PMs têm férias suspensas para reforçar na segurança durante a folia

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A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) suspendeu as férias do efetivo entre 25 de janeiro e 19 de fevereiro deste ano. De acordo com a determinação, publicada no Boletim Geral da instituição, o objetivo é reunir esforços para garantir a segurança durante o período carnavalesco, que terá como auge o fim de semana prolongado entre os dias 9 e 13 do próximo mês. A medida afetará cerca de 10% dos policiais.

Em nota enviada à Folha de Pernambuco, a PMPE informou que o “Carnaval exige esse esforço da corporação, face a grandeza do evento popular, tão procurado pelos brasileiros quanto estrangeiros que se deslocam para nosso País e em especial, a este Estado”.

O esquema de segurança para a festa, que envolve também policiais civis e bombeiros militares, costuma ser divulgado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) a poucos dias dos maiores eventos, como o desfile do Galo da Madrugada. O efetivo da PM tem cerca de 19 mil pessoas.

A corporação ainda explicou que, num prazo máximo de 30 dias, após o período momesco, “concede férias regulamentares [aos policiais], dentro de um escalonamento, sem prejuízo para a sociedade”. Lembrou, ainda, que a cassação das férias ocorre todo ano, nesse período.

O efetivo também teve o período de descanso adiado de forma emergencial, por determinação da SDS, em parte do mês de dezembro de 2016 e em todo o mês de janeiro de 2017. Na época, o argumento foi a necessidade de reforçar a segurança, uma vez que parte dos PMs havia aderido a uma operação padrão que comprometeu o policiamento nas ruas.

As Forças Armadas chegaram a ser chamadas, dentro de uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e auxiliaram a segurança pública entre 10 de dezembro e 3 de janeiro. Como o Carnaval veio imediatamente após o período da suspensão, o descanso para policiais que tinham sido afetados foi concedido a partir de 2 de março.

Disque-Denúncia terá verba federal

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O Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) passará a prover recursos para os serviços de Disque-Denúncia dos estados, inclusive para a premiação em dinheiro de pessoas que deem informações relevantes à resolução de crimes. O financiamento federal para a área foi sancionado na quinta (11) e publicado no Diário Oficial da União (DOU). A Lei 13.608 deve dar folego ao Disque-Denúncia Recife, que há mais de um ano vem operando no vermelho, sem recursos do governo estadual.

O serviço, que completa 18 anos agora, é a central telefônica de referência em Pernambuco quando o tema é combate à criminalidade com a ajuda do cidadão. Além do auxílio financeiro, a normativa determina que as empresas de transportes terrestres que operam sob concessão da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos municípios são obrigadas a exibir em seus veículos, os números do Disque-Denúncia e mensagens de incentivo à colaboração neste serviço.

“Estamos numa situação muito difícil”, confirmou a coordenadora do Disque-Denúncia Recife, Renata Dubeux. A entidade, que é uma organização não governamental, vem há dois anos na corda bamba financeira desde que não teve o convênio com o governo estadual renovado. O resultado tem sido o desmonte da capacidade operacional do serviço. Apesar do desinvestimento financeiro, a parceria que envolve a entrega de denúncias aos órgãos de segurança pública continua.

A crise fez com que funcionários fossem desligados, e os atuais se transformassem em voluntários que ainda lutam pela manutenção do canal, mesmo sem remuneração. Outro impacto atingiu o horário de funcionamento do sistema e o número de chamadas. “Funcionávamos 24 horas, de segunda a domingo, e recebíamos aproximadamente 2,5 mil informações por mês. Desde agosto de 2016, a central opera das 8h às 18h e recebe, em média, 500 informações mensais”, disse a coordenadora. Hoje, a única receita para o Disque-Denúncia Recife é a proveniente de doações captadas de pessoas físicas e do empresariado interessados em colaborar com a elucidação e a prevenção de crimes.

