Aeroporto do Recife pode ser leiloado

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Recife e Petrolina podem ter seus aeroportos entregues à iniciativa privada, segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A ideia é que, até o dia 23 deste mês, a pasta federal encaminhe estudos técnicos para serem avaliados pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), responsável pela política de concessões do Governo Federal. O formato da concessão, no entanto, ainda não está fechado. Ao todo, 19 terminais que estão sob a administração da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) devem ser leiloados.

No Nordeste, deverão ser incluídos os aeroportos de Maceió, Teresina, São Luís, João Pessoa, Aracaju e Juazeiro do Norte (CE), além de Recife e Petrolina. No Centro-Oeste, devem entrar os de Cuiabá, Rondonópolis ,Sinop, Barra do Garças e Alta Floresta, todos em Mato Grosso. Já no Sudeste, devem ser incluídos os aeroportos de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, de Vitória, Macaé (RJ), Jacarepaguá (RJ), Campo de Marte (SP) e o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.

De acordo com o secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras, se o Governo der prosseguimento ao plano, a concessão pode ser positiva para ambos. “É uma questão que vem para somar, pois os dois terminais do Estado têm boas movimentações. As empresas que adquirirem os aeroportos farão um bom negócio”, afirmou.

Professor titular da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Trigo disse que as concessões precisam ser bem estruturadas, pois, do contrário, podem trazer prejuízo à União. “Foi o caso de Viracopos (São Paulo), que, após ser privatizado, deixou de ser lucrativo e foi devolvido para a União. “Ninguém vai comprar um equipamento sem rentabilidade”, disse. Considerando um modelo de concessão em que o parceiro privado será minoritário, destaca Trigo, pode ser que algumas dificuldades apareçam em função da burocracia da Infraero. Procurada, a assessoria de Imprensa da empresa informou que não se posicionaria sobre o assunto, cabendo apenas ao Ministério.

Em março deste ano, o presidente da Infraero, Antônio Claret, concedeu entrevista em Recife e, na ocasião, revelou que a estatal começava a se reestruturar e que planeja, até 2018, vender até 49% de cada um dos 20 aeroportos, a serem administrados pela futura empresa Infraero Aeroportos, em bolsa de valores. O Aeroporto do Recife foi cogitado para ter ações comercializadas a investidores nacionais e estrangeiros com a expectativa de levantar recursos para a empresa.

Cartel
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica instaurou processo administrativo para investigar suposto cartel em licitações para a instalação de cafeterias nos aeroportos de São Paulo (Congonhas), Florianópolis, Recife, Campo Grande, Curitiba e Maceió. A denúncia chegou ao Cade pela própria Infraero.

União quer privatizar trecho da BR-232 e Arco Metropolitano

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O Governo Federal publicou, esta semana, decreto assinado pelo presidente Michel Temer que insere rodovias federais no Programa Nacional de Desestatização (PND). Em Pernambuco, duas estradas estão na lista de privatização: a BR-232 – no intervalo da entrada da BR-104/BR-423, na altura de Caruaru, no Agreste do estado, até a entrada para a BR-110, em Cruzeiro do Nordeste, no Sertão – e a BR-101, especificamente com o projeto do Arco Metropolitano – um trecho que ainda não saiu do papel para ligar o Cabo de Santo Agostinho a Igarassu, no Grande Recife.

Esta segunda obra, de 90 quilômetros, está afinada com a promessa de desafogamento do trânsito na saída do Recife para facilitar o escoamento da produção de indústrias na Mata Norte do estado para o Porto de Suape, no Grande Recife. Caminhões constantemente enfrentam tráfego pesado nos perímetros urbanos do trajeto até os navios.

Apesar de o projeto estar em linha com os interesses empreendedores de Pernambuco, a decisão de entregar o Arco Metropolitano à iniciativa privada destoa do posicionamento da União expressada em maio deste ano, quando, em visita ao estado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, garantiu que a responsabilidade pela construção da nova rodovia seria inteiramente pública.

