Produtores rurais do Nordeste terão mais tempo para quitar débitos

Da Agência Brasil

Ao longo deste ano, o produtor rural do Nordeste endividado poderá trabalhar e se recuperar financeiramente sem ser inscrito na dívida ativa. A pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a inscrição dos devedores ficará suspensa até 31 de dezembro de 2016.

Segundo o ministério, o alongamento do prazo “foi necessário por causa das sucessivas quedas de produção provocadas pela estiagem [falta de chuvas] na região”. A pasta destacou ainda que a suspensão da cobrança das dívidas em 2016 não representa um perdão.

A suspensão dos débitos foi oficializada por meio da Medida Provisória 707, editada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União em 31 de dezembro de 2015.

Segundo estudos do Ministério da Agricultura, a produção agrícola no Nordeste caiu 32% e a área plantada, 50% em relação ao período anterior à seca, nos anos de 2009 e 2010. O setor leiteiro teve queda de 13% e cerca de 1,5 milhão de cabeças de gado bovino morreram.

Os dados não consideram a região do Matopiba, formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Ainda segundo o ministério, o fenômeno meteorológico El Niño fez com que a seca persistisse no Nordeste em 2015, com grandes chances de ocorrer novamente em 2016.

ARTIGO — O ano já começou com a corda toda

 Por Reginaldo Gonçalves

O início de 2016 já começou com desafios que deveremos administrar tanto no cenário nacional quanto no internacional. Os problemas nas Bolsas de Valores do mundo mostram os efeitos das questões conjunturais, como a queda de quase 7% registrada na Bolsa da China. Isso demonstra que um dos países mais populosos do mundo deve ter uma redução em seu crescimento. E não podemos esquecer que, ao sinal de uma pequena gripe, o mundo acaba contraindo uma pneumonia.

A dependência das commodities importadas pela China já vem sendo reduzida. Foram dez meses consecutivos em que vimos a indústria encolhendo. Com isso, o preço das commodities sofre uma retração, já que o mercado chinês é um dos maiores consumidores de petróleo e ferro do mundo. As Bolsas no mundo caíram em virtude desse cenário difícil provocado pela Bolsa Chinesa.

Outra situação que deverá provocar certamente problemas para economia mundial é o problema enfrentado pelo Irã e Arábia Saudita. Desde 1979 são registradas divergências. Como estão em jogo regiões produtoras de petróleo, isso certamente envolverá outros países. Isso poderá refletir na Eurozona e gerar alguns outros impactos negativos, principalmente em países que não estão conseguindo se recuperar da crise globalizada, como Grécia, Portugal, Itália, Espanha.

Na economia brasileira os problemas internacionais acabam sendo potencializados, por conta do quadro político ainda à deriva, com discussões sobre o impeachment da Presidente Dilma Rousseff e as pedaladas fiscais. Os valores foram pagos aos bancos públicos na calada da noite, o que acabou prejudicando ainda mais a economia, em virtude do aumento do endividamento público – que atingiu R$ 3,84 trilhões até novembro do ano passado.

O balanço mostrará que esse total deverá aumentar ainda mais em dezembro de 2015 por causa da situação das empresas, que enfrentam um quadro difícil de faturamento, aumentando a incidência de desemprego.

O aumento dos juros no mercado interno acabou acontecendo em virtude do risco de calote que os bancos podem começar a ter, já que a economia apresenta pontos de saturação.

A falta de credibilidade brasileira dificulta a captação de potenciais investidores nos mercados mercado interno e externo, tanto para empréstimos quanto para participações em negócios por meio de compras e fusões de empresas.

O aumento do salário mínimo para R$ 880 já demonstra que o déficit da Previdência Social será maior ainda. O governo terá problemas com baixa arrecadação também para cumprir compromissos ainda esse ano. E a pressão dos congressistas deve provocar a manutenção dos investimentos sociais no Bolsa Família e no projeto Minha Casa, Minha Vida.