Vale ressaltar que esses recursos, ainda assim, são escassos, o que, por exemplo, não permite uma premiação mínima para quem contribui com informações. “Se fosse assim, hoje nós não estaríamos em condição de funcionar. Na maioria das vezes, a população denuncia por indignação e não visando um benefício financeiro”, explicou Renata. As campanhas com recompensas estão ligadas aos interesses da parte afetada em ter uma resposta mais rápida. São financiadas por empresas ou pessoas físicas. O Disque-Denúncia, nesses casos, intermedeia o pagamento para manter o anonimato do denunciante. Graças ao serviço, 5,8 mil prisões foram efetuadas, 4,3 mil armas apreendidas e 120 pessoas desaparecidas foram localizadas.

O Ministério da Justiça disse que o apoio aos serviços telefônicos para recebimento de denúncias precisa ser regulamentado, indicando os valores e outras nuances da ajuda. A pasta destacou que o Fundo Nacional de Segurança Pública executou R$ 473 milhões em 2017 e a previsão para 2018 é de R$ 503 milhões. O montante foi aplicado para reequipamento das instituições de segurança pública, capacitação de profissionais da área e operações em apoio aos estados.

Procurada para se posicionar sobre a nova legislação federal e seus impactos, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que já dispõe de serviço próprio de delação anônima, pelos números 181 ou 0800 081 500. A pasta indica que a ligação é gratuita e sigilosa, podendo ser feita de qualquer município do Estado. Além dos números apontados acima, a população pernambucana poderá fazer a denúncia através do link http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/web/ouvidoria/fale-conosco. A SDS não respondeu sobre os motivos para o fim dos aportes financeiros ao Disque-Denúncia, qual o impacto das verbas federais nos sistemas de denúncia por telefone em Pernambuco e se existe alguma bonificação ao cidadão que hoje contribui com os canais disponíveis.

Brasil contratou mais de 369 mil aprendizes em 2017

O mercado de trabalho do país contabilizou o ingresso de 369.676 mil jovens por meio da Aprendizagem Profissional, entre janeiro e novembro de 2017. De acordo com o resumo preliminar do Ministério do Trabalho, o estado que mais contratou foi São Paulo, com 102.300 mil admitidos, seguido de Minas Gerais, com 39.139, e Rio de Janeiro, com 33.453. No total, o Brasil já registra a contratação de mais de 3,2 milhões de aprendizes desde 2005, quando a lei que prevê essa modalidade de contratação entrou em vigor.

Segundo o diretor de Políticas de Empregabilidade da pasta, Higino Brito Vieira, o balanço prévio mantém o ritmo de contratação dos anos anteriores, a exemplo de 2016, que fechou com 386 mil admissões. “O Brasil vem tendo um aumento na Aprendizagem Profissional desde a sua criação, mas os números poderiam ser melhores. O potencial de contratações é quase três vezes maior do que o que foi contratado (939.731), mas ainda é um desafio convencer os empregadores de que pode ser vantajoso para as empresas”, explica Vieira. O diretor destaca que a legislação prevê que todas as empresas de médio e grande porte devem manter em seus quadros de funcionários jovens de 14 a 24 anos, na modalidade Aprendiz, com cotas que variam de 5% a 15% por estabelecimento.

Setores e ocupações – Entre os setores que mais contrataram aprendizes em 2017 estão: Comércio, com 93.469 admissões, e Indústria de Transformação, com 92.248. Já sobre as ocupações, as vagas de auxiliar de escritório (147.747) e assistente administrativo (67.341) estão nas primeiras posições no ranking e, juntas, somam a fatia de quase 60% das admissões.

Gênero – Do total de aprendizes contratados em 2017, mais de 52% são do sexo masculino (194.983), contra 47,26% do sexo feminino (174.693). Em alguns estados, a contratação de mulheres superou a de homens, como foram os casos de Santa Catarina, com 51,72% do sexo feminino, e Mato Grosso, com 51,13%.