Abaixo, lista completa das rodovias incluídas no PND.
BR-364/MT: trecho Entr. MT-100 (A) (Div. GO/MT) (Alto Araguaia) – Entr. BR-163 (A);

BR-280/SC: trecho Entr. BR-116 (A) (p/ Mafra) – Div. SC/PR (Porto União/União da Vitória);

BR-364/RO/MT: trecho Entr. BR-174 (A) (Comodoro) – Porto Velho (Acesso Ulisses Guimarães);

BR-232/PE: trecho Entr. BR-104/423 (A) (Caruaru) – Entr. BR-110 (Cruzeiro do Nordeste);

BR-101/PE (Arco Metropolitano de Recife): trecho Entr. BR-101 (Cabo de Santo Agostinho) (Arco Metropolitano de Recife) – Entr. BR-101 (Igarassu);

BR-282/SC: trecho Entr. 283 (A)/470 (B) – Entr. BR-153 (p/ Irani);

BR-101/RJ/SP: trecho Entr. BR-465 (B)/RJ-071/97 (Santa Cruz) – Praia Grande (Município de Ubatuba);

BR-465/RJ: trecho Entr. BR-101 (B) (Santa Cruz) – Entr. BR-116;

BR-493/RJ: trecho Porto de Itaguaí – Entr. BR-040/116 (B);

BR-290/RS: trecho Entr. BR-101 (A) (Osório) – Entr. BR-471 (Pantano Grande);

BR-116/RS: trecho Entr. BR-290 (B) (p/ Arroio dos Ratos) – Entr. BR-470/RS-390 (p/ Camaquã);

BR-386/RS: trecho Entr. BR-116 (B)/290 (Porto Alegre) – Entr. BR-470/116 (A) (Canoas);

BR-386/RS: trecho Entr. BR-287 (A) (Tabaí) – Entr. BR-453 (B)/RS-129 (Estrela);

BR-386/RS: trecho Entr. BR-453/RS-130 (p/ Lajeado) – Entr. BR-153 (B)/RS-332 (A) (p/ Soledade);

BR-386/RS: trecho Entr. BR-153 (A)/RS-223 (p/ Tapera) – Entr. RS-569;

BR-386/RS: trecho Entr. BR-158 (B)/RS-323 (p/ Jaboticaba) – Entr. BR-158 (A) (Div. SC/RS); e

BR-448/RS: trecho Entr. BR-116/RS-118 – Entr. BR-116 (B)/290 (Porto Alegre) (Cont Norte RMA P Alegre).

Governo sanciona LDO e salário mínimo será de R$ 979 em 2018

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O presidente Michel Temer sancionou, com vetos, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018. A LDO estabelece as metas e prioridades do governo para o ano que vem e orienta a elaboração da lei orçamentária anual. O texto sancionado está publicado na edição da quarta-feira (9) do Diário Oficial da União.

Uma das definições foi o aumento de 4,5% no salário mínimo, dos R$ 937 deste ano para R$ 979 em 2018. Na mensagem presidencial enviado ao Senado, o governo justifica que vetou alguns pontos por “contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade”.

Um dos vetos foi ao item que registrava que o Executivo adotaria providências e medidas, inclusive com o envio de proposições ao Legislativo, com o objetivo de reduzir o montante de incentivos e benefícios de natureza tributária, financeira, creditícia ou patrimonial. A justificativa ao veto é que “o dispositivo poderia tornar ilegal medidas de caráter concessivo que se apresentem prementes ao longo do exercício.”

Outro ponto vetado é o que previa que projetos de lei e medidas provisórias relacionadas ao aumento de gastos com pessoal e encargos sociais não poderiam ser usados para conceder reajustes salariais posteriores ao término do mandato presidencial em curso.

ENTENDA A LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) define as metas e prioridades do governo para o ano seguinte, orienta a elaboração da lei orçamentária anual e fixa limites para os orçamentos dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.

O texto sancionado mantém a meta fiscal proposta pelo governo e prevê, para 2018, um déficit primário de R$ 131,3 bilhões para o conjunto do setor público consolidado (que engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais), sendo R$ 129 bilhões para os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e R$ 3,5 bilhões para o Programa de Dispêndios Globais.

A LDO estipula o aumento do salário mínimo de R$ 937 para R$ 979. Também projeta um crescimento real da economia brasileira de 2,5%, taxa básica de juros (Selic) em 9%, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,5% no ano e o dólar a R$ 3,40 no fim de 2018.

Senado aprova PEC que torna estupro crime imprescritível

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O plenário do Senado aprovou na quarta-feira (9), em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição que torna imprescritíveis os crimes de estupro. O texto, do senador Jorge Viana (PT-AC), foi aprovado por 61 votos favoráveis e nenhum contrário e segue agora para a Câmara dos Deputados.

