José Múcio: “A gente não pode ficar com meio Brasil torcendo para meio Brasil dar errado”

Ministro da Defesa, o pernambucano José Múcio encarou um dos maiores desafios já enfrentados por um titular da pasta: lidar com o episódio do último dia 8, quando terroristas invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes. Nesta entrevista exclusiva para o jornalista Magno Martins, em Brasília, Múcio conta detalhes. Confira.

O senhor esperava, nesta altura da sua vida, pegar tamanho abacaxi?

Eu não podia me negar. Primeiro, sou um grande refém da gratidão. O presidente Lula, quando me convidou para esse desafio, fez um apelo para que viesse, não podia negar. Evidentemente que estava em uma zona de conforto, já usufruindo mais do convívio da minha família, mas eu tinha que dar a minha participação. Eu vim contribuir. Eu não tenho projeto político, não sou filiado a nenhum partido. Já tenho uma folha de serviço prestada ao País e ao Estado grande, mas não podia negar e vim dar a minha contribuição até o dia que o presidente Lula precisar.

O senhor foi escolhido pela fama de conciliador e de bom apagador de incêndios políticos?

Sim. Foi nessa linha. Ele disse que a área precisava de muita conversa, de pacificação, que o ambiente das Forças Armadas não era favorável, mas não houve nenhuma nota contra de ninguém, nem da reserva, nem da ativa, nem da Marinha, Aeronáutica e Exército. Evidentemente que tivemos algumas turbulências, mas o ambiente está pacificado.

Turbulências a partir do dia 8 de janeiro, inclusive, com especulações de que o presidente Lula não tinha gostado do desempenho do senhor naquele momento. Foi fogo amigo.

Fogo amigo, claro. Se eu vim para negociar, não podia agredir o público-alvo da negociação. Muitas pessoas se queixaram porque eu disse que esses movimentos eram democratas. E como eu estava negociando, conversando. A negociação pressupõe renúncia dos dois lados. Ou se abre mão das duas partes ou não dá certo. Eu não podia acusá-los de nada porque eu estava conversando com todos eles. E foi isso o que aconteceu. E repito, se não fossem os baderneiros, se não fossem os vândalos que quebraram o patrimônio público, podemos dizer que as coisas estavam funcionando da forma que nós esperávamos. Evidentemente que podemos dizer que o dia 8 foi uma nódoa que nós temos, mas uma vitória da democracia também. Eu digo que deram ao presidente Lula um quarto mandato. Foi um desafio para toda a sociedade, mas mostrou que as nossas instituições estão fortes, são sólidas e que foi uma vitória da democracia.

O senhor teve a sensação de os acampados estavam querendo uma vítima, caso houvesse a retirada deles dos quartéis à força?

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Se nós não tivéssemos agido dessa forma, por exemplo, sem diálogo, sim. Se tirássemos à força o pessoal na véspera, será que a ordem iria ser cumprida? Será que isso não teria sido o estopim para um movimento qualquer desse que nós não desejávamos tivéssemos tido início? Não foram aqueles 200 que estavam lá na antevéspera. Agora se você me perguntar se houve algum erro. Eu acho que o fato de ter se permitido, porque havia a proibição dos ônibus entrarem na área militar, mas se permitiu a entrada das pessoas. Eu acho que a partir disso foi que se deu esse problema, mas o maior problema foi porque não contávamos com a participação da Polícia Militar do GDF que ficou encarregada de conter os movimentos na rua e eles não cumpriram o que haviam prometido prometeram.

Agora, a Esplanada estava fechada, por que ela foi reaberta justamente no dia?

Ela não foi reaberta, simplesmente a polícia do GDF não veio. Eles entraram porque não tinham quem proibisse a entrada, de maneira que foi uma coisa que não era para ter acontecido e infelizmente aconteceu.

O governador de Brasília foi afastado. Ele está pagando esse preço sozinho?

