Pernambuco pode ter surto de dengue em 2020

Pernambuco pode enfrentar um surto de dengue em 2020. A informação é do coordenador-geral de Vigilância em Arboviroses do Ministério da Saúde, Rodrigo Said. Segundo o gestor, o sorotipo 2 deve causar mais preocupação em todos os estados nordestinos, neste ano, porque, até então, não houve uma circulação “significativa” deste tipo de vírus na região, nos últimos anos.

E os dados epidemiológicos coletados pela Secretaria de Saúde do Estado alertam para a importância da mobilização do poder público e da população no combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

No ano passado, gestores de saúde locais registraram mais 61 mil notificações de casos de dengue. Esse número representa um aumento de mais de 163%, em comparação com o ano anterior. No período, foram confirmados mais 20 mil casos.

Já em 2020, até a segunda semana de janeiro, foram 173 notificações e 14 casos confirmados de dengue.

O diretor do Departamento de Imunizações de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Júlio Croda, avalia que o risco de surto está relacionado, principalmente, ao fato da população estar mais “vulnerável” ao sorotipo 2.

“Esse sorotipo 2 já circulou no Brasil. Pessoas com idade mais avançada já possuem imunidade contra esse sorotipo que está circulando. E as pessoas que não eram nascidas ou que não circulam em regiões especificas não têm imunidade.”

Em Pernambuco, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) mostra que 34 municípios apresentam altos índices de infestação, ou seja, estão em situação de risco de surto para dengue, zika e chikungunya.

A VI Gerência Regional de Saúde, no interior do estado, é a que concentra o maior número de cidades em risco. São elas: Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Gravatá, Ibirajuba, Santa Cruz do Capibaribe, São Bento do Una, São Joaquim do Monte e Taquaritinga do Norte.

A Assessora Técnica da Gerência da Vigilância de Arboviroses da Secretaria de Saúde do Estado, Daniela Bandeira, revela que a falta de água no estado é um dos problemas que contribuem para a proliferação do Aedes, pois, segundo ela, como muitos municípios ficam muitos dias sem água, a população acaba fazendo armazenamento de maneira inadequada.

E para evitar uma possível epidemia, em 2020, a Secretaria de Saúde mantém o contato com as cidades para verificar as ações de controle e busca intensificar as campanhas de mobilização social e educação em saúde.

“Não podemos baixar a guarda de maneira nenhuma, nem para quem está em situação satisfatória e muito menos para os que estão em alerta ou risco. Agora, acompanhamos mais de perto as ações [de combate ao mosquito] nesses municípios em situação de risco.”

Se você tem alguma dúvida, deseja fazer alguma denúncia, a Secretaria Estadual de Saúde disponibiliza a ouvidoria do SUS pelo número 0800 286 2828 ou entrar em contato, diretamente, com as unidades de vigilância do seu município.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.

Como as empresas podem aumentar a segurança no uso do WhatsApp

Por Guilherme Araújo, Diretor de Serviços da Blockbit

Vivemos uma era em que a exigência por respostas rápidas é inquestionável. Não por acaso, pesquisas apontam que o WhatsApp é a terceira rede social mais usada no mundo, com mais de 1,5 bilhão de usuários – se considerarmos outros comunicadores instantâneos, veremos que nenhum outro tipo de aplicativo de mídia social é tão popular no planeta. Nesses tempos, portanto, os mensageiros on-line são um ativo de comunicação acima de qualquer disputa.

O problema, porém, é que estes Apps não estão imunes às ameaças e aos riscos do ambiente digital. Na verdade, podemos dizer que o WhatsApp – quando mal gerenciado – pode ser uma grande porta para ataques maliciosos voltados ao roubo ou sequestro de dados pessoais e das operações. De acordo com pesquisas do mercado, os aplicativos de conversas têm sido um dos principais alvos de tentativas de golpes e fraudes, com envios de links falsos e malwares.

Por isso mesmo, é essencial que as empresas tenham atenção ao uso dessas soluções, buscando práticas e recursos que, de fato, agreguem mais segurança à rotina de utilização de smartphones, computadores e redes. O objetivo deve ser sempre otimizar a experiência dos usuários, sem abrir mão do controle das atividades e da integridade das informações.

