ARTIGO — Constatações

Maurício Assuero

Os momentos mais satisfatórios para nossa economia, este ano, vieram de medidas simples adotadas pelo governo: liberação do saldo das contas inativas do FGTS, liberação do saldo das contas do PIS/PASEP para todas as faixas etárias, aposentados ou não, e a liberação de uma fraça do 13º salário dos pensionistas e aposentados do INSS em agosto. Note que as três ações envolvem renda. Dentre os problemas cruciais do Brasil, o próximo governo vai encontrar o déficit público e o nível de desemprego. Como agravante teremos a tendência da economia mundial, destacando o caso da Argentina que elevou sua taxa de juros para 45% ao ano e que pediu socorro ao FMI – Fundo Monetário Internacional para equalizar as contas.

A geração de renda no Brasil deve ser prioridade e nesse instante não importa se ela vem através da formalização de contrato de trabalho. Fica muito claro que isso não vem por gravidade, ou seja, é preciso que se coloque em andamento reformas necessárias para adequar o Brasil. Temos a reforma tributária que nunca é colocada em pauta e temos a reforma previdenciária que foi preterida em relação a intervenção no Rio de Janeiro. Na verdade, o governo sabia que ela não seria aprovada.

O problema da reforma previdenciária é a proposta. Quando se fala de reforma a gente associa, imediatamente, a uma roupagem diferente ao que já existe. Talvez fosse mais viável para o Brasil criar um sistema de previdência novo para a geração que está entrando no mercado de trabalho. Deixaria o sistema antigo ir morrendo e dele migraria apenas os casos de viáveis. O Chile, nos idos de 1980 fez uma coisa parecida. O problema é: como cobrir os custos do sistema condenado? Com medidas austeras de controle do déficit e redução do tamanho do estado.

Um programa de privatização ajudaria o Brasil em muitas frentes dentre elas, a redução da corrupção, a redução dos gastos e a entrada de dinheiro no caixa. Isso sinalizaria para uma economia de mercado, onde o papel do estado seria atuar em questões puramente governamentais, como a segurança nacional. O governo concorre com a iniciativa privada ofertando serviços que poderiam feitos através de concessões. No fundo perde receita que poderia preponderante para reduzir déficit.

Olhando as propostas dos candidatos a presidência, a gente constata o quão distante das necessidades elas estão. Todos falam de reduzir o déficit, mas não passam credibilidade porque não dizem como fazer isso. O mercado reage negativamente e a economia paga o pato.

ARTIGO – Fazer certo na primeira vez

Por Leandro Garbin

Vivemos uma nova revolução industrial com o crescimento exponencial do conhecimento tecnológico. Os sistemas produtivos avançam em direção à chamada Indústria 4.0, que demanda inovações nos campos de automação, controle e tecnologia da informação. A crescente aplicação das novas tecnologias tem levado o desenvolvimento de produtos a patamares mais elevados, com geração de enorme quantidade de dados.

Novas técnicas de produção, associadas a materiais inovadores, são capazes de proporcionar um considerável aumento da confiabilidade no desenvolvimento tecnológico. Com o advento da Indústria 4.0, cada vez mais tecnologias são lançadas com a finalidade de permitir que as organizações elevem a assertividade do desenvolvimento e – não menos importante – reduzam o famoso time to market.

Embora sejam evolutivas e avancem rapidamente, as tecnologias voltadas para a engenharia automotiva já estão disponíveis e precisam ser mais aplicadas pela indústria. Para tanto, um dos desafios é a necessidade de mudança na formação de engenharia: formar engenheiros com elevada capacidade técnica para utilizar esse tipo de tecnologia ou, melhor ainda, formar engenheiros que sejam capazes de desenvolver e aprimorar esse tipo de tecnologia.

