MPPE defende que unidades de saúde viabilizem contato virtual

O distanciamento social não precisa se transformar em distanciamento afetivo. Com base nesse entendimento, o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania (Caop Cidadania) emitiu a Nota Técnica nº05/2020, com orientações para que os promotores de Justiça em todo o Estado de Pernambuco atuem a fim de estimular o poder público a viabilizar “visitas virtuais” ou outras maneiras de permitir o contato entre os pacientes com casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, estão sendo tratados em regime de isolamento, e seus familiares.

De acordo com a coordenadora do Caop Cidadania, Dalva Cabral, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vem recebendo manifestações reiteradas de cidadãos sobre a impossibilidade de obter informações sobre a situação clínica de parentes que ocupam os leitos destinados ao tratamento da Covid-19.

“Nestes tempos difíceis e incertos, muitas pessoas que cumprem a quarentena lutam contra a depressão e o desestímulo na lida contra a adversidade, de maneira que a falta de contato entre a família e o paciente é um enorme mal de mão dupla. Já existem registros de unidades de saúde que estão se esforçando para fazer uma internação humanizada, que é não apenas um conforto para a família mas um alento para o paciente receber doses de afeto”, ressalta a coordenadora, no texto da nota técnica, publicada no Diário Oficial de 1º de maio.

Além do ganho psicológico e fisiológico aos pacientes, estabelecer um canal de informação para os familiares das pessoas internadas evita que as pessoas se dirijam às unidades de saúde para obter informações, o que as expõe a riscos elevados de transmissão do Coronavírus, gastos com deslocamentos não planejados e outros tipos de inconvenientes.

Para estimular a adoção dessas medidas, o Caop Cidadania orienta os membros do MPPE a expedir recomendações aos prefeitos, secretários municipais, Centros de Referência em Assistência Social e coordenadores dos Conselhos Municipais de Saúde, Direitos Humanos, da Mulher, do Idoso e da Criança e do Adolescente que promovam a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância de manter os prontuários dos pacientes constantemente atualizados, a fim de que os familiares de pacientes mantidos em isolamento possam ter acesso ao quadro clínico deles.

Os meios de contato com os familiares, como telefone celular e WhatsApp, devem ser registrados para que ao menos um membro da família possa receber atualizações sobre o estado de saúde do seu ente que se encontra internado. Os promotores de Justiça também devem recomendar que as unidades de saúde viabilizem a aquisição de tablets ou aparelho semelhante para permitir a realização de videochamadas entre as pessoas internadas e seus familiares pelo menos duas vezes por semana.

Outra medida que deve ser estimulada é incrementar os serviços psicossociais das unidades de saúde, de modo que os familiares tenham o apoio profissional adequado para lidar com os sentimentos de angústia, preocupação e desamparo motivados pela falta de notícias sobre seus entes queridos. As equipes também devem preparar as pessoas para uma eventual evolução desfavorável do quadro clínico dos pacientes, diante da impossibilidade da realização de cerimônias como velórios e sepultamentos da maneira usual.

Por fim, o Caop Cidadania orienta que a atuação dos promotores de Justiça ocorra de maneira mais “humanitária e afetiva” do que propriamente legal e sancionadora, com foco na proteção da integridade de cada ser humano.

Paulista — a Promotoria de Justiça local expediu recomendação às Secretarias Municipais de Saúde e de Políticas Sociais e às unidades de saúde públicas e privadas da cidade orientando a adoção das medidas elencadas na Nota Técnica nº05/2020, do Caop Cidadania.

Tanto os agentes públicos como os responsáveis pelas unidades de saúde privadas têm um prazo de cinco dias para informar se acatam ou não as medidas. A recomendação foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (5).

Ministério de Turismo do Uruguai traça plano para reativação de hotéis e restaurantes

Na ultima quinta-feira, 30 de abril, o grupo de trabalho para reativação da atividade turística uruguaio se reuniu para avançar na elaboração do protocolo de reabertura de algumas áreas do setor, que compreenderá as disposições higiênicas para hotéis e estabelecimentos gastronômicos.