É importante que os líderes de negócios estejam atentos a este ponto, pois, hoje, a adoção de ferramentas de comunicação instantânea é uma ação muitas vezes negligenciada, vista como um sistema à parte da operação das empresas. Com a expansão das ações de BYOD (Traga seu próprio dispositivo, da tradução de Bring Your Own Device, em inglês) e a flexibilização dos ambientes de trabalho, é natural que os colaboradores usem seus smartphones, tablets e notebooks conectados à rede corporativa para acessar o WhatsApp e outros aplicativos pessoais.

Nesse cenário, vale destacar que estudos globais indicam que mais de dois terços dos dispositivos móveis em atividade não contam com soluções de segurança instaladas. Ou seja: eles podem ser muito mais facilmente invadidos ou clonados, gerando uma enorme chance de roubo de dados.

Outro ponto de atenção é que as redes de conversa também se transformaram em grandes fontes de informação. De acordo com relatórios especializados, mais de 80% dos brasileiros utilizam a plataforma de mensagens instantâneas do Facebook como uma forma de receber ou compartilhar notícias.

Isso abre espaço, entre outras coisas, para o avanço de fake news e, além disso, para fraudes e golpes de phishing. Assim como em nossas caixas de e-mail, somos cada vez mais bombardeados por promoções e links imperdíveis também nos mensageiros instantâneos. A diferença, nesse caso, é que esses links acabam chegando por meio de grupos e contatos conhecidos – o que implica dizer que é necessário que os usuários estejam sempre com a atenção redobrada para evitar acessos a sites falsos e maliciosos.

Evidentemente, esse não é o único risco associado ao uso do WhatsApp nas empresas. Existem dezenas de golpes circulando na Internet e no mundo real, com estratégias mais sofisticadas do que nunca. A questão, portanto, é: o que podemos fazer para mitigar essas ameaças?

A primeira resposta é trabalhar a cautela e o conhecimento dos usuários. As empresas podem melhorar os índices de segurança de dados, por exemplo, ao capacitar e qualificar seus colaboradores sobre as melhores práticas de proteção na Web – inclusive nos aplicativos de conversa. Não acessar links desconhecidos e checar bem a procedência das informações e contatos novos, por exemplo, são duas boas iniciativas.

Além da formação de uma cultura orientada à cibersegurança, no entanto, é necessário também investir no uso de tecnologia capaz de identificar brechas e prevenir os ataques, com filtros de conteúdo e firewalls que limitem o acesso de informações por meio de dispositivos não registrados ou por níveis de perfil dos colaboradores. Criar padrões de segurança específicos para a rede é vital.

Do mesmo modo, é muito válido indicar aos usuários o que eles podem fazer para aumentar a segurança do ambiente. Por exemplo: é aconselhável ativar as verificações por duplo fator nas contas, inclusive para registro de novos dispositivos. Isso evita que uma conta seja clonada e que os dados pessoais de clientes e dos próprios funcionários sejam expostos de maneira indevida.

Com a entrada da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) em vigor a partir de agosto deste ano, é vital que as companhias busquem mitigar ao máximo os riscos, identificando e corrigindo as vulnerabilidades existentes na operação. Isso exige, entre outras coisas, a análise dos procedimentos em relação aos pontos mais triviais do dia a dia, como a adoção do WhatsApp dentro da rotina dos negócios.

A transformação digital e a ascensão da Internet Móvel estão trazendo muitas vantagens às empresas. A comunicação instantânea, sem dúvida, é uma delas. Entretanto, é fundamental criar condições para que essas inovações sejam usadas para agregar valor para as operações, sem causar prejuízos desnecessários. O melhor da tecnologia deve ser usado de todas as formas, mas sempre com a segurança em primeiro plano. Resta saber quais empresas estarão preparadas para extrair o máximo da mobilidade e ao mesmo tempo criar um ambiente seguro e de alta performance.

Boa Vista: demanda por crédito do consumidor avança 1,2% em janeiro

A demanda por crédito do consumidor avançou 1,2% em janeiro na comparação com dezembro, já descontadas as influências sazonais, de acordo com dados nacionais da Boa Vista. Na comparação com janeiro de 2019, o indicador recuou 2,1%. Já no acumulado em 12 meses, houve avanço de 3,3%. Considerando os segmentos que compõem o indicador, o Financeiro apresentou elevação de 5,5% em 12 meses, enquanto o segmento Não Financeiro registrou aumento de 1,8% na mesma base de comparação.

A trajetória do indicador ao longo dos últimos meses mostra certa estabilidade do ritmo de crescimento da demanda por crédito, refletindo ainda o tímido crescimento da economia e o mercado de trabalho fragilizado por elevadas taxas de desocupação e subutilização da mão de obra.