A corrupção, demonstrada em 2015 com os desvios de recursos nas mais diversas áreas, está desiludindo os empresários, que não conseguem fazer investimentos. O aumento dos custos da produção é uma vergonha, já que os preços administrados vêm sendo reajustados sistematicamente -principalmente petróleo e energia elétrica, mesmo com o preço do barril no mercado internacional caindo significativamente. A queda não está sendo repassada aos consumidores com a justificativa de reposicionar o caixa da Petrobrás.

Todos os fatores de desconfiança no quadro político atrelados a uma economia fragilizada por custos cada vez mais altos desestimulam os investimentos, já que o próprio governo deixou de investir na parte logística, o que poderia auxiliar na redução dos preços dos produtos.

No Brasil a bolsa de valores despenca e o dólar dispara. A desvalorização da moeda pode estimular as exportações de produtos, tornando-os mais competitive. Mas quem tem dívidas em moeda norte-americana poderá amargar mais prejuízos. Isso dificulta o cenário para as empresas dependentes de empréstimo do exterior a desestimula a continuidade dos seus negócios.

Se o cenário continuar da forma que vem sendo conduzido, com investimentos efetuados em áreas não prioritárias, com gastos acima da receita orçada e realizada, certamente o desemprego será maior, a situação de endividamento aumentará e teremos em 2016 ambienteainda pior do que o de 2015. Se não houver um reequilíbrio e respeito entre os poderes, a exclusão das pessoas envolvidas com problemas de desvios de finalidade e um investimento nas empresas de modo geral, certamente o cenário não se reverterá. O uso das pedaladas e da contabilidade criativa foram o estopim para comprovar que algo estava muito errado na condução dos negócios. Hoje, a simples troca de presidente não resolve o problema. Se o brasileiro não se informar e se envolver mais nas questões que envolvem a sua qualidade de vida de nada vai adiantar a luta de pequenos grupos. A informação é a chave do sucesso e somente com ela podemos ter sustentação na busca de uma condição melhor para todos.

Saúde repassa R$ 45 milhões para hospitais universitários

Hospitais universitários de 21 estados e do Distrito Federal contarão com mais R$ 45 milhões destinados pelo Ministério da Saúde para reforçar os atendimentos de saúde e para a reestruturação dos seus serviços. Ao todo, 34 unidades receberão os recursos, autorizados pela portaria 2.263, publicada em 31 de dezembro no Diário Oficial da União.

O novo repasse integra o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), lançado pelo Governo Federal em 2010, para reforçar o orçamento das universidades mantenedoras de serviços de saúde, e assim, estimular a oferta de ensino, pesquisa e atendimento de qualidade. Desde o início do REHUF, já foram destinados pelo Ministério da Saúde aos hospitais universitários mais de R$ 2,6 bilhões. O Programa é desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação.

Foram contemplados hospitais de todas as regiões do País. As regiões Nordeste e Sudeste receberão, cada, recursos para 11 unidades; Sul e Centro-Oeste terão 5 centros contemplados, cada; e Norte, dois hospitais. Os recursos começaram a ser pagos no dia 31 e as transferências serão concluídas até a próxima quarta-feira (6).

Os valores para as unidades são definidos de acordo com indicadores e metas de desempenho de cada hospital. Os recursos deverão ser pagos em parcela única e irão reforçar o orçamento das instituições universitárias que comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas a porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) local.

“Os hospitais universitários são, hoje, importantes centros de formação de recursos humanos e de desenvolvimento de tecnologia para a área da Saúde, além de oferecerem serviços no SUS. Por isso, com este repasse, o Ministério da Saúde apoia essas unidades, ampliando a destinação do REHUF, para garantir melhores padrões de eficiência, além de atualização constante dos profissionais nos serviços à disposição da população”, destaca o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame.

REHUF – De 2010 a 2014, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 2,3 bilhões aos 48 hospitais universitários de todo o país. No ano passado, foram mais R$ 344 milhões a esses estabelecimentos, totalizando R$ 2,6 bilhões no período. Além disso, em 2015, a pasta destinou R$ 1,4 bilhão de incentivos a essas unidades.

