Acic promove evento em homenagem ao Dia do Corretor

Nesta terça-feira (30), a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), através da Câmara Setorial dos Corretores de Imóveis (Casecoi), promoverá uma homenagem ao Dia do Corretor, celebrado no último dia 27 de agosto. O evento contará com a entrega de homenagens a personalidades pelos relevantes serviços prestados ao segmento imobiliário de Caruaru, além de show de stand-up com o humorista Gustavo Pardal e um momento de networking, em uma programação especial preparada para esses profissionais que contribuem para o crescimento do setor. A comemoração será voltada para corretores, imobiliárias e convidados e acontece no auditório da Acic, a partir das 18h30.

A Casecoi convidou grandes nomes do segmento para receberem as homenagens: o prefeito de Caruaru e empresário da construção civil e do ramo imobiliário, Rodrigo Pinheiro; o oficial do 1º Cartório de Registro de Imóveis de Caruaru, Nivaldo Freitas; o corretor Aguinaldo Aprígio, pela atuação junto ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis e ao Sindicato dos Corretores de Imóveis; o atual coordenador da Câmara Setorial da Construção Civil e empresário do ramo, Clauston Pacas; e o presidente do CRECI Pernambuco, Francisco Monteiro. “A Acic não poderia deixar de prestar sua homenagem a esses profissionais que são tão importantes para a economia da nossa região e que fazem do Agreste uma referência no interior do estado tanto na construção civil como na corretagem de imóveis”, enaltece a presidente da Acic, Ivania Porto.

O coordenador da Casecoi, Aurino Dutra, enfatizou o trabalho responsável desenvolvido pelos profissionais da Cidade e a atuação da Câmara para o reconhecimento da classe. “Fazer parte de um momento tão especial, onde existe uma mistura de sentimentos dos nossos clientes, é mágico e o corretor de imóveis usa sempre sua expertise de mercado para atender a real necessidade, orientando a escolha para que faça sentido. Trazemos mais segurança e a melhor experiência possível na aquisição de um imóvel que é uma grande conquista econômica e social”, finalizou.

Caruaru recebe 14 novos ônibus para atender estudantes da rede municipal

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, entregou, nesta terça-feira (30), a nova frota de ônibus escolares tracionados para serem utilizados nos distritos rurais do município.

O evento teve início com a saída dos 14 micro-ônibus do estacionamento da antiga Seduc, no bairro Santa Rosa, com destino ao Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, onde aconteceu a solenidade de entrega, com a presença do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro; da secretária de Educação e Esportes, Aline Tibúrcio; da gerente de Transportes da Seduc, Patrícia Michelline; do secretariado municipal, vereadores e servidores da Seduc.

“Passamos com os novos ônibus pelas principais ruas de Caruaru para mostrar a população que a prefeitura segue trabalhando em prol das melhorias da Capital do Agreste. 13 ônibus vão atender as necessidades da zona rural e um vai atender aos estudantes do Monte Bom Jesus. E isso é só o começo, pois até a próxima quinzena, mais 10 ônibus chegarão para complementar a frota”, comemorou o prefeito Rodrigo Pinheiro.

Foram entregues 14 micro-ônibus rurais escolares, com capacidade para 30 estudantes sentados, mais o condutor, e que vai contemplar o transporte de alunos do município que residem nos distritos rurais.

“Estou muito feliz e agradecida com a entrega desses 14 ônibus, pois eles vão auxiliar os nossos estudantes da zona rural a chegarem, diariamente, nas escolas. O sentimento é de gratidão ao prefeito Rodrigo Pinheiro pela sensibilidade em atender essa demanda”, disse a secretária de Educação e Esportes, Aline Tibúrcio.

Atualmente, a frota da Seduc possui 41 ônibus (incluindo os 14 novos) e 13 vans. O investimento, com recursos próprios, para a compra dos 14 ônibus foi de R$ 5.055.120,00. Até o dia 15 de setembro, outros 10 ônibus devem chegar para totalizar 24 novos ônibus na rede municipal.

