticado com COVID-19, deve ser realizada a busca ativa dos trabalhadores que tiveram contato com o trabalhador inicialmente contaminado e comunicá-los;
– Manter nos locais de maior circulação, materiais explicativos de boas práticas de prevenção e higiene a os funcionários, clientes e demais frequentadores em todas as empresas e estabelecimentos;
– Emitir comunicações aos trabalhadores com a orientação sobre a covid-19 assim como boas práticas de prevenção e higiene

Fonte: Governo de Pernambuco

‘Generais do governo não representam Forças Armadas, que não apoiam ruptura’, diz Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que generais que estão no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não representam as Forças Armadas. A declaração de Maia foi feita ao jornalista Tales Faria, no UOL Entrevista da tarde da segunda-feira (1º).

“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas representam o Estado brasileiro”, disse Maia.

O presidente da Câmara seguiu ressaltando a diferenciação: “Esses ministros representam a política do governo Bolsonaro, legítima. Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as Forças Armadas pelo movimento de um ministro político que foi das Forças Armadas”, completou.

Questionado se vê, neste momento, ameaça de ruptura da democracia, Maia disse que não. “Não vejo nas Forças Armadas nenhum movimento de politização ou apoio político ao governo. Elas têm papel de garantir o Estado, a nossa soberania, e assim deve ser de forma permanente”, afirmou.

Militares integrantes do governo sobem tom diante do acirramento da crise entre as instituições, após o outro ministro palaciano, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) criticar abertamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e falar em “consequências imprevisíveis” para o país, cresceu a discussão sobre o apoio a uma espécie de intervenção militar ou golpe.

Em carta enviada aos colegas de turma e a jornalistas, na semana passada, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos,diz que “a imprensa ideológica parcial é nociva e buscará a todo custo denegrir a imagem das Forças Armadas, como tem feito ao longo de nossa história”.

“Não acreditem nas falácias diárias que tentam nos abater o moral. Não existe corrupção nesse governo!”, diz o ministro. No mesmo dia, em coletiva no Palácio do Planalto, Ramos já havia rechaçado a tese de que os militares que estão no governo representariam uma influência das Forças Armadas.

Ataque ao Congresso e STF é inaceitável, diz Maia Em meio à pandemia do novo coronavírus e do consequente impacto econômico causado pela Covid-19, o Brasil ainda sofre com uma crise política. Para o presidente da Câmara dos Deputados os ataques ao Congresso Nacional e ao STF em manifestações recentes são inaceitáveis.

“Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós estamos acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas”, afirmou. Maia lembrou que muitas das manifestações políticas são estimuladas por notícias falsas.

“Eu fui vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo. Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade. A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa”, afirmou, pedindo dureza no combate a tais incidentes.

“Eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei, tomar decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos ministros do STF. Quando é uma crítica, isso é da democracia e da liberdade de expressão”, afirma.

“Mas notícias falsas, ameaças… Por que se fazem ameaças? Porque se quer impedir que o outro cumpra suas funções constitucionais. Não quer que o ministro continue investigando as questões das fake news. Ir até a casa dele, agredi-lo, isso tudo passa do limite. O que não pode é milhares de robôs criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do Brasil”, conclui o presidente da Câmara.

O Brasil na pandemia Para o deputado, é natural que o isolamento social como imposição crie tensões e acirre a polarização no Brasil. No entanto, no momento, ainda é necessário ficar em casa.

“Acho que a sociedade começou a se manifestar contra o que está acontecendo, e nós precisamos ter equilíbrio, responsabilidade com o Brasil e com os brasileiros nesse momento. Não é o isolamento que faz a economia cair, é o vírus, aqui, na Europa, em qualquer país. Há uma crise sanitária que afeta a economia. O isolamento vai apenas na linha de salvar vidas”, disse Maia.

“Acho que vivemos um momento muito difícil da nossa geração, com certeza, nos últimos 100 anos –ou pelo menos desde a 2ª Guerra não vivemos um momento tão difícil, uma pandemia”, afirma o presidente da Câmara.

“Os economistas já projetando uma queda de 7%, a necessidade de corte de gastos, e junto com isso uma escalada e que não vem dessa pandemia, ela se mistura com a pandemia, porque vem do ano passado, com esses movimentos próximos ao presidente muito autoritários a quem diverge do presidente. Não é a quem faz algo de errado, mas a quem discorda do presidente”, disse.

Contra armamento da população Em meio ao acirramento, Bolsonaro defendeu o armamento da população, conforme registrado em reunião interministerial do dia 22 de abril. Segundo Maia, o país já libera o armamento civil, mas impõe restrições.

“Nós temos uma lei que de forma restrita autoriza a posse, o porte. Essa lei é uma lei que precisa ser restritiva, principalmente o porte de armas”, relembrou.