Com isso, não haverá mais tempo mínimo para que as vítimas desse tipo de crime façam a denúncia à Justiça. Hoje, esse prazo é de 20 anos, após o qual, mesmo que a vítima denuncie, o autor do crime não pode mais responder por ele. A lei atual estabelece que o estupro é crime inafiançável e hediondo, o que agrava a pena e reduz o acesso a benefícios relacionados à execução penal.

Apesar das punições já mais duras, a relatora da matéria, senadora Simone Tebet (PMDB-MS), acredita que a retirada da prescrição será importante especialmente nos casos em que a vítima é criança e só tem condições de denunciar depois de adulta.

Além dos casos de menoes de idade e de situações em que o abuso ocorre dentro do ambiente familiar, há ainda casos em que as vítimas têm vergonha de denunciar porque sofrem preconceito a respeito do local em que estavam ou da roupa que estavam usando, na opinião da senadora.

“É esse lapso de tempo que fertiliza a impunidade, e é essa impunidade que se pretende combater, ao tornar o estupro, como o racismo, um crime imprescritível”, afirmou a relatora.

Para o autor da proposta, a mudança vai ajudar a revelar casos mesmo após muitos anos. “Esta Proposta de Emenda a Constituição é uma resposta, é uma voz que vai se sobrepor ao silêncio que temos hoje desse quase meio milhão de crimes de estupro [por ano] que o Brasil vive e silencia”, afirmou Jorge Viana.

Para o senador, a mudança constitucional “manda um recado duro para os estupradores que fazem do Brasil um país campeão de estupros, dizendo: ‘olha, se você cometer um estupro, a qualquer momento você pagará por ele’”.

Criação de 35,9 mil vagas em julho indica recuperação geral da economia, afirma ministro

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de julho mostram que a economia brasileira está dando sinais gerais de recuperação. A opinião é do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que divulgou os dados na quarta-feira (09), na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília. O Brasil teve crescimento do número de empregos pelo quarto mês consecutivo, com a abertura de 35,9 mil novas vagas formais, resultantes de 1.167.770 admissões e 1.131.870 desligamentos. No acumulado do ano, os número apontam a criação de 103.258 postos de trabalho. “O conjunto da economia dá sinais de recuperação”, comentou o ministro, prevendo que mês que vem os números podem ser ainda melhores.

Segundo Ronaldo Nogueira, o resultado do Caged em julho foi influenciado pela volta do poder de compra da população. Ele destacou os números positivos da Indústria da Transformação, que “decolou” com a abertura de 12.594 vagas, e a Construção Civil, que voltou a gerar empregos (+724 vagas) depois de 33 meses de saldo negativo. “O último dado positivo da Construção Civil havia sido em setembro de 2014. Os números de julho ainda são pequenos, mas depois de 33 meses negativos, é um dado animador”, observou.

Também se destacaram, segundo o ministro, a Indústria de Produtos Alimentícios, com 7.995 postos, e a Indústria do Material de Transporte, que criou 2.282 postos. Nesse subsetor, chama a atenção a Indústria Automobilística. “Esses setores são fortemente associados a financiamentos. Isso indica a volta da capacidade de compra e da demanda por crédito pela população”, disse o ministro, ao detalhar os números da Construção Civil e da Indústria Automobilística, que envolvem bens duráveis e de valor elevado.

Medidas – Na avaliação de Ronaldo Nogueira, o saldo positivo já reflete de maneira mais consistente medidas como a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), à medida que parte desses recursos foi usada para saldar dívidas. “Quem pagou as dívidas tem a possibilidade de obter novo crédito. Isso acaba gerando mais compras e, consequentemente, a abertura de novas vagas”, analisou.

A expectativa é de que os números continuem positivos no restante do ano, pelo menos até novembro, com a possibilidade de um ajuste no mês de dezembro. Mesmo considerando que “ainda há muito a recuperar”, Ronaldo Nogueira acredita que a tendência de crescimento e retomada do emprego está consolidada.

Ele também voltou a prever a abertura de mais vagas, nos próximos dois anos, a partir da entrada em vigor da modernização da legislação trabalhista. “Com as novas modalidades de contratos e a segurança jurídica, a previsão é de que nos próximos dois anos sejam criados dois milhões de empregos no país”, disse.