A nova frota começará a circular, assim que todos os trâmites junto ao Detran forem regularizados.

Ex-Vereador, Gil PM, abandona apoio a socialista e abraça candidatura de Débora Almeida à estadual

O ex-vereador, que pertenceu ao PTB, revelou em evento na noite desta segunda-feira, que aceitou há alguns meses o convite do Prefeito de Garanhuns para ocupar um espaço dentro da gestão socialista, mas vinha sentindo-se desconfortável dentro do Governo

Eleito por 02 mandatos como vereador de Garanhuns, Givanildo da Silva de Lima, o Gil PM, Policial Militar que obteve uma votação total de 1.045 votos em 2020, ficando na suplência, decidiu oficializar seu apoio à candidatura da ex-prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida (PSDB).

Em um evento realizado na noite desta segunda-feira (29) em Garanhuns, ao lado de Débora e perante um público de mais de uma centena de simpatizantes, entre comerciantes, advogados, comerciários, estudantes, donas de casa e populares de diversos segmentos, o ex-parlamentar apresentou a candidata e confirmou sua adesão, definida segundo ele, após conversar com a tucana e ter escutado sua proposta em ser ‘A voz do Agreste’ na Assembleia Legislativa.

Até então, Gil PM estava pedindo votos para o candidato Cayo Albino (PSB), ex-secretário geral da Codeam e filho do prefeito socialista Sivaldo Albino.

Com mais esta adesão, Débora amplia os apoiadores em Garanhuns e sua eleição, a depender do quantitativo de votos, pode inclusive colaborar tsmbém na vitória do correligionário e ex-prefeito de Garanhuns Izaías Régis à deputado estadual, já que na eleição proporcional, quanto mais candidatos fortes, mais votos, o que representa mais cadeiras para o partido, garantido pelo voto de legenda.

Estiveram presentes e também se pronunciaram no ato, o ex-vereador Ary Júnior e as lideranças Gera Guerra, do Magano; Fernando Holanda Neto.

EX-VEREADOR GIL PM
Tido como vereador aguerrido na defesa dos seus ideais e até polêmico, o militar da reserva sempre contou com um eleitorado fiel.
Em 2012, Gil teve sua primeira eleição, com um quantitativo de 916 votos. Já em 2016, a foto do ex-vereador apareceu na urna eletrônica 1.645 vezes.
Nas eleições de 2020 ele não conseguiu se reeleger, tornando-se 1º suplente. Neste mesmo ano, último do seu mandato no entanto e com o precoce falecimento do ex-vereador e presidente da Câmara Daniel da Silva, Gil PM presidiu o Legislativo Municipal, administrando os destinos da Casa Raimundo de Moraes, até o dia 31 de dezembro daquele ano.

Jorge Quintino se afasta da Câmara de Vereadores para se dedicar à campanha para deputado federal

O vereador e candidato a deputado federal Jorge Quintino (SD) se afasta nesta quinta-feira (01) da Câmara de Vereadores de Caruaru para se dedicar à campanha política. Jorge participa da sua última sessão na tarde desta terça-feira e só retorna no dia dois de outubro. Em seu lugar, assume o suplente de vereador Lairton Vieira (PTB).

“Deixo a Casa do Povo para me dedicar a luta para ser o representante de Caruaru e do Agreste no Congresso Nacional. Quero agradecer o apoio e a compreensão dos vereadores que também integram a Câmara e tenho certeza de que o meu amigo Lairton Vieira vai cumprir com dedicação o nosso trabalho em defesa do povo de Caruaru”, disse Jorge Quintino.

Vereador com atuação de destaque em Caruaru e com atuação em movimentos sociais do Agreste, Jorge Quintino foi convocado pela candidata a governadora Marília Arraes (SD) para disputar uma vaga para deputado federal e, se eleito, ser seu aliado no Congresso Nacional.