Aprendizagem Profissional – A Lei nº 10.097/2000 instituiu a Aprendizagem Profissional e entrou em vigor após ser regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005. O texto determina que sejam contratados jovens entre 14 e 24 anos, matriculados em escola ou curso técnico. Nos caso dos PcDs (Pessoas com Deficiência), não há limite de idade. A remuneração é proporcional ao número de horas que o aprendiz trabalha, usando como base o salário mínimo.

“O programa de aprendizagem é uma oportunidade para que os jovens alcancem mais oportunidades no futuro profissional, além de auxiliar no combate à precarização do trabalho infantil. É importante destacar que a modalidade é diferente do estágio e implica garantias trabalhistas para o contratado”, conclui Vieira.

Trabalhadores rurais de Petrolina declaram apoio à pré-candidatura de Fernando

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Na última quinta-feira à tarde o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STR) declarou apoio à pré-candidatura do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) ao governo do estado. Os dirigentes da entidade sindical participaram de uma reunião com Fernando na sede do STR. Durante a conversa eles destacaram o trabalho do senador ao longo dos 34 anos de vida pública, apoiando a consolidação dos perímetros irrigados no Vale do São Francisco.

“Fernando sempre lutou para o desenvolvimento da nossa região, pela agricultura irrigada e áreas de sequeiro. Ele tem disposição para trabalhar e força para fazer a agricultura de Pernambuco ganhar projeção e gerar mais empregos e renda para a nossa gente”, destacou a presidente do STR, Lucilene dos Santos Lima. Ela lembrou que recentemente Fernando foi responsável pela renegociação das dívidas dos trabalhadores rurais, beneficiando milhares de pequenos agricultores do Nordeste. “Ele tem a sensibilidade para compreender os problemas das mulheres e homens do campo. Fernando conhece a realidade do Sertão”, declarou. O Sindicato é o maior da categoria no país, com 32 mil filiados.

Fernando recebeu o apoio com entusiasmo e explicou que o processo de escolha para a chapa majoritária ainda está em debate com as outras forças da oposição. “Temos uma frente ampla, com muitos nomes qualificados. Vamos dialogar com todos, para mais adiante identificar as pessoas que melhor representam o desejo de mudança em Pernambuco”, destacou. Petrolina será a sede do segundo grande encontro das oposições, o Pernambuco Quer Mudar, agendado para o dia 27/01.

ARTIGO — Como prospectar clientes?

Por Carlos Cruz

A primeira etapa do processo de venda e uma das mais importantes é a prospecção. Por incrível que pareça, porém, é uma das fases em que os vendedores têm mais dificuldades. Isso acontece por questões técnicas, como falta de planejamento, habilidades e estratégias, ou por questões comportamentais, como o medo da rejeição.

Portanto, para não ter erros, vamos começar na compreensão do verdadeiro sentido da palavra prospecção: originário do latim prospectione, significa a ação de pesquisar. É um termo do âmbito da geologia, usado para descrever os métodos usados para descobrir os filões ou jazidas de uma mina. Mas, qual é a relação disso com o mercado de vendas?

Na nossa área, as jazidas representam as buscas de negócios em um determinado mercado, que podem ser um território específico a ser explorado ou até mesmo uma carteira de clientes. É comum as pessoas associarem prospecção apenas à procura de nova clientela, mas aqui vamos considerar prospecção como todo esforço na busca de oportunidades. Ou seja, um prospect ou clientes da carteira que podem estar ativos e inativos.

Após a compreensão desse significado, é preciso traçar a meta e, em seguida, definir qual será a estratégia para alcançá-la. Alguns profissionais atuam apenas com o foco em novos negócios, outros já têm uma carteira específica e precisam potencializá-la, com as oportunidades mapeadas e trabalhadas. Em boa parte dos casos, o vendedor precisa fazer uma mescla do esforço entre a busca de clientes novos e as oportunidades na carteira.

