Saiba como ficaram as chapas para a disputa pela Presidência da República

Em 1989, a primeira eleição depois da redemocratização do país, um governo enfraquecido pela CPI da Corrupção e por inflação mensal de 80% fez a maioria dos partidos testar a força nas urnas. Desta vez, a situação não é muito diferente. A Lava-Jato e seus desdobramentos levaram Lula para a cadeia e solaparam a popularidade do governo Michel Temer, que tentava ganhar confiança para recuperar a economia. Diante desse quadro, o número de candidatos a presidente da República se multiplicou, atingindo 14. Só não é maior por causa da lição do pleito de 1989. Lá atrás, com tantos postulantes ao cargo, passaram ao segundo turno os extremos do espectro político e com um discurso da antipolítica — Fernando Collor de Mello, do então minúsculo PRN, e Luiz Inácio Lula da Silva, candidato de um PT bem mais modesto. Nesta eleição, o esforço por alianças, nos últimos dias, foi justamente para tentar evitar que a história se repita.

Na disputa de 1989, o PSDB lançou Mário Covas; o PTB, o ex-ministro dos Transportes, Affonso Camargo; o PL, Guilherme Afif Domingos; o PSD, Ronaldo Caiado; o PFL (atual DEM), o ex-ministro e ex-vice presidente Aureliano Chaves. Agora, DEM, PTB, PSD (atual partido de Afif Domingos) se uniram ao PSDB para evitar que o segundo turno termine na mão dos extremos representados por Jair Bolsonaro (PSL) e um nome de esquerda, seja Ciro Gomes, seja quem chegar pelo PT.

A engenharia política dos últimos 10 dias levou para Alckmin nove partidos e a maior coligação eleitoral. Mas não foi suficiente para tirar o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) do páreo. Assim como em 1989, o PTB de Affonso Camargo não quis conversa com o PSDB nem com o PDT, tampouco Marina Silva, que vai para a campanha com uma estrutura semelhante àquela que Fernando Gabeira, o candidato do PV, obteve à época. Gabeira, num mundo sem internet, “morreu na praia”.

Os especialistas, no entanto, não colocam Marina entre os candidatos marcados para morrer na praia. Eles listam, hoje, seis com chances reais de chegar ao segundo turno, porém, consideram difícil fugir da polarização PT-PSDB. “Ainda vejo essa polarização como uma realidade concreta, porém não está garantida por causa do surgimento de outras opções que se mostram viáveis”, diz Cristiano Noronha, da Arko Advice.

Além de Alckmin e do candidato do PT, que dificilmente será Lula, Noronha cita Jair Bolsonaro, do PSL; Alvaro Dias, do Podemos; Marina Silva, da Rede Sustentabilidade; e Ciro Gomes, do PDT, como os que têm de ir adiante. Ou seja, seis das oito candidaturas que fecharam coligação.

A probabilidade de uma das outras oito candidaturas chegar longe na campanha é ínfima. Seja por falta de capilaridade nos estados, seja por falta de recursos. Dessas, duas formaram aliança. O MDB, de Henrique Meirelles, e o PSol, de Guilherme Boulos, ambas com chapas puras. Mas nem mesmo eles alçarão voos altos. Os socialistas são pequenos e não conseguirão crescer em uma frente da esquerda, que já conta com Ciro e o PT.

Os emedebistas também terão vida difícil, devido à imagem vinculada ao governo Temer, pondera Noronha, da Arko. “Meirelles não é unanimidade no MDB, e a associação dele com a popularidade muito frágil do governo, que tem um alto índice de rejeição, é uma situação muito prejudicial”.

Dos seis mais cotados, Ciro e Alvaro têm chances equiparáveis. O pedetista conta com prestígio de boa parte de eleitores da esquerda, mas os poucos minutos que terá de televisão são obstáculo para expor ideias e abocanhar eleitores do PT. A lógica envolvendo o senador do Podemos não é muito diferente. Ele é pouco conhecido fora do Sul do país, e a coalizão montada não garante muita visibilidade. “Também é uma estrutura modesta”, pondera Noronha.