Graduado em História pela Favip e em Direito pela Asces, Jorge Quintino tem mestrado em História pela UFPE. É professor de História, Filosofia e Sociologia, no ensino médio e universitário. Foi diretor de Meio Ambiente e diretor de Feiras e Mercados da Prefeitura de Caruaru. Também presidiu o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) e fez parte dos conselhos da Bacia do Rio Ipojuca e do Rio Capibaribe. É presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, e da Comissão de Meio Ambiente, além de membro da Comissão de Finanças e Orçamento. Conheça mais em @jorgequintinooficial

Jorge Quintino defende criação de um Fundo Nacional para a Educação

Em entrevista realizada nesta segunda-feira (29), o vereador e candidato a deputado federal Jorge Quintino (SD) defendeu a valorização da educação, através da criação de um Fundo Nacional para a Educação e da construção de uma carreira de estado para os profissionais da área. A entrevista foi realizada no programa Vanguarda, apresentado pelo jornalista Wagner Gil na Rádio Caruaru FM.

“Temos quase seis bilhões para o Fundo Partidário, mas não temos um Fundo Nacional para a Educação, vamos mudar por isso, como forma de melhorar a educação em todas as regiões do país. Também vamos lutar para construir uma carreira de estado para os profissionais de educação, que são imprescindíveis para a sociedade”, disse o candidato a deputado federal.

Jorge Quintino afirmou que, se eleito, será um parlamentar diferente dos demais. “Serei um deputado diferente, pois vou escutar a população, o povo de Caruaru e do Agreste pernambucano. Quero ser deputado federal para fortalecer a região, para incentivar o empreendedorismo, melhorar a educação e a saúde”, destacou.

O vereador também fez duras críticas ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, a quem chamou de “cobrador de impostos”. “Além de não oferecer infraestrutura, o governo do estado não apoia os trabalhadores, os pequenos empresários e nem o empreendedorismo. Ele cobra mais impostos de quem tem menos condições. E tem muito candidato a deputado federal aqui de Caruaru que apoia esse governo, mas esconde isso dos seus eleitores”, enfatizou.

Graduado em História e em Direito, Jorge Quintino tem mestrado em História pela UFPE. É professor de História, Filosofia e Sociologia, no ensino médio e universitário. Foi diretor de Meio Ambiente e diretor de Feiras e Mercados da Prefeitura de Caruaru. Também presidiu o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) e fez parte dos conselhos da Bacia do Rio Ipojuca e do Rio Capibaribe. É presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, e da Comissão de Meio Ambiente, além de membro da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores de Caruaru. Conheça mais em @jorgequintinooficial

UBAPC realiza sessão ordinária nesta segunda-feira (29)

A União Beneficente dos Artistas e Profissionais de Caruaru (UBAPC), através do presidente José Marcolino, convida os associados a comparecerem a reunião ordinária da diretoria, nesta segunda-feira (29), a partir das 19h, na sede da entidade.

Em pauta, assuntos administrativos e de ação social, bem como os preparativos para os 100 anos de fundação da UBAPC. A entidade fica localizada na Rua 13 de maio, número 82, Centro. Informações: 3721-6557.

Safra 2022/23 deverá ter recorde na produção de soja

Divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a pesquisa que aponta as Perspectivas para a Agropecuária Safra 2022/23 revelou a expectativa por um bom desempenho na produção total de grãos no Brasil. De acordo com o levantamento, a safra 2022/23 deverá ter uma colheita de 308 milhões de toneladas. Para a soja, a perspectiva aponta para um recorde na produção, com a projeção de 150,36 milhões de toneladas para a próxima temporada.

Além disso, o resultado deverá ser impulsionado pelo desempenho de outros mercados: milho, arroz, feijão e algodão. Juntamente com a soja, os grãos correspondem a mais de 90% da produção brasileira. “Apesar do aumento nos custos de produção, as culturas ainda apresentam boa liquidez e rentabilidade para o produtor brasileiro”, afirmou o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

Com o preço do grão atrativo, tendo em vista o ajuste entre a oferta e demanda, a soja deverá registrar um crescimento de 3,54% de área para a cultura, podendo chegar a 42,4 milhões de hectares. Assim, a expectativa é que a produtividade do próximo ciclo apresente uma recuperação em relação a atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul.

