Mina em Maceió: Lira pede edição de MP para recursos à capital

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta (1º), que solicitou aos órgãos responsáveis a viabilização de recursos e a edição de medida provisória para proporcionar à Prefeitura de Maceió condições de atendimento “aos moradores mais necessitados”, diante do risco de colapso em uma mina da Braskem na capital alagoana.

Nas redes, Lira definiu a conjuntura em Maceió como uma “grave crise ambiental, humana e estrutural”. Dessa forma necessita de “amparo urgente” por parte do governo federal.

Em outra publicação, o deputado alegou ter entrado em contato com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, solicitando o acompanhamento das “graves consequências geradas pela exploração das minas pela Braskem, em Maceió” por parte da Defesa Civil.

“Precisamos estar todos unidos nesse momento e buscar todos os meios para evitar danos maiores. Maceió e sua população sempre vêm em primeiro lugar, e estarei sempre ao lado deles”, escreveu Lira no X (antigo Twitter).

Outro pedido

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) também alega ter enviado um pedido a Alckimin , que o governo federal faça um aporte financeiro emergencial para o município. Cunha disse que não há nesse aporte valor ou formato definidos e que tem como objetivo é solucionar o déficit habitacional calculado de 20 mil pessoas na região afetada pela crise.

Cunha ainda declara que o repasse aos moradores atingidos pode ser aos moldes de um auxílio emergencial. No entanto, o senador frisa que o intuito não é remover a responsabilidade da Braskem no caso.

Colapso iminente

A Defesa Civil alagoana emitiu um alerta para a instabilidade em uma das minas da Braskem e aponta que o risco de colapso é iminente. O Hospital Sanatório, no bairro Pinheiro, que é vizinho ao Mutange, um dos cinco bairros afetados, foi evacuado na noite desta quarta (29) pelo risco de afundamento de terra de uma destas minas de extração de sal-gema.

O órgão em nota publicada nesta sexta-feira (1º/12), afirmou que o solo ao redor da mina 18 da Braskem, que está em risco de colapso eminente, está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora. Ainda de acordo com a nota, o deslocamento vertical acumulado na área afetada é de 1,42m. “A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo, análises sísmicas”, ressaltou a Defesa Civil.

O bairro Mutange foi esvaziado, porém cerca de 23 residências permanecem ocupadas, pois a população não teria sido incluída na lista de indenizações e, assim, se recusa a deixar suas casas.

Em nota, a empresa admite que os tremores e afundamento de solo foram causados pela atividade: “A Braskem informa que, em decorrência do registro de microssismos e movimentações de solo atípicas pelo sistema de monitoramento, paralisou suas atividades na Área de Resguardo. Tais registros estão concentrados em um local específico, dentro das áreas de serviço da companhia, nas proximidades da Av. Major Cícero de Goes Monteiro”.

“A área, que já estava com algumas atividades paralisadas para evitar interferência na coleta de dados, foi isolada preventivamente e em cumprimento às ações definidas nos protocolos da companhia e da Defesa Civil. Essa é uma medida preventiva enquanto se aprofunda a compreensão da ocorrência. A Braskem segue acompanhando de forma ininterrupta os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil Municipal”, finaliza o comunicado.

Palmeiras vence e coloca mão na taça do Campeonato Brasileiro

O Palmeiras derrotou o Fluminense por 1 a 0, neste domingo (3) no Allianz Parque, para colocar uma mão no troféu do Campeonato Brasileiro. Com esta vitória o Verdão chegou aos 69 pontos, abrindo uma vantagem de três para seus adversários mais próximos quando falta apenas uma rodada para o final da competição.

Após este triunfo a equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira é campeão até mesmo com um empate na rodada final do Brasileirão. Até mesmo em caso de derrota para o Cruzeiro no Mineirão dificilmente o Palmeiras perde a conquista, pois tem um saldo de gols muito maior do que os de seus últimos perseguidores (oito para o Atlético-MG e 16 para o Flamengo), que têm a possibilidade de igualar o número de pontos e de vitórias.

Diante de um Fluminense que entrou em campo com uma equipe alternativa, para poupar jogadores para o Mundial de Clubes, cujo início se aproxima, o Verdão não encontrou grandes dificuldades para chegar à vitória. Aos 29 minutos Zé Rafael tocou para Breno Lopes, que invadiu a área em velocidade antes de bater na saída do goleiro Fábio.

