Novo Fies cria 310 mil novas vagas

O Novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi sancionado na quinta-feira, 7, pelo presidente da República, Michel Temer, em evento no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Mendonça Filho. As alterações nas regras do Fies criam 310 mil novas vagas para próximo ano, sendo 100 mil a juro zero; cobram mais atenção à qualidade dos cursos financiados e permitem maior flexibilização no prazo de carência. As mudanças visam à sustentabilidade do programa a médio e longo prazos.

Durante a cerimônia, o presidente Michel Temer parabenizou o MEC pelo trabalho na construção do texto do Novo Fies. “Gostaria de falar sobre o extraordinário trabalho que o ministro e sua equipe vêm fazendo pela educação brasileira. Algo que vai além do administrativo e leva em conta o quanto a educação é importante para o crescimento do Brasil”, disse.

Mendonça Filho, por sua vez, destacou a sustentabilidade do programa a partir de agora. “O Novo Fies é algo sustentável e que vai atender, realmente, quem mais necessita, para que eles possam acessar a educação superior. Não adianta [haver] picos de crescimento e crédito com a conta, logo mais, voltando para o contribuinte. O Novo Fies é uma política pública sustentável, dirigida aos mais pobres e preservando o equilíbrio fiscal”, ressaltou.

O antigo modelo do Fundo de Financiamento Estudantil vinha gerando aumentos consecutivos no percentual de inadimplência registrado pelo programa, que chegou a atingir 50,1%. Em 2016, o ônus fiscal do Fies foi de R$ 32 bilhões, valor 15 vezes superior ao custo apresentado em 2011. Tais números, juntamente com um fundo garantidor insuficiente, colocavam em risco a existência do programa e a manutenção do ritmo de cessão de bolsas.

O Novo Fies é composto de três faixas – Fies 1, Fies 2 e Fies 3. A primeira modalidade corresponde ao financiamento ofertado diretamente pelo governo para o estudante, representando a parcela de vagas a juro zero. Elas são reservadas a estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos. Esta modalidade terá o Fundo Garantidor composto de recursos da União e aportes das instituições de ensino.

Já as modalidades 2 e 3 estão destinadas aos estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários mínimos. O Fies 2 vai ofertar 150 mil vagas e visa atender estudantes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tendo como fonte de financiamento recursos de fundos constitucionais dessas regiões. Dentro do Fies 3, serão oferecidas 60 mil vagas para todo o Brasil, sendo os recursos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em ambos os casos, a taxa de juros vai variar de acordo com a instituição financeira onde foi fechado o financiamento.

Mesmo mais caras que a modalidade 1, uma vez que naquela o juro é zero, nas modalidades 2 e 3 as instituições contam com recursos públicos e por isso são capazes de ofertar um financiamento mais barato que o mercado. Atualmente, a taxa de juros é fixa, de 6,5% ao ano. A medida provisória que cria o Novo Fies (MP 785/2017) tinha sido aprovada no plenário do Senado Federal em novembro passado.

Para minimizar riscos futuros, o Novo Fies cria, ainda, o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), de adesão obrigatória pelas faculdades participantes do programa. Ele tem por objetivo garantir o crédito para os financiamentos contratados. Apesar de aportes da União, esse fundo será formado, em maior parcela, por aportes das instituições. A previsão é de tenha caixa de R$ 3 bilhões.

Inscrições – As inscrições para o Novo Fies serão abertas em 2018 e informações detalhadas sobre o processo seletivo já estão disponíveis na página do fundo na internet. Podem se inscrever estudantes de todo o Brasil com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em uma ou mais edições a contar de 2010. A nota ou média aritmética das notas nas provas não pode ser inferior a 450 pontos e a nota na redação precisa ter sido superior a zero.

O pagamento do curso pelo estudante começará a ser feito a partir do primeiro mês após a conclusão do curso, desde que ele possua renda. A estimativa é de que o saldo seja quitado no prazo de até 14 anos. As novas regras serão aplicáveis aos contratos firmados a partir do primeiro semestre de 2018. Aos estudantes que possuírem contratos celebrados até o segundo semestre de 2017, será opcional a migração para as novas regras.