Dessa forma, a maior disponibilidade do grão deve propiciar exportações na ordem de 92 milhões de toneladas, aumento de 22,2% em relação à safra 2021/22, um recorde para a cultura.

Na divulgação da publicação, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, reforçou o protagonismo do país na produção mundial de alimentos. “Se o Brasil parar de produzir, o mundo passa fome. O mundo não vai passar fome, pois o Brasil está produzindo e vai produzir, como mostram os números”.

No caso do algodão, a análise também aponta para um cenário de aumento de área, produtividade e consequente acréscimo na produção, que deverá gerar uma colheita de 2,92 milhões de toneladas. Já para o arroz, a produção deve ficar em torno de 11,2 milhões de toneladas, enquanto cerca de 3 milhões de toneladas são esperadas na colheita do feijão.

Para o milho a expectativa é de uma produção total de 125,5 milhões de toneladas. “As margens para os produtores continuam positivas, mesmo com os altos custos de produção. Além disso, é preciso lembrar que nas duas últimas safras, o clima foi uma variável de grande influência para o desenvolvimento da cultura”, explicou o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

Período de deflação não deve durar muito, alertam especialistas

A queda recorde de 0,73%, em agosto, no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — que é a prévia da inflação oficial —, aumentou as chances de um segundo mês de deflação na taxa. Com o dado divulgado na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analistas passaram a revisar novamente a previsão para o indicador do custo de vida no fim deste ano — que gira entre 6,5% e 7%.

No entanto, segundo especialistas ouvidos pelo Correio, é preciso cautela, pois o dragão da inflação não está totalmente domado. O volume é elevado e persistente, tanto no Brasil quanto no mundo. Aqui, a carestia está espalhada na economia, com 63% dos itens pesquisados registrando alta de preços, conforme dados do IBGE.

Analistas lembram que a deflação corrente não é sustentável, porque a recente queda nos impostos sobre combustíveis tem prazo de validade — dezembro deste ano. Conforme salientam, esse é um sinal de que as medidas adotadas têm objetivo somente eleitoral e sem uma estratégia para o controle das pressões inflacionárias. O risco é um cenário muito mais agravado no futuro próximo. Quando os tributos forem recompostos no ano que vem, a inflação poderá voltar, e até com mais força.

Apesar de cogitar a possibilidade de o país vivenciar “dois a três meses” de deflação, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não comemorou a queda de preços, porque a carestia dos alimentos continua acima das expectativas da autoridade monetária. “A gente acha que não pode baixar a guarda”, disse ele, na última sexta-feira, em evento para investidores.

Inconsistência
No Brasil, que tem no histórico a hiperinflação que vem assombrando vizinhos em crise — como a Argentina (de 71% ao ano) e a Venezuela (de 137%) —, o IPCA vem rodando na casa de dois dígitos desde setembro de 2021. Além da alta de preços de commodities, a desconfiança dos investidores em relação à questão fiscal tem deixado o dólar mais valorizado e aumentado a exigência de prêmios de risco dos juros dos títulos públicos.

“A deflação atual não é estrutural porque os preços não estão caindo por fatores consistentes. Não deixa de ser uma ação de política econômica do governo, que usa os instrumentos que possui. Mas o prazo oficial para essa queda de impostos é até dezembro. E pode haver um efeito rebote no início de 2023, quando houver o retorno, gerando mais inflação devido aos repasses em toda a cadeia”, explicou o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedus.

O economista Simão Davi Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP), também reconhece que esse processo de deflação é temporário e deve fazer com que os preços voltem a subir no ano que vem. “Essas medidas eleitoreiras funcionam no curto prazo, mas não ajudam a consolidar um processo deflacionário. Mexem apenas no preço, sem mudar a estrutura da inflação na economia. Por outro lado, reduzir os impostos estaduais arrebenta o pacto federativo”, explicou.

Na avaliação do especialista, o Brasil está com um problema de inflação, que afeta os mais pobres e que é necessário estar no centro do debate eleitoral. “Inflação é um imposto perverso. A primeira política que uma gestão deveria fazer é não ter inflação”, frisou.