Segundo informado pelo Ministro de Turismo do Uruguai, Germán Cardoso, existem três etapas definidas: turismo interno, investimentos e estabilidade na região para projetar as diferentes etapas do verão.

O grupo está integrado por representantes da Câmara Uruguaia do Turismo e seus principais grêmios, também participa o delegado do Ministério da Saúde Pública, especializado em medicina e relações trabalhistas. Cardoso enfatizou que o objetivo é criar um esboço do protocolo de ação, que uma vez preparado será submetido ao Presidente da República.

A determinação dos protocolos de ação requer interação e trabalho coordenado com o Conselho Nacional de Intendentes, para o controle que as administrações departamentais devem realizar, e com a Pasta de Planejamento e Orçamento, para sua aplicação e controle, explicou o ministro e reafirmou a definição das três etapas táticas: turismo interno, turismo de investimento, principalmente estrangeiro, e a estabilidade da região que permite projetar as etapas do verão. “Estamos avaliando a situação semanalmente”, disse Cardoso.

Todos os protocolos para o início da atividade devem ser unificados e de acordo com certos aspectos, como a separação de mesas em restaurantes ou as ocupações máximas de hotéis que não devem exceder um determinado número.

Nos projetos turísticos de Rocha e Canelones, o vice-ministro, Remo Monzeglio, enfatizou que foram gerados dois grupos de trabalho. “As manifestações de interesse foram variadas e, sobretudo, de grupos estrangeiros que começaram a entrar em contato. Um dos projetos trata da concessão de duas licenças para cassinos privados que movimentaram o interesse de grupos da Argentina e dos Estados Unidos, entre outros países “, explicou.

Monzeglio, diz que estão trabalhando na reativação da conectividade aérea do Uruguai, pensando no pós pandemia, para que as viagens continuem com as garantias de higiene e saúde. Ainda não existe uma data exata para reativação do setor, já que dependerá das medidas que se definam no restante dos países da região e o turismo extra regional, no que concerne a reativação das companhias aéreas.

As duas autoridades concordam quando afirmam que as atividades turísticas incidem em 8% da economia no país e abarca 11% da população ativa uruguaia, sendo esse um setor de extrema relevância para a economia uruguaia.

Não haverá São João nos moldes tradicionais em Caruaru

Pedro Augusto

Durante live com o jornalista Magno Martins, na noite desta terça-feira, a prefeita Raquel Lyra, confirmou que não haverá São João nos moldes tradicionais, em junho, na Capital do Forró. A medida se dá em decorrência do alastramento do novo coronavírus, que tem sido responsável pela morte de centenas de pessoas em Pernambuco.

“Não há condições de fazer uma festa do tamanho do São João de Caruaru num ambiente de pandemia que estamos vivendo. Não vai ter São João, mas estamos pensando num outro modelo que iremos anunciar nesta sexta-feira”, afirmou a prefeita ao jornalista.

Segundo ainda Raquel, sem a realização da maior festa do município, que atrai turistas do país inteiro e até do exterior, a cidade deixa de movimentar algo em torno de R$ 200 milhões em 30 dias.

Confira os principais pontos do depoimento de Moro sobre Bolsonaro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala à imprensa

O depoimento dado pelo ex-ministro Sergio Moro à Polícia Federal, no último sábado (2), veio a público nesta terça-feira (5), com a revelação de que o ex-titular da Justiça ouviu em março deste ano o pedido do presidente Jair Bolsonaro para trocar o chefe da corporação no Rio de Janeiro.

Moro permitiu no sábado que a PF copiasse dados de seu telefone.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, é responsável pelo inquérito que apura se o presidente tentou interferir indevidamente em investigações da PF. Nesta segunda-feira (4), o magistrado decidiu liberar a divulgação do depoimento prestado por Moro.

A narrativa do ex-ministro é considerada um dos principais elementos do inquérito que pode levar à apresentação de denúncia contra o próprio Moro ou contra o presidente Bolsonaro.