O cenário de Marina não é muito melhor. Ela ainda tem um eleitorado cativo das duas últimas eleições. No entanto, diferentemente de 2010 e 2014, o ambiente é mais hostil. Não no sentido de rejeição, mas de dificuldades. Há postulantes com maior potencial de crescimento nas eleições, como Alckmin, ou eleitores mais fiéis, como os de Bolsonaro. Pesa contra Marina a fraca coligação montada. Há quatro anos, depois da morte de Eduardo Campos, ela passou a liderar uma aliança do PSB com outros cinco partidos, montada pelo ex-governador de Pernambuco, que faleceu num acidente aéreo em 13 de agosto de 2014. Dessa vez, Marina conta apenas com o PV. Os recursos também caíram. Eram R$ 45 milhões. Agora, a Rede tem um limite de R$ 10 milhões para gastar com todas as campanhas.

O ambiente acaba sendo propício para Bolsonaro, Alckmin e o PT. O primeiro conta com um eleitorado cativo e com a onda conservadora que cresce na América Latina e no mundo. Mas não dispõe de minutos de televisão e precisará apostar muito no marketing digital, onde a tendência ao longo da campanha é de que o jogo fique empatado. O tempo de televisão é fator positivo para Alckmin, que caminha para 12 inserções diárias na programação normal das emissoras. O PT terá no máximo cinco inserções diárias e Bolsonaro, uma a cada dois dias.

A capacidade de Bolsonaro de se manter no topo das eleições com uma estratégia limitada às redes sociais é questionada pelo sociólogo e cientista político Paulo Baía, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por esse motivo, ele também aposta numa desidratação de Bolsonaro e a volta de uma polarização entre o PSDB, fortalecido pelo centrão, e o PT, que deve montar uma tática para transmitir os votos de Lula ao candidato que vier a ser o “plano B, provavelmente, Fernando Haddad.

Ciente de que, em 1989, quase perdeu a vaga no segundo turno para o PDT, de Leonel Brizola, o PT tentou até o último minuto “limpar a área”. Queria, na verdade, reconstruir a coligação PT-PSB-PCdoB que, naquele ano, guindou Lula ao segundo turno por uma diferença de 0,6% dos votos em relação a Brizola. Agora, os petistas conseguiram tirar fôlego do candidato do PDT, que estava prestes a conseguir um acordo com o PSB. Os socialistas se afastaram de Ciro depois que PT ofereceu apoio à reeleição do governador Paulo Câmara, em Pernambuco.

O PCdoB, por sua vez, preferiu marchar em carreira solo, depois de receber do PT uma proposta que considerou indecente — de retirar a candidatura de Manuela sem a certeza da vaga a vice na chapa petista. Pela primeira vez, desde a redemocratização do país, o PCdoB estará com um nome à Presidência da República para chamar de seu. Com tanta coisa parecida com 1989, essa é uma grande diferença.

Diario de Pernambuco

Caruaru promove Simpósio sobre Leishmaniose Visceral

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria Municipal de Saúde, realiza na próxima terça-feira (07), o I Simpósio Municipal de Leishmaniose Visceral – Desafios na Saúde Pública. O evento tem início, às 14h, no Teatro do Shopping Difusora, e faz parte da Semana Municipal de Controle e Combate à Leishmaniose, sancionada pela prefeita Raquel Lyra e que será celebrada, anualmente, na semana que incluir o dia 10 de agosto.

“Queremos chamar a atenção para este problema, pois temos observado um crescimento do número de casos nos últimos três anos. É preciso alertar e orientar a sociedade sobre a doença e estreitar o entendimento com defensores da causa animal, criadores e veterinários”, explicou o gerente geral da Vigilância em Saúde de Caruaru, Paulo Florêncio.

O simpósio contará com palestras e debates com representantes da Secretaria de Saúde de Caruaru, Conselho Regional de Medicina Veterinária, FIOCRUZ e Universidade Federal de Pernambuco.