Para o governo, no entanto, inflação alta é boa do ponto de vista nominal porque ajuda a aumentar a arrecadação e a reduzir a dívida pública — aumenta o PIB nominal, que é o denominador do cálculo da taxa da dívida pública bruta. A redução de impostos sobre combustíveis contribuiu para a queda de 4,51% do grupo de transportes no IPCA de julho, de acordo com os dados do IBGE.

Por outro lado, os preços no grupo alimentos e bebidas — que mais pesam no custo de vida das famílias pobres — continuam elevados, com altas acumuladas em 12 meses até julho (14,72%), acima dos 10,07% da inflação oficial.

Apesar do discurso eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), a inflação brasileira é uma das mais altas entre as 15 maiores economias do planeta, no acumulado de 12 meses até julho. O país está em 12º lugar no ranking global por Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 e registrou a 4ª maior inflação em julho passado, perdendo para Rússia (15,10%), Reino Unido (10,10%) e Espanha (10,80%), segundo dados do site Trading Economics.

“A deflação ajuda muito a reduzir a inflação deste ano, mas mantém os riscos elevados para o ano que vem. O fiscal ainda incerto pode continuar prejudicando a inflação e o que pode ajudar são as commodities mais fracas com a possível recessão mundial. Em tese, ajudaria a inflação, mas vai depender do fiscal estar bem encaminhado para controlar o câmbio e aqui há muitos riscos”, destacou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Pelas estimativas da economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, mesmo com esse cenário de deflação, o BC não vai abrir mão de um aperto monetário mais forte e deverá realizar mais uma alta da taxa básica da economia em setembro. Com isso, a Selic deverá passar de 13,75% para 14% ao ano, patamar que deverá permanecer até junho de 2023.

“A inflação é muito persistente e disseminada, e o governo não está ajudando no lado fiscal, o que dificulta o trabalho do BC de fazer o IPCA convergir para a meta”, explicou.

Horizonte distante
A inflação estrutural é um dos grandes problemas para o Banco Central (BC) entregar a inflação oficial do país dentro da meta. Com a elevação, em 2021, a autoridade monetária não conseguiu derrubar a taxa abaixo do teto de 5,25%, e o consenso entre analistas é que isso se repetirá neste ano e no próximo.

Pelas estimativas de Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, essa inflação estrutural gira em torno de 4%. Por isso, ele reforça que o BC deve ter dificuldade para cumprir a meta estabelecida para 2024, de 3%.

“Essa é a inflação estrutural e, por isso, o Brasil está muito distante de conseguir ter uma meta de 3% ou próxima a dos países desenvolvidos”, destacou.

Na avaliação de Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, existem duas análises no mercado: a primeira, que a inflação começou a cair depois de atingir o pico entre abril e maio; a segunda, é que o BC não vai conseguir cumprir a meta deste ano e de 2023. A convergência da inflação para a meta será lenta e isso só deve ocorrer em 2024.

Desafio
O teto da inflação para este ano é de 5% e, mesmo com as constantes revisões para baixo, as previsões mais otimistas para o IPCA em dezembro estão acima desse patamar — giram entre 6% e 6,5%.

“Ainda tem vários fatores que pesam para o BC controlar a inflação. Um deles é que a meta atual, de 3,5%, vai cair para 3% até 2024. Esse é um dos pontos mais desafiadores para a condução da política monetária”, destacou Padovani.

O especialista manteve as previsões em 5,50%. Pelas projeções do BV, o IPCA em 2023 encerrará o ano em 5,5% e continuará acima do teto da meta, de 4,75%. “A inflação vai cair do pico de 12% para 5,5% no ano que vem, mas, para chegar a 3% em 2024, vai exigir mais da política monetária. Por isso, os juros vão ficar parados por mais tempo”, salientou.

José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, ressalta que a inflação atual é resultado, em grande parte, do choque de oferta. Mesmo com a queda dos impostos e o cenário atual de deflação, o IPCA continuará acima da meta neste ano e em 2023.

