Inadimplência do consumidor cai 1% em agosto, segundo a Boa Vista

A inadimplência do consumidor recuou 1% em agosto na comparação com julho, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com dados nacionais da Boa Vista. Em relação a agosto do ano passado, o indicador avançou 1,3%. Com isto, ele acumula queda de 4% no ano e 3,2% no acumulado 12 meses (setembro de 2018 até agosto de 2019 frente aos 12 meses anteriores).

Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, todas as regiões ainda registram queda: Centro-Oeste (-4,6%), Norte (-2,6%), Nordeste (-3,1%), Sul (-6,7%) e Sudeste (-2,2%). Na comparação mensal, todas as regiões também apresentaram queda.

A queda da inadimplência observada desde o final de 2016 pode ser explicada pela maior cautela das famílias, pela capacidade de endividamento dos consumidores ainda limitada pelo fraco crescimento da renda e pelo efeito defasado da maior seletividade dos bancos no período mais agudo da crise.

Com isto, a inadimplência dos consumidores atingiu um patamar historicamente baixo, o que proporcionou a redução dos juros e motivou o aumento das concessões a partir de 2017.

Os economistas da Boa Vista têm alertado que o elevado nível de desocupação e subutilização da mão-de-obra, somado à lenta recuperação da renda, aumenta o risco de que a expansão recente dos empréstimos resulte em maior inadimplência.

Por enquanto, ao menos, porém, o indicador de registros segue oscilando nas variações mensais. Após a queda de junho e alta em julho, o indicador voltou a recuar em agosto. A queda no acumulado em 12 meses, por sua vez, permaneceu praticamente igual ao resultado de julho.

A liberação dos recursos do FGTS é uma boa notícia para o mercado de crédito, já que pode aliviar a situação financeira de muitas famílias. De qualquer forma, uma retomada mais vigorosa e generalizada do crédito aos consumidores, sem aumento dos riscos, segue condicionada à evolução do mercado de trabalho e do endividamento das famílias.

SES-PE oferta testagem de IST em Caruaru

O Governo de Pernambuco tem percorrido o Estado com a 4ª edição do Seminário Todos por Pernambuco. Além das ações de escuta e planejamento conjunto com a população, o evento também tem contado com atividades de prevenção e diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis (IST), por meio do projeto Prevenção para Tod@s. Nesta sexta-feira (06.09), das 9h às 14h, o ônibus da iniciativa estará na EREM Professor Lisboa (R. Lagoa do Ouro, 1, Jardim Boa Vista), na edição do Todos por Pernambuco em Caruaru, ofertando testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites B e C. A capacidade é acolher 100 pessoas.

O atendimento para a testagem rápida dura, em média, 30 minutos. O tempo é necessário para que sejam feitos os testes, haja o aconselhamento e sejam entregues os resultados. Em caso positivo de HIV, o paciente já sai referenciado para fazer o tratamento em uma unidade especializada. Já em relação à sífilis e hepatites, o paciente é encaminhado para realizar um segundo exame confirmatório. Importante ressaltar que todo o processo garante o sigilo do atendimento.

“No último mês de julho, percorremos todas as regiões do Estado ofertando testagem rápida das IST e capacitando os profissionais de saúde sobre o assunto. Estamos trabalhando fortemente para ampliar a oferta dos testes na rede de saúde e para que a população saiba da existência do exame, que é gratuito e pode diagnosticar precocemente o HIV, a sífilis e as hepatites B e C, possibilitando o tratamento, também gratuito, em tempo oportuno”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Além dos testes, serão entregues camisinhas e saches de gel lubrificante para a população. O projeto Prevenção para Tod@s é uma parceria da SES-PE com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Nesta semana, além de Caruaru, a iniciativa esteve no Recife e em Garanhuns.

Moradores do Sítio Barrinhos recebem ação socioassistencial em Caruaru

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru (SDSDH), através da Gerencia de Proteção Básica, realizou uma ação de impacto social no Sítio Barrinhos, Zona Rural de Caruaru, com diversos serviços da rede socioassistencial e intersetorial de Caruaru. O evento conhecido por “Prefeitura Junto com Você” aconteceu na terça-feira (03), no Centro Social Mãe Morena, onde os moradores puderam aproveitar os atendimentos de orientação: jurídica da ASCES/UNITA através do Escritório de Práticas Jurídicas (EPJ); violência contra a mulher (Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru); saúde bucal (Secretaria de Saúde); Carteira do Idoso; ID Jovem; Bolsa Família, além de emissão de Registro de Casamento Civil, primeira e segunda via de Certidão de Nascimento, entre outros.