Veja a seguir os principais pontos do depoimento do ex-titular da Justiça.

PRESSÃO POR MUDANÇAS
O ex-ministro disse que o presidente cobrou dele, em reunião do conselho de ministros, ocorrida em 22 de abril, a substituição da Superintendência do Rio e do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Bolsonaro teria insistido no pedido de relatórios de inteligência e informação da PF.

“O presidente lhe relatou [a Moro] verbalmente no Palácio do Planalto que precisava de pessoas de sua confiança, para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligência”, de acordo com o depoimento.

TROCAS NO RJ E EM PE
Segundo Moro, o então diretor da PF, Maurício Valeixo, “declarou que estava cansado da pressão para a sua substituição e para a troca do SR/RJ” (superintendente regional do Rio de Janeiro). “Que, por esse motivo e também para evitar conflito entre o presidente e o ministro, o diretor Valeixo disse que concordaria em sair”, afirmou o ex-ministro.

De acordo com o ex-juiz da Lava Jato, depois da afirmação de Valeixo de que aceitaria deixar o posto, o presidente Bolsonaro “passou a reclamar da indicação da superintendência de Pernambuco”. Segundo o ex-ministro, “os motivos da reclamação devem ser indagados ao presidente da República”.

De acordo com Moro, o presidente afirmou que iria interferir em todos os ministérios e, quanto ao Ministério da Justiça, se não pudesse trocar o superintendente do Rio de Janeiro, “trocaria o diretor-geral [da PF] e o próprio ministro da Justiça”.

RELATÓRIOS
Moro disse ainda que a versão que o presidente de que não recebia informações ou relatórios de inteligência da Polícia Federal “não era verdadeira”. “Em relação ao trabalho da Polícia Federal, informava as ações realizadas, resguardado o sigilo das investigações.”

“Fazia como ministros do passado e comunicava operações sensíveis da Polícia Federal, após a deflagração das operações com buscas e prisões”, explicou.

Segundo o ex-ministro da Justiça, “o presidente lhe relatou verbalmente no Palácio do Planalto que precisava de pessoas de sua confiança, para que pudesse interagir, telefonar e obter relatórios de inteligência”.

O NOME DE RAMAGEM
Moro afirmou que a pressão para substituir Valeixo “retornou com força em janeiro de 2020, quando o presidente disse que gostaria de nomear Alexandre Ramagem [diretor da Agência Brasileira de Inteligência] no cargo de diretor-geral da Polícia Federal.”

O ex-ministro disse que a cobrança foi dita verbalmente no Palácio do Planalto e “eventualmente” na presença do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). “Esse assunto era conhecido no Palácio do Planalto por várias pessoas”, narrou.

O ex-ministro afirmou que chegou a pensar em concordar com a substituição “para evitar um conflito desnecessário, mas que chegou à conclusão que não poderia trocar o diretor-geral sem que houvesse uma causa”.

RAMAGEM E A FAMÍLIA BOLSONARO
“Como Ramagem tinha ligações próximas com a família do presidente isso afetaria a credibilidade da Polícia Federal e do próprio governo, prejudicando até o presidente”, disse o ex-ministro.

“Essas ligações são notórias, iniciadas quando Ramagem trabalhou na organização da segurança pessoal do presidente durante a campanha eleitoral.”

INDICAÇÕES AOS POSTOS
Moro ressaltou que todas as indicações feitas às superintendências da PF passavam pelo crivo da Casa Civil. E que em nenhum momento nomes indicados pelo ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo foram questionados pela pasta.

Ele explicou que Bolsonaro não tinha o mesmo interesse em mudanças de outros postos dentro do Ministério da Justiça. “O presidente não interferiu, ou interferia, ou solicitava mudanças em chefias de outras secretarias ou órgãos vinculados ao Ministério da Justiça, como, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal, Depen, Força Nacional”, disse.

ENTORNO DO PRESIDENTE
Moro foi questionado pelos investigadores se via relação entre as trocas solicitadas pelo presidente com a deflagração de operações policiais contra pessoas próximas a Bolsonaro e ao seu grupo político. O ex-ministro disse que desconhecia relação e que não tinha acesso às investigações em curso.