“O problema não é apenas a indexação da economia, mas a oferta, que é mais difícil aumentar do que a demanda, porque depende de um conjunto de decisões tomadas ao longo do tempo”, explicou.

Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco Alfa, destacou que o mercado está subestimando a questão da inércia inflacionária deste ano, que será herdada em 2023. Para uma inflação menor, será preciso uma Selic mais alta do que a atual. “Para trazê-la para a meta, é necessária uma taxa básica de juros mais alta. Ou seja: para a mesma Selic, teríamos uma inflação mais alta”, reforçou.

44 senadores vão disputar cargos nas eleições de outubro

Rio de Janeiro – Distribuição das urnas eletrônicas do TRE para os locais de votação nas eleições municipais de 2020, no pólo eleitoral Jardim Botânico. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Mais da metade do quórum titular do Senado está ocupado com compromissos eleitorais. Levantamento realizado pelo Correio mostra que 44 senadores se dedicarão às eleições como postulantes, na coordenação de campanhas ou outras funções no auxílio de candidatos à Presidência ou a governos estaduais.

Dez suplentes ocupam cadeiras do Senado, mas a maioria dos titulares tirou licenças de 120 dias para se dedicar a compromissos eleitorais. Três parlamentares da Casa estão envolvidas na disputa à Presidência: Simone Tebet (MS) e Soraya Thronicke (MS) encabeçam as chapas de MDB e União Brasil, respectivamente, e a tucana Mara Gabrilli é vice na chapa da emedebista.

Segundo os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 17 senadores vão disputar eleições de governos estaduais. E dos 27 que terão o mandato encerrado, 14 tentarão a reeleição, como Romário (PL-RJ), Otto Alencar (PSD-BA), Davi Alcolumbre (União-AP), Leila Barros (PDT-DF), Izalci Lucas (PSDB-DF) Marcos Rogério (PL-RO) e Kátia Abreu (PP-TO).

Outros três senadores vão concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados: o ex-governador de São Paulo, José Serra, Elmano Férrer (PP-PI) e Lasier Martins (Podemos-RS) devido à maior possibilidade de eleição ou por falta de apoio da legenda.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) não vai disputar a eleição. Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO) e Jean Paul Prattes (PT-RN) — que foram efetivados no cargo após Ronaldo Caiado (União-GO) e Fátima Bezerra (PT-RN) serem eleitos, em 2018, para os governos dos respectivos estados —, não vão para a disputa nas urnas em 2022.

Entre os que participam diretamente de campanhas estaduais ou presidenciais estão Randolfe Rodrigues (Rede-AP) — coordenador da campanha de Lula — e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) — que atua para reeleger o pai.

Em Alagoas, todos os senadores estão focados na eleição. Renan Calheiros (MDB-AL) tem como foco reeleger seu primogênito, Renan Filho, ao governo, que conta com as candidaturas dos senadores Rodrigo Cunha (União) e de Fernando Collor (PTB).

No Distrito Federal, por pouco não houve uma tripla disputa de senadores ao governo local. Leila Barros e Izalci Lucas são candidatos, mas Reguffe foi impedido de disputar o GDF pelo União Brasil.

Os caminhos de cada um

Acre
Mailza Gomes (PP)* — substitui Gladson Camelli, eleito governador em 2018
Marcio Bittar (União)# — disputará o governo
Sérgio Petecão (PSD)# — disputará o governo

Alagoas
Rodrigo Cunha (União)# — disputará o governo
Fernando Collor* (PTB) — disputará o governo, mas segue no cargo
Renan Calheiros (MDB)# — licenciado

Amazonas
Eduardo Braga (MDB) — disputará o governo
Omar Aziz (PSD)* — tenta reeleição
Plínio Valério (PSDB)

Amapá
Randolfe Rodrigues (Rede) — segue no cargo, mas coordena campanha de Lula
Lucas Barreto (PSDB)
Davi Alcolumbre* (União) — tenta reeleição

Bahia
Otto Alencar* (PSD) — tenta reeleição
Jaques Wagner (PT)
Ângelo Coronel (PSD)