Sofisticadas ferramentas de projeto e desenvolvimento permitem uma grande aceleração na concepção de produtos e no seu aprimoramento. São tecnologias que devem apoiar a engenharia a fazer certo de primeira, uma vez que já não existe lugar na indústria da mobilidade para a ação empírica, que envolve criar um protótipo para posterior avaliação. O foco é ter certeza na fase do desenvolvimento virtual.

O uso de avançadas ferramentas de simulação, capazes de minimizar a quantidade de ensaios em laboratórios e campos de prova, é uma prática crescente. Durante o desenvolvimento de um produto, o objetivo é realizar um único ensaio apenas para comprovar tudo aquilo que já foi simulado. Assim, todos os erros que podem surgir durante o desenvolvimento precisam ser identificados e solucionados ainda na fase virtual. Este é um caminho muito menos trabalhoso e com menor custo envolvido.

Outra tendência é o uso de novas técnicas como a manufatura aditiva com foco em prototipagem rápida, bem como desenvolvimento de peças finais. A manufatura aditiva oferece maiores possibilidades de desenvolver produtos mais leves, resistentes e inovadores, de modo que as empresas não dependam somente de processos consagrados, como estampagem, forjamento, fundição e usinagem.

Esses e outros assuntos serão debatidos durante o 16º Simpósio SAE BRASIL de Testes e Simulações, que reunirá especialistas de renome no mercado, que desenvolvem ferramentas de testes e simulações no Brasil e no Exterior. Toda a comunidade de engenharia está convidada para o encontro, que será realizado no dia 18 de setembro, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo.

PBM brasileiro deve crescer 15% ao ano, até 2023

O mercado de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) é responsável atualmente, no Brasil, pela dispensação de aproximadamente 300 mil caixas de medicamento, por dia. Esse volume representa quase 10% do mercado farmacêutico brasileiro. Mas a expectativa do setor é de que esse número cresça em torno de 15% ao ano, até 2023. “O conceito chegou no Brasil no final da década de 1990 e ainda há muito espaço no mercado a ser explorado”, justifica Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM.

Nos Estados Unidos, onde o PBM existe desde a década de 1980, perto de 80% da população aviam suas receitas médicas pelo Sistema. “No território americano, praticamente 100% de todas as prescrições médicas contam com uma instituição que subsidia o custo do medicamento”, explica o presidente da PBMA. Aqui no Brasil, as empresas que já disponibilizam o benefício custeiam, em média, 50% do valor final dos medicamentos prescritos. Além da facilitação do acesso aos medicamentos, os empregadores começam a entender a real abrangência do Benefício.

Entre as vantagens para as empresas que oferecem PBM a seus funcionários está a gestão do tratamento medicamentoso e a subsequente melhora da saúde populacional, queda do absenteísmo e, consequentemente, maior produtividade. “Estudos demonstram que 50% dos doentes crônicos abandonam o tratamento prescrito, muitas vezes pela falta de acesso ao medicamento e incentivo para o tratamento. Com o benefício, a chance de segui-lo é muito maior, até porque as empresas conseguem promover e acompanhar a correta adesão ao tratamento”, alega Monteiro. No Brasil, empresas como Nestle, Gerdau, Tigre, Telefonica, IBM, Caterpillar, Unilever, Arcelor Mital, Carrefour, já oferecem PBM a seus funcionários.

Programa da Fiepe capacita para gestão de pessoas na era digital

Entre os fatores apontados pelos especialistas como fundamentais para o sucesso de um negócio, o capital humano se destaca. Por este motivo, a gestão de pessoas dentro de uma organização precisa ser eficiente para que a equipe atue em conformidade com as tendências de mercado, entre elas o uso adequado da tecnologia a favor dos resultados corporativos. Neste contexto, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) promove no Agreste o Programa de Gestão de Pessoas na Era Digital, entre os meses de setembro e novembro.

O objetivo é o de ampliar a visão da gestão de forma sistêmica, crítica e integrada, sendo o negócio a principal responsabilidade da gestão e de sua equipe, para uma atuação estratégica de todos. Através da metodologia adotada pela Fiepe, o Programa irá preparar o participante para desenvolver suas competências e habilidades em meio aos desafios da era digital, caracterizada pelo compartilhamento quase instantâneo de informações, a velocidade da internet, serviços de comunicação online, acompanhamento de atividades em tempo real e ampla concorrência.