As pessoas interessadas em participar, devem realizar a inscrição gratuitamente através do site: www.saudecaruaru.pe.gov.br

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença infecciosa causada pelo parasita “leishmania”. A transmissão se dá pela picada do mosquito flebótomo infectado, também conhecido como “mosquito palha”. O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Leishmaniose é a segunda doença causada por parasitas que mais mata no mundo, perdendo somente para a malária. A doença tem alto percentual de morte se não diagnosticada e tratada a tempo.

Raquel Lyra visita obras de habitação rural no segundo distrito de Caruaru

Na manhã da sexta-feira (03), a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, acompanhou de perto as obras das casas que estão sendo construídas na zona rural do município, através do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). São 416 famílias beneficiadas nos quatro distritos da cidade.

A visita começou logo cedo, às 8h, e a primeira comunidade a receber a chefe do executivo foi Cachoeira Seca, no segundo distrito. A dona de casa, Cideilda, falou emocionada sobre a nova conquista. “São 33 anos esperando por esse sonho e agora chegou a minha vez, graças à força e a sensibilidade de Raquel, que sempre esteve do lado dos mais pobres”, garantiu.

“A previsão é que, em cerca de 45 dias, o sonho da casa própria para esses agricultores sairá do papel e se tornará realidade. Eu tenho acompanhando e visto a alegria no rosto dessas famílias e posso garantir que a nossa alegria chega a ser maior ainda por poder trabalhar pelas pessoas e por melhorar a qualidade de vida de mais de 400 famílias que não tinham onde morar ou que viviam em situações subumanas”, assegurou Raquel.

A prefeita também foi ao Sítio Craibeiras conhecer de perto a realidade dos camponeses. O mecânico desempregado Cícero da Silva destacou a importância de ter a casa própria e se disse se sentir valorizado. “Faz mais de 20 anos que eu e minha família moramos numa casa de taipa, sem a menor estrutura. Sempre me escrevi nesses programas e nunca tive a oportunidade de ter uma vida melhor. Dessa vez chegou a minha hora, graças a Deus”, afirmou.

A visita terminou já na parte da tarde, no Sítio Carneirinho, também localizado no segundo distrito de Caruaru.

SPM e DIEESE promoveram segunda oficina do Vozes da Moda

No sábado (04), as 40 mulheres envolvidas no projeto “Vozes da Moda: Agreste 2030”, se reuniram mais uma vez no auditório da Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru (SPM). A formação foi realizada com o intuito de oferecer para as caruaruenses envolvidas no ramo de confecções, a 2ª Oficina Mulheres na Confecção: Negociando Melhores Condições de Trabalho, promovida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), e Prefeitura de Caruaru, através SPM.

O foco do encontro foi desenvolver a construção de ações coletivas para as pessoas envolvidas na cadeia têxtil do município. No último evento realizado no dia 21 de julho, o intuito foi o de promover o debate sobre o trabalho das mulheres na atividade de confecção, identificando espaços de construção de ações coletivas que possibilitem melhores condições de trabalho por meio do diálogo social. O projeto foi discutido com o Instituto C&A, que investe em pesquisas e estudos voltados para a área da melhoria das condições de trabalho nas cadeias têxteis e confecções.

A ação que vem sendo desenvolvida em Caruaru, tem o projeto original veiculado ao Instituto Etos, que trabalha com responsabilidade empresarial, o Repórter Brasil, que atua com investigação jornalística na área de cadeias produtivas com relação ao trabalho, e o Instituto Impacto, que trabalha na erradicação do trabalho escravo.

Armando prestigia encerramento do Jubileu dos 100 anos da Diocese de Pesqueira

O candidato ao governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mudar, Armando Monteiro (PTB) prestigiou, na noite deste domingo (5), ao lado dos candidatos ao Senado Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), a missa em comemoração aos 100 anos da Diocese de Pesqueira, no Agreste pernambucano. A celebração encerrou o Jubileu Centenário, que iniciou na última quinta (2), juntamente com o 4º Congresso Eucarístico Diocesano, que teve como lema “Reconheceram-no ao Partir do Pão”.