Ceará
Cid Gomes (PDT) — ajuda na campanha do irmão, Ciro, mas segue no cargo
Eduardo Girão (Podemos)
Tasso Jereissati* (PSDB) — deve encerrar a vida parlamentar

Distrito Federal
Izalci Lucas (PSDB) — disputará o governo, mas segue no cargo
Leila Barros (PDT) — disputará o governo, mas segue no cargo
Reguffe* (sem partido) — deve encerrar a vida parlamentar

Espírito Santo
Rose de Freitas*# (União) — tenta reeleição
Fabiano Contarato (PT)
Marcos do Val (Podemos)

Goiás
Jorge Kajuru (Podemos)
Luiz Carlos do Carmo (PSC) — substitui Ronaldo Caiado, eleito em 2018
Vanderlan Cardoso (PSD)

Maranhão
Weverton (PDT)# — disputará o governo do estado
Roberto Rocha* (PTB) — tenta reeleição
Eliziane Gama (Cidadania)

Minas Gerais
Alexandre Silveira* (PSD) — substitui o hoje ministro do TCU Antônio Anastasia
Rodrigo Pacheco (PSD)
Carlos Viana (PL) — disputará o governo

Mato Grosso do Sul
Nelsinho Trad (PSD)
Simone Tebet* (MDB) — disputará a Presidência
Soraya Thronicke (União) — disputará a Presidência

Mato Grosso
Carlos Fávaro# (PSD)
Jayme Campos (União)
Wellington Fagundes* (PL) — tenta a reeleição

Pará
Paulo Rocha* (PT)
Jader Barbalho (MDB)
Zequinha Marinho (PL) — disputará o governo

Paraíba
Daniella Ribeiro (PSD)
Nilda Gondim* (MDB)
Veneziano Vital do Rêgo (MDB) — disputará o governo

Pernambuco
Fernando Bezerra Coelho* (MDB)
Humberto Costa (PT)
Jarbas Vasconcelos (MDB)

Piauí
Ciro Nogueira# (PP)
Elmano Férrer* (PP) — disputará vaga de deputado federal
Marcelo Castro (MDB)

Paraná
Álvaro Dias* (Podemos) — tenta a reeleição
Flávio Arns (Podemos)
Oriovisto Guimarães (Podemos)

Rio de Janeiro
Carlos Portinho (PL)
Flávio Bolsonaro (PL)
Romário (PL)* — tenta reeleição

Rio Grande do Norte
Styvenson Valentim (Podemos) — disputará o governo
Jean Paul Prattes* (PT) — substitui a governadora Fátima Bezerra
Zenaide Maia (PROS)

Rondônia
Marcos Rogério (PL) — disputará o governo
Acir Gurgacz* (PDT) — tenta a reeleição
Confúcio Moura (MDB)

Roraima
Chico Rodrigues (União)
Mecias de Jesus (Republicanos)
Telmário Mota* (Pros) — tenta a reeleição

Rio Grande do Sul
Lasier Martins* (Podemos) — disputará vaga de deputado federal
Luiz Carlos Heinze (PP) — disputa o governo
Paulo Paim (PT)

Santa Catarina
Dário Berger* (PSB) — tenta a reeleição
Esperidião Amin (PP) — disputa o governo
Jorginho Mello (PL) — disputa o governo

Sergipe
Alessandro Vieira (PSDB) — disputa o governo
Rogério Carvalho (PT) — disputa o governo
Maria do Carmo do Alves (PP)*

São Paulo
Giordano (MDB) — substitui Major Olímpio, que morreu
José Serra* (PSDB) — disputará uma vaga de deputado federal
Mara Gabrilli (PSDB) — candidata a vice na chapa de Simone Tebet

Tocantins
Kátia Abreu* # (PP) — tenta a reeleição
Irajá (PSD) — disputa o governo
Eduardo Gomes # (PL)