Quatro módulos fazem parte da capacitação: “Liderança coletiva, estratégica da gestão de pessoas na era digital”, “Gerenciamento de pessoas com inovação na era digital”, “Mecanismo de retenção de talentos na empresa – engajamento” e “Entrevista e seleção por competência. O interessado tem a possibilidade de se inscrever em todos os módulos ou em quantos desejar. Serão 96 horas de formação que irão proporcionar aprendizagem qualificada para o exercício das atividades relacionadas à gestão humana e departamento pessoal e desenvolvimento da capacidade profissional em compreender situações concretas do cotidiano empresarial, considerando tendências da nova gestão.

Com mais de 30 anos de experiência na área de Recursos Humanos e Liderança, exercendo cargos de gestão, Edson Monteiro será o instrutor dos quatro módulos. Consultor em Gestão de Pessoas e Liderança para a Fiepe, ele tem especializações em Liderança pela Fundação Dom Cabral (MG) e em Foco do Cliente, através da Escola de Marketing Industrial de São Paulo, além de ser professor universitário, palestrante internacional e facilitador em Total Performance Management –TPM, pela IMC International Coaching por Valores pela Gestion MDS Management, Canadá.

Para cada módulo vivenciado, o participante terá direito a horas aplicadas sob o acompanhamento do instrutor, na perspectiva de analisar a realidade da organização e trabalhar ações de melhoria. As inscrições para participar do Programa Gestão de Pessoas na Era Digital estão abertas e podem ser feitas pelo site da Fiepe (www.fiepe.org.br), pelo e-mail: regional.agreste@fiepe.org.br ou pelos telefones (81) 3722.5667 e (81) 99123.7888. O investimento no programa inteiro é de R$ 1.250. Para cada módulo é de R$ 400. Ambos os valores podem ser dividido em até 3x sem juros nos cartões.

A Fiepe dispõe de uma política de descontos: até 20% para indústrias associadas ao sindicato do seu segmento, sendo que a cada cinco inscrições realizadas com o mesmo CNPJ, a empresa pode optar por mais uma inscrição de cortesia ou 10% de desconto. Para estudantes, idosos e empresas de micro e pequeno porte, o desconto é de 15% (no caso dos estudantes, é necessária a apresentação de comprovante estudantil).

Plantio tradicional de quilombolas recebe título de patrimônio do país

“Esse reconhecimento [do Iphan] também é um apoio político para [mostrar] a importância da roça. Não foi à toa que o Iphan reconheceu isso, foi construído um dossiê, as comunidades fizeram um inventário cultural. Além disso, tem os artigos científicos e tem subsídios legais. Tudo isso mostra a importância ambiental, social e cultural que levou ao reconhecimento do sistema agrícola como patrimônio”, disse Ivy Wies, assessora técnica do Instituto Socioambiental (ISA), uma das entidades que apoiam os quilombolas.

Dados do ISA mostram que o Vale do Ribeira abriga, ao todo, 88 comunidades quilombolas em variados graus de reconhecimento pelo estado. Dos 7% que restaram do bioma de Mata Atlântica em território nacional, 21% estão localizados no Vale do Ribeira.

Prejuízos
Segundo o instituto, os documentos apresentados ao Iphan servem de subsídios para dar segurança aos órgãos governamentais em relação à autorização para o plantio da roça. Ivy destacou que o atraso na emissão da licença pelo governo estadual tem consequências graves às comunidades tradicionais.

“Dois pontos que estão ameaçados pela falta de licença: a segurança alimentar e a manutenção das variedades agrícolas, que são um patrimônio da humanidade – as variedades de milho, batata, cará, arroz, feijão, mandioca. Hoje em dia, estamos nesse processo da transgenia, dos organismos geneticamente modificados. Imagina você ter 15 variedades de milho diferentes [que não foram geneticamente modificados], isso é uma riqueza para a humanidade”, disse.