ENTENDA O NOVO FIES

Quais são as vantagens do Novo Fies?
O Novo Fies tem como benefícios juro zero aos alunos que mais precisam, maior prazo para os estudantes, maior transparência com as informações do valor total do curso e os parâmetros de reajuste das mensalidades e maior governança com a implementação de um comitê gestor interministerial.

Quem pode participar?
Brasileiros com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos, nota de no mínimo 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e que não tenham zerado redação do Exame.

Como funciona o Novo Fies?
O Novo Fies se divide em três modalidades, que variam conforme a renda familiar dos candidatos.

• Modalidade 1: financiada com recursos da União, ofertará vagas com juro zero para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. Nessa modalidade, o aluno começará a pagar as prestações respeitando a sua capacidade de renda, fazendo com que os encargos a serem pagos pelos estudantes diminuam consideravelmente.

• Modalidade 2: destinada às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos.

• Modalidade 3: destinada a todas as regiões do Brasil com recursos do BNDES; assim como a modalidade 2, será destinada aos estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos.

É possível que o estudante mude da Modalidade I do Fies para Modalidade 2?
Não é possível fazer mudanças ao longo do período de financiamento de uma modalidade para outra.

Como se inscrever no Novo Fies?
A inscrição para o Novo Fies abrirá em 2018 e as informações sobre o processo seletivo do FIES estão disponíveis página do fundo na internet.

O Fies financia todos os cursos?
Poderão ser financiados os cursos de graduação com conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), ofertados pelas instituições de ensino superior participantes do Fies. Os cursos que ainda não possuam avaliação no Sinaes e que estejam autorizados para funcionamento, segundo cadastro do MEC, também poderão participar do programa.

Quais critérios de desempenho o estudante deve atender durante o curso?
Os estudantes devem ter rendimento para ser aprovado em todas as matérias cursadas.

Qual a duração máxima do curso?
O curso deve ser concluído em até quatro semestres após a previsão regular, com financiamento de até dois semestres.

Quando deverá ocorrer o início do pagamento do saldo devedor?
A partir do primeiro mês após conclusão do curso, desde que o usuário possua renda. Quando o contratante passar a auferir renda, a parcela devida será descontada na fonte no limite dos percentuais previstos em portaria, calculados sobre o maior valor entre o pagamento mínimo e o resultante da aplicação do percentual mensal vinculado à renda ou aos proventos mensais brutos do estudante financiado. Caso o estudante não possua renda no momento previsto para o início da amortização do saldo devedor ou em qualquer momento durante o período de amortização, o financiamento será quitado em prestações mensais equivalentes ao pagamento mínimo.

Qual o prazo máximo para pagamento do curso?
Considerando que o pagamento do financiamento respeitará a capacidade de pagamento do estudante, estima-se que o financiamento seja quitado em um prazo de 14 anos.

O que acontece caso o estudante perca o emprego enquanto ele é devedor do Fies?
Caso o estudante perca o emprego durante o período de amortização, o financiamento será quitado em prestações mensais equivalentes ao pagamento mínimo.

O que acontece caso o estudante desista do curso, mas não tenha um emprego?
Nesse caso, vale a mesma regra do pagamento do financiamento quando o aluno completa a sua graduação, ou seja, o financiamento será quitado em prestações mensais equivalentes ao pagamento mínimo, quando o usuário conseguir um emprego, o pagamento começará a ser descontado mensalmente da sua renda.

Qual a fonte da tabela referência dos valores das mensalidades dos cursos (média calculada), classificada de acordo com cursos, classes de instituições de ensino superior e regiões?
A tabela é elaborada pelo MEC com base no histórico dos valores dos contratos já celebrados.

Há algum regulamento que proteja os estudantes de aumentos exorbitantes e repentinos de mensalidade?
O valor do curso financiado será discriminado no contrato de financiamento estudantil, especificando o valor da mensalidade e o índice de reajuste ao longo do tempo, na forma de contrato. No momento da contratação, o estudante terá a previsibilidade do valor total contratado. Em caso de descumprimento por parte da instituição de ensino, esta estará sujeita às sanções cabíveis.