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Só quem pode dizer isso é a justiça. Os fatos estão sendo apurados, nós estamos torcendo para que os inocentes não paguem, mas torcendo para que os culpados paguem para que isso não sirva de estímulo a novos movimentos daqueles que lhe asseguro que jamais acontecerá outra vez.

Sobre esse ajudante de ordem bem próximo do Bolsonaro, o tenente-coronel Cid, qual será o destino dele?

Temos que fazer duas análises. As coisas nas Forças Armadas são resolvidas com muita antecedência. Em maio do ano passado, antes de eleição, ao saber quem iria vencer as eleições, ele foi, dentro dos critérios que o Exercício usa, designado que em março de 2023 assumiria um comando do Estado de Goiás. Depois disso, agora no final, algumas suspeitas no campo da Justiça foram levantadas. Ele tinha duas formas de enfrentar isso. Uma como comandante – e foi isso o pivô de todo o problema que nós enfrentamos – e outra como pessoa física. Os amigos dele, conversei com alguns, achavam que se ele enfrentasse à Justiça na pessoa física dele, poderia ter a sensibilidade das pessoas, teria tido talvez o apoio de alguns amigos, fosse mais fácil do que enfrentar do que como comandante de batalhão. E ele ouviu o conselho dos amigos, o que foi ótimo para ele e para todos nós, e pediu ao comandante dele um adiamento. Na linguagem deles, adiamento não é que iria tomar posse em março de 2023, passaria para abril ou maio. Ele voltou à fila e vai passar este ano todo novamente em processo de seleção, e daqui a um ano, em 2024, provavelmente em março e abril, como eles fazem sempre, ele assumirá um outro posto de comando depois que resolver e responder as questões que ele tem em outro poder, que é na Justiça.

Que foram levantadas agora, inclusive de caixa 2.

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A gente vive muito de fake news. Ele vai ter a chance de perante a justiça de dizer o que é fato e justificar o por que fez.

O senhor disse que já pacificou as Forças Armadas. Tem certeza disso?

Eu não quero dizer que pacifiquei as Forças. Acho que precisamos pacificar o País. A gente não pode ficar com meio Brasil torcendo para meio Brasil dar errado. Todos nós seremos vítimas se esse Brasil piorar. A gente tem que trabalhar para quem está no governo acertar. É como está no avião e a aeromoça dizer que o piloto é seu inimigo e você torce para ele fazer uma bobagem com você dentro. Você tem que torcer para que ele pouse. Acho que o presidente que não ganhou a eleição saiu fortalecido, porque saiu com quase metade do povo brasileiro. Cabe agora durante esses quatro anos a parte vencedora trabalhar para fazer o Brasil que deseja e prometeu e a parte que não foi vencedora trabalhar para se tiver sucesso, retornar ao poder. Isso é democracia. A gente tem que entender os diferentes e conviverem.

O maior desafio de Lula será orçamentário, porque ele conseguiu distribuir o poder dele com todos os partidos da base dele. Mas parece que o orçamento está muito curto, não é?

Muitíssimo curto. É um cobertor curto. Cobre a cabeça e descobre os pés. A gente precisa ter cuidado para que essa partilha atenda às diversas expectativas da sociedade. Temos um desafio muito grande, o dinheiro é muito curto, mas temos que pacificar politicamente o Brasil, isso é importante.

O senhor teme novas manifestações?

Eu torço e acho que todos os brasileiros devem torcer. A gente tem que torcer pela pacificação desse País. A gente precisa encerrar as eleições. Já houve um pleito, já houve um vencedor, já teve um grupo que não venceu as eleições. A democracia é isso. A gente tem que respeitar a vontade da maioria. Se foi muito ou se foi pouco, mas houve uma maioria e temos que torcer porque o presidente da República será o governante dos vencedores e dos não vencedores. Temos que torcer para que o Brasil pacificado, fraterno, somos um povo fraterno, que respeitamos, gostamos de ajudar, ajudamos o próximo e sepultar esse 8 de janeiro e sem esquecer dele para que jamais ele ocorra.