O Ônibus de Qualificação Profissional do Programa Bolsa Família foi reativado e levado para a comunidade, onde passará cerca de um mês promovendo um curso de corte e costura para os moradores cadastrados. A ação agradou a população que pode aproveitar os atendimentos e atualizar o cadastro do Bolsa Família. “Eu achei muito boa essa ação aqui na zona rural. Aproveitei para fazer um monte de coisa. E o ônibus do Bolsa Família também foi excelente, eu nunca tinha visto isso por aqui”, destacou Maria Salete da Silva, que levou a filha Edjailma da Silva para fazer o recadastramento do Bolsa Família. “Eu moro no Juá, mas ficou perto para mim vir até o Sítio Barrinhos. Aqui foi mais rápido, pertinho de casa, deu para dar um intervalo no trabalho para vir resolver minha pendência”, enfatizou Edjailma.

Manuela Marinho empossa novos diretores da Compesa

A presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Manuela Marinho, empossou a nova diretoria da empresa, na quarta-feira (4), para o biênio 2019 a 2021. Dos sete diretores da companhia, cinco são “pratas da casa” – do quadro de carreira da estatal. A escolha dos diretores foi motivada pelo sentimento de valorização dos profissionais de carreira, da meritocracia e do talento dos compesianos, decisão que foi apoiada pelo governador Paulo Câmara, conforme explicou a presidente da Compesa, durante a solenidade de posse, que ocorreu na sede administrativa da empresa, no bairro de Santo Amaro. “Essa valorização dos compesianos na alta gestão da empresa foi iniciada na administração do ex-governador Eduardo Campos e segue com o atual governador, priorizando as qualificações técnicas dos escolhidos”, ressaltou a presidente.

O engenheiro civil Flávio Coutinho assumiu a Diretoria de Novos Negócios, em substituição ao engenheiro civil Ricardo Barretto, que passará a comandar a Diretoria de Gestão Corporativa. O economista Carlos Júnior trocou de lugar, deixou a Diretoria de Gestão Corporativa para atuar na Diretoria de Mercado e Atendimento. A engenheira civil Nyadja Menezes estreia como diretora Regional Metropolitana e o diretor Técnico e de Engenharia, o engenheiro civil Rômulo Aurélio Souza permanece no cargo, assim como a administradora Camila Godoy que continua à frente da Diretoria de Articulação e Meio Ambiente. A Diretoria Regional do Interior volta a ser gerenciada pelo engenheiro civil Marconi de Azevedo. Dos sete empossados, apenas Carlos Júnior e Camila Godoy não são do quadro efetivo da Compesa.

Ainda durante a posse, Manuela Marinho conclamou a nova diretoria a focar na satisfação do cliente, que é a razão de ser da empresa, a partir da melhoria da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Estado. “Todas as nossas ações, em qualquer área de atuação, precisam ser focadas no melhor atendimento aos mais de sete milhões de pernambucanos que têm os serviços da Compesa no seu cotidiano”, reforçou a presidente da Compesa. Em nome da nova diretoria, o diretor Regional do Interior, Marconi de Azevedo, também compartilhou do sentimento de Manuela Marinho, afirmando que todos os gestores estão conscientes do desafio e responsabilidade para atender bem o cliente. “A gestão da Compesa hoje é referência para muitas empresas do setor de saneamento e continuaremos buscando, cada vez mais, a excelência na prestação dos nossos serviços, ressaltando que o cliente é quem, de fato, manda na empresa”, complementou Azevedo.

“Cortes de Bolsonaro no orçamento desmontam programas sociais”, denuncia Humberto

Brasília – DF, 03/09/2019. Senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, durante discurso no plenário do Senado. Foto: Roberto Stuckert Filho

A redução da projeção orçamentária de programas sociais e de combate à desigualdade pelo governo Jair Bolsonaro pode levar o país a um colapso social. A avaliação é do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). O senador considera gravíssima a decisão do governo de cortar recursos de projetos como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e avalia que a medida pode impactar negativamente a economia brasileira, que este ano deve ter um crescimento menor do que 1%.

“O Brasil tem hoje 12,6 milhões de brasileiros desempregados. Destes, 3,3 milhões procuram emprego há pelo menos dois anos e até agora Bolsonaro não apresentou nenhum projeto para resolver o problema. Pelo contrário, o que vemos é o governo seguir com sua agenda de destruição, atingindo especialmente a população mais vulnerável, retirando das pessoas o direito de sobreviver com o mínimo de dignidade, levando milhares ao desamparo e à miséria”, afirmou o senador.