Além de ser aplicado em pesquisas e na melhoria da qualidade da gestão e do atendimento, o REHUF também pode ser utilizado para reformas e aquisição de materiais médico-hospitalares, entre outras ações, conforme a necessidade e o planejamento da instituição.

Jorge Gomes inspeciona primeira obra de pavimentação asfáltica na Zona Rural

Um marco para o desenvolvimento de Caruaru está no asfaltamento de estradas que dão acesso a zona rural. A primeira beneficiada foi a do Murici. O andamento das obras já ultrapassa os 80%. Ontem (04), o vice-prefeito Jorge Gomes foi conferir a obra de perto com a equipe de infraestrutura liderada pelo secretário Bruno Lagos. Zé Ailton, secretário de desenvolvimento rural, também acompanhou o grupo.

O percurso de 2,9km da estrada que dá acesso ao Murici já recebeu asfalto. Os outros 800m restantes serão capeados. Essa obra foi elencada como prioridade dentro das reuniões do Orçamento Participativo. O investimento de R$ 2,7 milhões é proveniente de emenda parlamentar do deputado federal Wolney Queiroz e do Fundo de Participação dos Municípios (FEM).

A programação prevê o término da obra para fevereiro deste ano.

Principal meta dos brasileiros para 2016 é sair do vermelho, mostra SPC Brasil

O ano de 2016 começa com uma perspectiva nada otimista para a economia e com o agravamento da crise política torna ainda maior o grau de incerteza. Com isso, os consumidores se preparam para enfrentar situações adversas ao longo do ano e que, segundo especialistas, devem ser parecidas com as de 2015. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pesquisaram quais são as expectativas e projetos dos brasileiros para 2016: 36,8% pretendem sair do vermelho, pagando todas as contas que estão vencidas.

Em seguida, também são mencionados os desejos de fazer atividade física (34,3%), de comprar e/ou trocar de carro (27,6%), além de perder peso (27,5%). O levantamento, feito em todo o Brasil, mostra ainda que as expectativas em relação à conjuntura econômica do País estão divididas. Para três em cada dez entrevistados (31,1%), a situação será pior do que no ano passado; contra 37,0% que imaginam que será melhor.

Considerando os consumidores que acreditam na piora do cenário econômico, as principais consequências esperadas são a diminuição das compras (55,6%); a redução do consumo de produtos supérfluos, já que haverá menos dinheiro (48,4%, aumentando para 59,7% nas classes A e B); e a maior dificuldade de economizar e constituir reserva financeira (45,4%).

Como medida para superar os problemas decorrentes da crise econômica, a maior parte dos entrevistados menciona a intenção de organizar as contas da casa (56,3%), seguido da intenção de evitar o uso do cartão de crédito (36,4%) e evitar comprar parcelado (33,8%), e também pagar a maioria das compras à vista (32,7%).

Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados da pesquisa mostram que ao menos uma parte dos consumidores entende a gravidade da situação e pretende agir ativamente a fim de evitar o desequilíbrio financeiro. “Medidas como a organização das contas e o uso consciente do cartão de crédito podem fazer diferença no orçamento ao longo de todo o ano, uma vez que não há previsão de quando haverá recuperação da economia. O consumidor sabe que as compras parceladas representam risco de endividamento, situação que poderia fugir ainda mais ao controle em caso de desemprego”, explica.

O risco de não conseguir pagar as dívidas também aparece como o maior temor para 2016: 56,9% dos entrevistados citaram, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). Foram mencionados ainda os problemas de saúde (54,6%), a possiblidade de serem vítimas de violência e/ou assalto (35,2%) e que o país não saia da crise atual (27,1%).

A corrupção – um dos destaques da mídia no ano passado – também foi lembrada. Para 42,5% dos brasileiros, é o problema mais importante do Brasil a ser resolvido em 2016, seguida da crise econômica, mencionada por 39,6%.