Como o ministro José Múcio, pernambucano, pode ajudar Pernambuco no Ministério da Defesa?

Temos uma obra gigantesca do Exército em Pernambuco, a Escola de Sargento. Um investimento de R$ 1,6 bilhão. É uma parceria com o Governo do Estado, nós vamos fazer absolutamente tudo para viabilizá-lo. É uma obra que vai gerar muitos empregos. Todos os sargentos do Brasil serão preparados em Pernambuco. É uma coisa fantástica. Uma fronteira de desenvolvimento que nós vamos instalar em Pernambuco. Isso passa pelo Ministério da Defesa e todas as vezes que me sinto cansado e quando enxergo e convivo com os problemas daqui, me lembro dessa escola, e é um alento, um combustível que eu tenha força e entusiasmo para trabalhar por isso.

Quando ficará pronta?

Demora. Isso é um projeto muito grande. Tem etapas. Se não me engano, da forma que está, a etapa final é em 2027, mas para que isso aconteça, todos esses anos têm que ser de muito trabalho.

Folhape

Prefeitura de Caruaru conclui plenárias para construção do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), finalizou, nesta terça-feira (31), a Consulta Pública para construção do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural. Os agricultores e moradores dos quatro distritos da Zona Rural de Caruaru estiveram participando dos encontros, com aproximadamente 400 pessoas, debatendo o futuro daquela localidade para os próximos 10 anos.

O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural tem como objetivo as soluções para os problemas locais que impedem o desenvolvimento rural local. Os agricultores e moradores tiveram a oportunidade de debater sobre políticas públicas voltadas ao aproveitamento da infraestrutura regional, verticalização das cadeias produtivas e outras necessidades apontadas para o crescimento econômico municipal, numa visão multidisciplinar.

“Nosso próximo passo será a definição de metas, detalhando as ações necessárias, com prazos para realização, por meio dos recursos, vamos conseguir entregar a população. Nosso próximo encontro será no mês de fevereiro, quando vamos apresentar o resultado dessas plenárias”, comentou o secretário da SDR, Manoel Junior.

Caruaru fica em 1° lugar entre os municípios pernambucanos no 3° quadrimestre de 2022 do Previne Brasil

Mais uma vez, a Prefeitura de Caruaru, juntamente com a Secretaria de Saúde do município, comemora a colocação da cidade no ranking nacional do Programa Previne Brasil, referente ao 3° quadrimestre de 2022. Com a colocação, Caruaru ficou com a maior nota do Previne Brasil, no Estado de Pernambuco, quando comparado aos municípios do mesmo porte. A frente de cidades como Olinda, Recife, Petrolina e Jaboatão.

São avaliados sete indicadores, são eles: a proporção de gestantes com, pelo menos, seis consultas de pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 12ª semana de gestação; proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV; proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado; proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS; proporção de crianças com um ano vacinadas na APS para Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por Haemophilus Influenzae tipo B e Poliomielite Inativada; proporção de pessoa com hipertensão com consulta e pressão arterial aferida no quadrimestre e a proporção de pessoas com diabetes com consulta e hemoglobina glicada solicitada no quadrimestre.

Procurado por homicídio no Piauí é detido pela PRF

Um homem procurado pelo crime de homicídio foi detido no domingo (29), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 316, em Ouricuri, no Sertão pernambucano. O foragido da justiça foi encontrado a partir de um mandado expedido em abril de 2021, pela Vara Única de Manoel Emídio, no Piauí.

Equipes da PRF de Serra Talhada e de Ouricuri realizavam uma fiscalização no Km 83 da rodovia, quando abordaram um motorista inabilitado e com o licenciamento do veículo atrasado. Após consultas, foi descoberto que havia um mandado de prisão em aberto para o condutor.

O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Ouricuri para ser apresentado à justiça. O veículo foi recolhido ao pátio.