Maior programa de distribuição de renda do país, o Bolsa Família é um dos alvos do governo. Para o ano que vem, há atendimento projetado para 13,2 milhões de pessoas, excluindo cerca 600 mil pessoas que hoje são beneficiadas pelo programa. Além disso, o governo se quer considerou a inflação deste ano e destinou os mesmos R$ 30 bilhões deste ano para o orçamento do ano que vem.

Corte maior teve o Minha Casa, Minha Vida, que, sob o comando de Bolsonaro, terá a menor previsão orçamentária da história com apenas R$ 2,7 bilhões para 2020. De 2009 a 2018, a média destinada ao programa habitacional era de R$ 11,3 bilhões por ano. Outro programa que será impactado pela tesourada do governo é o Fies, criado para estimular o acesso da população de baixa renda ao ensino superior, que teve os seus recursos reduzidos de R$ 13,8 bilhões para R$ 10,2 bilhões na proposta de orçamento do ano que vem.

“Corremos o risco de viver um grande colapso social. O Brasil é um dos países que mais concentra renda no mundo e, desde que Bolsonaro assumiu, esse abismo social vem crescendo a níveis absurdos. Esses cortes em programas sociais podem ampliar ainda mais as desigualdades, criando uma tensão social enorme e gerando um impacto negativo também para a nossa já deteriorada economia”, analisou o senador.

Ex-prefeita de Agrestina tem todas suas contas aprovadas pelo TCE

A ex-prefeita de Agrestina, Carmen Miriam (PSB), teve suas contas do seu último ano de gestão à frente do município aprovadas pelo Tribunal de Contas de Pernambuco na quarta-feira (04). Com essa aprovação, a líder política soma quatro aprovações em quatro anos de governo: anos de 2009, 2010, 2011 e 2012.

“Eu sou muito grata ao povo de Agrestina pela oportunidade de ter sido prefeita, e mais ainda fico feliz de ter honrado o nome de todos os agrestinenses, pois é dever de qualquer gestor público zelar pelo nome e pelo povo da sua cidade”, ressalta Carmen Miriam. A ex-prefeita afirma ainda que esta notícia pelo menos abrandará as diversas notícias de corrupção que envolve o nome de Agrestina.

Ministério confirma 2.753 casos de sarampo, 98% em São Paulo

Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

O Ministério da Saúde informou hoje (4) que, de 9 de junho até 31 de agosto, 2.753 casos de sarampo foram confirmados no país. No período, houve quatro óbitos, em decorrência da complicação do quadro de saúde dos pacientes, três em São Paulo e um em Pernambuco.

Conforme destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, três dos mortos tinham menos de 1 ano de idade.

Com relação ao boletim divulgado na quarta-feira (28), houve aumento de 18% no número de pessoas infectadas. Segundo o Ministério da Saúde, o número se deve à confirmação clínica de casos que estavam em investigação.

Ao todo, a pasta recebeu a notificação de 20.292 suspeitas da doença, das quais 2.109 foram descartadas. O restante ainda está sob investigação. Os casos confirmados estão concentrados em 13 estados, sendo a maioria, 98,37%, no estado de São Paulo (2.708), seguido do Rio Janeiro (15), Pernambuco (12), Distrito Federal (3), Goiás (1), Paraná (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Bahia (1), Sergipe (1), Santa Catarina (7) e Piauí (1).

Vacinação
Como prioridade, o governo federal estabeleceu a vacinação de todas as crianças com idade entre 6 meses e 11 meses e 29 dias, grupo em que a doença pode, facilmente, se tornar letal. Nesse caso, é aplicada a chamada dose zero.

Outra recomendação é que, ao completar 1 ano de idade, as crianças recebam a primeira dose. A segunda dose, a última a ser tomada por toda a vida, é aplicada aos 15 meses de idade.

Oliveira avalia que há, atualmente, uma “tendência de estabilização no número de casos”. “Nós estamos acompanhando [os casos] semanalmente. Se não tivermos outros surtos, em outros locais, se essa estabilidade permanecer, vamos conseguir interromper as cadeias de transmissão. Temos que manter os municípios e os estados sem novos casos por 90 dias, pelo menos. Ainda é cedo para afirmar que tem uma queda. Há apenas uma tendência de queda baseada no perfil de positividade dos casos”, afirmou a jornalistas.

Segundo o secretário, uma estimativa calculada em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) indica que 39,9 milhões de brasileiros estão desprotegidos contra o sarampo, por não terem tomado nenhuma dose da vacina. Para mensurar a faixa da população sem cobertura vacinal, o estudo analisou informações que compreendem o intervalo de 1994 a julho de 2019.