Além da necessidade de um avanço no mercado de trabalho, a melhora na avaliação sobre a recuperação da economia e a redução do endividamento e comprometimento de renda são fatores importantes para diminuir a cautela dos consumidores, afetando, com isto, o movimento da demanda por crédito.

Após recuar em dezembro, em janeiro o indicador foi influenciado pelo segmento Não Financeiro e iniciou o ano com variação positiva, refletindo a manutenção do seu ritmo de crescimento. Para os próximos meses, portanto, uma melhora nas perspectivas sobre o consumo e a redução das taxas de juros podem favorecer a demanda por crédito.

Metodologia
O indicador de demanda por crédito do consumidor é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF à base de dados da Boa Vista por empresas. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

Diocese divulga programação de retiros de carnaval em Caruaru

Durante o carnaval muitas pessoas aproveitam para viajar, descansar e curtir as festas e blocos de rua. Para os católicos este pode ser um período para realizar uma boa preparação para a Quaresma. Em Caruaru, a Diocese divulga a programação promovida por algumas comunidades católicas, como oportunidade para quem quer aproveitar estes dias com momentos de louvor, adoração, confissão, missas e bastante oração. Confira a programação:

– *Retiro Manain *
Inicia neste sábado (22), a partir das 20h, na Escola Altair Porto, Cedro, Caruaru. O retiro segue até a quarta-feira de cinzas.
Aberto ao público. Será cobrado apenas a alimentação
Inscrições e informações: (81) 9.9389-7978

– Retiro Renascer – Shalom
De domingo a terça de carnaval, no Colégio Adélia Leal, bairro Petrópolis, Caruaru
Entrada gratuita. No local, terá lanchonete e alojamento.
Inscrições e informações: (81) 9.9745-8144

– Retiro Restauração
De 22 a 26 de fevereiro, no Centro de Evangelização Sagrada Família – Rua João Belmiro, s/n, Caruaru (na entrada de Agrestina)
Inscrições e informações: (81) 9.7322-1470

– *Retiro Discípulo Amado *
22 a 24 de fevereiro, no Colégio Santa Maria dos Anjos (Casa da Criança)
Valor: R$ 50
Link para inscrição: https://forms.gle/MSuh7nHdPQDug7WKA

Governo do Estado promove receptivo para argentinos

Exatamente no dia da abertura do Carnaval da capital pernambucana, nesta sexta-feira (21), a Azul Linhas Aéreas lança o seu novo voo, Recife-Buenos Aires. A aeronave da companhia, um A320neo, aterrissa no Aeroporto Internacional dos Guararapes às 23h40, e o Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, promove receptivo especial para os argentinos que vêm passar o feriado carnavalesco em Pernambuco.

A recepção contará com inauguração de pórtico da artista visual Joana Lira, que assina toda a identidade do projeto Bora Pernambucar. O pórtico, por onde passarão os visitantes, faz homenagem ao Recife. Monitores da Empetur também estarão no desembarque distribuindo tags de mala temáticos do Bora Pernambucar e material de divulgação do destino e das festividades de Momo no Estado.

“O Carnaval é um dos principais atrativos do turismo de Pernambuco e, cientes disso, as companhias aéreas têm trabalhado de maneira ampliada para atender o público que quer nos visitar. Estamos especialmente satisfeitos com este novo voo da Azul, que já se inicia com quatro frequências semanais, ligando o Estado a Buenos Aires. Os argentinos são o nosso principal público estrangeiro e esperamos que o novo voo ajude a consolidar ainda mais a presença deles em Pernambuco”, pontua o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.

Além do novo destino na Argentina, os pernambucanos passarão a contar, a partir de 4 de julho deste ano, com a primeira ligação direta via Azul do Recife para Montevidéu, no Uruguai, país que tem aumentado consideravelmente o interesse por Pernambuco.
O voo será operado aos sábados, também com as aeronaves A320neo. O destino já é atendido hoje pela Gol.

Caruaru Shopping e Centerplex com promoção imperdível para o Carnaval

Para quem não vai cair no frevo, o Caruaru Shopping e o Centerplex estão com uma promoção imperdível para este Carnaval, como parte do Black Folia. De 20 a 26 de fevereiro, os clientes poderão aproveitar preços especiais.