Quando a prospecção ocorre na carteira de clientes, não importa o quanto ele está preparado para prospectar, o primeiro passo sempre vai ser ter uma visão sobre as oportunidades a serem exploradas. Sugiro uma análise do potencial da carteira em questão com o cruzamento do mix de produtos – linhas existentes no portfólio versus clientes.

Já na prospecção de novos clientes, é imprescindível definir o esforço necessário de contatos. Se o vendedor, por exemplo, precisa de dez prospects para conseguir um cliente novo e a meta é conquistar 5 clientes, será necessário fazer 50 prospecções, pois a taxa de conversão é de 10%.

Porém, na medida em que são realizadas as prospecções, as habilidades são desenvolvidas e as formas de buscar oportunidades e conseguir a atenção dos potenciais clientes, aprimoradas. Assim, é possível evoluir na taxa de conversão para 20% – ou seja, a cada dez prospects, dois fecham o negócio, a cada 25, cinco fecham negócio e assim por diante.

Quando comecei na minha carreira, tinha receio de prospectar por ouvir muitos não. Com a experiência adquirida, percebi que a negativa eu já tinha e, portanto, precisava buscar o sim com estratégias e técnicas. Se essa evolução ainda não aconteceu com você, invista em melhorar a performance na prospecção. Mas, antes, lembre-se de medir o seu empenho. O segredo da prospecção não está apenas na ação, mas no planejamento do esforço.

Seguro-desemprego é reajustado em 2,07%; parcela mais alta sobe para R$ 1.677

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A partir de hoje (11), os trabalhadores demitidos há até cinco meses e que ganhavam mais de um salário mínimo receberão mais dinheiro do seguro-desemprego. O valor do benefício superior ao mínimo foi reajustado em 2,07%, equivalente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado.

A partir de hoje (11), os trabalhadores demitidos há até cinco meses e que ganhavam mais de um salário mínimo receberão mais dinheiro do seguro-desemprego. O valor do benefício superior ao mínimo foi reajustado em 2,07%, equivalente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado.

Com o aumento, o teto mensal do benefício subirá de R$ 1.643,72 para R$ 1.677,74, diferença de R$ 34,02. O piso do seguro-desemprego equivale a um salário mínimo, que passou de R$ 937 para R$ 954 em 1º de janeiro, alta de 1,81%.

Para quem recebia mais que o mínimo, o valor do seguro-desemprego é calculado com base em três faixas salariais. O segurado demitido que ganhava até R$ 1.480,25 recebe 80% do salário médio limitado ao salário mínimo. De 1.480,26 a R$ 2.467,33, o valor equivale a R$ 1.184,20 mais 50% do que exceder R$ 1.480,25. Quem ganhava mais que R$ 2.467,33 recebe o teto de R$ 1.677,74.

Pago aos trabalhadores dispensados sem justa causa com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o seguro-desemprego é calculado sobre a média do salário dos três meses anteriores à demissão. Se o empregado tiver sido demitido antes desse período, o benefício é definido com base na média de dois meses ou um mês.

O pagamento é limitado a três, quatro ou cinco parcelas, dependendo do período trabalhado antes da demissão.

Paulo Câmara garante abastecimento de água para Alagoinha

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O governador Paulo Câmara inaugurou, nesta quinta-feira (11.01), o trecho útil do Sistema Adutor do Agreste que beneficia o município de Alagoinha, no Agreste Central. A obra normaliza o reabastecimento de água da cidade, que passa a ser alimentada pela barragem Ipaneminha, situada em Pesqueira. A operação, que teve um aporte de R$ 13 milhões, leva água para 7 mil habitantes da região. Durante a entrega, Paulo destacou a importância de o Governo voltar o seu olhar para as principais demandas da população.