A maior parte da produção serve para a subsistência das comunidades, mas há também impacto na renda já que os quilombolas vendem parte dos produtos da roça para custear suas necessidades básicas. Ivy destaca que há comunidades esperando há dois anos por uma licença.

Atraso
As comunidades apresentam o pedido de autorização de 12 a 15 meses antes do início do preparo da roça para garantir que o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) faça os laudos baseados em vistorias e que a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) possa emitir a licença a tempo do plantio. Em 2013, foi o último ano em que as licenças saíram a tempo do plantio, informou o ISA, afirmando que a estrutura que o estado colocou para realizar o processo não dá conta da demanda.

“O estado alega falta de pessoal para os trabalhos de campo. Mas a avaliação mais certeira é que há um excesso de exigências para o processo e as várias etapas são morosas demais, o que gera um volume de papel e burocracias desnecessárias”, segundo texto da Campanha “Tá na Hora da Roça”, lançada no mês passado pelas comunidades quilombolas e entidades parceiras, chamando a atenção do governo estadual para que autorize, com a emissão de licenças no tempo adequado, a abertura das roças.

Das 19 comunidades localizadas em cinco municípios do Vale do Ribeira que pediram autorização para início da roça, apenas duas conseguiram: São Pedro e André Lopes. De acordo com representantes das comunidades, o atraso na licença faz com que o agricultor perca o ciclo do plantio.

Ciclo da roça
O ciclo quilombola começa a partir dos meses de junho e julho, com o preparo da área e derrubada da vegetação, que geralmente não passa de um hectare. Depois de 15 dias, é feita a queima controlada da área e as cinzas fertilizam o solo. Depois disso, já feito o plantio, que geralmente começa em agosto e setembro. Até o momento, no entanto, o governo estadual não deu a autorização para o início da derrubada.

O manejo dessa área aberta na floresta ocorre no período de dois a três anos, ou até que aquele solo não esteja mais tão fértil. Depois disso, o produtor abandona esse trecho e a floresta se regenera.

Outro lado

A Cetesb disse, em nota, que “para atender às comunidades é feito todo um trabalho envolvendo o Itesp, a Fundação Florestal e a Cetesb. E a produção dessa documentação pode tomar bastante tempo. Assim, é fundamental o planejamento no pedido dessas autorizações”. A companhia disse que está sendo feito um trabalho conjunto para aprimorar os procedimentos.

Eleições devem mobilizar 2 milhões de mesários em todo o país

As eleições deste ano devem mobilizar cerca de 2 milhões de mesários em todo país. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a metade dos mesários se ofereceu para o trabalho de maneira voluntária.

Para atuar como mesário, o escolhido recebe treinamentos específicos e orientações de técnicos da Justiça Eleitoral, que o prepara para atuar no dia das eleições. A cada eleição, a Justiça Eleitoral convoca eleitores maiores de 18 anos e em situação regular para atuar no dia da votação.

A convocação exclui candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, e seu cônjuge; membros de diretórios de partidos políticos, desde que exerçam função executiva; autoridades, agentes policiais e funcionários no desempenho de funções de confiança do Executivo; e funcionários do serviço eleitoral.

Tarefas
O mesário é o representante da Justiça Eleitoral na seção de votação. Cabe a ele receber e identificar os eleitores – seja pela verificação de documentos e coleta de assinaturas, seja pela verificação biométrica –, compor as mesas de votos e justificativas, fiscalizar e desempenhar tarefas logísticas e de organização da seção para a qual foi designado.

O eleitor que atua como mesário tem direito à dispensa do serviço pelo dobro de dias e ao desempate em concursos da Justiça Eleitoral, quando prevista essa possibilidade no edital.