 

Estudantes da UPE criam aplicativo que facilita doações para o ICIA

Alunos da Universidade de Pernambuco (UPE) criou um aplicativo mobile para o Instituto do Câncer Infantil do Agreste (ICIA). A ferramenta foi desenvolvida inicialmente para celulares com sistemas Android, BlackBerry, e em breve para IOS e Windows Phone. O aplicativo leva notícias da instituição, permite interação via redes sociais e deixa mais prático o ato de doar.

Após 12 anos humanizando o tratamento de crianças e adolescentes contra o câncer e prestando apoio aos familiares dos pacientes, o ICIA ganha o apoio da tecnologia. A instituição passa a contar com um aplicativo para celular que permite doações, transmissão de notícias e interação com o ICIA por meio das redes sociais. A novidade só foi possível por causa do engajamento e da iniciativa de um grupo de estudantes de Sistemas de Informação da UPE Caruaru.

O aplicativo tem menu simples e diferentes opções de interação. Pelo celular, quem baixar o aplicativo poderá fazer doações para o ICIA, ligando automaticamente para o telemarketing da instituição. Além disso, poderá saber as últimas notícias do ICIA, conferir fotos e vídeos e interagir com a instituição no Facebook e instagram. A ferramenta também informa o usuário todas as formas de ajudar o ICIA.

Kayo Henrique foi um dos alunos que teve a iniciativa da criação do aplicativo. Ele explica que a iniciativa partiu da vontade de prestar um serviço social e ajudar minimizar o sofrimento de várias crianças que são atendidas na instituição. “Considerando que o mundo está cada vez mais digital e vendo a possibilidade de ajudar uma instituição como o ICIA, pensamos em colocar o conhecimento técnico adquirido durante a faculdade em algo que beneficiasse toda a sociedade, então surgiu a ideia de fazer um aplicativo para que as pessoas tivessem acesso ao trabalho que a instituição desenvolve. Tivemos a preocupação em colocar no aplicativo informações sobre o ICIA para quem quiser ajudar mesmo sem conhecer, e que possa através do aplicativo ter acesso a fotos da instituição, alguns depoimentos, outras formas de como ajudar: doação mensalista, voluntário e toda a parte de contato”, conta.

A iniciativa solidária dos jovens deve tornar o ICIA ainda mais próximo de pessoas interessadas em ajudar a instituição. Com a ferramenta, o ICIA espera divulgar o nome da instituição, estreitar laços com colaboradores e incentivar novas doações.

Em depoimento à PF, Pedro Corrêa diz que todo o dinheiro que tinha deu aos pobres

Do Blog de Jamildo

Policiais contam que, meses atrás, durante depoimento à Lava Jato, o pernambucano Pedro Corrêa, ex-deputado federal pelo PP, foi indagado por um dos presentes:

— Desde quando o senhor tem conhecimento sobre esquemas de corrupção?

—Desde a época do Império, doutor! — respondeu o político.

Mesmo com a resposta inusitada, o investigador tentou seguir:

—E o senhor tem dinheiro guardado?

—Não tenho mais dinheiro, doutor. Dei tudo o que tinha aos pobres — replicou Pedro.

A informação foi postada por Natuza Nery, em sua coluna na Folha de S.Paulo

Corrêa foi condenado a 20 anos e 7 meses de prisão por crime de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Em sentença de 92 páginas, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, destacou que Corrêa tem antecedentes criminais. O ex-parlamentar foi condenado no processo do mensalão.

O ex-deputado está preso desde o dia 10 de abril, quando foi capturado na 11ª etapa da Operação Lava Jato denominada “A Origem”. A sentença do juiz atribui a Pedro Corrêa o recebimento de propina de R$ 11,7 milhões.

“O mais perturbador em relação a Pedro Corrêa consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470, havendo registro de recebimentos até outubro de 2012″, destacou Moro.