Celebrado pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, a missa reuniu milhares de católicos de vários municípios na Praça Dom José Lopes, em frente à catedral, numa grande demonstração de fé. A missa ainda contou com a presença de cerca de 50 párocos das 13 cidades que integram a diocese e do bispo dom José Luiz Ferreira Sales, que ao final da cerimônia, abençoou Armando, Bruno e Mendonça.

“Foi uma alegria poder participar de um ato de grande simbolismo e que me emocionou. A celebração marca toda a trajetória da Diocese de Pesqueira que, ao longo do tempo, junto com a comunidade, pode garantir importantes conquistas para o município”, afirmou Armando. “Essa trajetória será uma inspiração para que Pesqueira possa reencontrar seu dinamismo econômico e sua força”, arrematou.

Durante os quatro dias de celebração da fé, o Jubileu Centenário realizou diversas programações eucarísticas, oficinas, missas e show da cantora Fafá de Belém. Ainda dentro da programação, dom José Luiz Ferreira Sales ordenou três diáconos para as paróquias de Brejo da Madre de Deus, Venturosa e Buíque.

Confira os ganhadores do Caruaru da Sorte

Sorteio Realizado 05/08/2018

1º PREMIO CINCO MIL REAIS (R$ 5.000,00)
GANHADOR: RAIMUNDO JOSÉ ALMEIDA
CERTIFICADO: 257.327
ENDEREÇO: RUA 34 Nº 155
CIDADE: RENDEIRAS – CARUARU
VENDEDOR: FERNANDO – DIST. MARIA PRETA
BOLAS: 24 36 42 54 17 08 48 37 33 09 04 58 23 60 34 35 01 38 41 50 55 03 40 07 06 52 39 59 27 19 02 47 31 05 26 16 56 43 11.
2º PREMIO UMA MOTO FAN 125 0KM (R$ 7.750,00)
GANHADOR: GRASIELA DA SILVA BRÁZ
CERTIFICADO: 52.537
ENDEREÇO: ALTO DO PARASITA Nº865
CIDADE: CENTRO – CANHOTINHO
VENDEDOR: JAMILE – DIST. EQUIPE 10 – CELIA
BOLAS: 41 31 26 34 21 04 48 15 56 39 54 23 13 43 02 27 46 32 20 01 40 16 22 17 03 07 42 24 47 59 57
50 11 38 06 33 18 35
3º PREMIO UMA MOTO FAN 125 0KM (R$ 7.750,00)
GANHADOR: JOSÉ ELIAS DA SILVA NETO
CERTIFICADO: 110.770
ENDEREÇO: RUA MANOEL TAVARES Nº134
CIDADE: PINHEIRÓPOLIS – CARUARU
VENDEDOR: KARLA FERNANDA
BOLAS 42 43 27 21 48 28 11 30 02 29 55 09 36 20 53 60 03 49 22 14 19 41 40 33 12 01 15 46 13 39 07 24 59 08 32 04 34 50.
4º PREMIO UM HB20 COMFORT 0KM + QUINZE MIL REAIS (R$ 58.000,00)
GANHADOR: HENRIQUE FERREIRA DA SILVA
CERTIFICADO: 24.689
ENDEREÇO: SÍTIO TAQUARA DE CIMA
CIDADE: ALTO DO MOURA – CARUARU
VENDEDOR: BETANIA – DIST. SANDRO
BOLAS: 18 11 36 57 45 22 46 33 37 01 04 28 41 13 03 49 16 20 54 31 12 55 47 09 58 26 19 38 06 05 44 60.