Durante a entrevista à imprensa, Oliveira informou que, na semana passada, o governo obteve 17,8 milhões de doses da vacina contra sarampo. Ele ressaltou que, no mercado internacional, quatro laboratórios produzem o imunizante e que, no Brasil, existe apenas um fornecedor, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Sobre a doença
Causado por um vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre por via aérea, ou seja, quando a pessoa infectada tosse, fala ou respira próximo de outras pessoas.

Mesmo quando o paciente não vai a óbito, há possibilidade de a infecção ocasionar sequelas irreversíveis. Quando a doença ocorre na infância, o doente pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente.

Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza (nariz escorrendo ou entupido) e mal-estar intenso. Quando o quadro completa de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas do paciente.

A prevenção ao sarampo, feita por meio da vacinação, é fundamental, já que não há tratamento para a doença. O tipo da vacina varia conforme a idade da pessoa que irá tomá-la e a situação epidemiológica da região onde vive, ou seja, é necessário levar em conta a incidência da doença no local. Quando há um surto, por exemplo, a dose aplicada pode ser do tipo dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola.

Há, ainda, as variedades tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela, mais conhecida como catapora). As vacinas estão disponíveis em unidades públicas e privadas de vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece doses gratuitamente, em mais de 36 mil salas de vacinação, localizadas em postos de saúde de todo o Brasil.

O governo brasileiro recomenda que pessoas na faixa entre 12 meses e 29 anos de idade recebam duas doses da vacina. Para a população com idade entre 30 a 49 anos, a indicação é de uma dose.

Recentemente, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença. Na semana passada, passaram a apresentar semelhante condição quatro países da Europa: Reino Unido, Grécia, República Tcheca e Albânia. De acordo com o Ministério da Saúde, no primeiro semestre deste ano, Cazaquistão, Geórgia, Rússia e Ucrânia concentraram 78% dos casos registrados na Europa.

Agência Brasil

Aprovado projeto de Fernando Rodolfo que proíbe a venda de cigarro perto de escolas

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou hoje (quarta, 4) projeto de lei do deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE) que proíbe a venda de cigarros e de outros derivados do tabaco, como charutos e fumo de cachimbo, num raio de 100 metros de toda e qualquer instituição de ensino, incluindo universidades. O PL 1844/2019 irá agora à votação da Comissão de Desenvolvimento Econômico e, depois,.à Comissão de Justiça, para em seguida ser votado no plenário.

Relatado pelo deputado Ricardo Barros (PR-PR) e elogiado na sessão porsetedeputados, o projeto de lei estabelece que os estabelecimentos comerciais que descumprirem a determinação poderão ser advertidos, multados, interditados por até três dias ou ter cassada a licença de funcionamento por até dois anos, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

Estabelece também que a advertência, por meio de notificação, fixará prazo de dois dias para regularização. Sea advertência não for obedecida incorre em multa de R$ 1 mil. A multa sobe para R$ 3 mil se houver reincidência – cometer a infração no período de três meses. Haverá cassação de autorização de funcionamento do comércio se forem cometidas quatro infrações por ano.

Para o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), a iniciativa de Fernando Rodolfo“é fundamental para reforçar a política de combate ao tabagismo no país”. Já os deputados Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) e Flordelis (PSD-RJ)declararam ver no projeto um fator de inibição ao consumo da maconha, já que, segundo eles, os jovens que consomem maconha se iniciam no cigarro.

Elogiaram também a proposta os deputados Antônio Brito (PSD-BA), Enéias Reis (PSL-MG), Miguel Lombardi (PL-SP) e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ).

Doença crônica–Fernando Rodolfo justifica o projeto com o argumento de que o tabagismo é classificado como doença crônica pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Lembra que o cigarro pode causar mais de 50 diferentes doenças, desde problemas cardiovasculares e respiratórios ao câncer.

“A comercialização de cigarro e outros derivados do tabaco nas proximidades das instituições de ensino facilita o acesso de crianças e adolescentes a essas substâncias maléficas. É dever do Estado preservar a saúde, a dignidade e a educação da criança e do adolescente”, assinala a justificativa do deputado pernambucano.

Moro silencia sobre fala de Bolsonaro e abandona entrevista após três minutos

O ministro da Justiça, Sergio Moro, silenciou sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação à Polícia Federal. O ex-juiz federal ficou apenas três minutos em um evento marcado pela pasta nesta quarta-feira (4) e foi embora sem responder a perguntas.