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, em um de seus primeiros atos, decidiu trocar a chefia da superintendência da PF no Rio, como revelou o Painel. O novo superintendente do Rio ainda não foi definido.

SAÍDA DO GOVERNO
O pedido de demissão de Moro foi revelado pela Folha de S.Paulo no dia 23 de abril. No depoimento, Moro contou que avisou Bolsonaro que sairia do governo com a confirmação da saída de Valeixo.

Segundo ele, Bolsonaro “lamentou, mas disse que a decisão estava tomada”. Moro disse que, em seguida, reuniu-se com os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Heleno (GSI) e Braga Netto (Casa Civil).

Ele disse à PF que informou então “os motivos pelos quais não podia aceitar a substituição e também declarou que sairia do governo e seria obrigado a falar a verdade​”.

CRIME DE BOLSONARO
Os investigadores perguntaram a Moro se ele identificava nos fatos apresentados em sua entrevista coletiva alguma prática de crime por parte de Bolsonaro. O ex-ministro disse que os fatos narrados por ele são verdadeiros, mas não afirmou se o presidente teria cometido algum crime.

“Quem falou em crime foi a Procuradoria-Geral da República na requisição de abertura de inquérito”, disse Moro, segundo o relatório do inquérito. O ex-ministro “agora entende que essa avaliação, quanto à prática de crime, cabe às instituições competentes”.

ENTENDA O CASO EM DEZ PONTOS
1. Em agosto de 2019, Bolsonaro passa a cobrar a troca do superintendente da PF no Rio
2. A troca ocorre à época, mas não a que ele queria. O nome é indicado pelo então chefe da PF, Maurício Valeixo
3. Bolsonaro volta a cobrar Moro para essa troca em março passado, segundo o ex-ministro disse à PF
4. Bolsonaro também insiste na troca da direção-geral da PF, e, por isso, Moro pede demissão
5. Em pronunciamento, Moro alega interferência de Bolsonaro, e PGR pede abertura de investigação
6. Supremo autoriza apuração em torno das declarações de Moro e de Bolsonaro sobre a PF
7. Bolsonaro troca comando da PF, mas sua primeira opção é barrada pelo STF
8. Bolsonaro então escolhe Rolando de Souza para a direção da PF
9. Em sua primeira ação, o novo chefe da PF retira do cargo o atual superintendente da PF do Rio
10. Em fala à imprensa, Bolsonaro admite a troca no Rio, mas nega interferência na PF

Folhapress

Como estará o sistema de saúde pós-pandemia?

Neste exato instante, estamos pensando no sistema de saúde atual, em que os hospitais tanto da rede pública quanto da privada estão no limite do seu gargalo — ou seja, próximos a sua última respiração: alguns com suas portas fechadas por estarem com sua capacidade de ocupação máxima; pacientes à espera de uma vaga em leito de unidade de terapia intensiva (UTI) enquanto agonizam para conseguir respirar sem auxílio de equipamentos; municípios onde não existem leitos de UTI; profissionais de saúde sobrecarregados e cansados de exaustivas jornadas, que muitas vezes são duplicadas, e ainda desfalcados, pois colegas adoeceram e em algumas situações foram a óbito pela gravidade que o vírus da COVID-19 causa nos sistemas corporais. Sim, o sistema de saúde em muitas regiões do Brasil está em colapso e, em outras, prestes a entrar nos próximos dias ou semanas.

Esse aumento desordenado na demanda de atendimento faz com que o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Ministério da Saúde, amplie a rede de modo emergencial, para que haja atendimento a demanda. Aliado à rede SUS, tem-se também a rede privada, que precisa expandir para atender aos seus segurados, o que em ambas as situações faz com que ocorra o aumento das despesas e requer um reforço de caixa para as operadoras de saúde por parte dos órgãos públicos.