Modalidade Giro da Sorte
10 prêmios de R$ 1.000,00 (Um Mil Reais – cada)
1º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 344.419
GANHADOR: RIANZI FERNANDES DA SILVA
ENDEREÇO: RUA FEIRA NOVA Nº115
BOA VISTA I – CARUARU 2º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 101.595
GANHADOR: MARIA JOSÉ ALVES DA SILVA
ENDEREÇO: RUA 2 Nº176
LOT. JOÃO PAULO II – SÃO BENTO DO UNA 3º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 91.876
GANHADOR: ERNANDE FARIAS PACHECO
ENDEREÇO: RUA ESPIRITO SANTO Nº51
SÃO BENTO DO UNA 4º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 21.927
GANHADOR: VALDIENE ERICA DE MOURA
ENDEREÇO: AV. ETELVINO LINS Nº786
CENTRO – CUPIRA 5º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 353.037
GANHADOR: MARCELO MANOEL DA SILVA
ENDEREÇO: SÍTIO GAMELEIRA
ZONA RURAL – LAJEDO
6º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 364.507
GANHADOR: ELIANE MARIA DA SILVA
ENDEREÇO: RUA JOSÉ MARTINS SOBRINHO Nº240
VILA ANDORINHA – CARUARU 7º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 108.325
GANHADOR: AMAURI DANTAS DOS SANTOS
ENDEREÇO: RUA CRUZEIRO DO SUL Nº94
SEVERINO AFONSO – CARUARU 8º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 121.024
GANHADOR: MARIA ALVES CORDEIRO NASCIMENTO
ENDEREÇO: RUA JOSE DE ANCHIETA Nº63
SERRA DOS VENTOS – BELO JARDIM 9º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 318.794
GANHADOR: JUCÉLIO CARLOS NERI
ENDEREÇO: AV. VIRGULINO FERREIRA
JOSÉ LIBERATO – CARUARU 10ºRODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 326.550
GANHADOR: LUCIANO ANTÔNIO DA SILVA
ENDEREÇO: AV. BELGICA Nº96
SÃO FRANCISCO – CARUARU

PF prende banqueiro ligado a Sérgio Cabral e Eike Batista

A Polícia Federal deflagrou nova etapa da operação Hashtag, derivada da Lava Jato, no Rio de Janeiro. O principal alvo é o banqueiro Eduardo Plass, dono do TAG Bank e sócio da corretora Opus Participações. Os policiais cumprem outros dois mandados de prisão. Plass é acusado de participar do esquema de corrupção do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em caso relacionado ao empresário Eike Batista.

Segundo as investigações, empresas em paraísos fiscais ligadas ao banqueiro foram usadas na compra de joias pelo ex-governador, no valor de US$ 40 milhões, cerca de R$ 150 milhões. Ainda de acordo com as apurações em andamento, uma conta no TAG Bank foi usada para o pagamento de US$ 16 milhões a Eike Batista, em transferência objeto da Operação Eficiência.

Plass foi sócio do banco Pactual até 2004 e deixou a instituição para abrir a Opus e o TAG Bank no Panamá. Segundo reportagem da revista Época de 2016, as investigações da Lava Jato em Curitiba e no Rio identificaram pagamentos suspeitos na conta de Eike no banco, chamado de “obscuro” pelos procuradores.

Temporada de espetáculos do Palco Parceria será iniciada no Sesc Caruaru

A temporada de apresentações do projeto Palco Parceria do Sesc Caruaru será iniciada neste domingo (5/8). E duas produções farão parte da agenda: a comédia “Deu a louca no convento” e o drama “A visita”, cada um com três datas, sendo o primeiro aos domingos e o segundo as sextas-feiras, sempre a partir das 20h.

E para dar início, já no domingo (5/8) o espetáculo escolhido foi a comédia “Deu a louca no convento”, que é uma produção do Grupo Teatral Eutopo e tem texto e direção de Ednilson Leite. A produção conta da chegada de uma freira ao convento de uma pequena cidade do interior. A freira rebelde acaba tirando a “paz e a tranquilidade” do recinto tradicional, que prega a moral e a doutrina da ordem. Começa aí o imperdível enredo da comédia que tem classificação indicativa de 16 anos.