A missão da equipe de Abel Ferreira ficou mais simples no início da etapa final, quando o jovem lateral Justen foi expulso, logo aos dois minutos, após entrada dura em Piquerez. Com o revés o Fluminense ficou estacionado na 7ª posição com 56 pontos.

Flamengo vivo
Uma das equipes que ainda têm pequenas chances de ser campeão é o Flamengo, que bateu o Cuiabá por 2 a 1 no estádio do Maracanã. O Rubro-Negro abriu uma vantagem de dois gols no primeiro tempo graças a Luiz Araújo e Pedro, enquanto Clayson marcou o gol de honra do Dourado.

Tropeço do Botafogo
Quem ficou sem chance alguma de buscar o título foi o Botafogo, que mesmo jogando no estádio Nilton Santos empatou sem gols com o Cruzeiro. Com o resultado a Raposa não corre mais riscos de cair para a Série B do Brasileiro.

Outros resultados:
Bragantino 1 x 0 Coritiba
Grêmio 1 x 0 Vasco
Athletico-PR 3 x 0 Santos
Fortaleza 1 x 0 Goiás
América-MG 3 x 2 Bahia

“Se não tiver acordo, paciência”, diz Lula, sobre Mercosul e UE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (3), que caso não haja o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), não foi por falta de vontade dos sul-americanos, mas por protecionismo dos europeus. Ontem (2), Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, na tentativa de avançar com a negociação.

Nos últimos dias, o presidente brasileiro esteve em visita ao Oriente Médio e, hoje, conversou com jornalistas antes de deixar Dubai, nos Emirados Árabes, a caminho de Berlim, na Alemanha, onde tem compromissos da agenda bilateral. A Alemanha é um dos países que defende o acordo Mercosul-UE.

“Se não tiver acordo, paciência, não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul. Assuma a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer uma acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão, é sempre ganhar mais e nós não somos mais colonizados, nós somos independentes, nós queremos ser tratados apenas com o respeito de países independentes que temos coisas pra vender, e as coisas que temos têm preço. O que queremos é um certo equilíbrio”, disse Lula.

O presidente francês é contra o acordo Mercosul-UE, dizendo ser “incoerente” e “mal remendado”. “[O acordo] não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado e que desfaz tarifas”, afirmou Macron, neste sábado.

Já segundo Lula, a França é protecionista sobre seus interesses agrícolas. Além disso, o presidente brasileiro defende alterações em pontos do acordo de livre comércio sobre licitações de compras governamentais, pois, para ele, é uma política indutora do desenvolvimento da indústria nacional e oportunidade para pequenas e médias empresas.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

“Se não tiver acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa. Agora, o que a gente não vai fazer é um acordo para tomar prejuízo”, completou Lula.

Marina Silva está na lista das 25 mulheres mais influentes do mundo

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está na lista das 25 mulheres mais influentes do mundo, feita pela revista Mulheres do Ano, publicada pelo jornal britânico Financial Times (FT). Marina já tinha sido eleita uma das 100 lideranças climáticas mais influentes do mundo pela revista americana TIME.

A lista reúne as figuras femininas de maior influência no cenário internacional, escolhidas em consulta com centenas de jornalistas do diário britânico, além de leitores e lideranças empresariais.

A publicação traz um texto da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet em tributo a Marina. Bachelet, atuou como Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos de 2018 a 2022. A política chilena relembra a trajetória de Marina, que saiu de uma comunidade de seringueiros na Floresta Amazônica, foi eleita ao Senado e depois nomeada para comandar o ministério do Meio Ambiente duas vezes.

“O mundo enfrenta uma tripla crise de alterações climáticas, poluição e perda de biodiversidade. Como ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil, Marina Silva está no centro dessa crise”, diz trecho do texto. “Marina continua a liderar o esforço para construir resiliência climática e restaurar o ecossistema conhecido como ‘os pulmões do planeta’.”

Na parte de líderes, na qual Marina Silva foi selecionada, aparecem a política alemã Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, a empresária albanesa Mira Murati, escolhida CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT.

COP28

Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou ao passar a palavra para a ministra no evento “Florestas: Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência” durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28).