“A inauguração dessa Adutora era um sonho antigo de todos que moram aqui em Alagoinha. E nós, diante de tanta dificuldade que passa o nosso País, temos buscado priorizar aquilo que é importante para Pernambuco. Investimos R$ 13 milhões em uma época difícil, mas sabendo que será importante para a população. Desde dezembro, a água já é uma realidade para Alagoinha. Continuaremos a realizar as parcerias que são fundamentais, ajudando o prefeito Uilas em todas as dificuldades. É fundamental unirmos forças em favor de um Estado melhor, mais justo e mais igual”, apontou.

O chefe do Executivo estadual também afirmou que já iniciou os projetos necessários para ampliar o abastecimento de água para toda a região, já que alguns locais ainda não possuem estrutura de recebimento de água. “Já autorizei a Compesa a realizar o projeto para nós ampliarmos a rede, porque a cidade cresceu nesses últimos cinco anos então existem locais que ainda precisam ter a tubulação. É uma segunda etapa que a gente quer iniciar ainda este ano, pois sabemos que é fundamental abranger todo o município em relação ao abastecimento de água”, finalizou.

A obra consiste na implantação de um trecho 12 quilômetros de tubulação. Com a operação, a população alagoinhense passa a ser alimentada com água oriunda da barragem de Ipaneminha e terá o seu fornecimento de água restabelecido por meio da rede distribuição, o que não acontecia desde 2012.

Na ocasião, o prefeito Uilas Leal ressaltou que, para atender as demandas que são prioritárias para a população, é preciso parcerias entre as gestões públicas. “Não foram momentos fáceis. Faço questão de ressaltar aqui que o nosso povo é guerreiro, lutador e que não baixa a cabeça diante das dificuldades. Precisamos ter a sensibilidade de entender o que é prioridade para atender a nossa população. É necessário estarmos juntos para, independente do tamanho da dificuldade e da crise, fazermos as parcerias, enfrentar de cabeça erguida e vencer”, assegurou.

O presidente da Compesa, Roberto Tavares, destacou que os investimentos na área de abastecimento de água nos anos anteriores colaboraram para a entrega realizada hoje. “Restabelecemos uma adutora para Pesqueira, da Barragem de Ipaneminha, para atender uma parte da cidade de Pesqueira, e, assim, retomar também o abastecimento de Alagoinha, já utilizando uma etapa da Adutora do Agreste. O governador trabalhou muito nos anos de 2015, 2016 e 2017, e, agora no ano de 2018, na área hídrica, vai ter muita colheita de tudo o que plantou”, frisou.

Também acompanharam o governador durante a agenda os deputados estaduais João Eudes e Eduíno Brito; o chefe de gabinete do Governo, João Campos; o presidente da câmara de Alagoinha, vereador Edinho de Nilza, além dos prefeitos Merson (Poção), Maria José (Pesqueira), Eudes Tenório (Venturosa) e Osório Filho (Pedra).

Orçamento de 2018 não prevê correção da tabela do IR, informa Receita

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

Sem correção há três anos, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) passará mais um ano sem reajuste, informou hoje (11) a Receita Federal. Para este ano, a faixa de isenção continuará em vigor apenas para quem recebe até R$ 1.903,98.

De acordo com cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Nacional (Sindifisco Nacional), se a correção pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tivesse sido aplicada todos os anos, a defasagem acumulada da tabela do Imposto de Renda entre 1996 e 2017 não teria chegado a 88,4%.

De acordo com o Sindifisco Nacional, se toda a defasagem tivesse sido reposta, a faixa de isenção para o Imposto de Renda seria aplicada para quem ganha até R$ 3.556,56. O desconto

por dependente subiria de R$ 2.275,08 para R$ 4.286,28 por ano. O valor deduzido com gastos de educação chegaria a R$ 6.709,90, contra R$ 3.561,50 atualmente.