“A visita”, que é uma produção do Grupo Arte em Cena, que há mais de 30 anos presta importante contribuição à cena cultural de Pernambuco, tem direção de Nildo Garbo e texto de Moncho Rodriguez. No texto, o personagem Antônio faz uma visita ao local que fez parte de sua infância. Busca na memória recriar fatos de seu passado e através de relatos sobre a família, política e sentimentos, encher de vida o vazio do lugar e do seu coração. O drama tem indicação livre e será apresentado ao público nos dias 10, 17 e 24 de agosto.

“O Palco Parceria contempla as linguagens da música, dança, teatro e circo e tem como objetivos fortalecer o movimento artístico cultural, destacando principalmente grupos e artistas da cidade e região, e incentivar as parcerias entre pessoas e instituições para divulgação e promoção das apresentações artísticas”, explica instrutor de atividades artísticas do Sesc Caruaru, Edson Pedro.

As apresentações são voltadas para o público geral, que pagam R$ 20, e para os Trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, que têm desconto e pagam R$ 10. Os ingressos podem ser adquiridos no Teatro Rui Limeira Rosal, que está localizado na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, no bairro Petrópolis.

COMO PARTICIPAR DO PALCO PARCERIA – O Sesc oferece o teatro Rui Limeira Rosal com os quatro técnicos sem cobrança de pauta. Os grupos poderão definir o valor de seus ingressos e a Unidade ficará com apenas 10% da renda da bilheteria, que será destinada a manutenção do espaço. Os grupos e artistas poderão enviar suas propostas para o e-mail: epsilva@sescpe.com.br e serão analisadas na curadoria do coletivo de cultura. Cada grupo ou artista fará entre uma e quatro apresentações durante o mês, a depender da disponibilidade da pauta do teatro.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Contos de fadas, contos para crianças?

Por Gabriela Kopinits

Engana-se quem pensa que sim. A literatura dita infantil surgiu com o advento da classe média, da burguesia mais atuante,no século XVII. Antes disso, as crianças eram vistas como adultos em miniatura, com atribuições semelhantes aos dos adultos. Sua educação, costumes, entretenimentos e papel na sociedade não diferiam muito da dos pais.

Não havia esse conceito que temos hoje de que são seres tenros que precisam de uma educação especial, baseada em parâmetros pedagógicos e psicológicos. Naquela época, crianças eram apenas isso: adultos em menor escala. Seus divertimentos eramosmesmos de todos. Música, canto, esportes, estórias. O que osadultosfaziam, as criançastambémpodiamfazer.

Como tal, os contos que hoje chamamos de fadas não foram imaginados para crianças. Eramcontados para adultos, tanto emelegantessalõesquantonasrodassuburbanas. As estórias nada tinham de inocente, elementos como bárbaros assassinatos, adultério, incesto, pactos com demônios não seriam particularmente indicados para ouvidos infantis.

As “Fábulas”, publicadas entre 1668-94, de Jean de la Fontaine, por exemplo, eram mais anedotas, com as quais ele costumava deliciar os frequentadores dos mais célebres salões parisienses, como o do ministro do Tesouro de Luís XIV, Nicolas Fouquet, onde as falhas de caráter, vícios e maldades humanas eram transportadas para personagens do reino animal, do que precisamente contos direcionados ao público infantil.

Aliás, muitas das fábulas de La Fontaine foram inspiradas no trabalho de Esopo, um escravo nascido na Frígia em 620 AC, célebre pelos contos bemhumorados sobre valores como honestidade, trabalho e lealdade, de narrativa simples e que sempre deixavam uma edificante conclusão – a “moral da estória”. Entre oscontosmaisfamosos dele estão “A Raposa e as Uvas”, “A Lebre e a Tartaruga” e “A Cigarra e a Formiga”.