Miguel Coelho reassume comando da Prefeitura de Petrolina nesta quinta

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Após se licenciar do cargo por quase 20 dias, o prefeito de Petrolina Miguel Coelho retorna ao trabalho nesta quinta-feira (10). No primeiro dia de volta ao mandato, o gestor se dedicará a reuniões na sede municipal com a vice-prefeita Luska Portela e secretários para retomar a situação dos projetos e ações do município.

Miguel licenciou-se do cargo de prefeito no dia 23 de julho para viagem em lua de mel com a primeira dama Lara Secchi Coelho. Nesse período, a gestão municipal foi comandada pela vice Luska Portela.

Paulo Câmara: “O PSB tem compromissos claros e projetos para o Brasil”

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Preocupado em diminuir as desigualdades sociais e construir uma história de justiça e liberdade, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), fundado em 1947, celebrou, no último dia 6 de agosto, 70 anos. Para marcar as comemorações e os últimos dez anos da legenda à frente do Governo de Pernambuco – desde a eleição do ex-governador Eduardo Campos, em 2007, até a atual gestão do governador Paulo Câmara – foi realizada, nesta quarta-feira (09.08), uma sessão solene na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Na ocasião, o chefe do Executivo estadual, que é vice-presidente nacional da sigla, destacou o compromisso do PSB de combater a desigualdade entre as diferentes regiões do País, frisando que “a injustiça social é intolerável”.

“O Partido Socialista Brasileiro não aceita que uns tenham muito enquanto outros nada têm. O PSB tem compromissos claros e projetos para o Brasil e nunca aceitou ou aceitará desigualdades. Não foi fácil chegar até aqui com os compromissos que carregamos, mas somos movidos pela crença de que a política é uma forma de lutar por um mundo melhor para todos, enfrentando e superando as dificuldades”, afirmou o governador Paulo Câmara. O gestor estadual também ressaltou o marco para a política brasileira que é a comemoração dos 70 anos do PSB e registrou que a história do partido demonstra a importância de seus ideais. “Não é todo dia que podemos festejar sete décadas de história de um partido político em um país como o nosso, com tão reduzida tradição na construção e manutenção de instituições partidárias”, pontuou.

O presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes, ressaltou as sete décadas de luta política e atuação nos movimentos mais importantes do País da legenda. Ele frisou que, enquanto não houver justiça social e libertária para o povo, o PSB será sempre uma esperança viva para os brasileiros. “Temos uma percepção própria, respeitando todas as outras sob o princípio democrático. O PSB nasceu desses valores: democracia, liberdade e justiça social. Por isso, ninguém e nenhuma força política têm condições de desconhecer o nosso papel político em defesa dos interesses de povo”, asseverou.

Além do governador Paulo Câmara e do presidente Sileno Guedes, compuseram e mesa de honra da solenidade o prefeito do Recife, Geraldo Julio, a ex-primeira-dama e integrante do PSB nacional Renata Campos, o chefe de Gabinete do Governo, João Campos, e o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa. Centenas de militantes do partido ocuparam o Auditório Sérgio Guerra, que abrigou a cerimônia na sede do Legislativo Estadual.

Autora da proposta para a realização da sessão solene, a deputada estadual Laura Gomes ressaltou que os ideais do PSB marcaram os mandatos legislativos e executivos de Miguel Arraes, Eduardo Campos e, agora, se consolidam na administração de Paulo Câmara. “Sob a condução do governador, a gestão de Pernambuco confirma o modo socialista de governar: com equilíbrio, seriedade e competência, mesmo em meio a uma crise econômica, política e ética sem precedentes”, afirmou.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi fundado no dia 6 de agosto de 1947, por João Mangabeira, com o ideal de unir socialismo e liberdade. Diante da defesa da democracia sob constante ameaça, o partido foi extinto pelo movimento militar em 1964 e se reergueu em 1985, quando esteve sob a liderança de Jamil Haddad, Roberto Amaral e de Miguel Arraes.