Dois ingressos para as sessões em 2D custarão R$ 12. Já duas entradas para sessões 2D MEGA Dolby Atmos sairão por R$ 14 (apenas nos cinemas que dispõem desta tecnologia). “Esses ingressos podem ser para dias, filmes e sessões diferentes, dentro da vigência promocional”, explicou o gerente de Marketing do centro de compras e convivência, Walace Carvalho.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Receita antecipa pagamento de lotes de restituição do Imposto de Renda

A partir deste ano a Receita Federal antecipará o pagamento dos lotes de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Tradicionalmente paga em sete lotes, de junho a dezembro, a restituição será paga em cinco lotes, do fim de maio ao fim de setembro.

Pelo cronograma anunciado hoje (19) pela Receita Federal, o primeiro lote será pago em 29 de maio. Os lotes seguintes serão pagos em 30 de junho, 31 de julho, 31 de agosto e 30 de setembro.

Também a partir deste ano, o próprio programa gerador da declaração do Imposto de Renda fornecerá a declaração pré-preenchida para os contribuintes com certificação digital. As informações da base de dados da Receita vão diretamente para o programa gerador, cabendo ao contribuinte apenas validar os dados e transmitir a declaração.

Em vigor desde 2014, a declaração pré-preenchida estava disponível no Centro de Atendimento Virtual (e-CAC) da Receita, e o contribuinte com certificação digital precisava gerar um arquivo, salvá-lo no computador e somente então o importar para o programa gerador.

Doações
Outra novidade é a realização de doações de até 3% do imposto devido a fundos controlados pelos conselhos municipais, estaduais e nacionais do idoso diretamente na declaração anual. Instituída pela Lei 13.797/2019, a novidade vale para declarações a partir de 2020. Até agora, as doações poderiam ser feitas no ano corrente, mas não diretamente na declaração, como ocorre com os fundos para os direitos da criança e do adolescente.

Por causa da perda de validade da lei que regulamentava o benefício, as contribuições dos patrões para a Previdência Social de empregados domésticos não poderão ser mais deduzidas. De 2006 até o ano passado, o contribuinte poderia abater R$ 1.251,07, correspondente à contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social dos trabalhadores domésticos correspondente ao salário mínimo.

A Receita também ampliou o prazo para o contribuinte agendar o débito automático da primeira cota ou cota única do imposto. Até agora, quem entregava a declaração até o fim de março tinha direito ao agendamento. A partir deste ano, a funcionalidade estará disponível para quem transmitir o documento até 10 de abril.

Obrigatoriedade
O prazo de entrega da declaração começará às 8h de 2 de março e irá até as 23h59min59s de 30 de abril.

A Receita Federal espera receber 32 milhões de declarações do Imposto de Renda. O programa gerador poderá ser baixado na página da Receita na internet a partir das 8h desta quinta-feira (20).

Deve entregar a declaração 2020 (ano-base 2019) o contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano passado, o equivalente a R$ 2.196,90 por mês, incluído o décimo terceiro. Também deve apresentar o documento quem teve receita bruta de atividade rural superior a R$ 142.798,50; contribuintes com rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte de mais de R$ 40 mil, e contribuintes com patrimônio de mais de R$ 300 mil em 31 de dezembro.

Também deve entregar a declaração quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos ou fez operações na bolsa de valores; quem passou à condição de residentes no Brasil em qualquer mês no ano passado e quem optou pela isenção de Imposto de Renda incidente sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais e comprou outro imóvel até 180 dias depois da venda.

Deduções
Exceto no caso das contribuições de empregadas domésticas e de fundos para direitos de idosos, os valores de deduções não mudaram em relação a 2019. O limite de abatimentos na declaração simplificada continuará em R$ 16.754,30. As deduções por dependente, em R$ 2,275,08. As deduções de gastos com educação, em R$ 3.561,30. As contribuições para a previdência complementar poderão totalizar até 12% do rendimento tributável.

Agência Brasil

ICMS sobre bares e restaurantes passa de 2,12% para 3,40%

14/06/2018. Credito: Gabriel Melo / Esp. DP- SUPERESPORTES / Pauta: Movimentacao nod bares e restaurantes no Recife Antigo no hora do primeiro jogo da copa Na foto:

Enquanto os setores buscam formas para retomar o crescimento em meio aos reflexos deixados pela crise econômica que o país atravessou, o aumento da base percentual de cálculo do ICMS em 60% nas refeições em bares e restaurantes promete refletir de forma negativa no segmento. O tributo passou de 2,12% para 3,40% pelo regime normal de apuração a partir de janeiro de 2020 e os reflexos devem ser sentidos no setor. A expectativa é que o peso da nova tributação acarrete em um menor potencial de investimento, de crescimento e de geração de emprego em renda em um setor estratégico para Pernambuco, que conta com um contingente de mais de 7 mil empresas e 250 mil trabalhadores.