Ocupantes provisórios:
1) Eliane Nogueira (PP-PI), suplente de Ciro Nogueira
2) Margareth Buzzetti (PP-MT), suplente de Carlos Fávaro
3) Ogari Pacheco (União-TO), suplente de Eduardo Gomes
4) Guaracy Silveira (Avante-TO), suplente de Kátia Abreu
5) Eduardo Velloso (União-AC), suplente de Márcio Bitar
6) Rafael Tenório (MDB-AL), suplente de Renan Calheiros
7) Dra. Eudócia (PSB-AL), suplente de Rodrigo Cunha
8) Luiz Pastore (MDB-ES), suplente de Rose de Freitas
9) Maria das Vitórias (PSD-AC), suplente de Sérgio Petecão
10) Roberth Bringel (União-MA), suplente de Weverton Rocha

Brasileiros ainda não resgataram mais de R$ 3 bi em dinheiro esquecido

Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real

Quatro meses após o fim da primeira fase do Sistema Valores a Receber, elaborado pelo Banco Central (BC), a segunda etapa do programa, que estava prevista para começar em 2 de maio, ainda segue sem data marcada. Um dos fatores que dificultou a realização da nova fase foi a greve dos servidores do banco, que terminou no mês passado. Em resposta ao Correio, o BC informou que “o cronograma e as informações da nova etapa do SVR serão divulgados oportunamente, com a devida antecedência”.

A primeira fase do sistema começou em 14 de fevereiro deste ano e durou dois meses. Ela foi dividida em etapas, de acordo com a idade do cidadão ou da empresa possuidora do dinheiro esquecido. No entanto, a campanha não teve o efeito desejado pelo BC, e apenas 8,2% dos R$ 3,9 bilhões disponibilizados foram retirados do banco. Ao todo, 3,6 milhões de pessoas e 19 mil empresas resgataram o valor durante a primeira etapa.

A maioria dos beneficiários, no entanto se decepcionou com os resultados, já que as quantias disponíveis, quando existiam, eram pequenas. O vigilante Idalécio Alves, de 45 anos, foi uma das pessoas que conseguiu retirar o dinheiro esquecido que possuía. Ele procurou saber se tinha direito a alguma quantia de dois bancos de que era cliente. Só que, ao consultar o site do BC, Idalécio viu que podia retirar apenas R$ 0,60. “Estava esperando um valor maior. Mas, então, só pedi para eles me darem o dinheiro, mesmo”, explicou o vigilante.

O exemplo de Idalécio é apenas um entre os 13,8 milhões de brasileiros que possuem, ou possuíam, menos de R$ 1 nas contas esquecidas no Banco Central. A aposentada Sônia Britto, 61, disse que muitas pessoas próximas resolveram até não retirar o valor, por ser considerado “irrisório”. “Tanto que virou até uma piada. Você chegava para ver o quanto tinha e apareciam só centavos”, disse.

Em contrapartida, o BC fez um levantamento indicando que 1.318 brasileiros tinham R$ 100 mil ou mais em dinheiro esquecido. Um dos maiores valores era de R$ 1,65 milhão. De acordo com o banco, a pessoa tinha várias cotas de consórcio que se extinguiram, e não verificou como os grupos foram encerrados.

Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Tadeu de Freitas, um dos motivos da baixa adesão, além dos valores pequenos, foi a falta de informação sobre o sistema. “Acredito que o pouco sucesso da primeira etapa venha da falta de informação para as pessoas. Mesmo com acesso a internet, é precário o conhecimento da maioria da população acerca desse tipo de serviço”, avalia.

Aprimoramento
Atualmente, o site do SVR informa que as consultas do sistema estão “temporariamente suspensas para aprimoramento”. Além disso, o BC comunica que está trabalhando em melhorias do sistema e inclusão de novos valores, e que deve, em breve, divulgar a “data de reabertura do sistema para novas consultas e resgate dos saldos existentes” e “informações sobre valores de falecidos”.

Na visão do ex-diretor, para a nova fase, o banco deve priorizar a divulgação do sistema aos brasileiros. “Acredito que para uma maior abrangência na 2ª etapa, o Banco Central deve focar em divulgar nos grandes canais comunicativos, o ‘passo a passo’ para consulta e retirada dos valores”, opina.

Correio Braziliense