“Eu tendo a divergir do presidente. Uma coisa é a pessoa dentro de uma lei restrita querer ter uma arma respeitando todas as restrições para ter a posse. Agora, o estímulo a armar é contraditório. Se as Forças Armadas garantem a soberania, você quer armar as pessoas contra quem? Contra a Polícia?”.

“Impeachment é tratado com cuidado” Maia afirmou que o impeachment de Bolsonaro é assunto que deve ser tratado com “cuidado” e que não deve se colocar mais lenha na fogueira.

“Eu acho que o tempo não é o tempo da política. A gente não pode colocar mais lenha na fogueira. Da mesma forma que eu acho que essas manifestações que atacam as instituições democráticas são gravíssimas, uma decisão de impeachment precisa ser muito bem avaliada para que a gente não gere mais conflitos e mais crise política no Brasil”, afirmou ele.

“Eu trato isso com o mesmo cuidado que eu tratei no governo do presidente Michel Temer. E eu faço da mesma forma agora, eu acho que no momento adequado vou decidir e não vou ficar tratando desse processo, que eu sou o juiz, eu defiro ou indefiro e não devo ficar dando muita opinião sobre esse assunto sabendo que a nossa prioridade deve ser tentar unificar esse país para ter mais força e melhores condições para enfrentar esse vírus em todos os seus aspectos”, completou.

Reforma tributária O presidente da Câmara afirmou também que o calendário do Congresso Nacional deve começar a abrir mais espaço a outras pautas no mês de julho. Principalmente, segundo ele, para a Reforma Tributária.

“Pós-pandemia, nós vamos trabalhar, combinar com o presidente do Senado. Nós precisamos voltar ao debate da reforma tributária”, disse o deputado. “As reuniões por videoconferência ganharam muito espaço com a pandemia e vão continuar tendo esse espaço, não só na política, mas na sociedade. E nós precisamos retomar esse debate da reforma tributária, da simplificação do sistema de impostos de bens e serviços -se for o caso, entrar no debate sobre a renda, outros tributos”, acrescentou.

“Mas é importante que a gente possa, daqui a três, quatro semanas, retomar esse debate. Esperar o governo encaminhar a reforma administrativa, trabalhar matérias que a gente já vinha debatendo, autonomia do Banco Central, que é muito importante, a lei cambial.”

Folhapress

Petrolina inicia fiscalizações educativas após reabertura da economia

A cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, começou na segunda-feira (1º) a reabertura dos segmentos econômicas após mais de dois meses de suspensão por causa da pandemia de Covid-19. Segundo a prefeitura, foram iniciadas fiscalizações educativas para orientar empresários sobre o protocolo de prevenção ao novo coronavírus.

A partir da próxima semana, a fiscalização será rigorosa e os estabelecimentos que desobedecerem o decreto podem ter o alvará de funcionamento cassado ou suspenso. Os responsáveis poderão sofrer outros tipos de penalidades como multa e condução à delegacia de Polícia Civil para adoção das medidas legais cabíveis.

Equipes da Guarda Civil Municipal, de Disciplinamento Urbano e fiscais de posturas começaram o trabalho nas principais ruas e avenidas do centro comercial da cidade. Mais de 30 estabelecimentos foram visitados.

A fiscalização usou um “check list” para identificar se todas as exigências estavam sendo cumpridas pelos comerciantes. Os que ainda não haviam se adequado foram informados sobre a necessidade de ajuste. Os lojistas ainda aproveitaram para tirar dúvidas com a fiscalização.

Retomada
Esta primeira fase da retomada na cidade libera 100% da capacidade de atendimento ou funcionamento para agropecuária, indústria e transporte público (táxi, mototáxi e carros por aplicativo). A capacidade de 75% está liberada para transporte público coletivo. Administração pública, comércio e serviços, construção civil, parques e orla fluvial, templos religiosos e velórios podem operar com 50%. Todas as demais atividades e serviços não listados seguem proibidos em Petrolina, inclusive eventos.

Recomendações
Entre as principais recomendações para os estabelecimentos comerciais estão: uso obrigatório de máscara dentro do estabelecimento; distância mínima de 2 m entre as pessoas; marcações que sinalizem onde os consumidores devem se posicionar; disponibilização de álcool em gel 70% ou soluções de higienização em locais de fácil acesso; higienização do ambiente; proteção de grupos de risco no trabalho; afastamento de casos positivos ou suspeitos; atendimento diferenciado para grupos de risco; monitoramento da temperatura dos colaboradores; testagem dos colaboradores; e uso do aplicativo móvel Dycovid.

O descumprimento pode ser denunciado à Central de Atendimentos da Secretaria Executiva de Segurança Pública, no telefone 153, ou pelo WhatsApp (87) 9.8106-7310.

Coronavírus em Petrolina
A Secretaria de Saúde de Petrolina confirmou nessa segunda mais 15 casos positivos de Covid-19, elevando o total a 268. A atualização ainda registrou mais um óbito, com nove mortes ao todo. 97 pessoas infectadas apresentaram cura clínica e estão recuperadas.

Folhape