Prefeitura de Caruaru conclui plenárias para construção do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), finalizou, nesta terça-feira (31), a Consulta Pública para construção do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural. Os agricultores e moradores dos quatro distritos da Zona Rural de Caruaru estiveram participando dos encontros, com aproximadamente 400 pessoas, debatendo o futuro daquela localidade para os próximos 10 anos.

O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural tem como objetivo as soluções para os problemas locais que impedem o desenvolvimento rural local. Os agricultores e moradores tiveram a oportunidade de debater sobre políticas públicas voltadas ao aproveitamento da infraestrutura regional, verticalização das cadeias produtivas e outras necessidades apontadas para o crescimento econômico municipal, numa visão multidisciplinar.

“Nosso próximo passo será a definição de metas, detalhando as ações necessárias, com prazos para realização, por meio dos recursos, vamos conseguir entregar a população. Nosso próximo encontro será no mês de fevereiro, quando vamos apresentar o resultado dessas plenárias”, comentou o secretário da SDR, Manoel Junior.

UNINASSAU Caruaru passa a ofertar novas graduações

A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, em Caruaru, passa a ofertar três novas graduações presenciais na sua grade curricular a partir de fevereiro. A instituição conta agora com os cursos de Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, além de Cosmética e Estética, já com matrículas abertas, que se somam aos 18 cursos presenciais disponíveis, totalizando agora 21 opções de graduações.

O aluno que escolher ser um terapeuta ocupacional poderá atuar em diversas áreas como em hospitais, unidades de ensino, saúde da família, saúde do idoso, reabilitação de pessoas, ambulatórios, entre outros. Os interessados em se tornar Fonoaudiólogos estarão aptos para trabalhar com audiologia, comunicação oral, linguagem, disfagia, voz, Fonoaudiologia Educacional e Gerontologia, já os que escolherem o segmento de Cosmética e Estética poderão atuar em clínicas de estética, spas e academias. Caso tenham espírito empreendedor, o curso é uma ótima opção para investir em uma clínica própria.

“A abertura desses novos cursos é importante porque além de abranger novos campos do conhecimento, é mais uma oportunidade para aqueles que buscam iniciar a graduação em uma dessas áreas”, afirma a reitora da UNINASSAU Caruaru Aislane Bernardino Silva Belo. Ela ainda ressalta que as pessoas que escolherem um dos novos cursos, ou os demais já existentes, contam com toda uma estrutura que propicia ainda mais o aprendizado. “A instituição fornece suporte que vai desde o vestibular agendado e gratuito até diversos programas financeiros, tudo isso para facilitar e oportunizar cada vez mais o ingresso dessas pessoas no ensino superior. É importante ressaltar que todos os nossos alunos contam com nossas plataformas on-line, a exemplo do sponso, uma conexão direta com o mercado, insights, desafios e vivências que vão enriquecer ainda mais o processo de aprendizagem”, destacou.

Para ingressar nos cursos, o candidato deve realizar o vestibular de forma gratuita e com hora agendada. O Centro Universitário está localizado no entroncamento das BR’s-232 e 104, km – 68, nº 1215. O horário de funcionamento é das 8h às 22h. Outras informações podem ser obtidas por meio do WhatsApp (81) 98273-8855 e pelas redes sociais @uninassau.caruaru.

Guarda Municipal de Caruaru recupera veículo roubado no loteamento Caville

Na noite desse domingo (29), a Guarda Municipal de Caruaru (GM) estava realizando rondas próximo ao bairro Boa Vista 2, no loteamento Caville, quando identificou um veículo abandonado. Após consulta no sistema do Detran, foi constatado o registro de roubo.

O carro foi recolhida para Delegacia de Plantão, com o objetivo de identificar o proprietário.

Professores aprovados em concurso estadual protestam por convocação imediata ao trabalho

Aprovados no concurso para professores da rede estadual de ensino de Pernambuco protestam na manhã desta terça-feira (31), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, na área central do Recife.

Os manifestantes participaram do certame de 2022, que aconteceu no segundo semestre. Diante da não divulgação de datas, os professores foram às ruas reivindicar a convocação imediata dos aprovados nas 2.907 vagas ofertadas no edital, além da criação de novas vagas para cadastro reserva.