O treinamento de mesários ocorre nas modalidades presencial e à distância. Neste ano, a Justiça Eleitoral preparou cerca de 180 mil mesários por meio de curso à distância.

70% querem candidato que ‘põe a mão na massa’ e 53% valorizam honestidade; 24% dos brasileiros discutem eleições nas redes sociais

A CNDL e o SPC Brasil também investigaram o que os brasileiros esperam das habilidades do novo presidente. De modo geral, a população procura um candidato com perfil proativo e ao mesmo tempo articulado, com capacidade de se comunicar com a população e dialogar com a classe política. Para 70% dos entrevistados, é importante que o presidente eleito seja alguém que ‘ponha a mão na massa’ e realize projetos de melhorias em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Para 30%, o candidato precisa ser uma pessoa próxima do povo e para 22%, ser um político influente para aprovar projetos no Congresso.

A pesquisa revela também que algumas características pessoais pesam na hora do eleitor decidir seu voto. As mais mencionadas são honestidade (53%), cumprir o que promete (37%), saber abrir mão de interesses particulares em detrimento do interesse da população (34%), ser sensível aos problemas da população (33%) e ter ‘pulso firme’ (31%). A maioria (60%) dos brasileiros disse rejeitar candidatos envolvidos em escândalos de corrupção, enquanto 59% descartam a possibilidade de votar em candidatos desonestos e que mentem.

O levantamento ainda revela que parte considerável dos brasileiros tem se engajado nas eleições: 36% tentam influenciar as pessoas que conhecem a votar no candidato que acreditam ser o melhor e 24% costumam entrar em discussões políticas nas redes sociais.

Metodologia

A pesquisa ouviu 800 brasileiros de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

53% dos brasileiros estão pessimistas com as eleições presidenciais, mostra pesquisa

Faltando pouco mais de duas semanas para a votação que definirá o novo presidente do país, a maior parte dos brasileiros afirma estar pessimista com as eleições. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais revela que mais da metade (53%) dos consumidores está com uma percepção negativa sobre as eleições presidenciais – o percentual sobe para 59% entre a parcela feminina de entrevistados. Somente 18% das pessoas ouvidas reconhecem estar confiantes com a eleição, enquanto 26% estão neutros.

Para os pessimistas com o processo eleitoral, a maior parte (34%) afirma não ter boas opções de candidatos à disposição. De forma semelhante, 30% não confiam nos nomes que disputam o Planalto, ao passo que 28% não acreditam que o novo presidente será capaz de promover mudanças positivas para a população na economia. Há ainda 27% de pessoas que estão desacreditadas com a possibilidade de renovação na política.

Considerando apenas a opinião dos brasileiros otimistas com as eleições, 39% acham que o novo governo terá mais estabilidade política para aprovar matérias de interesse para o país e 35% depositam esperança no fato de a sociedade estar mais vigilante com os políticos. Outros 18% de entrevistados esperam uma melhora porque haverá mudanças com relação às políticas adotadas pelo atual governo.

Brasileiro está dividido sobre futuro da economia pós-eleições: situação ficará melhor para 34%, mas 33% acham que tudo ficará igual

O levantamento demonstra que muito da percepção negativa sobre as eleições decorre da constatação de o país ainda sofre consequências da crise. Seis em cada dez (63%) brasileiros avaliam que a situação econômica do país está pior do que há um ano, enquanto 24% consideram que a situação é a mesma e somente 13% acham que ela está melhor. Para os brasileiros, mesmo com o fim da recessão, a maior parte dos impactos da crise ainda persistem, como desemprego elevado (90%), aumento de impostos (89%), endividamento das famílias (88%) e inadimplência crescente (86%).

Indagados sobre a situação da economia do Brasil após as eleições, a opinião pública mostra-se dividida: 34% esperam que a economia fique melhor sob o novo governo, mas uma parcela semelhante de 33% acredita que tudo continuará igual. Há ainda outros 17% que acreditam em uma piora do quadro.

