Pequenas e médias empresas estarão obrigadas ao eSocial em julho

A menos de um mês do prazo para que as pequenas e médias empresas estejam integradas ao eSocial, menos de 10% delas afirmam estar preparadas.

O levantamento, realizado pela multinacional britânica de software de gestão Sage, aferiu que 65% das empresas dizem não ter conhecimento sobre as informações que deverão ser reportadas ao eSocial. Ao mesmo tempo, 11% dizem não se preocupar, apoiando-se totalmente na figura de seu contador para cumprir com a obrigação.

A primeira fase de implantação do sistema do governo, que iniciou em janeiro desse ano, integrou empresas com faturamento anual, no ano de 2016, acima de R$ 78 milhões. A partir de 16 de julho, o programa vai passar a receber as informações de companhias com faturamento igual ou abaixo desse valor.

De acordo com o VP da unidade de Negócios Accountants da Sage Brasil, Elton Donato, “o eSocial traz grandes mudanças na forma de trabalho das empresas e escritórios de contabilidade no que diz respeito, principalmente, às rotinas do departamento pessoal, que agora passam a ter que reportar ao Governo, praticamente em tempo real, tudo o que acontece na vida laboral de seus empregados.”

A pesquisa ouviu 366 companhias de pequeno e médio porte e também escritórios de contabilidade, grandes parceiros dessas empresas nessa mudança. Segundo os 686 escritórios respondentes, a área de recursos humanos recebeu a maior parte dos investimentos para se adaptar ao eSocial, com 28% dos recursos destinados a ela. Na sequência, vem contabilidade, com 16%, e TI, com 14%.

“Os escritórios contábeis terão um papel fundamental nesta etapa da implantação do novo sistema, pois as pequenas e médias organizações irão contar com a ajuda e a consultoria desses profissionais para se manterem em conformidade”, afirma Donato. Ele ainda ressalta que os escritórios de contabilidade devem fazer uso de ferramentas que os apoiem nesse processo, evitando possíveis problemas com a entrega, pois certamente terão dificuldades nesse início de adoção da nova obrigação. Ainda segundo o executivo, não basta ter o software de folha de pagamento preparado para realizar a transmissão dos arquivos ao eSocial. É preciso investir na capacitação das pessoas que serão responsáveis por isso.

Pensando nisso, a Sage, lançou uma plataforma chamada Sage Solução eSocial, focada em apoiar os escritórios de contabilidade na preparação de seus clientes e funcionários. A solução reúne informações técnicas e operacionais para cada fase do projeto.

“Com essa ferramenta, os escritórios de contabilidade conseguem capacitar e acompanhar passo a passo o que precisa ser feito e a evolução das tarefas por meio de um painel de controle que exibe em percentual o grau de evolução em cada fase”, complementa o executivo.

Inadimplência das empresas cresce 9,37% em maio

O número de empresas com dificuldades em pagar as contas segue crescendo no país. Dados do Indicador de Inadimplência apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que, no último mês de maio, frente ao mesmo período do ano passado, cresceu 9,37% o volume de empresas que tiveram o CNPJ negativado em virtude do não-pagamento de contas. Trata-se do maior crescimento observado na série histórica desde setembro de 2016, quando a alta apurada havia sido de 9,61%. Na comparação com o mês anterior, sem ajuste sazonal, isto é, entre abril e maio deste ano, a alta da inadimplência das empresas foi de 0,73%.

Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a saída da recessão ainda não se reflete em melhoras inequívocas na gestão financeira das empresas. “Apesar de a taxa Selic estar em seu piso histórico, os spreads bancários ainda são altos, o que inviabiliza um custo menor do crédito nas operações do dia a dia dos empresários. Além disso, o desemprego elevado desaquece as vendas, diminuindo a margem de lucro das empresas, assim como a perspectiva de investimentos”, explica o presidente.