Os reflexos da atual pandemia, quando analisados de 6 a 12 meses a posteriori, faz com que ocorram altas variações nas mensalidades dos planos de saúde, pois há um maior volume de procedimentos médicos que foram realizados. Dessa forma, o bolso do usuário, que é assegurado pela saúde suplementar, sentirá o peso no reajuste. Ainda o SUS sofrerá forte impacto, pois necessitará reordenar os investimentos, que poderão ser verbas cortadas de outros setores para a manutenção da saúde.

Outro ponto de importante reflexão é a força de trabalho. Se mantida com as condições atuais, com carência de equipamentos de proteção individual, falta de isolamento para os trabalhadores de saúde, ambientes insalubres e sem as mínimas condições para o atendimento necessário que esta pandemia requer. Sim, são eles que estão na linha de frente de atendimento e quem mais tem risco a exposição ao vírus, podendo contaminar-se e até mesmo contaminar os seus familiares, e o maior padecimento é a perda da sua própria vida, reduzindo assim também o número de profissionais de saúde em todo o território nacional.

É importante pensarmos em um sistema de saúde pós-pandemia desde o momento atual, para que melhores medidas “profiláticas” possam ser tomadas.

Autor: Cristiano Caveião é enfermeiro, doutor em Enfermagem e coordenador da área da saúde do Centro Universitário Internacional Uninter.

Pesquisadores opinam sobre realização de testes rápidos para a Covid-19 em farmácias

COVID19 test for diagnosis new corona virus

Com a autorização da Anvisa para que as farmácias possam fazer o teste rápido de identificação da Covid-19, muitas discussões já foram estabelecidas sobre a eficácia do procedimento e se esses estabelecimentos têm condições de realiza-lo. Isso porque esse tipo de testagem não tem finalidade comprobatória, sendo, assim, apenas auxiliares no diagnóstico, já que podem conceder resultados falso-negativos no estágio inicial da doença (considerando os sete primeiros dias). Pesquisadores da área têm orientado a população sobre qual a melhor maneira de obter um diagnóstico mais preciso da doença.

Em geral, esse tipo de exame, chamado sorológico, é feito em minutos e usam uma pequena amostra de sangue, buscando os anticorpos que podem combater o vírus. Para o Biomédico e professor da Asces-Unita, Fabrício Andrade, ele deve ser considerado como uma das etapas do diagnóstico. “Caso o resultado seja reagente, a conduta é que seja feito um exame mais específico, neste caso o molecular, para dizer se a reação foi causada pelo Coronavírus ou não”, frisa.

De acordo com a professora do curso de Farmácia da Asces-Unita, Ana Catarina Simonetti Monteiro, o laboratório de análises clínicas permanece sendo a melhor opção. “Recomendo que a população priorize os Laboratórios de Análises Clínicas para a realização do teste confirmatório baseado na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), tanto pelo fato da técnica ser mais específica, em decorrência da amplificação do material genômico viral, como pelo tipo de amostra que é utilizada, nesses estabelecimentos, como o soro ou plasma, que nos concedem resultados mais fidedignos”, explicou.

Ela destaca, porém, que alguns requisitos devem ser observados para as farmácias e drogarias realizem o teste rápido. “Em casos de não atendimento e/ou não suprimento da demanda vigente, por parte dos laboratórios de Análises Clínicas, a população pode ser atendida pelas Farmácias e Drogarias, desde que as mesmas possuam licença sanitária, autorização de funcionamento, sigam às Boas Práticas Farmacêuticas, e possuam um Profissional Farmacêutico habilitado para a realização dos testes rápidos. Esse farmacêutico habilitado deverá garantir o registro e a rastreabilidade dos resultados, para posterior sinalização às autoridades de saúde, assim como delimitar o fluxo de pessoal nas áreas de espera e de pagamento nas Farmácias, a fim de que aglomerações sejam evitadas”, frisou.