Sob o novo governo, quatro em cada dez (44%) pessoas ouvidas acreditam que haverá aumento dos preços, aumento do dólar (44%) e elevação dos juros (42%). Quanto aos rumos do desemprego, as opiniões mais uma vez estão divididas: 33% acham que haverá mais cortes de vagas, enquanto 32% acreditam em criação de novos postos de trabalho. Para 28%, a situação permanecerá a mesma.

Diante da expectativa de um cenário macroeconômico mais difícil, 45% dos que estão pessimistas acreditam que terão de economizar mais e manter a disciplina nos gastos depois das eleições e 43% disseram que será mais complicado manter as contas em dia em 2019.

69% esperam grandes mudanças com presidente eleito. Para entrevistados, combater corrupção, desemprego e criminalidade devem ser prioridades

De modo geral, em cada dez entrevistados, sete (69%) esperam que o presidente eleito faça grandes mudanças em relação ao que vem sendo feito. Outros 26% argumentam em favor de mudanças pontuais, desde que sejam mantidos determinados programas e reformas já colocados em práticas. Somente 5% desejam a continuidade das políticas do atual governo.

Na avaliação dos entrevistados, o combate a corrupção (47%) e o desemprego (45%) lideram como os temas nacionais a serem tratados com prioridade pelo novo presidente e sua equipe. A criminalidade é citada por 38% das pessoas ouvidas e a precariedade da saúde pública por 32%. Outros assuntos considerados relevantes para a nova gestão são a necessidade de ajuste fiscal (23%) e corte de impostos (22%). Embora elejam uma série de temas a serem enfrentados pela nova gestão, um quarto (25%) dos entrevistados acha que nenhum problema será de fato resolvido pelo novo presidente. Além disso, 87% concordam que os candidatos fazem mais promessas na campanha do que podem cumprir depois de eleito.

Dentre as diretrizes que vão nortear o novo governo, 61% discordam da avaliação de que o presidente deve intervir menos na economia. Dessa forma, 88% pensam que o vencedor deve fortalecer a produção nacional e 73% concordam que a prioridade deve ser a distribuição de renda. Outros temas que recebem destaque são o estímulo ao comércio internacional (70%) e a garantia de direitos às minorias (67%).

Indagados sobre o Brasil que querem para o futuro, 44% dos entrevistados desejam um país em que políticos corruptos sejam presos e cumpram suas penas até o fim. Já 39% querem um sistema de saúde mais eficiente e 33% almejam um país mais seguro.

Ações de esporte e recreação serão oferecidas pelo Sesc Ler Surubim na Semana Move

Surubim é mais uma cidade pernambucana a aderir à Semana Move – Semana Latino-Americana de Esporte e Atividade Física, criada para estimular a prática de exercícios físicos para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas. O Sesc Ler é o responsável pelas ações recreativas e esportivas que serão oferecidas de graça para a população de 23 a 30 de setembro. As atividades e serão realizadas nos espaços esportivos da Unidade, em academias públicas e privadas e em Unidades Básicas de Saúde do município.

A coordenação é da professora de esportes Daniela Liano. “Preparamos uma série especial de atividades para crianças, jovens e adultos. Vamos incentivar todos a adotar uma prática de exercícios na rotina diária, a fim de que possam gozar de uma ótima saúde”, explica. A programação começa no domingo (23/9) com um torneio de futebol de campo para adultos que será realizado até o dia 30, sempre das 8h às 12h, no campo de futebol do Sesc Ler. De segunda (24/9) a sexta (28/9), acontece o aulão de Zumba em dois horários: às 9h e às 14h, para os alunos das modalidades esportivas do Sesc Ler.

Na terça (25/9), haverá torneio de futsal para crianças até 13 anos, começando às 17h. No mesmo dia, terão início as ações de ginástica laboral nas Unidades Básicas de Saúde de Surubim, seguindo até a quinta (27/9), das 9h às 10h. Serão realizadas atividades laborais e de relaxamento com os usuários e profissionais dessas unidades.