“O Ministério Público já provocou o gabinete do Estado para a divulgação do calendário de datas para convocação dos aprovados e dos classificados no cadastro reserva. Com esse ato, estamos tentando nossos primeiros diálogos. O concurso público deve ser prioridade para a valorização da educação”, afirmou o professor de Sociologia Renê Nascimento, um dos aprovados e membro da Comissão dos Aprovados.

O protesto, organizado pela Comissão dos Aprovados no Concurso da SEE-PE 2022, tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe).

A concentração ocorreu por volta das 9h, na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, na área central, de onde o grupo saiu em direção à sede do Governo.

No Palácio do Campo das Princesas, por volta das 10h50, representantes da comissão foram chamados para uma conversa. A expectativa é de que o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, receba os manifestantes.

De acordo com a organização do ato, com dados da Secretaria de Educação, a rede estadual de ensino trabalha com aproximadamente 17 mil professores em regime de contrato temporário.

Folhape

Veja como ficou o trailer da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

O trailer promocional da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém gravado com os artistas Klebber Toledo (Jesus), Luíza Tomé (Maria), Eriberto Leão (Pilatos), Nelson Freitas (Herodes) e Duda Reis (Herodíades) já está sendo divulgado esta semana. Assista aqui: https://bityli.com/I9j8K

O filme traz cenas bem impactantes e transmite grande emoção por meio de diversas passagens nas quais aparecem os principais personagens da história ao lado de dezenas de figurantes, uma verdadeira superprodução.

Com atuações notáveis e trajando belos figurinos e adereços criados pela diretora de arte e figurinista Marina Pacheco, os artistas incorporaram os personagens de forma marcante diante das câmeras e sentiram um pouco da emoção que os aguarda nas apresentações que acontecerão nos palcos da cidade-teatro durante a Semana Santa.

“A gente está mergulhando de cabeça para dar o melhor. Estou de coração aberto para exercer meu ofício, para entregar meu corpo, minha ferramenta de trabalho, para fazer um personagem gigantesco que eu tenho a sorte e a honra de interpretar”, disse Klebber Toledo.

Nos bastidores da produção, que aconteceu na segunda semana de janeiro, foi mobilizada uma equipe de cerca de 40 profissionais incluindo maquiadores, câmeras, coordenadores, técnicos de luz e som e assistentes. No palco, além dos artistas convidados, atuaram os atores e atrizes pernambucanos Ricardo Mourão (Caifás), Marina Pacheco (Madalena) e Washington Machado (João), além de dezenas de figurantes.

As gravações tiveram a direção do cineasta Eduardo Morotó e têm a assinatura da produtora Virtual Recife Produções. “Há muito tempo, eu não vejo uma entrega tão competente de uma equipe de audiovisual como vocês”, disse o veterano ator Nelson Freitas, ao final das gravações.

Segundo Eduardo Morotó, os filmes deste ano têm uma pegada mais épica. “Nós focamos na parte dramática, mas também demos destaque às cenas de ação, cenas eletrizantes com muitos figurantes para despertar muitas emoções”, disse o diretor que há oito anos dirige os filmes promocionais da Paixão de Cristo, um espetáculo aclamado por milhões de espectadores, com mais de meio século de história.

Os ingressos da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, que acontecerá de 1º a 8 de abril de 2023, já estão à venda pelo site oficial www.novajerusalem.com.br. Temporariamente, as entradas podem ser adquiridas antecipadamente por preços promocionais: R$ 110,00, a inteira, e R$ 55,00 reais a meia entrada em até 12 vezes nos cartões. A promoção especial de ingressos irá até o dia 28 de fevereiro ou até durar o estoque.