Em nota, o Sindifisco Nacional informou que a defasagem de quase 90% da tabela do Imposto de Renda achata a renda do trabalhador. “Se a faixa de isenção atual chega aos contribuintes que ganham até R$ 1.903,98, corrigida, livraria todo assalariado que ganha até R$ 3.556,56 de reter imposto na fonte. Representa dizer que essa diferença de R$ 1.652,58 pune as camadas de mais baixa renda. Importante lembrar que a tabela do IRPF não é reajustada desde 2016 [ano-base 2015]”, destacou a entidade.

Para a entidade, o achatamento só não foi maior porque o IPCA de 2017 ficou em 2,95%, um dos valores mais baixos em 20 anos.

Colégio Óbvio recebe notificação de despejo

Esta semana, a redação do Blog do Wagner Gil recebeu a visita dos advogados que representam os proprietários do prédio onde funcionou o Colégio Atual e este ano irá funcionar o Colégio Óbvio, informando de algumas ações na Justiça para tentar retomar o prédio dos atuais inquilinos. De acordo com o advogado Pedro Wanderley, ao todo, são três ações de cobrança, que vêm totalizando mais de R$ 400 mil. A situação é bastante complicada também, porque alguns funcionários estão com os salários atrasados e dezenas de ações da Justiça do Trabalho ainda se encontram em vigor.

A decisão do despejo é do juiz José Tadeu dos Passos e Silva e a decisão deve ser cumprida em julho de 2018, ou seja, no perído de férias escolares do meio do ano. A decisão foi publicada em 21 de dezembro de 2017.

Também existe uma ação de apropriação indevida, porque o prédio está sublocado à Asces-Unita, que paga R$ 18 mil, sendo mais de 30% desse valor, destinado ao IPTU. “O colégio recebeu esse valor e não pagou o IPTU. São dois anos de atraso em relação a este imposto. Nosso aluguel é de R$ 10 mil, ele recebe R$ 18 mil da sublocação e mais IPTU e não paga nada”, informou Pedro Wanderley. O advogado informou ainda que a Asces-Unita ainda divide despesas de custeio como: 50% da conta de energia, 50% da Compesa e 30% do valor do IPTU, além do rateio de despesas de limpeza.

O advogado cedeu algumas cópias de documentos à nossa equipe de reportagem e dentre elas estava um boletim de ocorrência com acusação de estelionato. Foi um cheque no valor de R$ 10 mil que voltou sem fundos, além de dois cheques sustados no mesmo valor. “Vale lembrar que o colégio não tem alvará para funcionamento”, disse Pedro Wanderley, que ainda complementou: “Todos os trabalhos estão sendo realizados conforme os trâmites legais e conduzidos da melhor maneira possível. No final, nossa intenção é que se revele a verdade e se faça justiça contra os que acreditam estar imunes aos seus efeitos”, finalizou o advogado.

Nossa reportagem tentou entrar em contato com a direção do Colégio Óbvio, que admitiu alguns problemas, mas afirmou que irá solucioná-los, explicando que algumas ações trabalhistas foram herdadas da antiga direção do Colégio Atual. O advogado que falou com nossa reportagem afirmou que terá uma reunião com os atuais diretores da unidade nesta sexta-feira (12) e, só então, irá se pronunciar.

 

Os campeões das faltas não justificadas na Câmara

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Congresso em Foco

Além dos oito deputados que faltaram a mais de 50% das sessões em 2017, outros 11 não apresentaram justificativas a pelo menos 25 ausências (cerca de um quinto das sessões do ano). Os deputados Nivaldo Albuquerque (PRP-AL), Waldir Maranhão (Avante-MA), José Priante (MDB-PA), Vicente Candido (PT-SP), Edmar Arruda (PSD-PR), Renzo Braz (PP-MG), Guilherme Mussi (PP-SP), Sérgio Reis (PRB-SP), Magda Mofatto (PR-GO), Vicentinho Júnior (PR-TO) e Celso Jacob (MDB-RJ) deixaram de justificar, cada um, mais de 25 faltas nas sessões plenárias obrigatórias da Casa. Ao todo, esses 11 deputados deixaram de apresentar justificativas a 307 faltas no total.