Lula disse que tinha um discurso pronto, mas achava ser mais adequado que uma pessoa “que nasceu na floresta” falasse naquele momento. “Foram 28 edições da COP para que a floresta viesse falar por si só. Eu não poderia utilizar a palavra se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos. E eu acho que é justo que, para falar da floresta, em vez de falar um presidente que não é do estado da floresta, a gente ouvi-la”, afirmou Lula.

A seguir, a lista completa do Financial Times, que não é classificada:

Margot Robbie por Emerald Fennell
Beyoncé por Oprah Winfrey
Bárbara Kingsolver por Ann Patchett
Febe Philo por Gabrielle Boucinha
Lola Shoneyin por Chimamanda Ngozi Adichie
Alia Bhatt por Shubhra Gupta
aespa por Yoojin Choi
Mira Murati por Marissa Mayer
Makiko Ono por Sakie T Fukushima
Fran Drescher por Lisa Ann Walter
Lisa Dyson por Alondra Nelson
Carol Tomé por Lynn Martin
Karin Keller-Sutter por Elisabeth Svantesson
Marie Claire Daveu por Anya Hindmarch
Marina Silva por Michelle Bachelet
Úrsula von der Leyen por Janet Yellen
Maria Barra por Rana Foroohar
Janet Truncale por Brooke Masters
Narges Mohammadi por Marjane Satrapi
Coco Gauff por Naomi Osaka
Jenni Hermoso por Leah Williamson
Elizabeth Maruma Mrema por Caroline Lucas
Chen Chien-Jou por Chien Li-ying
Katalin Karikó por Karen S Lynch
Olena Zelenska por Kaja Kallas.

As informações são do Correio Braziliense.

Sarney, Alcolumbre e Eliziane: Dino escala novos e antigos aliados para buscar votos por vaga no STF

Com forte resistência entre bolsonaristas, o ministro da Justiça, Flávio Dino, buscou ajuda de aliados e até de um ex-adversário para driblar os obstáculos na oposição.

O ex-presidente da República José Sarney, rival histórico no Maranhão; o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP); e a relatora da CPI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), foram escalados para angariar mais votos na busca pela aprovação para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Aliados acreditam ter um piso de 50 apoios, suficiente para o sucesso da empreitada, e um teto de até 62 votos, que pode ser alcançado caso a articulação seja feita de forma eficaz. É nesse intervalo de 12 parlamentares que o grupo de Dino pretende trabalhar com mais afinco até a sabatina, agendada para o dia 13 de dezembro. A intenção é virar votos ou ao menos amenizar o clima durante a sessão de perguntas.

Dino tem dito a interlocutores que encara essa como uma de suas campanhas mais difíceis, mesmo depois de já ter concorrido inúmeras vezes ao governo do estado, Senado, Câmara e prefeitura. A estratégia da base é concentrar esforços em senadores indecisos. Há a perspectiva de que muitos sejam favoráveis à indicação, mas não querem declarar, justamente para evitar represálias diante da postura combativa de Dino e de ataques de outrora feitos a bolsonaristas.

Dino passou a ter Sarney, de 93 anos, como cabo eleitoral. O ex-presidente da República ligou nesta semana para alguns senadores pedindo para que apoiem a indicação ao Supremo. Dino foi o responsável por dar fim ao período de influência de Sarney no governo do Maranhão, mas os dois são aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e começaram uma aproximação no ano passado.

O ponto de partida foi a morte de Sávio Dino, pai do ministro da Justiça, vítima da pandemia de Covid-19. De lá para cá, Dino contou com o voto do ex-presidente da República para ingressar na Academia Maranhense de Letras e, nas eleições de 2022, costurou o apoio do PV, presidido localmente por Adriano Sarney, neto do emedebista, a Carlos Brandão, nome de Dino para o governo do estado.

Entre os alvos do grupo de aliados de Dino estão senadores de partidos como Podemos, União Brasil e até no PP. Dentro dessas legendas há nomes considerados mais de centro e que já votaram com o governo em pautas importantes durante esse ano.

Dino, no entanto, não descarta conversar com o núcleo duro da oposição, como a bancada do PL, mas sem a pretensão de mudar o posicionamento desses parlamentares, como é o caso de Damares Alves (Republicanos-DF) e de Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Ponte com evangélicos
Alcolumbre tem sido também um dos principais interlocutores de Dino nessa aproximação com opositores. O presidente da CCJ é pré-candidato à presidência do Senado e tem feito diversos acenos para conquistar o apoio da direita na Casa para 2025, o que facilita a interlocução.