A tradição dos contos narrados por babás ou carinhosas avozinhas, no entanto, só surgiu em 1697, com a publicação dos “Contos dos Tempos Passados”, do francês Charles Perrault, cujo subtítulo “Contos da Mamãe Gansa” se tornou mais conhecido entre nós. Este era umacoletânea de oitocontos que ganhoumaistrêsnumaedição posterior. Os contos que faziam parte desse que é considerado o primeiro livro de contos de fadas foram: A Bela Adormecida no Bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Barba-Azul, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira (Cinderela), Rique, o Topetudo, O Pequeno Polegar. Oscontos que foramincluídosdepoisforam: Pele de Asno, OsDesejosRidículos e Grisélidis.

Muitas das estórias de Perrault, no entanto, já eram conhecidas sob outras versões, até mais picantes, tendo figurado em coletâneas como a dos italianos Giovanni Straparola e GiambattistaBasile. Nenhuma delas indicada para crianças, diga-se de passagem.

O primeiro livro realmente direcionado a elas foi uma coletânea de cantigas infantis, publicado por Mary Cooper em 1744, cujo sugestivo título era “Para Todos os Pequenos Senhores e Senhoritas”.A segunda coletânea foi “Melodia de Mamãe Gansa”, atribuída ao livreiro John Newbery, em 1760, considerado o primeiro a descobrir e explorar o mercado de livros para crianças.

Oscontosdestetrabalho nada maiseram do que estórias de livros para adultosencurtadas, adaptadas, ilustradas e postasnumlivromenor e menospesado para que as criançaspudessemmanuseá-lo semdificuldade.

Os próximos cem anos não produziram nada de muito significativo, exceto a coletânea dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm: “Contos de Fadas para Crianças e Adultos”, publicada em alemão entre 1812 e 1815 e traduzida para o inglês em 1823. Oscontosdesselivro, muitos de escritoresanteriorescomo Perrault, tinham o propósito de ensinarvaloresmorais e acabaram por se tornarosmaispopularesemtodo o mundo.

Em 1835 foi a vez do dinamarquês Hans Christian Andersen maravilhar o mundo com o seu “Contos para Crianças”. Entre os contos que figuravam nessa obra estavam:

O Pequeno Claus e o Grande Claus, A Princesa e a Ervilha (Uma Verdadeira Princesa) e As Flores da Pequena Ida.Mais tarde, ele publicou vários outros contos como: As Roupas Novas do Imperador, O Patinho Feio, A Rainha da Neve, O Rouxinol, Sapatinhos Vermelhos, A Pequena Vendedora de Fósforos, O Soldadinho de Chumbo e A Pequena Sereia.

Pela relevância de seu trabalho, Andersen é considerado o precursor da literatura infantil mundial. Tanto que a data doseunascimento, 2 de abril, tornou-se o DiaInternacional do LivroInfanto-Juvenil e a medalha Hans Christian Andersen é concedidaaosmelhores da categoriapeloConselhoInternacional de Livros para Jovens – a IBBY. A primeirabrasileira a ganharessamedalhafoiLygiaBojunga Nunes, em 1982, premiadapelo conjunto de suaobra.

Outro grande autor, não muito conhecido por aqui, foi o escocês Andrew Lang que publicou, em 1889, “The Blue Fairy Book”, mais uma coletânea de contos de fadas, só que devidamente “purificados”. Quem for ler qualquer um dos contos de fadas dos vários livros de Lang – The Yellow Fairy Book, The Red Fairy Book, The Green Fairy Book, The Violet Fairy Book e The Crimson Fairy Book- vai perceber que houve ali uma discreta censura vitoriana.

No Brasil, o maior expoente da literatura infantil é Monteiro Lobatomas antes dele, já tivéramos bons trabalhos como a comédia infantil “O Gorro de Papai”, escrita em 1880 pelo conde Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, filho do visconde de Ouro Preto (um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras), e o maravilhoso “Contos das Mil e Uma Noites” do Malba Tahan (pseudônimo do professor Júlio César de Mello e Souza), publicado em 1925.

De lá para cá, muitos outros grandes autores foram revelados e livros maravilhosos publicados. A lista é tão extensa que não caberia em mil artigos. Para conhecê-los, basta uma visita à livraria ou um passeio pela biblioteca. Permita-se esse encantamento. Sonhar, como diria o poeta, é preciso!