A alta da inadimplência entre as empresas foi puxada principalmente pela região Sudeste, cujo crescimento foi de 16,54% na comparação entre maio de 2018 com o mesmo mês do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Sul (4,92%), seguida do Centro-Oeste (3,80%), Nordeste (2,94%) e Norte (2,10%). “Até o final do ano passado, vigorava uma lei no Estado de São Paulo que condicionada qualquer negativação de CNPJ ao envio de uma correspondência com aviso de recebimento. Como é um recurso mais custoso do que uma carta simples, algumas empresas deixaram de registrar casos de inadimplência. Quando a lei foi derrubada, os registros passaram a ser inseridos na lista de devedores de forma mais abrupta, causando um crescimento acentuado do indicador nesta região”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

O crescimento da inadimplência em maio foi mais expressivo entre as empresas do ramo de serviços, cuja alta foi de 12,62%. O comércio (6,92%) aparece em segundo lugar, seguido das indústrias (5,78%). O único setor a apresentar queda na quantidade de empresas com contas em atraso é o ramo da agricultura, que apresentou um recuo de -4,02% em novas negativações.

Volume de dívidas em nome de pessoas jurídicas cresce 7,94%; empresas do setor de serviços são as que mais deixaram de receber

Em média, cada empresa inadimplente possui duas dívidas em aberto. De acordo com o indicador, a quantidade de dívidas em nome de pessoas jurídicas também cresceu em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado: alta de 7,94%.

Considerando os segmentos credores, ou seja, aqueles que deixaram de receber por uma dívida, o destaque ficou por conta do segmento de serviços, que engloba bancos, financeiras e empresas de seguro, com alta de 9,79% no período. As indústrias são o segundo ramo que mais deixou de receber (7,45%), seguidas do comércio (3,42%).

O ramo da agricultura é, mais uma vez, o único segmento que apresentou queda, nesse caso, de -5,14%. No total, em cada dez dívidas em nome de pessoas jurídicas no Brasil, sete (70%) são devidas em empresas de serviços. Outros 17% estão concentradas no comércio, enquanto 12% tem como principais credores as indústrias.

TSE divulga limite de gastos para as eleições 2018

Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o limite de gastos das campanhas eleitorais deste ano, bem como o limite quantitativo para contratação de pessoal. Para o cargo de presidente da República o teto será de R$ 70 milhões para o primeiro turno, valor que pode ser acrescido em R$ 35 milhões caso haja segundo turno.

O limite fixado às campanhas para deputado federal ficou em R$ 2,5 milhões. Para os cargos de deputados estadual ou distrital, o teto ficou fixado em R$ 1 milhão. No caso das campanhas para governadores e senadores, o limite de gastos variam de acordo com o eleitorado de cada unidade da Federação.

São Paulo, por exemplo, é a unidade federativa com maior teto de gastos para a campanha a governador (R$ 21 milhões, no primeiro turno e outros R$ 10,5 milhões em caso de segundo turno), seguido do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e da Bahia (14 milhões mais R$ 7 milhões em caso de segundo turno); Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (R$9,1 milhões mais R$ 4,55 milhões para o segundo turno).

Estados com população de até 1 milhão de eleitores terão seus gastos limitados a um teto de R$ 2,8 milhões, para a campanha ao governo estadual. Em caso de segundo turno, essas campanhas terão seu teto acrescido em R$ 1,4 milhão. Informações sobre o limite de gastos para o governo das demais unidades podem ser obtidas no site do TSE.

O TSE também disponibilizou em seu portal o limite de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal, para serviços de militância e de mobilização nas ruas, tanto para a campanha presidencial como para as de senador, deputados e governadores.

Com uma população de 9 milhões de eleitores, São Paulo é o estado que terá direito a fazer o maior número de contratações: 9.324 para as campanhas à presidência e ao Senado; 18.648 para a campanha ao governo do estado; e 6.527 para a campanha à Câmara dos Deputados.

Aneel mantém bandeira vermelha nas contas de luz de julho

Agência Brasil

A exemplo de junho, as contas de luz terão bandeira vermelha no patamar 2 também no mês de julho – o que acarretará em uma cobrança extra de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A manutenção da tarifa extra foi decidida semana passada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tendo por base a “manutenção das condições hidrológicas desfavoráveis e a tendência de redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional”.