Estudantes de Arcoverde debatem literatura com autores de renome nacional

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O projeto Arte da Palavra chega a Arcoverde na próxima segunda-feira (14/08) com o Circuito de Autores. Nesta edição, as ações serão realizadas em duas instituições de ensino da cidade: na Escola de Referência em Ensino Médio Senador Vitorino Freire e na Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde (Aesa/Cesa). Os convidados são os autores Henrique de Medeiros, do Mato Grosso do Sul, e Antônio Moura, do Pará. O projeto é uma realização do Departamento Nacional do Sesc e a produção na cidade é do Laboratório de Autoria Literária José Rabelo de Vasconcelos do Sesc Arcoverde.

O Circuito de Autores tem como objetivo a divulgação do trabalho de escritores nacionais e a valorização e divulgação desses autores nas diversas comunidades literárias. A primeira sessão será na Erem Senador Vitorino Freire, às 15h, e a segunda na Aesa/Cesa, às 20h. Ambas as atividades serão mediadas pelo professor, escritor e poeta Carlos Alberto de Assis Cavalcante, de Arcoverde. As sessões são gratuitas e abertas ao público.

“É um projeto de grande importância para agregar as demandas dos Laboratórios de Autorias em Pernambuco. Estamos com uma ótima expectativa sobre esse Circuito de Autores de ter, mais uma vez, um resultado bem positivo na sua realização”, afirma Carla Torres, responsável pelo Laboratório de Autoria Literária do Sesc Arcoverde.

Arte da Palavra – considerado um dos maiores projetos literários do país, o Arte da Palavra desenvolvido pelo Departamento Nacional do Sesc tem como objetivo oferecer ações que atuem em toda a cadeia da literatura, desde a formação e divulgação de novos escritores, a valorização das obras e escritores brasileiros e as novas formas de produção e fruição literária possibilitadas pela emergência de discursos periféricos e a utilização de novas tecnologias. Com isso, o projeto contribui para a democratização do acesso à leitura, um dos pilares para o desenvolvimento social e cultural do país.

Dia dos Pais oferece oportunidade para fidelizar clientes

Datas comemorativas são uma ótima oportunidade para aumentar as vendas no comércio e serviços. E o Dia do Pais está entre as mais importantes no Brasil. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as capitais, mostra que 57% dos entrevistados têm intenção de presentear os pais neste ano. Diante de tamanho potencial, além de ampliar a comercialização de produtos, os empreendedores podem aproveitar a chance para fidelizar clientes. Para orientar o empreendedor sobre fidelização, o Sebrae lançou uma página com dicas para os donos de pequenos negócios ampliarem as vendas.

No Portal do Sebrae é possível acessar orientações sobre planejamento estratégico, importância da avaliação do público e casos de sucesso. A ideia principal da fidelização é encantar o cliente, melhorar a experiência de compra e torná-lo engajado com a proposta dos produtos e serviços adquiridos. Tudo para aumentar as chances de que ele retorne e consuma novamente.

“O empreendedor deve criar táticas para cativar o cliente e usar atrativos, como a concessão de descontos, que o farão querer voltar ao estabelecimento. Além disso, serviços eficientes e bom atendimento são essenciais, tanto em lojas físicas quanto nas virtuais”, destaca o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Acesse aqui o conteúdo da pagina sobre Dia dos Pais e fidelização.

Parceria – Para alguns empreendedores, o Dia dos Pais é também uma data para comemorar parcerias, como na família de João Aloysio Carvalho Filho, hoje com 63 anos e mais de 30 anos de trabalho na área de alimentação. Foi ele a grande inspiração para os filhos Mariana Alves Carvalho David (32) e João Aloysio Carvalho Neto (33) empreenderem no ramo da gastronomia. Ambos cresceram acompanhando as atividades do pai, dono do restaurante Friburgo, inaugurado em 1985 e que manteve suas atividades até meados de 2005, em Brasília. Ainda hoje, João Filho se mantém no segmento de alimentação.

Com total apoio para empreender sem medo na área de gastronomia, hoje Mariana é proprietária do Piccolo Emporium, inaugurado em março de 2016, também em Brasília, junto com o pai, que foi parceiro no empreendimento. Formada em Turismo e pós-graduada em Gestão de Pessoas, ela confessa que sempre se sentiu atraída por esse tipo de atividade. “Sempre gostei da área. Quando fazia turismo, pensava em trancar e investir em gastronomia”, diz. Atualmente, já com o seu sonho realizado, Mariana diz que tem uma boa clientela fidelizada, mas que pode crescer. “Ainda tenho terreno para expandir e clientes para conquistar”, afirma. A empresária reconhece a importância do pai nessa trajetória: “Ele foi essencial para mim. Sem ele, não teria coragem de abrir o negócio. Ele é uma pesso a muito calma e dá apoio até hoje”.