Eleições 2016: 40% dos eleitores prefere candidatos da oposição

Do Congresso em Foco

A insatisfação com os representantes políticos já se manifesta nas pesquisas de intenção de voto para as eleições municipais. De acordo com levantamento do Ibope, mais da metade dos eleitores brasileiros declararam que pretendem votar em candidatos de oposição (40%) ou que não votarão em ninguém (16%). Os atuais prefeitos são os candidatos preferidos de apenas 22% dos entrevistados. Outros 8% disseram que planejam votar no candidato indicado pelo chefe do Executivo municipal. O restante não sabe ou não respondeu. A pesquisa foi encomendada pela coluna do jornalista José Roberto de Toledo, do jornal O Estado de S. Paulo.

Os indecisos ou insatisfeitos com todos os partidos representam um terço dos entrevistados.  O grupo se apresenta como uma saída para os candidatos governistas. O levantamento também mostra que a tendência oposicionista varia de acordo com a região do país: o posicionamento é mais acentuado no Norte e no Centro-Oeste (46%, contra 23% dos governistas) e no Sudeste (42% a 24%), do que no Sul (27% a 33%) e no Nordeste (39% a 41%).

O partido dos candidatos também influencia na sua maior rejeição ou aceitação, como indica a pesquisa. Prefeitos petistas (17%) e seus candidatos (5%) têm, em média, 22% das intenções de voto, contra 33% para oposicionistas. As cidades administradas pelo PT concentram a maior taxa de indecisos:  29% declararam que não votarão em ninguém e 16% não souberam responder.

Dilma inicia agenda de trabalho de 2016 com desafios na política e na economia

Da Agência Brasil

Após passar o réveillon com a família em Porto Alegre (RS), a presidenta Dilma Rousseff inicia hoje (4) a agenda de trabalho de 2016 no Palácio do Planalto com desafios nas áreas política e econômica. A previsão é que, pela manhã, a presidenta reúna-se com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e tenha reuniões com assessores.

A presidenta Dilma manifestou otimismo com 2016 na mensagem de Ano-Novo aos brasileiros, que postou nas redes sociais. Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo no dia 1° de janeiro, a presidenta também disse esperar um ano melhor e falou sobre temas da economia e política, como o controle da inflação, a manutenção dos ajustes necessários para o equilíbrio fiscal e o pedido de impeachment em análise na Câmara dos Deputados. Sobre a inflação, Dilma disse que o controle da taxa é uma prioridade do governo. “Ela [inflação] cairá em 2016, como demonstram as expectativas dos próprios agentes econômicos”.

Em relação ao momento político que o governo atravessa, registrou no artigo: “Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor”.

Nos últimos dias de trabalho de 2015, a presidenta Dilma fez uma reunião com a equipe econômica do governo e assinou o decreto que reajustou o salário mínimo para R$ 880 a partir de 1° de janeiro.

A presidenta também sancionou com vetos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, com data de 31 de dezembro, e traz, entre os vetos, dispositivo que previa reajuste para os beneficiários do Bolsa Família. A presidenta justificou que o reajuste não está previsto no projeto de Lei Orçamentária de 2016. “Assim, se sancionado, o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente no desligamento de beneficiários do Programa Bolsa Família”, explicou na justificativa ao veto.

Consumo de energia elétrica cai 4,4% em novembro, mostra EPE

O consumo de energia elétrica no país caiu 4,4% em novembro de 2015, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em novembro do ano passado, foram consumidos 39,1 mil gigawatts/hora (Gwh), segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Entre os setores avaliados pela EPE, a maior queda foi observada na indústria (-8,9%), o principal consumidor de energia elétrica do país. O consumo caiu de 15,3 mil Gwh, em novembro de 2014, para 13,9 mil Gwh, em novembro do ano passado.

De acordo com a EPE, a queda de 8,9% foi a maior para um mês de novembro em 12 anos. Entre os motivos para a queda estão o desastre ambiental em Mariana, que paralisou a produção de algumas unidades de extração de minerais metálicos e deixou o mercado consumidor enfraquecido para as indústrias metalúrgicas.

O consumo residencial caiu 2,2%, fechando novembro com média de 11,1 mil GWh. A queda do consumo comercial, por sua vez, chegou a 2,6%. Em todos os setores, o consumo de energia elétrica acumula perdas de 2,1% no ano e de 1,7% no período de 12 meses.