Nos quatro primeiros meses do ano, vigorou a bandeira verde, o que não implicava em cobrança extra na conta de luz. Em maio, vigorou a bandeira tarifária amarela, em que há adicional de R$ 1 na conta de energia do consumidor a cada 100 kWh consumidos.

Sistema
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado, de acordo com a Aneel, para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica.

A adoção de cada bandeira, nas cores verde, amarela e vermelha (patamar 1 e 2), está relacionada aos custos da geração de energia elétrica. No patamar 1, o adicional nas contas de luz é de R$ 3,00 a cada 100 kWh; já no 2, o valor extra sobe para R$ 5,00.

Dicas de economia
Diante da situação atual dos reservatórios, a Aneel apresentou algumas dicas para que os consumidores economizem energia. Entre elas a de, no caso do uso de chuveiros elétricos, se tomar banhos mais curtos e em temperatura morna ou fria.

Sugere também a diminuição no uso do ar condicionado e que, quando o aparelho for usado, que se evite deixar portas e janelas abertas, além de manter seu filtro limpo. A Aneel sugere, ainda, que o consumidor tenha atenção para deixar a porta da geladeira aberta apenas o tempo que for necessário, e que nunca se coloque alimentos quentes em seu interior.

Uma outra dica da Aneel para que o consumidor economize energia é a de juntar roupas para serem passadas de uma só vez, e que não se deixe o ferro de passar ligado por muito tempo. Sugere também que, durante longos períodos de ausência, o consumidor evite deixar seus aparelhos em stand-by. Nesse caso, o mais indicado é retirá-los da tomada.

Agências bancárias têm horário especial de funcionamento

Agência Brasil

As agências bancárias abrem hoje (2) das 8h30 às 10h30 e das 14h às 16h.O atendimento em horário especial é devido ao jogo da Seleção Brasileira de Futebol, às 11h, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Brasil joga contra o México.

De acordo com a entidade, não há atendimento em horário de jogos do Brasil “por motivo de segurança das agências e de transporte de valores”. A Febraban acrescentou que a definição dos horários em dias de jogos da Copa foi feita de acordo com circular do Banco Central. Em dia de jogo às 9h, o atendimento ao público nas agências bancárias é das 13h às 17h. Em dia de jogo às 15h, o atendimento é das 9h às 13h.

A federação lembra que os bancos deverão afixar nas agências aviso sobre o horário de atendimento nos dias de jogos do Brasil com antecedência mínima de 48 horas.

A Febraban lembra ainda que as instituições bancárias oferecem aos clientes alternativas como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativo no celular (mobile banking) e operações bancárias por telefone. Esses canais de atendimento funcionam normalmente em horários de jogos.

Bandidos explodem caixas eletrônicos em Itacuruba

Diario de Pernambuco

Mais um banco foi vítima de bandidos neste final de semana. Na madrugada deste domingo, assaltantes explodiram a agência do banco Bradesco em Itacuruba, no Sertão do estado. A Polícia Civil está investigando o caso. Ainda não há informações se os suspeitos levaram dinheiro do cofre.

Segundo informações da polícia, cerca de dez homens chegaram em diversos veículos e explodiram os caixas da agência, que fica no centro da cidade. Os assaltantes também colocaram grampos na estrada que dá acesso ao município, impedindo a passagem de outros veículos.

Defesa de Lula entrou com 78 recursos no caso triplex

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva protocolou até o momento 78 questionamentos judiciais no âmbito do processo do triplex do Guarujá (SP), que levou o petista à condenação e prisão na Operação Lava Jato. Os recursos, incluindo mandados de segurança, reclamações e habeas corpus, foram apresentados entre fevereiro de 2016 e a sexta-feira passada ao juiz federal Sérgio Moro, na primeira instância, ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Condenado a 12 anos e 1 mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula foi preso em 7 de abril deste ano. Desde então, o petista cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato. A força-tarefa da operação acusou Lula de receber propina da empreiteira OAS em forma de benfeitorias no triplex.