O ministério convocou a imprensa para uma entrevista sobre a terceira fase de uma operação de combate à pedofilia, deflagrada nesta manhã (4). A presença de Moro estava confirmada, ao lado de secretários e diretores da pasta.

O ministro fez o discurso de abertura da entrevista, falou por cerca de dois minutos e meio e disse que teria de ir embora para um outro compromisso. A reportagem perguntou a Moro, enquanto ele se retirava da sala do ministério da Justiça, sobre a troca de comando da PF. Ele não respondeu, acenando com a mão, dando tchau.

Um dia antes, à Folha de S.Paulo, Bolsonaro afirmou que o comando da Polícia Federal precisa dar uma “arejada” e chamou de “babaquice” a reação de integrantes da corporação às declarações dele sobre trocas em superintendências e na diretoria-geral.

Bolsonaro disse ainda que já teve uma conversa com Moro sobre uma possível mudança na direção da PF, subordinada ao ministro da Justiça. “Está tudo acertado com o Moro, ele pode trocar [o diretor-geral, Maurício Valeixo] quando quiser.”

A assessoria do Ministério da Justiça não soube informar para qual compromisso o ministro foi ao deixar a entrevista. Em sua agenda disponível no site, havia uma reunião com a desembargadora Rosane Portella Wolff, às 11h. O evento com a imprensa começou às 10h35.

Desde o início da crise com a PF, o ministro falou sobre o assunto apenas em uma entrevista apara a GloboNews. “Veja, como eu tenho as várias funções aqui do Ministério da Justiça, as coisas eventualmente podem mudar, mas ele está no cargo, permanece no cargo, tem a minha confiança”, disse, em 28 de agosto.

Em compromissos do ministério, Moro tem marcado eventos sem contato direto com a imprensa, fazendo apenas pronunciamentos. A agenda desta quarta, porém, foi o primeira convocada no formato de entrevista coletiva, que pressupõe a dinâmica de perguntas e respostas.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o silêncio do ministro da diante dos sucessivos movimentos de interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal causou estranheza na cúpula do órgão.

No primeiro episódio da crise, Bolsonaro atropelou a PF e anunciou uma troca na superintendência do Rio, sugerindo inclusive um nome para a mudança. Depois, o presidente colocou em xeque a permanência do diretor-geral, Maurício Valeixo, à frente do órgão. À Folha, nesta quarta, Bolsonaro manteve o tom e reafirmou a necessidade de mudança na PF.

Entenda o caso
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Em julho, Bolsonaro anunciou que Ricardo Saadi seria substituído por Alexandre Silva Saraiva na Superintendência da PF no RJ. A direção da PF, contudo, havia escolhido Carlos Henrique Oliveira Sousa, da Superintendência de PE

Interferência
O anúncio foi malvisto pela corporação como uma interferência do presidente em assunto interno

Quem manda
Em meio a tensões, Bolsonaro alfinetou o ministro Sergio Moro (Justiça)e afirmou que se não puder trocar um superintendente do órgão, pode mudar o diretor-geral

Adiamento
Com a crise, a direção da PF decidiu paralisar temporariamente o processo de indicação do novo superintendente no RJ

Folhapress

Bolsonaro desdenha de pesquisa que aponta rejeição de Eduardo à embaixada

O presidente Jair Bolsonaro desdenhou da recente pesquisa Datafolha divulgada, nesta quarta-feira (4), que aponta uma reprovação de 70% dos brasileiros à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à embaixada brasileira nos Estados Unidos, em Washington. Irônico, disse que, pelo instituto, ele não teria sido eleito presidente, e chamou a empresa de “Datafake”.

De acordo com a pesquisa, apenas 23% consideram acertada a decisão de Bolsonaro em indicar o próprio filho à embaixada. “Datafolha? Pelo Datafolha eu não sou presidente. Ou sou eu que acredito mais em mula sem cabeça, saci pererê e papai noel do que o Datafolha? Olha, não tem mais graça em falar de Datafolha. Datafolha não, ‘Datafake’”, respondeu.

A primeira vez em que Bolsonaro confirmou o desejo em indicar Eduardo à embaixada foi em julho. No início de agosto, os Estados Unidos concederam o chamado agrément, espécie de autorização diplomática que, na prática, deu aval para que o governo iniciasse o processo constitucional.

Para que Eduardo seja o embaixador, Bolsonaro precisa assinar uma mensagem, instrumento que é encaminhado ao Senado, casa responsável por chancelar a escolha do presidente da República. O indicado é sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Casa e, depois, pelo Plenário. Havendo a aprovação da maioria, o nome sugerido ocupa a embaixada.

Correio Braziliense