O aumento na carga tributária nas refeições em bares e restaurantes promete pesar para o setor que já vem de uma alta de tributo. “A gente entende que o governo precisa, mas pagamos tributos muito altos. Não existe mais espaço para aumentar os impostos. Já teve a alta da carne e agora recebe outro. Fica muita pesada essa carga para a gente”, explica André Araújo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Pernambuco (Abrasel-PE). Ele se refere ao aumento no ICMS de cortes de carne bovina, suína e bifalina em abril de 2019, que passou de 2% para 6%.

André Araújo ressalta que existe um bom diálogo para negociação com o governo do estado e que desde 2018 a Abrasel vinha trabalhando para a renovação e manutenção da alíquota do ICMS em 2,12% sobre as refeições, uma forma de garantir uma sobrevida às empresas em um momento de dificuldade. “Com esse aumento, vai afetar a margem de lucro real das empresas e vai retrair os investimentos. E elas empregam muito, então vai acabar prolongando a retomada da geração de empregos”, afirma o presidente.

Para ele, o setor vê na Reforma Tributária uma solução para amenizar o impacto dos tributos nos negócios. “Estamos sentindo a necessidade dessa reforma e esperamos que ela venha o quanto antes para resolver esse problema porque a pauta no Congresso fala sobre a questão do ICMS. A classe empresarial está assoberbada de impostos e não consegue fazer investimentos, crescer e oferecer empregos”, pontua.

Por nota, a Secretaria da Fazenda de Pernambuco afirmou “que considerando o movimento de equalização de carga tributária, Pernambuco acompanhou a maioria das unidades fronteiriças adotando a menor carga tributária dos estados circunvizinhos correspondente à 3,4%”. Pelos dados apresentados pela Sefaz/PE, os estados aplicam as seguintes alíquotas: PB – 3,4%, AL-3,4%, CE – 3,7%, PI – 5%; SE – 5%; RN – 4%.

Diario de Pernambuco

Pernambuco cresce mais do que Brasil e Nordeste tem pior desempenho entre as regiões

Em tempo de retomada lenta e gradual do crescimento econômico no país, o Nordeste é onde ela ocorre de modo mais desacelerado (0,7%). Pernambuco, por sua vez, está mais próximo dos índices nacionais do que dos da região onde está inserido, crescendo, inclusive acima da média do Brasil.

Enquanto a performance brasileira no último trimestre foi de + 0,9%, a pernambucana alcançou os índices de 1,1%. A atividade econômica do estado acelerou no trimestre encerrado em novembro, alcançando, inclusive, a maior taxa de crescimento dos últimos cinco trimestres. A perspectiva, para 2020 é a repetição dos resultados positivos. Os dados são do Boletim Regional do Banco Central e significam uma prévia do PIB, a ser divulgado pelo IBGE em março. O documento analisa as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul e os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

O Índice de Atividade Econômica Regional – Nordeste (IBCR-NE) variou 0,2% no trimestre encerrado em novembro de 2019 em relação ao finalizado em agosto. Em doze meses o IBCR-NE registrou alta de 0,6%. De acordo com Túlio Maciel, chefe do departamento de desenvolvimento econômico (Depec) do Banco Central, durante 11 anos, a região cresceu mais do que a média nacional, mas os dois anos anteriores ilustram a reversão do quadro.

“Com a agregação de menos trabalhadores em postos de trabalho, a massa salarial cresce em ritmo mais lento que outras regiões e traz desdobramentos em toda a economia nordestina”, explica. O ritmo lento repercute a incipiente recuperação da produção industrial e o baixo dinamismo do mercado de trabalho, apesar da expansão das vendas do comércio ampliado, que cresceu 2,0% no mesmo período. O que, de acordo com os dados, está relacionado à liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à Black Friday.

Para Fábio Silva, analista do Depec em Recife, a queda da exportação também trouxe desdobramentos. “Segmentos químicos, de celulose e automóveis são grandes exportadores impactados pela queda da demanda externa. A Bahia, por exemplo, é o estado com maior peso da indústria, então sentiu as consequências”, explica. Entre 2010 e 2017, Bahia e Sergipe perderam espaço no PIB na região. Pernambuco e Piauí, por sua vez, ganharam.