Durante o ano, a Câmara contabilizou 2.603 faltas sem que houvesse qualquer satisfação sobre as ausências dos 548 deputados que exerceram mandato no ano de 2017. De acordo com o artigo 55 da Constituição, o congressista que deixar de comparecer a mais de um terço das sessões sem apresentar justificativa em até 30 dias poderá perder o mandato. A ressalva se dá para ausências por problemas de saúde, que podem ser justificadas a qualquer tempo.

Apesar de não justificarem suas ausências, dez deputados citados têm assiduidade superior a 60% das sessões do ano. Apenas o deputado Guilherme Mussi (PP-SP), que compareceu a 65 dos 119 dias em que a presença era exigida, tem assiduidade inferior. Ele registrou presença em 55% das sessões. Procurado, o deputado não tinha se manifestado até o fechamento desta reportagem.

Mussi apresentou justificativa para 30 de suas 54 faltas, sendo que 19 delas foram atribuídas a licença-saúde e 11 a “decisão da mesa”, quando a Mesa Diretora não detalha a razão do não comparecimento. Em geral, quando o parlamentar participa de atos políticos em seu estado. Nos primeiros dias de janeiro, durante a conclusão do levantamento, pelo menos três faltas do deputado foram justificadas.

O alagoano Nivaldo Albuquerque foi o que mais registrou faltas injustificadas. Das 34 ausências do deputado, ele não apresentou justificativa para 31 delas. Albuquerque poderia ter comparecido a 116 das 119 sessões com votações realizadas em 2017. A reportagem tentou contato com o deputado, mas ele estava viajando.

Waldir Maranhão (Avante-MA) é o vice-campeão em faltas não justificadas em 2017. Apenas 5 das 35 ausências do maranhense foram justificadas. Ele ganhou notoriedade em maio de 2016, quando assumiu a presidência da Câmara interinamente e decidiu anular o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, mas voltou atrás no dia seguinte.

Regime fechado

A frequência de Celso Jacob (MDB-RJ) é alta, e suas faltas sem justificativa formal têm motivo conhecido. Entre as 25 faltas não justificadas do deputado, 23 coincidem com o período em que o deputado passou preso em regime fechado. Em 6 de junho, ao desembarcar em Brasília, Jacob foi preso e levado para a Papuda. Ele foi condenado a sete anos e dois meses de reclusão por dispensa indevida de licitação para a construção de uma creche quando era prefeito de Três Rios (RJ), entre 2001 e 2008.

Foram contabilizadas sete faltas até que, em 27 de junho, a Justiça do DF atendeu ao pedido de Jacob, autorizando o deputado a migrar para o regime semiaberto, trabalhando na Câmara durante o dia e voltar para a Papuda à noite. Ele voltou ao trabalho no dia 4 de julho e foi um dos poucos a marcar presença durante o recesso parlamentar, com autorização da Justiça.

Foi só no fim de novembro que a situação de Jacob mudou. O deputado foi flagrado tentando levar para sua cela na Papuda alimentos não permitidos. Ao ser pego com dois pacotes de biscoitos e um de provolone na cueca, o deputado foi mandado para o isolamento no presídio. A Justiça revogou sua permissão para trabalhar e ele voltou ao regime fechado. Foram 16 faltas desde então, até o fim do ano legislativo, no dia 19 de dezembro.

Entretanto, foi só em 22 de dezembro, após a prisão de Paulo Maluf (PP-SP), que Jacob teve seu salário e benefícios oficialmente suspensos pela Câmara. Até o início de novembro, apesar de dormir na Papuda, Jacob ainda recebia, inclusive, o auxílio-moradia da Câmara de R$ 3 mil depositado em sua conta. Entre os meses de junho e novembro, período em que passou preso e trabalhando na Câmara, o deputado conseguiu manter o salário de R$ 33,7 mil e sua verba de gabinete.