Na quarta (26/9), a partir das 7h, alunos e convidados participam de um aulão de Hidroginástica, no parque aquático do Sesc Ler. Outras duas ações serão iniciadas na quarta-feira: o torneio de natação para crianças e adultos, às 16h e às 19h; e o torneio de handebol, na quadra poliesportiva do Sesc Ler para crianças até 11 anos e para adultos, às 17h e às 20h. Ambos os torneios seguem até a quinta-feira (27/9).

Para a gerente do Sesc Ler Surubim, Nelma Farias, a Semana Move é de grande relevância para o bem-estar da população. “É com a prática de exercícios físicos e com uma alimentação balanceada que podemos ter uma sociedade com mais saúde e qualidade de vida. Ações como esta sempre terão o nosso apoio”.

Semana MOVE – A Semana Latino-Americana de Esporte e Atividade Física é uma semana em que as organizações, escolas, clubes, ou pessoas motivadas organizam atividades de acesso livre para sua comunidade. Trata-se de uma ação de incentivo ao esporte e a atividade física, com o objetivo de conscientizar pessoas e comunidades para os benefícios de uma vida ativa e saudável. No Brasil, a Semana MOVE é desenvolvida a partir da ação de pessoas e organizações comprometidas com a promoção da Atividade Física e do Esporte para Todos, em nível local, regional e/ou mundial, as quais trabalham para engajar mais e mais parceiros a cada edição.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

ARTIGO — Momento delicado

O cenário econômico externo aumenta a angústia do brasileiro. A guerra de Trump contra os chineses respinga em todo mundo, inapelavelmente. Agora ele taxou US$ 200 bilhões de produtos chineses dentre produtos agrícolas como soja, milho, algodão, dentre outros. O governo chinês revidou taxando produtos americanos e nesse meio termo as demais economias ficam a mercê da guerra dos grandes.

A economia do Brasil fica a mercê das intempéries como aquelas doenças oportunistas que surgem com quando as defesas do organismo estão abaladas. O caso da Argentina, por exemplo, elevando a taxa de juros, para 45% ao ano, afeta nossa situação. Depois disso temos a grata notícia de que Venezuela e Cuba não irão pagar as parcelas do financiamento do BNDES. Isso é lamentável: fazer favores com o dinheiro alheio e não ser punido por isso, só no Brasil.

O pior é a instabilidade econômica se reflete para além das eleições e do próximo governo, seja quem for eleito. Se formos olhar, acuradamente e desprovido de paixões políticas, tem programa de governo que, além de vago, é danoso para o país. particularmente, não vejo como um enfrentamento com o mercado pode resultar em investimentos e tenho receio de que a forma de criar um fundo de investimento seja através de ações impopulares como taxa, contribuições compulsórias ou impostos.

Adicionalmente, os candidatos ludibriam a população fazendo um jogo de cena. Publicamente falam, por exemplo, em taxar lucros dos bancos e reservadamente enviam emissários para conversar com banqueiros no sentido de dizer que “não é bem assim”. Todo mundo deve se lembrar que em 2002, Lula precisou declarar, publicamente, que honraria contratos. Não fosse assim, a derrocada do Brasil tinha sido naquela época. Agora, há um discurso vingativo, rancoroso que tem incomodado investidores e, por isso, temos os efeitos do câmbio com o dólar, tranquilamente, em R$ 4,20.

Até o momento o que se tem são promessas vagas, inócuas, sem a menor capacidade de gerar emprego e renda. A única proposta econômica decente, que diz nominalmente como vai reduzir déficit, está na agenda política de um candidato sem preparo. Se formos olhar a questão nos estados, o ambiente não é tão diferente porque o argumento mais forte apresentado é ser “o candidato de Lula”, independente de que lado se esteja.

No bojo de tudo isso vem uma preocupação: qual será a postura das empresas em relação ao final do ano? Irão contratar? Com as atuais perspectivas de vendas, será um final de ano complicado.