Se a indústria foi protagonista no baixo desempenho do Nordeste, o contrário aconteceu em Pernambuco onde houve a retomada de derivados de petróleo e do setor químico – aliada a indicadores favoráveis da demanda por bens e serviços.

O IBCR-PE alcançou 1,3% no trimestre encerrado em novembro, após 0,1% no mesmo intervalo precedente. No comércio, também houve crescimento: 2% no trimestre, em relação ao finalizado em agosto, quando havia crescido 0,6%, na mesma base de comparação. Destaquem-se os resultados de móveis e eletrodoméstico (7,3%); combustíveis e lubrificantes (4,8%) e veículos e motocicletas (4,3%). Quanto à safra agrícola, a participação da cana-de-açúcar na economia do estado ainda é alta (30%).

Para 2020, a expectativa é de estabilidade/manutenção, embora o nível de produção esteja deslocando-se para Centro-Oeste e São Paulo. Sobre as exportações de automóveis do estado, apesar da queda em relação a Argentina, com a crise do país, Túlio conta que houve um direcionamento para outros países, como o México. “Vamos observar quanto à demanda do mercado doméstico, que está aquecido, com crédito de veículos crescendo a dois dígitos por ano, puxando vendas do setor e refletindo-se em todo o setor automobilístico”, afirma.

* Índice de atividade econômica do Banco Central:

Norte – 4,7%
Nordeste – 0,7%

Centro-Oeste: 2,5%

Sudeste – 2%
Sul – 2,1%.

*Nordeste por segmentos:

Indústria – – 3,1%. Declínio do setor químico, artefato e de veículos

Comércio – Caracteriza o declínio da recessão e a retomada da economia. No Nordeste, taxa mais baixa do que nas demais regiões (1,2%). O melhor desempenho foi do Norte, com 6,2%.

Serviços – desacelerou, acompanhando a indústria (-0,8%).

Pernambuco: Estrutura Econômica – participação das atividades econômicas no Valor Adicionado Bruto (dados de 2017):

Administração Pública é a maior do estado: 24,4%.

Indústria da Transformação: 13,2%, acima da do Brasil (12,4%). Em 2010, a participação, neste setor, de segmentos como veículos era de 0,3%. Atualmente, chega a 10,9%. A de derivados de petróleo e combustíveis, da mesma forma. Passou de 0,5% a 11,8%.

Quanto à fruticultura, para 2020, há a perspectiva de redução de safra de manga, mas ela é vinda de patamar alto com o aumento do dobro da produção há cinco ou seis anos. É uma queda de base alta.

Postos de trabalho – 8.200 menos demissões, sendo 5 mil só no setor de teleatendimento. Os motivos foram a revolução da tecnologia no segmento e à migração para outros estados.

Diario de Pernambuco

MEC abre processo para instituir cinco novos polos de inovação

O Ministério da Educação (MEC) abriu processo de seleção para o credenciamento de cinco novos polos de inovação. A expansão servirá para contribuir na formação de alunos de educação profissional e tecnológica e é fruto da parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

As instituições da Rede Federal vão poder apresentar propostas até 27 de março no site da Embrapii. O resultado do processo de seleção está previsto para 10 de julho.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, Ariosto Culau, destacou que a implementação dos polos é uma das entregas previstas pelo programa Novos Caminhos, lançado em outubro de 2019. “Estamos começando o ano já materializando metas e desenvolvendo o eixo de empreendedorismo e inovação para estruturar e trazer referenciais bem-sucedidos”, disse.

As entidades selecionadas serão credenciadas para se tornar polos de inovação e poderão solicitar até R$ 3 milhões, ao longo de três anos, para prospectar e executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em parceria com empresas industriais. “O desafio é possibilitar a interação entre empresas e instituições de pesquisa, com um modelo ágil e flexível”, afirmou o presidente da Embrapii, Jorge Guimarães.

Polos de inovação – Os polos de inovação têm o objetivo de promover o aumento da competitividade e da produtividade da economia nacional, por meio do desenvolvimento da pesquisa aplicada e da qualificação de recursos humanos para ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Esses polos são voltados ao desenvolvimento de pesquisas avançadas que atendem demandas reais do setor produtivo, construindo uma ponte entre a academia e o mercado. São constituídos a partir de competências tecnológicas específicas dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) do Ministério da Educação (MEC).

O desenvolvimento de produtos e serviços para a indústria já é uma realidade para cerca de 500 estudantes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica que participam de 131 projetos em parceria com 114 empresas em nove polos de inovação.