Serão estabelecidas as novas regras para aqueles que aderiram ao Fies com as regras antigas?
As novas regras serão aplicáveis aos contratos firmados a partir do primeiro semestre de 2018. Para os estudantes que possuírem contratos celebrados até o segundo semestre de 2017, será opcional a migração para as novas regras, mantendo-se as condições de transição estabelecidas por portaria do MEC.

É possível haver renegociação de dívidas para ambos os contratos (novos e antigos)?
A Medida Provisória 785/2017 prevê a possibilidade de renegociação do saldo devedor e das condições de amortização. A matéria será regulamentada por portaria.

Operação Papai Noel reforça segurança com 3.812 policiais militares

A presença reforçada da Polícia Militar de Pernambuco nas ruas está garantida neste fim de ano, com a Operação Papai Noel 2017. De 8 a 25 de dezembro, os centros comerciais de 33 municípios da Região Metropolitana ao Sertão do Estado estarão com 3.812 militares em escala extra, incrementando o policiamento ostensivo. As ações foram detalhadas, em coletiva, pelo secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, na tarde desta quinta-feira (07/12) no auditório da SDS.

O objetivo é prevenir e reprimir roubos e furtos nas principais áreas comerciais, oferecendo maior segurança à população neste período. Duplas de policiais militares estarão a pé em pontos estratégicos, enquanto equipes motorizadas aumentarão o número de rondas. Só no Agreste, que receberá efetivos em cidades como Gravatá, Caruaru, Garanhuns, Pesqueira, Belo Jardim, Surubim, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, a expectativa é colocar nas ruas um total de 1.092 policiais.

“Depois de lançarmos as Operações Cerne (Centro do Recife), Têxtil (Agreste) e Verão (litoral pernambucano), colocamos em atividade mais uma ação de reforço concentrado em cidades estratégicas, por serem polos comerciais de destaque regional e mesmo estadual. São municípios que atraem milhares de pessoas, de cidades vizinhas e até de outros estados, e movimentam grande volume de dinheiro em espécie. Empregando todo o efetivo extra disponível, prevenimos crimes, especialmente os furtos, e garantimos sensação de segurança para consumidores, trabalhadores e comerciantes”, frisa o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua.

Também estiveram presentes na coletiva o presidente da Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL– Recife), Eduardo Catão, e o vice-presidente da Associação Comercial de Pernambuco , Otávio Moraes.

A Operação Papai Noel trará reforço para os 14 municípios da RMR, 8 do Agreste, 7 do Sertão e 4 da Zona da Mata. No Recife, o 11º, 12º, 13º, 16º e 19º Batalhões, assim como a CIATUR, destacarão efetivo especificamente para essa ação.

RMR – Na Região Metropolitana, a operação será realizada nos municípios de Olinda (1º BPM e CIATUR); Jaboatão dos Guararapes (6º e 25º BPM); Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itamaracá, Itapissuma e Araçoiaba (17º BPM); Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca (18º BPM); Camaragibe e São Lourenço da Mata (20º BPM); e Moreno (25º BPM).

AGRESTE – O reforço chegará a Gravatá por meio de efetivo da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM); a Caruaru, com o 4º BPM; Garanhuns (9º BPM); Pesqueira (8ª CIPM); Belo Jardim (15º BPM); Surubim (22º BPM); Santa Cruz do Capibaribe e Toritama (24º BPM).

ZONA DA MATA – Receberão o efetivo extra os municípios de Goiana (com a 3ª CIPM), na Mata Norte, e Palmares (10º BPM), Vitória de Santo Antão e Escada (21º BPM) – esses três, na Mata Sul.

SERTÃO – Também terão o policiamento fortalecido os municípios sertanejos de Arcoverde (3º BPM), Petrolina (5º BPM), Ouricuri e Salgueiro (8º BPM), Serra Talhada (14º BPM) e Afogados da Ingazeira (23º BPM), assim como Santa Maria da Boa Vista (7ª CIPM).

Domingo com estórias da Cigana no Polo Caruaru

A Cigana Contadora de Estórias com a Ciganinha - Foto de Allison Lima

Você conhece a lenda da flor do Natal? E a origem do pinheirinho e suas luzes? Pois no próximo domingo (10), Gabriela Kopinits – a Cigana Contadora de Estórias – vai contar essas e outras estórias na Festa do Comércio do Polo Caruaru.