Motoristas são detidos com 60 quilos de maconha em São Caetano

Dois motoristas de aplicativo, de 27 e 25 anos, e uma jovem, de 19 anos, foram detidos pelo transporte de 60,6 quilos de maconha, na madrugada desta terça-feira (5), na BR-232, no município de São Caetano, no Agreste de Pernambuco. O flagrante foi realizado durante uma ação de combate ao crime da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Policiais do Grupo de Patrulhamento Tático da PRF realizavam uma fiscalização no quilômetro 150 da rodovia, quando abordaram um carro ocupado por um casal. Visivelmente nervoso, o motorista informou que havia ido visitar um primo em Custódia, no Sertão de Pernambuco, e inclusive disse o nome desse parente.

Durante a abordagem, a equipe avistou outro carro que vinha atrás de um caminhão, aparentemente tentando se esconder da fiscalização. O veículo também foi parado e os policiais encontraram dois sacos com maconha na parte de trás do veículo e logo em seguida, mais quatro no porta-malas.

O motorista se identificou e a equipe viu que o nome dele era o mesmo do suposto primo informado pelo primeiro condutor. Nesse momento, os policiais perceberam que o primeiro carro estava dando cobertura ao transporte da droga, para informar sobre a fiscalização na rodovia.

Os homens admitiram que trabalhavam como motorista de aplicativo e haviam sido contratados para realizar o transporte da droga do Sertão até o Agreste do estado. A passageira disse que era namorada do primeiro condutor e que não sabia do entorpecente, mas estava com o dinheiro pago pelo transporte.

O trio foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. Eles podem responder por tráfico de drogas, que prevê pena de cinco a 15 anos de reclusão e multa.

Diario de Pernambuco

Pernambuco ainda não considera lockdown, mas estuda punir quem sair sem máscara

O Governo de Pernambuco não sinalizou iniciativas para um lockdown, bloqueio que representa a medida mais severa na pandemia, sem que exista apoio do governo federal. Em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (4), o secretário de saúde André Longo afirmou que a gestão estadual pediu ao Ministério de Saúde mais apoio para intensificar o isolamento, mas não teve nenhuma resposta até então. “Nós fizemos questão de pedir para que houvesse uma manifestação pública, mas infelizmente não temos uma unidade nacional que nos permita trabalhar para construir um lockdown”, disse Longo. Nesta segunda-feira (4), a SES-PE confirmou 220 novos casos e 39 óbitos da Covid-19 no estado, que totaliza 8863 casos já confirmados, sendo 5470 graves e 3393 leves.

Apesar de achar importante uma definição por parte do Ministério, o secretário ressaltou que Pernambuco também não vai ficar totalmente dependentes de uma posição federal. O estado solicitou, através de ofício, o apoio do Comando Militar do Nordeste (CMNE), um dos Comandos Militares do Exército Brasileiro, para intensificar medidas de isolamento. Como já foi divulgado no sábado, também o governo também enviou ofícios para o Ministério da Saúde e ao presidente da Caixa Econômica Federal – CEF, Pedro Duarte Guimarães, no último sábado (2). O estado se colocou à disposição da instituição a estrutura do Centro de Convenções e as escolas públicas de ensino da Região Metropolitana para serem utilizadas como locais de orientação sobre o auxílio emergencial do governo federal.

“Essas filas são muito preocupantes”, ressaltou Longo. “O ideal é que tivéssemos um local maior, mas para isso precisamos de várias mãos. Paulo Câmara realizou uma reunião com os demais poderes do estado sobre as necessidades de intensificação das medidas de isolamento. Estamos estudando como fazer esse processo para garantir que ele seja exitoso. É muito importante achatar a curva para que possamos chegar no pico com um número menor de casos”.

Máscaras
Mesmo sem considerar um lockdown, o governo estadual já começa a considerar a possibilidade de punições mais severas para aqueles que saírem de casa sem usar máscara. “Estamos estudando isso”, resumiu Longo. “Já vemos muita gente aderindo as máscaras nas ruas, atendendo as recomendações. É uma mudança de cultura. O próximo passo é tornar obrigatório, em especial para aqueles que estão saindo para acessar locais fechados. Vai ser o próximo passo”.