O irmão, o empreendedor João Aluysio Carvalho Neto, que também enveredou pelos negócios gastronômicos, endossa as palavras de Mariana sobre o pai. “Ele é minha inspiração de vida! Sempre otimista, leve e saudável. Embora os negócios dependessem de fatores externos, ele sempre teve calma”, conta João, proprietário de uma franquia Yogoberry, em Brasília, desde 2009, e de um restaurante de culinária mexicana (¿Qué Quieres?), no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro. Estimulado pelo pai, a casa de culinária mexicana foi aberta em março de 2015, um ano antes do empreendimento da irmã. João Neto explica que, além da influência paterna, a flexibilidade de horários, poder comandar uma equipe e empregar pessoas são algumas das vantagens que o atraíram a ter o próprio negócio.

Pesquisa – A parceria entre familiares é algo comum nos negócios. De acordo com pesquisa do Sebrae, 52% das micro e pequenas empresas brasileiras podem ser consideradas familiares, ou seja, possuem sócio ou empregado que são parentes. Quanto maior o porte, maior a participação familiar. O levantamento do Sebrae constatou que de cada dez empresas de pequeno porte, seis são familiares. Quando a análise é feita entre as micro empresas, esse número cai para cinco de cada dez.

Empresário Adir Assad admite ter movimentado R$ 1,7 bi em propina

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
O empresário Adir Assad prestou depoimento hoje (9) no inquérito da Operação Irmandade, que apura desvio milionário nas obras de Angra 3 da Eletronuclear. Ele admitiu que, “movimentou, R$ 1,7 bilhão em propina, entre 2008 e 2011, por meio de contratos fictícios ou superfaturados com empreiteiras”. O valor investigado na operação Irmandade é de cerca de R$ 300 milhões. A audiência foi acompanhada pela imprensa.

Ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Adir explicou que está preso desde 2015, por uma condenação do juiz Sérgio Moro relativa à Operação Saqueador. Esta foi a primeira vez que resolveu falar em juízo. Informou também que “chegou a se calar quando interrogado pelo juiz Moro, em Curitiba”.

Assad admitiu que cometeu crimes. Explicou que era um empresário de sucesso na área de entretenimento, sendo responsável por trazer ao Brasil shows de grandes estrelas internacionais, mas que resolveu mudar para o ramo da engenharia, sua formação profissional, para “ganhar mais dinheiro.”

“Já tínhamos um relacionamento muito bom com as empreiteiras e sabíamos como funcionava esse setor. Já chegávamos assim: tem um negócio que vai custar zero. A gente coloca uma ou duas máquinas para dar evidência de serviço, mas não houve de fato serviço, só manipulação de tudo. Fica evidente, pelo valor da nota fiscal, que a máquina tinha que trabalhar ininterruptamente dois anos a R$ 100 a hora para dar esse valor”, explicou.

Assad disse que era cobrado de 15% a 20% sobre o valor de cada contrato. Segundo ele suas empresas recebiam pelo serviço não prestado, ou seja, vendendo notas fiscais, e devolviam a quantia em espécie para as construtoras, abatida a participação. “Por exemplo, eles pagavam R$ 100 mil e recebiam de volta R$ 85 mil,” contou ao juiz Marcelo Bretas.

O empresário afirmou que o negócio da venda de notas começou em 2008 e durou até 2011, quando foi deflagara a Operação Saqueador, na qual foi preso o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Segundo Assad, o esquema repassou R$ 30 milhões “para abafar” uma CPMI no Congresso Nacional.

Também prestaram depoimento hoje como investigados da Operação Irmandade os sócios de Adir Assad: seu irmão Samir Assad e Marcelo Abbud, um amigo de infância. Os três negaram ter tido qualquer contato ou contrato direto com a Eletronuclear ou dirigente da estatal.

Nenhum deles soube citar nomes de diretores ou políticos que teriam recebido dinheiro do esquema, mas Adir explicou que “os contratos fictícios começaram nas obras da Linha 4 do metrô de São Paulo, para repasse de propina a políticos do governo do estado, do PSDB, e que os repasses para a Eletronuclear seriam a maior parte para o PMDB e uma parte pequena para o PT”.