Eliziane tem feito a ponte, principalmente, entre os senadores evangélicos. Ela tenta organizar um café da manhã da bancada religiosa com Dino, mas esbarra na resistência de parlamentares da oposição em serem vistos publicamente com o ministro da Justiça. Segundo aliados, por esse motivo, há encontros secretos sendo realizados entre o indicado ao STF e senadores fora da base do governo.

Levantamento do GLOBO com os 81 senadores mostra que 24 disseram ser a favor da nomeação de Dino para o STF. Por outro lado, 21 se posicionaram contra, número maior dos que os 18 que se opuseram à indicação do hoje ministro Cristiano Zanin, em junho, quando o ex-advogado do presidente conseguiu o aval para assumir uma vaga na Corte.

O Globo

Valdemar e bolsonaristas voltam a ter embate, agora sobre as eleições 2024

A montagem das chapas do PL para a eleição municipal do ano que vem se transformou num embate interno entre os bolsonaristas e a ala mais pragmática, comandada pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. Nomes do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro querem centralizar as escolhas, enquanto o grupo mais próximo ao dirigente prefere dar mais poder aos diretórios regionais. Já ocorreram atritos nas negociações para as definições em Fortaleza e João Pessoa.

O PL, que elegeu 343 prefeitos em 2020, tem a meta ambiciosa de mais do que triplicar o número e chegar ao patamar de 1.200 — e o desenvolvimento do plano está ocorrendo em meio a divergências. Nomes próximos a Bolsonaro reclamam da falta de um coordenador do projeto eleitoral, a exemplo do que o PT fez ao escalar o senador Humberto Costa (PE) para a função.

Bolsonaristas também se queixam de uma distância do partido em relação a pautas de direita. Na ponta oposta, o núcleo de Valdemar se diz mais preocupado em fortalecer o partido, não o bolsonarismo especificamente. Bolsonaro e Valdemar se reuniram recentemente para, segundo interlocutores, “aparar arestas”.

Queda de braço

Um exemplo deste tipo de atrito ocorreu no Ceará, há duas semanas, quando o deputado André Fernandes foi formalizado como pré-candidato em Fortaleza. Ele foi bancado pelo ex-presidente no posto e, para que isso fosse possível, a ala considerada “mais moderada” do PL foi desligada do diretório regional, que agora é presidido pelo deputado estadual Carmelo Neto. Os dois terão mais espaço para levantar a bandeira das pautas conservadoras no estado, numa vinculação direta ao ex-presidente. Sem uma liderança que coordene o projeto eleitoral, decisões deste tipo têm sido tomadas de maneira isolada, deixando marcas pela falta de composição interna na sigla.

Outra tensão pôde ser vista em João Pessoa, onde a escolha pelo ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga para disputar a prefeitura ainda gera rusgas. Apoiado por Valdemar, ele é contestado entre os bolsonaristas da Paraíba por, supostamente, ter pouca vinculação às bandeiras de direita. Apesar de o ex-ministro ter recebido o aval de Bolsonaro nas últimas semanas para seguir a empreitada, sobram dúvidas quanto ao embarque do ex-presidente na campanha.

— Toda articulação está sendo feita por meio dos diretórios. Esse tipo de contratempo, de discordância, é normal neste período, mas não há uma cizânia entre as alas do PL — minimiza Valdemar.

De acordo o dirigente, o PL planeja ter candidatura própria em 14 capitais: Florianópolis, Rio de Janeiro, Curitiba, Vitória, Fortaleza, Natal, Belo Horizonte, Manaus, Boa Vista, Porto Velho, Campo Grande, Cuiabá, Belém e Rio Branco.

Até o momento, embora não exista no PL um grupo de trabalho constituído com o objetivo de coordenar o projeto eleitoral, as decisões passam também por quatro militares, que mantêm interlocução com políticos locais: o ex-ministro Braga Netto, além de Flávio Botelho Pellegrino, ex-assessor de Braga Netto, Marcelo Lopes de Azevedo e Vital Lima dos Santos. Cabe a eles estabelecer uma agenda de eventos e fazer o contato com os prefeitos.