Carioca radicada em Caruaru, Gabriela, que também é autora infantil, vai trazer, entre suas narrativas, um pouco do começo dessa festa, revivida pelo Polo. “Quando eu vim para cá, a Festa do Comércio já não era mais realizada, mas ficou na memória afetiva do povo – e na própria história do município – como um momento lindo, de congraçamento entre as famílias no centro da cidade, com uma programação cultural e social riquíssima. Poder fazer parte disso, nessa nova roupagem, é uma honra”, comentou a contadora de estórias, que se apresenta às 14h.

A Festa do Comércio do Polo vai até o dia 31 de dezembro. Além de contação de estórias, a programação tem shows de artistas e de calouros, parque de diversões, retretas no coreto, pastoril e até a Monga, a Mulher Gorila, atração que durante anos assustou e divertiu os foliões. A entrada é franca. O centro de compras fica na Rodovia BR 104, km 62.

Psol e Rede pedem cassação do deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel

Congresso em Foco

O Psol e a Rede Sustentabilidade protocolaram representação na Câmara contra o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, por quebra de decoro parlamentar no caso do bunker com R$ 51 milhões em Salvador. O pedido foi apresentado na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, que terá três sessões para entregar o documento ao Conselho de Ética da Casa.

“As graves denúncias, além de constituírem prática de atividades ilícitas pelo representado, caracterizam, por si, condutas incompatíveis com a ética e decoro parlamentar”, alegam as legendas. No documento, o Psol e a Rede apontam os crimes atribuídos ao deputado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após a instauração do processo, haverá a escolha do relator por meio de sorteio. O relator será o responsável por analisar o caso e emitir parecer favorável ou contrário à cassação. Somente após essas formalidades é que o colegiado vota o parecer pela cassação ou não do mandato do parlamentar baiano. Devido ao tramite e a proximidade do recesso parlamentar, a perspectiva é que o processo tenha andamento na Casa só no próximo ano.

Nessa segunda-feira (4), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou Lúcio Vieira Lima, o irmão Geddel e a mãe Marluce Vieira Lima. Raquel Dodge também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja decretada prisão domiciliar para Marluce e recolhimento noturno para o deputado.

De acordo com a denúncia, de 2010 até 5 de setembro deste ano, Marluce e os filhos cometeram crimes de ocultação da origem, localização, disposição, movimentação e propriedade das cifras milionárias em dinheiro vivo. A mãe de Lucio e Geddel escondia dinheiro em um closet de sua casa, até janeiro do ano passado. Após essa data, Dodge afirma que R$ 42 milhões e cerca de U$ 2,5 milhões foram transferidos para um apartamento no bairro da Graça, em Salvador.

Semanas depois, o dinheiro foi levado para um apartamento vizinho, onde ocorreu a apreensão pela Polícia Federal, na Operação Tesouro Perdido. A fortuna estava distribuída em malas e caixas no apartamento. Após 14 horas de contagem em máquinas, a PF concluiu que havia ali uma quantia totaliza em R$ 51.030.866,40. É a maior apreensão de dinheiro em espécie da história do país.

Na denúncia, foram anexadas provas documentais e testemunhais, segundo as quais, a família Vieira Lima lavava dinheiro por meio do mercado imobiliário. De acordo com o documento, entre 2011 e 2016, o empresário Luiz Fernando Machado Costa Filho, administrador da Cosbat – Construção e Engenharia, empresa de construção civil baiana especializada em empreendimentos imobiliários de alto luxo em Salvador, auxiliou a família na prática criminosa ao vender a empresas de Geddel, Lúcio e de seus pais, imóveis avaliados em mais de R$ 12 milhões.

Câmara aprova projeto que remete à PF investigação de crime virtual contra mulheres

Congresso em Foco

A Câmara aprovou, nesta quinta-feira (7), proposta que repassa à Polícia Federal a investigação de crimes praticados pela internet que propaguem conteúdo misógino, ou seja, que expressem ódio ou aversão às mulheres. O Projeto de Lei 4614/16, da deputada Luizianne Lins (PT-CE), agora segue para aprovação do Senado.

A votação ocorrida em plenário e feita por acordo entre as lideranças, marca a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, que tem como objetivo denunciar as várias formas de violência contra mulheres no mundo.

Relatora da proposta, a deputada Yeda Crusius (PSDB-RS), destacou que a rede mundial de computadores tem contribuído para a propagação de conteúdos de ódio. “Os crimes comedidos pela internet, particularmente aqueles que se caracterizam como ofensivos às mulheres podem ser melhor combatidos pela Polícia Federal”, afirmou.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o projeto preenche uma lacuna. “Possibilita que a Polícia Federal seja agregada a essas investigações de crimes que atravessam fronteiras estaduais”, explicou.

Já a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) ressaltou que a proposta não diminui atribuições de outras autoridades policiais, como as policiais civis. “Esse projeto jamais excluiria a importância do papel de todas as polícias que atuam no combate a crimes contra mulheres, apenas atribui responsabilidade para a Polícia Federal nos casos interestaduais. Apenas amplia o trabalho que já é feito”, defendeu.

Caixa Econômica pode virar sociedade mista

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O futuro da Caixa Econômica Federal (CEF) pode estar em jogo nesta quinta-feira (7). É que, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Conselho de Administração do banco tem reunião marcada para votar seu novo estatuto. E, entre as pautas, pode estar a possível transformação da Caixa em uma sociedade mista, o que levaria a iniciativa privada para dentro da instituição, pondo fim ao conceito de banco público.

“Tudo indica que esse ponto vai para votação”, denunciou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, lembrando que a Caixa é o único banco público que resta no País. “O Banco do Nordeste e o Banco do Brasil já são sociedade mista”, explicou a secretária geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano, alegando que isso abre espaço para a privatização da Caixa e coloca em risco a continuidade de políticas públicas como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o Fies.

Os sindicalistas explicaram que a sociedade mista prevê a venda de ações no mercado financeiro, que, por visar ao lucro, não deve privilegiar as questões sociais tratadas pela Caixa. “Se o capital for aberto, o setor privado vai entrar no banco querendo lucro. Só que, por ser o veículo de implantação das políticas públicas, a Caixa tem um atendimento voltado para a população mais carente, com juros mais baixos que o do setor privado”, disse Sandra.

Por conta disso, os bancários vão realizar protestos contra a possível mudança nesta quinta-feira. A ideia é ficar na frente dos prédios de administração do banco, além de realizar reuniões e pequenas paralisações nas agências de todo o Brasil.

Procurada pela reportagem, a Caixa preferiu não comentar o assunto.

TCE identifica 1547 obras paralisadas em Pernambuco

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O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) apresentou, na manhã desta quinta-feira (7), durante coletiva de imprensa, o resultado de um estudo acerca de obras públicas no âmbito estadual e municipal. O órgão identificou 1547 obras paralisadas ou com indícios de paralisação em 154 prefeituras e Executivo estadual, cujo valor alcança os R$ 6,2 bilhões. Deste montante, R$ 1,9 bilhão já foi pago.

O estudo se refere ao ano de 2016, mas o levantamento é feito, anualmente, desde 2014. Desde então, o aumento de obras paralisadas foi de 749%.

No que diz respeito ao Governo do Estado, o Tribunal de Contas apontou que há 245 obras paralisadas. Já no Recife, o número é de 68.

“A maior causa dessas paralisações é falta de planejamento. Muitas vezes o gestor começa a obra às pressas pra garantir os recursos e, no decorrer da execução, esbarra em equívocos de planejamento que implicam a paralisação”, afirmou Pedro Teixeira, auditor responsável pelo levantamento.

Segundo Teixeira, a ideia do estudo é garantir o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Nós queremos que o status da obra mude, garantir a celeridade e entrega”.

Outro lado
Por meio de nota, o Governo do Estado afirmou que tem feito todos os esforços para concluir as obras em andamento, apesar da crise econômica nacional. O Executivo estadual também informa que prestou todos os esclarecimentos ao TCE-PE.

“Com relação às obras estaduais citadas pelo Tribunal de Contas do Estado, o Governo de Pernambuco informa que, nos últimos três anos, em que pese a crise econômica nacional, tem feito todos os esforços para concluir as obras em andamento. Um exemplo desse é a implantação da Adutora do Agreste, que teve as obras retomadas em 02/01/2017. O Governo de Pernambuco prestou todos os esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Estado e as respostas oficiais estão disponibilizadas no site do próprio Tribunal.
Governo do Estado Pernambuco”

Sistema Tabocas-Piaca reforça abastecimento de Belo Jardim

Barragem de Tabocas Piaca

A Compesa está realizando os últimos ajustes para iniciar, ainda neste mês, a fase de testes do novo sistema Tabocas-Piaca, concebido para preservar a Barragem do Bitury e reforçar o abastecimento de Belo Jardim, no Agreste do Estado. Uma nova estação elevatória (unidade de bombeamento) foi construída e equipada com dois conjuntos de motor-bomba mais potentes, cada um com capacidade de bombear 40 litros de água, por segundo. A nova estação de bombeamento Tabocas-Piaca foi construída para aproveitar a água da barragem de Tabocas. Com a iniciativa, uma ação do Governo Paulo Câmara, a Compesa terá condições de garantir o fornecimento de água pela rede de distribuição até maio do próximo ano, seguindo o mesmo calendário atual. A medida também vai prolongar a água existente na Barragem do Bitury.

No momento, segundo o diretor Regional do Interior, Marconi de Azevedo, a Celpe está atuando nos últimos detalhes para energizar os novos equipamentos. “Resolvida a parte elétrica, entraremos na fase de testes”, explica o diretor. Ele adianta que os técnicos da companhia estão trabalhando com a possibilidade de iniciar os testes a partir da segunda quinzena de dezembro. “Porém, não há como estimar uma data precisa para que a água comece a chegar nas torneiras de Belo Jardim. Tudo depende do comportamento da nova adutora, construída especificamente para esse fim”, revelou.

Além da construção da estação de bombeamento, instalada próximo à antiga unidade e à Barragem Tabocas-Piaca, a Compesa implantou seis quilômetros de adutora. Para viabilizar essas ações, o governador Paulo Câmara autorizou um investimento de R$ 1, 2 milhão. Outros projetos já foram pensados para melhorar o abastecimento de água de Belo Jardim: a Adutora do Moxotó, em execução e que funcionará como alternativa para antecipar o uso de parte da Adutora do Agreste, outro grande empreendimento que garantirá a sustentabilidade hídrica de Belo Jardim e de mais 67 cidades do interior de Pernambuco.

Como organizar suas finanças com a ajuda do 13º Salário

A primeira parcela do 13º salário já está na conta de muitos trabalhadores brasileiros e junto à felicidade da renda extra do final de ano, também há uma grande preocupação em como melhor utilizar esse dinheiro. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o 13º salário deverá movimentar cerca de R$ 200,5 bilhões na economia e beneficiará 83,3 milhões de brasileiros. Ou seja, é um excelente momento para planejar as finanças de 2018 e terminar 2017 com as contas no “azul”.

“Para fazer bom uso desse dinheiro é preciso analisar sua vida financeira e decidir o melhor destino para o salário extra. A economia já começa a dar alguns sinais positivos, porém o índice de desemprego no Brasil continua elevado. Estamos em um período de incertezas e é extremamente importante adotar uma postura mais conservadora em relação aos gastos”, destaca Felipe Félix, CFO do PAG! – conta de pagamento e cartão de crédito sem anuidade que atua de forma 100% digital. Para aqueles que se encontram em uma situação mais estável, o executivo recomenda usar o dinheiro com moderação. “Contenha a euforia e analise todas as contas de final de ano. ”

De acordo com recente pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas alcançou 62,2% em novembro 2017, apresentando o quinto aumento consecutivo do indicador. Em outubro a taxa foi de 59,6%. Com o objetivo de auxiliar às pessoas na organização de suas contas, o executivo lista algumas dicas:

Dívidas: Este é o principal fator a ser analisado. Se você está negativado, tem contas pendentes ou financiamentos, a melhor alternativa é quitá-los. “Cartão de crédito é o principal responsável pela dívida dos brasileiros e possui uma das maiores taxas de juros. Esse é um ótimo momento para liquidar seu empréstimo rotativo ou negociar faturas vencidas”, explica Félix. “No caso do valor do 13º não suprir todas os débitos, é necessário dar preferência aqueles com juros mais altos”, complementa.