Desde a prisão, conforme levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, os advogados que representam o ex-presidente apresentaram 16 questionamentos judiciais ao Supremo, STJ e TRF-4.

Até janeiro deste ano, a maior parte dos requerimentos de Lula pediam a suspeição de Moro e dos procuradores da Lava Jato, no Paraná, e o trancamento da ação do triplex. Desde então, a defesa passou a concentrar esforços em pedidos pela não execução de pena em segunda instância e, depois de 7 de abril, pela liberdade do ex-presidente. A grande maioria dos recursos foi indeferida ou não reconhecida pelos magistrados.

Na semana passada, os advogados de Lula fizeram uma ofensiva no Supremo para tentar tirar Lula da prisão. A defesa apresentou dois pedidos pela liberdade do ex-presidente: uma reclamação, negada pelo ministro Alexandre de Moraes na sexta-feira, e um recurso em habeas corpus que já foi negado pelo plenário do Supremo em abril.

Uma petição apresentada no início de junho para que o STF suspenda os efeitos de sua condenação ainda será julgada em plenário por determinação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte – que tirou a análise da Segunda Turma.

Na esteira dos recursos da defesa do petista, o Supremo foi alvo de críticas por supostas manobras pró e contra os pedidos da defesa do ex-presidente.

‘Caótico’

Para o criminalista Gustavo Badaró, professor em Direito Processual Penal da USP, muitos recursos e questionamentos judiciais são gerados pelo próprio Poder Judiciário. Ele cita o exemplo da execução provisória de pena. Desde fevereiro de 2016, o Supremo admite que investigados sejam presos após o fim dos recursos perante a segunda instância. Parte dos ministros da Corte, porém, pressionam pela revisão da decisão.

“Se o próprio Tribunal não cumpre as suas decisões, que moral ele vai ter para dizer que o sistema é caótico, que os tribunais não obedecem a nossa orientação”, disse Badaró.

Na opinião do jurista Modesto Carvalhosa, os dados são “uma prova de que sistema judiciário brasileiro é absolutamente favorável à ampla defesa do réu”. “É uma prova cabal da eficiência do Poder Judiciário, que toma decisão com base na absoluta manifestação da parte interessada. Isso é positivo.”

Em 2011, o então presidente do STF, ministro Cezar Peluso, apresentou Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir o número de recursos ao próprio Supremo e ao STJ. O objetivo era dar mais agilidade às decisões judiciais de segunda instância. A PEC propunha a imediata execução das decisões judiciais, logo após a pronúncia da segunda instância – Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais. A proposta era também acabar com o efeito suspensivo e os recursos especial e extraordinário.

Desde 19 de janeiro de 2015, a PEC dos recursos, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), está parada na Secretaria Legislativa do Senado.

Agrestina tem o 5º melhor RPPS de Pernambuco

Uma das grandes conquistas dos servidores municipais de Agrestina foi o Regime Próprio de Previdência Social, o AGRESTIPREV. E essa conquista já vem rendendo mais pontos positivos para o município, pois recentemente foi divulgada a classificação nacional dos RPPS, o chamado Indicador de Situação Previdenciária (ISP-RPPS), e segundo essa avaliação, divulgada pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, Agrestina ocupa o 5º lugar no ranking dos municípios pernambucanos com melhores Regimes Próprios de Previdência Social e ocupa a posição 24 quando se trata de todo o Nordeste.

Os critérios aplicados para a obtenção dos resultados são: Conformidade, que respeita ao cumprimento das normas gerais de organização e funcionamento; Equilíbrio, que trata da Avaliação da situação dos RPPS quanto a Endividamento, Solvência Financeira, Solvência Atuarial, Relação entre Ativos / Inativos e Comprometimento da Receita Corrente Líquida; e Transparência, que avalia a Prestação de informações à SPREV, para disponibilização em consulta pública.