Ao mesmo tempo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também ampliou o poder no PL e tem opinado nas decisões sobre a estratégia do partido para o pleito de 2024, com influência nas definições das chapas no Rio e em São Paulo. Ela participa semanalmente das reuniões da legenda, em Brasília, que começam a desenhar o cenário eleitoral, além de viajar o país na condição de presidente do PL Mulher. Michelle também será responsável pela nominata feminina, apontando quais lideranças podem ser indicadas como candidatas.

O Globo

TSE encerra testes públicos de urnas para as eleições de 2024

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou nesta sexta-feira (1°) o teste público de segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais de 2024. O teste é um procedimento de praxe realizado desde 2009.

Ao longo de cinco dias, especialistas em tecnologia da informação puderam testar os equipamentos da urna eletrônica que fazem a coleta e a transmissão dos votos dos eleitores. O resultado dos testes deve ser divulgado pelo TSE no dia 15 de dezembro e vão apontar sugestões de aprimoramento dos sistemas.

Segundo o Tribunal, assim como nas sete edições anteriores dos testes, os pesquisadores atestaram a segurança dos sistemas da urna e não encontraram nenhuma possibilidade de violação do sigilo dos votos e de falhas na transmissão dos dados da votação.

Os investigadores executaram planos de testes dos sistemas e inspecionaram os programas que fazem o controle das peças eletrônicas do equipamento, além do sistema que realiza a apuração e a votação.

Em 2021, nos testes realizados antes das eleições do ano passado, pontos vulneráveis da urna eletrônica foram encontrados. Segundo o TSE, as falhas foram corrigidas em maio daquele ano, antes das eleições, e o sigilo do voto e da totalização da apuração não foram violados.

Caruaru se destaca no 1° Encontro Nacional de Turismo em Aracaju

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), participou do primeiro encontro nacional de turismo, realizado nos dias 28, 29 e 30 de novembro na cidade de Aracaju, capital de Sergipe. O evento visou à promoção de uma ampla reflexão acerca de temas que envolvem a cadeia produtiva do turismo nacional.

O evento contou com palestras, mesas redondas, apresentação de cases de sucesso, painéis e discussões atinentes a diversos temas de interesse turístico. Caruaru foi destaque em mais um evento do turismo nacional, evidenciando o que há de melhor na capital do agreste.

Nessa primeira edição, o encontro contou com a presença de autoridades federais, estaduais, municipais, profissionais e empresários do mercado do turismo nacional, todos em busca de caminhos que melhorem os processos relativos à cadeia turística. Representando Caruaru, estiveram presentes o prefeito Rodrigo Pinheiro, Pedro Augusto, secretário da Sedetec, Vital Florêncio, secretário executivo de turismo e Thiago Azevedo, secretário de comunicação.

“Eventos de turismo como esses oferecem oportunidades para estabelecer conexões com profissionais do setor, é de extrema importância a participação de uma cidade como Caruaru. Nessa primeira edição foi possível nos interligar com potentes parceiros do setor de turismo. Isso é valioso para compartilhar experiências, ver novas tendências e criar colaborações para o crescimento do turismo em nossa cidade”, destacou o prefeito, Rodrigo Pinheiro.

Mercado Cultural Casa Rosa tem muita música e animação no fim de semana

Neste fim de semana, quatro atrações irão movimentar o Mercado Cultural Casa Rosa, em Caruaru. O local, que além de ser um ponto de concentração da cultura, dispõe de um ambiente amplo, com excelente estrutura física e espaço infantil.

Localizado no Parque 18 de Maio, no coração da Feira de Caruaru, o espaço funciona aos sábados, domingos e feriados,  das 11h às 17h30. O Mercado conta atualmente com 12 estabelecimentos, com serviços variados, como: cachaçaria, cozinha típica, tapiocaria, boteco tradicional, petiscaria, além de espaços multifuncionais.

Confira a programação para este fim de semana:

Sábado – 2 de dezembro
11h – André de Oliveira
13h – Nika Macedo
15h – Andreza Almeida

Domingo – 3 de dezembro
13h – Thiago Barão
15h – Afinasamba

Escolha do novo presidente do PSDB consolida retomada de força de Aécio Neves dentro do partido

O ex-governador Marconi Perillo (GO) foi escolhido presidente do PSDB, em convenção realizada ontem, numa eleição que consolidou o retorno do deputado federal Aécio Neves (MG) ao papel de protagonista entre os caciques tucanos.

Principal articulador da candidatura de Perillo, com quem tem uma relação de duas décadas — ambos foram contemporâneos como governadores, e seguem alinhados desde então — , Aécio também emplacou aliados em postos-chave da nova Executiva nacional da sigla e se movimenta para assumir ele próprio o Instituto Teotônio Vilela, fundação partidária voltada à formação política de quadros da sigla. Já o novo comandante da legenda, que substitui o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, terá como primeira missão pacificar o partido.

Principal estrela tucana após as eleições presidenciais de 2014, a última em que o PSDB foi competitivo, Aécio viveu uma derrocada paralela à do partido, que viu suas bancadas no Congresso encolherem desde 2018. À época, ele havia se afastado do comando da sigla após ser acusado na Lava-Jato por suposto recebimento de propina da JBS. O caso foi arquivado neste ano pela Justiça Federal com a absolvição de Aécio, que passou a aspirar novos voos. Nesta quinta-feira, após a convenção, ele defendeu que o PSDB tenha candidato ao Palácio do Planalto em 2026 para “conduzir uma alternativa” ao presidente Lula (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e sugeriu que pode disputar o governo de Minas.

— Recebo estímulos todo o tempo, mas não coloco o carro na frente dos bois. Sou mineiro. Vamos dar tempo ao tempo — afirmou.

Perillo foi eleito de forma consensual, após o ex-senador José Aníbal (SP) retirar sua candidatura. Aníbal entrou no páreo na véspera da convenção, após uma conversa com Eduardo Leite, de quem havia se aproximado desde as prévias tucanas de 2021 contra João Doria, seu desafeto. Leite inicialmente quis lançar o ex-senador Tasso Jereissati, que bateu de frente com Aécio durante a crise, como seu sucessor no comando tucano. Sem encontrar apoio a seu plano, concordou em apoiar Perillo, o favorito de Aécio.

No total, dos 214 delegados, 208 votaram na chapa de consenso ao diretório nacional, formada por representantes dos estados conforme seu peso interno. Em acordo, o diretório escolheu Perillo à presidência e outro aliado de Aécio, o deputado federal Paulo Abi-Ackel, para a secretaria-geral. A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, aliada de Leite, ficou com a 1ª vice-presidência.

O comando do Instituto Teotônio Vilela, posto cobiçado devido à capilaridade nacional no partido, é alvo de uma disputa entre Aécio e o ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia. A indicação de Garcia foi pactuada pela maioria da bancada do PSDB na Câmara em um aceno ao diretório de São Paulo, berço histórico dos tucanos e hoje fragmentado em várias alas. Diante da pressão de aliados de Aécio, Perillo constituiu um colegiado de quase 30 nomes para tomar a decisão.

Correligionários de Garcia tentam unir o tucanato paulista e os três governadores do partido — Leite, Eduardo Riedel (MS) e Raquel Lyra (PE) — em torno de sua indicação. Aécio, além do diretório de Minas, vem atraindo apoio de outros caciques, como o ex-governador e hoje deputado federal Beto Richa (PR).

— Defendo o nome do Aécio (para a fundação). Rodrigo é capacitado, e também é excelente, mas Aécio é uma referência, tem longa história no partido. É um nome que pesa mais — avaliou.

Assim como Richa e Aécio, que foram fustigados pela Lava-Jato e obtiveram decisões judiciais favoráveis nos últimos anos, Perillo submergiu em 2018, quando perdeu a eleição ao Senado dias após ser alvo da Operação Cash Delivery, que apurava suposto pagamento de propinas da Odebrecht. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a operação por entender que ela deveria ter tramitado na Justiça Eleitoral. Perillo tentou novamente o Senado, mas não se elegeu. Para interlocutores, a falta de um cargo pesou agora a favor do ex-governador de Goiás, visto como um “tucano raiz” que se dedicará à reconstrução do partido.

Crises internas
Perillo assume um partido em crise e reduzido. No Congresso, são apenas 14 deputados federais e dois senadores — após as eleições de 2014, eram 54 e 11, respectivamente. Em São Paulo, houve uma debandada de prefeitos após os tucanos perderem o governo estadual para Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Eduardo Leite deixou de herança para Marconi Perillo a tarefa de resolver divergências no diretório paulista do PSDB. Na véspera de sair do cargo, o governador do Rio Grande do Sul nomeou um aliado para comandar provisoriamente o partido em São Paulo, o que desagradou o grupo de Garcia.

O Globo