Ainda segundo o Peic, 77% das famílias possuem dívidas com cartão de crédito, que apesar de apresentarem juros em quedas, ainda estão entre os mais altos com média de 215% ao ano, apontam os dados disponíveis no Banco Central.

Poupar: Junto com o início de ano também chegam inúmeras contas, como IPVA, IPTU, matrícula de escola, entre outras despesas. Se em seu planejamento ainda não constar a verba necessária para arcar com esses gastos, é de extrema importância separar uma parcela do 13º para isso. Além desses custos, também é uma opção poupar uma quantia para gastos emergenciais que podem ocorrer durante o ano como desemprego e problemas de saúde.

Investimentos: Se você não tem dívidas para pagar, investir é sempre um bom negócio! Para aqueles que precisam de liquidez imediata e não querem correr riscos, uma boa opção é aplicar em títulos do Tesouro Selic, que oferecem rendimento bruto próximo a 7% ao ano.

Já as pessoas que pretendem investir em uma opção a longo prazo, uma sugestão são os títulos garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). “Há financeiras rentabilizando seu recurso em taxas muito acima do CDI com um risco baixo, visto que o valor é garantido pelo FGC até o total de R$ 250 mil”, explica Félix.

Para o executivo, apesar do juro básico estar em patamares baixos, investir em renda fixa é uma boa opção. “O Brasil ainda possui uma das maiores taxas de juros reais do mundo”, complementa.

Entretenimento / compras: Se você não está com nenhuma conta em aberto e já tem uma reserva guardada, utilizar o 13º para viagens de final de ano, presentes e até mesmo para caprichar na ceia de natal, não é uma má escolha. Com o dinheiro em mãos é muito mais fácil conseguir um desconto e assim conseguir melhores negociações nas compras.

“É de extrema importância estabelecer prioridades, não ceder às tentações e focar em seu objetivo. Uma forma de garantir que você conseguirá utilizar o benefício de maneira eficiente e de fugir de gastos por impulso, é listar suas dívidas e compromissos antes mesmo de receber o valor da empresa. Dessa forma, você terá maior controle sobre seus gastos”, finaliza o executivo.

O prazo para que as empresas paguem a segunda parcela se encerra no dia 20 de dezembro.

Sobre o PAG!

O PAG! é uma instituição que atua de forma 100% digital, realizando a interação com seus clientes por meio do app meu pag!, oferecendo os serviços financeiros de uma conta digital e fornecendo o cartão PAG!. Através do aplicativo é possível gerenciar suas transações, realizar pagamentos de contas, transferência de recursos, depósitos, saque na rede Banco24Horas e recarga de celular. Tudo pelo celular! A fintech faz parte do Grupo Avista, um grande grupo financeiro com mais de 20 anos de atuação no Brasil que da suporte a operação do PAG! e alia toda essa experiência, credibilidade e transparência à praticidade a acesso a serviços financeiros online.

Forte alta do gás pressiona o orçamento familiar

Esta semana, a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido com gás de cozinha. Desde junho, esse é o sexto aumento. O botijão de até 13 kg, envasado pelas distribuidoras, vem sendo reajustado mensalmente, principalmente, em função da alta das cotações do produto nos mercados internacionais, chegando a um acumulado de quase 70%. Segundo o professor de economia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Marcelo Anache, trata-se de um dos itens que mais pesa no orçamento da família brasileira.

“Esse ciclo de alta recente em tão pouco tempo está tendo um impacto grande no dia a dia das pessoas e desequilibrando o orçamento das famílias, principalmente, as mais pobres. Dessa forma, o gás de cozinha está tomando um espaço cada vez maior nos gastos e se tornando um vilão no orçamento doméstico. Como não tem como economizar muito no gás de cozinha, as pessoas estão tendo que fazer malabarismo e abrir mão de outras coisas para não ficar sem cozinhar. Somando os aumentos recentes nas tarifas de energia elétrica e combustível, o aumento do gás gera um peso extra na conta do fim do mês”, analisa.

Sobre o Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.