Jaílson Correia, secretário de Saúde do Recife, também participou da coletiva. Segundo ele, a capital de Pernambuco apresenta 4807 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Na segunda-feira, 21 óbitos foram confirmados na cidade. “Atualmente 454 leitos em operação, sendo 194 de UTI, todos construídos pela Prefeitura do Recife em uma semana. Ressaltamos que as pessoas usem o Atende em Casa, plataforma que pode ser acessada por qualquer pessoa que tenha acesso à internet”.

O secretário municipal aproveitou para ressaltar que “as medidas de isolamento estão funcionando”. “Se não fossem pelas medidas tomadas até aqui, os decretos e a adesão da população, a situação estaria muito pior. As medidas já salvaram milhares de vidas. O maior desafio atualmente é a aglomeração em filas”.

Ciro Pessoa, membro fundador dos Titãs, morre devido a complicações da Covid-19

Morreu na madrugada desta terça-feira (5) Ciro Pessoa, aos 62 anos. O músico lutava contra um câncer e acabou sendo contaminado pela Covid-19 no hospital, o que agravou seu estado de saúde. Membro fundador da banda Titãs, Ciro assina canções clássicas do rock nacional como Sonífera ilha e Homem primata.

Quem divulgou informações sobre a morte foi sua ex-mulher, Isabela Johansen. “Estava lutando contra o câncer e nas indas e vindas ao hospital, acabou contraindo Covid-19. Foi internado, mas infelizmente não resistiu”.

“O corpo será cremado e assim que essa fase chegar ao fim faremos um grande show em sua homenagem, pois é isso o que ele queria. Seguimos com força, união e sabedoria. Ciro encontrou sua Sonífera Ilha e deixou para nós um mar de alegria e amor. E, claro, o maior presente que eu poderia sonhar”, completou Isabela.

Branco Mello também se manifestou através de sua conta no Instagram, com uma mensagem de despedida fazendo referência a Sonífera ilha, composta por Ciro, Tony Bellotto e Marcelo Fromer. “Estou profundamente triste com a partida do meu irmão, músico, poeta e primeiro grande parceiro, Ciro Pessoa. Foi dele a ideia de reunir os amigos compositores no começo dos anos 80 pra fazermos uma banda de rock. E assim formamos os Titãs. Siga em paz, querido Ciro. Descansa meus olhos, sossega minha boca, me enche de luz.”.

Diario de Pernambuco

Japão amplia estado de emergência por coronavírus até 31 de maio

Japanese Prime Minister Shinzo Abe speaks during a press conference at the prime minister’s office in Tokyo on May 4, 2020. – Japan’s prime minister on May 4 extended a state of emergency over the coronavirus until the end of May, as the government warned it was too soon to lift restrictions. (Photo by Eugene Hoshiko / POOL / AFP)

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe prorrogou na segunda-feira (4) até o fim de maio o estado de emergência no país pela pandemia de coronavírus, depois que autoridades governamentais advertiram que era muito cedo para flexibilizar as restrições.

“Vou estender até 31 de maio o período do estado de emergência que declarei em 7 de abril. A área coberta inclui todos os municípios do país”, anunciou Abe após uma reunião para examinar a medida.

Em 7 de abril, o primeiro-ministro japonês instaurou o estado de emergência em Tóquio e seis regiões do país. Alguns dias depois, a medida foi ampliada para toda nação.

O estado de emergência no Japão é menos exigente que em alguns países da Europa e em algumas regiões dos Estados Unidos.

A medida permite ao governo estimular os habitantes a permanecer confinados e a fechar estabelecimentos comerciais.

Mas não permite que as autoridades adotem restrições à circulação de pessoas e não prevê nenhuma sanção.

O Japão, com 126 milhões de habitantes, registra desde o início da pandemia mais de 15.000 paciente da COVID-19, com 510 mortos.

As associações de médicos alertam que os hospitais podem entrar em colapso com o avanço da pandemia.

O número de leitos de UTI no Japão é de 6.500, cinco para cada 100.000 habitantes, menos da metade da taxa na Itália, afirmou a Sociedade Japonesa de Medicina Intensiva.

AFP