Apesar de promessas, defasagem da tabela do IRPF chega a 148%

Sem reajuste desde 2015, a tabela do Imposto de Renda chegou à maior defasagem de sua série histórica: 148,10%. Atualmente quem ganha mais de R$ 1,9 mil mensais, um salário mínimo e meio, está sujeito ao tributo federal e ao acerto de contas com a Receita Federal. De acordo com o cálculo feito pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou 2022 acumulando 5,79%, a falta de correção da tabela tem gerado um aumento da tributação justamente sobre pessoas de menor poder aquisitivo.

“Aqueles cidadãos de renda mais baixa, que estavam na faixa de isenção há alguns anos, estão sendo jogados para a faixa de tributação. Em 2015, a faixa de isenção era de cerca de R$ 1.900, que correspondiam a dois salários-mínimos e meio. Deste ano para o ano que vem, a faixa de isenção vai corresponder a um salário-mínimo e meio”, disse o vice-presidente do Sindifisco Nacional, Tiago Barbosa.

Se toda a defasagem da tabela do IR fosse corrigida, pelos cálculos do Sindifisco, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 pagariam imposto. Hoje, um contribuinte que ganha, após deduções, R$ 5 mil paga R$ 505,64 de IR. Caso a tabela fosse corrigida de forma integral, a mesma pessoa contribuiria com apenas R$ 24,73. Até as grandes rendas seriam beneficiadas neste caso, pois pessoas que declaram R$ 100 mil ao mês teriam uma diminuição de contribuição dos atuais R$ 26.630,64 para R$ 25.352,85.

O diretor de políticas estratégicas e legislativas da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Diogo Chamun, destacou a urgência de realizar a correção pela inflação. “Para ilustrar o tamanho da perda do trabalhador, se fizermos um comparativo dos parâmetros de 1996, o limite de isenção dessa tabela se comprava 1,5 mil litros de gasolina. Já hoje, com o limite de isenção atual, se compra menos de 400 litros. Quanto às cestas básicas, em 1996, equivalia a quase 11 cestas básicas. Hoje, corresponde a menos de 3. Assim também é com o salário mínimo, que no início de 1996 o limite de isenção da tabela equivalia a 8 salários mínimos, e hoje equivale a pouco mais de 1,5 salário mínimo”, explicou.

Promessas

A correção da tabela foi um compromisso assumido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que terminou o seu mandato sem cumprir a proposta. Durante a campanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prometeu elevar para R$ 5 mil o limite de isenção, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já afirmou que não será possível fazer a correção ainda este ano. Ele alegou que precisaria cumprir o princípio da anterioridade que rege a tributação no país. Assim, tal medida, se implementada em 2023, só poderia ser efetivada em 2024.

Segundo Gabriel Quintanilha, professor convidado da Fundação Getulio Vargas (FGV) Direito Rio, o argumento trazido pelo governo para não fazer a correção este ano não é equivocado. “A necessidade de respeito ao princípio da anterioridade de exercício somente se dá no caso de criação ou majoração de tributo. Nessas hipóteses se o tributo for criado ou majorado, essa alteração somente produz efeitos no exercício financeiro seguinte. Entretanto, quando estamos falando de atualização ou redução, isso não representa nem criação, nem majoração, de modo que a produção de efeitos é imediata”, afirmou.

De acordo com Quintanilha, a correção depende do espaço fiscal. “Certamente há uma questão orçamentária e há necessidade de reposição de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, efetivamente, caso o governo consiga criar um espaço no orçamento é claramente possível que ocorra essa atualização ainda neste exercício financeiro”, acrescentou.

O diretor da Fenacon afirmou que a tabela defasada aumenta cada vez mais a arrecadação. “A gente precisa reforçar que essa sistemática de aumentar a arrecadação sem elevar as alíquotas, que é a causa da defasagem, é uma posição muito confortável. A ideia do governo é não perder arrecadação. Equivocadamente, usam a atualização da tabela como uma renúncia fiscal, mas não é. A partir do momento que há uma reposição de perdas inflacionárias, é mais do que justo e correto fazer a atualização. Isso não pode ser tratado como uma renúncia fiscal”, salientou.

Correio Braziliense