Gabriela Kopinits é jornalista, escritora e contadora de estórias

ARTIGO — Simplificar a medição ajudaria na regularização fundiária no Brasil

Bastiaan Philip Reydon é professor titular e coordenador do Grupo de Governança de Terras (GGT) do Instituto de Economia (IE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Toda iniciativa que auxilie na resolução de entraves na regularização de terras é importante para garantir justiça social. O resultado positivo do projeto-piloto realizado no município de Tangará da Serra (MT), que permitiu a 50 famílias de proprietários rurais o registro de posse de suas terras, mostra que descomplicar a medição das áreas e os trâmites legais é um caminho viável.

O trabalho foi executado por meio da parceria entre o Grupo de Governança de Terras do Instituto de Economia da Unicamp, os Cartórios de Registro de Imóveis de Tangará da Serra (MT) e a Agência de Cadastro, Registro Predial e Cartografia dos Países Baixos (Kadaster). A metodologia empregada foi desenvolvida pela agência holandesa e batizada de Projeto “Fit for Purpose”.

O trabalho resultou em um modelo de regularização baseado nas regras da Lei nº 13.465/17 e com vantagens, como o menor custo e maior agilidade na tramitação dos registros.

Permitir que a regularização seja feita usando diferentes camadas de precisão na medição de terras no país é um assunto que deve estar na pauta de órgãos como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O exemplo de Tangará da Serra mostra que novos caminhos devem ser trilhados na área de governança de terras no Brasil. Para conseguir fazer a medição, com o máximo de precisão de todas as áreas no país, seria necessário gastar pelo menos o equivalente a três Produtos Internos Brutos (PIBs) brasileiros.

A forma mais precisa de medição tem a certificação de um agrimensor. Se for permitida, a coleta de informações por terceiros, cujo trabalho tenha regras e padrões definidos, será muito melhor do que manter o vazio atual na regularização fundiária.

Com a criação do Sinter (Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais) pela Receita Federal, que será uma espécie de CPF de imóveis urbanos e rurais, poderiam ser estabelecidos níveis diferentes de precisão de medição das áreas. A primeira camada seria a A, que teria o grau mais elevado de precisão e a certificação de um agrimensor.

O sistema teria outras camadas como B, C e D, cuja medição viria de outras fontes que seguiriam padrões e regras definidas pelos órgãos oficiais. Todas as informações seriam somadas e estariam no banco de dados nacional. A meta seria, gradativamente, que todas as áreas atingissem a camada A.

O assunto foi debatido durante o IV Seminário Internacional de Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico: Regularização Simplificada, realizado em junho na Unicamp. Há um consenso de que é necessário estabelecer ações que permitam avançar no georreferenciamento de áreas no país.

A experiência de Tangará da Serra prova que é possível regularizar áreas usando um equipamento menos preciso e menos sofisticado do que um drone. No projeto, foram utilizados tablets e equipamentos de navegação via satélite (Receptor GNSS), cuja diferença na medição foi pequena e não afetou o resultado final do processo de regularização.

A iniciativa trouxe ganho de escala, barateamento dos custos, agilidade nos trâmites e a participação da comunidade. Garantir que os interessados participem ativamente é fundamental para o sucesso da governança de terras. O cidadão tem que se apropriar dos seus direitos. O Estatuto das Cidades nasceu para ampliar a participação dos brasileiros nas decisões sobre o uso e a ocupação das áreas do país. A legislação é maravilhosa, mas nunca foi implementada em sua plenitude.

Buscar formas de resolver a problemática da governança de terras no Brasil passa também por saber exatamente quais são as áreas governamentais e realizar a regularização delas, conforme determina a Lei nº 13.465/17. O caminho é longo para atingirmos a meta de termos um sistema de governança de terras eficaz no Brasil. Mas temos que avançar em ações que, realmente, tragam benefícios para a regularização fundiária no país.