A pontuação média nacional é de 0,591. A pontuação máxima é 1,00. Agrestina alcançou a pontuação de 0,815, o que coloca o município muito acima da média nacional. A avaliação é referente ao primeiro semestre deste ano.

Para mais informações acesse: http://www.previdencia.gov.br/regimes-proprios/indicador-de-situacao-previdenciaria/

Prefeitura de Caruaru divulga funcionamento nesta segunda-feira

Em virtude do jogo da Seleção Brasileira de Futebol, na Copa do Mundo FIFA 2018, não haverá expediente nos órgãos e entidades da administração direta e indireta. Contudo, será obrigatório a compensação do horário nos dias 3, 4 e 5 de julho.

Saúde: UPAS ficam abertas 24h normalmente;
Hospitais e Samu funcionam normalmente;

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: Serviços de urgência funcionarão normalmente.

46% dos usuários do cheque especial recorrem ao limite todos os meses

Assim como o cartão de crédito, o cheque especial é uma das modalidades de crédito mais populares entre os consumidores brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país revela que 17% dos consumidores recorreram ao cheque especial nos últimos 12 meses ― sobretudo as classes A e B (29%) ―, sendo que quase a metade (46%) possui o hábito de entrar todos os meses e 20% a cada dois ou três meses. Por outro lado, 80% afirmam não ter usado o limite neste período.

Seu uso teve como principais finalidades cobrir imprevistos com doenças e medicamentos (34%), quitar dívidas em atraso (23%) e realizar manutenção de automóveis ou motos (18%). Outros 17%, entraram no cheque especial por descontrole no pagamento das contas. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alerta que o fato do serviço não exigir qualquer tipo de burocracia ou garantia acarreta no alto custo de uso. “Sem perceber, muitos entram no limite por achar que o recurso faz parte do seu saldo bancário. E no fim das contas, acabam pagando juros altos”, ressalta.

Prova disso é que quase a metade dos entrevistados (45%) reconhece não ter analisado as tarifas e os juros ao utilizar o cheque especial, seja por que não pensou nisso na hora (20%) ou porque precisava muito do recurso e acabou contratando independentemente dos custos (19%). Resultado: a maioria dos entrevistados (63%) afirma desconhecer as taxas e os juros cobrados pelo uso do limite, principalmente as classes C, D e E (72%). Em contrapartida, 48% disse ter avaliado os custos cobrados na hora de usar.

30% dos entrevistados já ficaram com nome sujo por não cobrir o limite do cheque especial

A inadimplência dos que recorrem ao limite do cheque especial e não conseguem cobri-lo levou um terço dos entrevistados (30%) a ter seu nome sujo. Dentre esses, 15% já regularizaram a situação e 14% permanecem negativados. De acordo com os especialistas do SPC Brasil, as mudanças nas regras do cheque especial que entraram em vigor ontem (1/7) prometem melhorar esse quadro — as instituições financeiras passarão a entrar em contato com os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta por 30 dias consecutivos. Pela nova regra, os bancos deverão oferecer como alternativa um financiamento pessoal mais barato, com a possibilidade de parcelar a dívida.

“A mudança vai ajudar a evitar o efeito bola de neve, principalmente para quem realmente enfrentou alguma emergência em um determinado mês. Entretanto, para aqueles que costumam fazer uso recorrente do cheque especial, é preciso ter em mente que estará trocando uma dívida por outra mais longa. Assim, o cuidado com os limites do orçamento continua sendo essencial para manter o equilíbrio das contas e evitar a inadimplência”, explica a Marcela Kawauti.

O levantamento mostra ainda que antes de entrar no limite do banco, mais de um terço dos usuários de cheque especial (36%) até tentou outras alternativas de crédito, mas não conseguiu. Já 53% nem sequer cogitaram essa possibilidade.

Metodologia

Foram entrevistados 910 consumidores no mês de março, nas 27 capitais brasileiras, acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para uma confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas