Esquadrilha da fumaça realiza espetáculo em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil, no Polo Caruaru

Na próxima quarta-feira (31), a Prefeitura de Caruaru, vai realizar um evento para celebrar o bicentenário da Independência do Brasil no Polo Caruaru. A programação vai contar com uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça que veio a Caruaru pela última vez 12 anos atrás.

O evento terá início às 10h, com serviços de vacinação. Já a concentração para o espetáculo será a partir das 12h30, com banda de pífanos e pintura no rosto para as crianças. A apresentação da Esquadrilha da Fumaça começa às 14h30 e deve durar 40 minutos.

Serviço:
Espetáculo em homenagem ao bicentenário da Independência do Brasil
Data: 31/08 (quarta-feira)
Concentração: a partir das 12h30
Espetáculo: às 14h30
Local: Estacionamento do Polo Caruaru

Deputado Federal Carlos Veras recebe apoio do PT Caruaru

Na noite desta segunda (29) o grupo que dirige o PT Caruaru recebeu o Deputado Federal para um bate-papo com representantes de vários segmentos sociais, lideranças comunitárias, sindicais, de juventude, núcleos de formação, LGBTs, Mulheres, da Cultura, do Meio Ambiente, da Educação e tantos outros movimentos!

Os dirigentes partidários assumiram o compromisso de coordenar a campanha de Carlos Veras em Caruaru e ajudar em sua reeleição à Câmara Federal.

“Veras é o único deputado federal do PT na Câmara Federal representando Pernambuco, um mandato combativo que merece o nosso apoio!” diz Leo Bulhões, presidente do PT Caruaru.

Após uma apresentação, Carlos ouviu os companheiros e companheiras, tirou dúvidas e trouxe muitas informações importantes sobre o seu mandato parlamentar, reforçou a importância de eleger toda chapa com Lula, Danilo e Teresa Leitão e que, segundo ele, “fará uma dobrada importante na Câmara e ela no Senado ajudando na aprovação de projetos de Lei importantes”.

Na última eleição o grupo apoiou Marília Arraes que decidiu sair do PT.

Acic promove evento em homenagem ao Dia do Corretor

Nesta terça-feira (30), a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), através da Câmara Setorial dos Corretores de Imóveis (Casecoi), promoverá uma homenagem ao Dia do Corretor, celebrado no último dia 27 de agosto. O evento contará com a entrega de homenagens a personalidades pelos relevantes serviços prestados ao segmento imobiliário de Caruaru, além de show de stand-up com o humorista Gustavo Pardal e um momento de networking, em uma programação especial preparada para esses profissionais que contribuem para o crescimento do setor. A comemoração será voltada para corretores, imobiliárias e convidados e acontece no auditório da Acic, a partir das 18h30.

A Casecoi convidou grandes nomes do segmento para receberem as homenagens: o prefeito de Caruaru e empresário da construção civil e do ramo imobiliário, Rodrigo Pinheiro; o oficial do 1º Cartório de Registro de Imóveis de Caruaru, Nivaldo Freitas; o corretor Aguinaldo Aprígio, pela atuação junto ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis e ao Sindicato dos Corretores de Imóveis; o atual coordenador da Câmara Setorial da Construção Civil e empresário do ramo, Clauston Pacas; e o presidente do CRECI Pernambuco, Francisco Monteiro. “A Acic não poderia deixar de prestar sua homenagem a esses profissionais que são tão importantes para a economia da nossa região e que fazem do Agreste uma referência no interior do estado tanto na construção civil como na corretagem de imóveis”, enaltece a presidente da Acic, Ivania Porto.

O coordenador da Casecoi, Aurino Dutra, enfatizou o trabalho responsável desenvolvido pelos profissionais da Cidade e a atuação da Câmara para o reconhecimento da classe. “Fazer parte de um momento tão especial, onde existe uma mistura de sentimentos dos nossos clientes, é mágico e o corretor de imóveis usa sempre sua expertise de mercado para atender a real necessidade, orientando a escolha para que faça sentido. Trazemos mais segurança e a melhor experiência possível na aquisição de um imóvel que é uma grande conquista econômica e social”, finalizou.

Caruaru recebe 14 novos ônibus para atender estudantes da rede municipal

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, entregou, nesta terça-feira (30), a nova frota de ônibus escolares tracionados para serem utilizados nos distritos rurais do município.

O evento teve início com a saída dos 14 micro-ônibus do estacionamento da antiga Seduc, no bairro Santa Rosa, com destino ao Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, onde aconteceu a solenidade de entrega, com a presença do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro; da secretária de Educação e Esportes, Aline Tibúrcio; da gerente de Transportes da Seduc, Patrícia Michelline; do secretariado municipal, vereadores e servidores da Seduc.

“Passamos com os novos ônibus pelas principais ruas de Caruaru para mostrar a população que a prefeitura segue trabalhando em prol das melhorias da Capital do Agreste. 13 ônibus vão atender as necessidades da zona rural e um vai atender aos estudantes do Monte Bom Jesus. E isso é só o começo, pois até a próxima quinzena, mais 10 ônibus chegarão para complementar a frota”, comemorou o prefeito Rodrigo Pinheiro.

Foram entregues 14 micro-ônibus rurais escolares, com capacidade para 30 estudantes sentados, mais o condutor, e que vai contemplar o transporte de alunos do município que residem nos distritos rurais.

“Estou muito feliz e agradecida com a entrega desses 14 ônibus, pois eles vão auxiliar os nossos estudantes da zona rural a chegarem, diariamente, nas escolas. O sentimento é de gratidão ao prefeito Rodrigo Pinheiro pela sensibilidade em atender essa demanda”, disse a secretária de Educação e Esportes, Aline Tibúrcio.

Atualmente, a frota da Seduc possui 41 ônibus (incluindo os 14 novos) e 13 vans. O investimento, com recursos próprios, para a compra dos 14 ônibus foi de R$ 5.055.120,00. Até o dia 15 de setembro, outros 10 ônibus devem chegar para totalizar 24 novos ônibus na rede municipal.

A nova frota começará a circular, assim que todos os trâmites junto ao Detran forem regularizados.

Ex-Vereador, Gil PM, abandona apoio a socialista e abraça candidatura de Débora Almeida à estadual

O ex-vereador, que pertenceu ao PTB, revelou em evento na noite desta segunda-feira, que aceitou há alguns meses o convite do Prefeito de Garanhuns para ocupar um espaço dentro da gestão socialista, mas vinha sentindo-se desconfortável dentro do Governo

Eleito por 02 mandatos como vereador de Garanhuns, Givanildo da Silva de Lima, o Gil PM, Policial Militar que obteve uma votação total de 1.045 votos em 2020, ficando na suplência, decidiu oficializar seu apoio à candidatura da ex-prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida (PSDB).

Em um evento realizado na noite desta segunda-feira (29) em Garanhuns, ao lado de Débora e perante um público de mais de uma centena de simpatizantes, entre comerciantes, advogados, comerciários, estudantes, donas de casa e populares de diversos segmentos, o ex-parlamentar apresentou a candidata e confirmou sua adesão, definida segundo ele, após conversar com a tucana e ter escutado sua proposta em ser ‘A voz do Agreste’ na Assembleia Legislativa.

Até então, Gil PM estava pedindo votos para o candidato Cayo Albino (PSB), ex-secretário geral da Codeam e filho do prefeito socialista Sivaldo Albino.

Com mais esta adesão, Débora amplia os apoiadores em Garanhuns e sua eleição, a depender do quantitativo de votos, pode inclusive colaborar tsmbém na vitória do correligionário e ex-prefeito de Garanhuns Izaías Régis à deputado estadual, já que na eleição proporcional, quanto mais candidatos fortes, mais votos, o que representa mais cadeiras para o partido, garantido pelo voto de legenda.

Estiveram presentes e também se pronunciaram no ato, o ex-vereador Ary Júnior e as lideranças Gera Guerra, do Magano; Fernando Holanda Neto.

EX-VEREADOR GIL PM
Tido como vereador aguerrido na defesa dos seus ideais e até polêmico, o militar da reserva sempre contou com um eleitorado fiel.
Em 2012, Gil teve sua primeira eleição, com um quantitativo de 916 votos. Já em 2016, a foto do ex-vereador apareceu na urna eletrônica 1.645 vezes.
Nas eleições de 2020 ele não conseguiu se reeleger, tornando-se 1º suplente. Neste mesmo ano, último do seu mandato no entanto e com o precoce falecimento do ex-vereador e presidente da Câmara Daniel da Silva, Gil PM presidiu o Legislativo Municipal, administrando os destinos da Casa Raimundo de Moraes, até o dia 31 de dezembro daquele ano.

Jorge Quintino se afasta da Câmara de Vereadores para se dedicar à campanha para deputado federal

O vereador e candidato a deputado federal Jorge Quintino (SD) se afasta nesta quinta-feira (01) da Câmara de Vereadores de Caruaru para se dedicar à campanha política. Jorge participa da sua última sessão na tarde desta terça-feira e só retorna no dia dois de outubro. Em seu lugar, assume o suplente de vereador Lairton Vieira (PTB).

“Deixo a Casa do Povo para me dedicar a luta para ser o representante de Caruaru e do Agreste no Congresso Nacional. Quero agradecer o apoio e a compreensão dos vereadores que também integram a Câmara e tenho certeza de que o meu amigo Lairton Vieira vai cumprir com dedicação o nosso trabalho em defesa do povo de Caruaru”, disse Jorge Quintino.

Vereador com atuação de destaque em Caruaru e com atuação em movimentos sociais do Agreste, Jorge Quintino foi convocado pela candidata a governadora Marília Arraes (SD) para disputar uma vaga para deputado federal e, se eleito, ser seu aliado no Congresso Nacional.

Graduado em História pela Favip e em Direito pela Asces, Jorge Quintino tem mestrado em História pela UFPE. É professor de História, Filosofia e Sociologia, no ensino médio e universitário. Foi diretor de Meio Ambiente e diretor de Feiras e Mercados da Prefeitura de Caruaru. Também presidiu o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) e fez parte dos conselhos da Bacia do Rio Ipojuca e do Rio Capibaribe. É presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, e da Comissão de Meio Ambiente, além de membro da Comissão de Finanças e Orçamento. Conheça mais em @jorgequintinooficial

Jorge Quintino defende criação de um Fundo Nacional para a Educação

Em entrevista realizada nesta segunda-feira (29), o vereador e candidato a deputado federal Jorge Quintino (SD) defendeu a valorização da educação, através da criação de um Fundo Nacional para a Educação e da construção de uma carreira de estado para os profissionais da área. A entrevista foi realizada no programa Vanguarda, apresentado pelo jornalista Wagner Gil na Rádio Caruaru FM.

“Temos quase seis bilhões para o Fundo Partidário, mas não temos um Fundo Nacional para a Educação, vamos mudar por isso, como forma de melhorar a educação em todas as regiões do país. Também vamos lutar para construir uma carreira de estado para os profissionais de educação, que são imprescindíveis para a sociedade”, disse o candidato a deputado federal.

Jorge Quintino afirmou que, se eleito, será um parlamentar diferente dos demais. “Serei um deputado diferente, pois vou escutar a população, o povo de Caruaru e do Agreste pernambucano. Quero ser deputado federal para fortalecer a região, para incentivar o empreendedorismo, melhorar a educação e a saúde”, destacou.

O vereador também fez duras críticas ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, a quem chamou de “cobrador de impostos”. “Além de não oferecer infraestrutura, o governo do estado não apoia os trabalhadores, os pequenos empresários e nem o empreendedorismo. Ele cobra mais impostos de quem tem menos condições. E tem muito candidato a deputado federal aqui de Caruaru que apoia esse governo, mas esconde isso dos seus eleitores”, enfatizou.

Graduado em História e em Direito, Jorge Quintino tem mestrado em História pela UFPE. É professor de História, Filosofia e Sociologia, no ensino médio e universitário. Foi diretor de Meio Ambiente e diretor de Feiras e Mercados da Prefeitura de Caruaru. Também presidiu o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) e fez parte dos conselhos da Bacia do Rio Ipojuca e do Rio Capibaribe. É presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, e da Comissão de Meio Ambiente, além de membro da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores de Caruaru. Conheça mais em @jorgequintinooficial

UBAPC realiza sessão ordinária nesta segunda-feira (29)

A União Beneficente dos Artistas e Profissionais de Caruaru (UBAPC), através do presidente José Marcolino, convida os associados a comparecerem a reunião ordinária da diretoria, nesta segunda-feira (29), a partir das 19h, na sede da entidade.

Em pauta, assuntos administrativos e de ação social, bem como os preparativos para os 100 anos de fundação da UBAPC. A entidade fica localizada na Rua 13 de maio, número 82, Centro. Informações: 3721-6557.

Safra 2022/23 deverá ter recorde na produção de soja

Divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a pesquisa que aponta as Perspectivas para a Agropecuária Safra 2022/23 revelou a expectativa por um bom desempenho na produção total de grãos no Brasil. De acordo com o levantamento, a safra 2022/23 deverá ter uma colheita de 308 milhões de toneladas. Para a soja, a perspectiva aponta para um recorde na produção, com a projeção de 150,36 milhões de toneladas para a próxima temporada.

Além disso, o resultado deverá ser impulsionado pelo desempenho de outros mercados: milho, arroz, feijão e algodão. Juntamente com a soja, os grãos correspondem a mais de 90% da produção brasileira. “Apesar do aumento nos custos de produção, as culturas ainda apresentam boa liquidez e rentabilidade para o produtor brasileiro”, afirmou o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

Com o preço do grão atrativo, tendo em vista o ajuste entre a oferta e demanda, a soja deverá registrar um crescimento de 3,54% de área para a cultura, podendo chegar a 42,4 milhões de hectares. Assim, a expectativa é que a produtividade do próximo ciclo apresente uma recuperação em relação a atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul.

Dessa forma, a maior disponibilidade do grão deve propiciar exportações na ordem de 92 milhões de toneladas, aumento de 22,2% em relação à safra 2021/22, um recorde para a cultura.

Na divulgação da publicação, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, reforçou o protagonismo do país na produção mundial de alimentos. “Se o Brasil parar de produzir, o mundo passa fome. O mundo não vai passar fome, pois o Brasil está produzindo e vai produzir, como mostram os números”.

No caso do algodão, a análise também aponta para um cenário de aumento de área, produtividade e consequente acréscimo na produção, que deverá gerar uma colheita de 2,92 milhões de toneladas. Já para o arroz, a produção deve ficar em torno de 11,2 milhões de toneladas, enquanto cerca de 3 milhões de toneladas são esperadas na colheita do feijão.

Para o milho a expectativa é de uma produção total de 125,5 milhões de toneladas. “As margens para os produtores continuam positivas, mesmo com os altos custos de produção. Além disso, é preciso lembrar que nas duas últimas safras, o clima foi uma variável de grande influência para o desenvolvimento da cultura”, explicou o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

Período de deflação não deve durar muito, alertam especialistas

A queda recorde de 0,73%, em agosto, no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — que é a prévia da inflação oficial —, aumentou as chances de um segundo mês de deflação na taxa. Com o dado divulgado na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analistas passaram a revisar novamente a previsão para o indicador do custo de vida no fim deste ano — que gira entre 6,5% e 7%.

No entanto, segundo especialistas ouvidos pelo Correio, é preciso cautela, pois o dragão da inflação não está totalmente domado. O volume é elevado e persistente, tanto no Brasil quanto no mundo. Aqui, a carestia está espalhada na economia, com 63% dos itens pesquisados registrando alta de preços, conforme dados do IBGE.

Analistas lembram que a deflação corrente não é sustentável, porque a recente queda nos impostos sobre combustíveis tem prazo de validade — dezembro deste ano. Conforme salientam, esse é um sinal de que as medidas adotadas têm objetivo somente eleitoral e sem uma estratégia para o controle das pressões inflacionárias. O risco é um cenário muito mais agravado no futuro próximo. Quando os tributos forem recompostos no ano que vem, a inflação poderá voltar, e até com mais força.

Apesar de cogitar a possibilidade de o país vivenciar “dois a três meses” de deflação, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não comemorou a queda de preços, porque a carestia dos alimentos continua acima das expectativas da autoridade monetária. “A gente acha que não pode baixar a guarda”, disse ele, na última sexta-feira, em evento para investidores.

Inconsistência
No Brasil, que tem no histórico a hiperinflação que vem assombrando vizinhos em crise — como a Argentina (de 71% ao ano) e a Venezuela (de 137%) —, o IPCA vem rodando na casa de dois dígitos desde setembro de 2021. Além da alta de preços de commodities, a desconfiança dos investidores em relação à questão fiscal tem deixado o dólar mais valorizado e aumentado a exigência de prêmios de risco dos juros dos títulos públicos.

“A deflação atual não é estrutural porque os preços não estão caindo por fatores consistentes. Não deixa de ser uma ação de política econômica do governo, que usa os instrumentos que possui. Mas o prazo oficial para essa queda de impostos é até dezembro. E pode haver um efeito rebote no início de 2023, quando houver o retorno, gerando mais inflação devido aos repasses em toda a cadeia”, explicou o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedus.

O economista Simão Davi Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP), também reconhece que esse processo de deflação é temporário e deve fazer com que os preços voltem a subir no ano que vem. “Essas medidas eleitoreiras funcionam no curto prazo, mas não ajudam a consolidar um processo deflacionário. Mexem apenas no preço, sem mudar a estrutura da inflação na economia. Por outro lado, reduzir os impostos estaduais arrebenta o pacto federativo”, explicou.

Na avaliação do especialista, o Brasil está com um problema de inflação, que afeta os mais pobres e que é necessário estar no centro do debate eleitoral. “Inflação é um imposto perverso. A primeira política que uma gestão deveria fazer é não ter inflação”, frisou.

Para o governo, no entanto, inflação alta é boa do ponto de vista nominal porque ajuda a aumentar a arrecadação e a reduzir a dívida pública — aumenta o PIB nominal, que é o denominador do cálculo da taxa da dívida pública bruta. A redução de impostos sobre combustíveis contribuiu para a queda de 4,51% do grupo de transportes no IPCA de julho, de acordo com os dados do IBGE.

Por outro lado, os preços no grupo alimentos e bebidas — que mais pesam no custo de vida das famílias pobres — continuam elevados, com altas acumuladas em 12 meses até julho (14,72%), acima dos 10,07% da inflação oficial.

Apesar do discurso eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), a inflação brasileira é uma das mais altas entre as 15 maiores economias do planeta, no acumulado de 12 meses até julho. O país está em 12º lugar no ranking global por Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 e registrou a 4ª maior inflação em julho passado, perdendo para Rússia (15,10%), Reino Unido (10,10%) e Espanha (10,80%), segundo dados do site Trading Economics.

“A deflação ajuda muito a reduzir a inflação deste ano, mas mantém os riscos elevados para o ano que vem. O fiscal ainda incerto pode continuar prejudicando a inflação e o que pode ajudar são as commodities mais fracas com a possível recessão mundial. Em tese, ajudaria a inflação, mas vai depender do fiscal estar bem encaminhado para controlar o câmbio e aqui há muitos riscos”, destacou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Pelas estimativas da economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, mesmo com esse cenário de deflação, o BC não vai abrir mão de um aperto monetário mais forte e deverá realizar mais uma alta da taxa básica da economia em setembro. Com isso, a Selic deverá passar de 13,75% para 14% ao ano, patamar que deverá permanecer até junho de 2023.

“A inflação é muito persistente e disseminada, e o governo não está ajudando no lado fiscal, o que dificulta o trabalho do BC de fazer o IPCA convergir para a meta”, explicou.

Horizonte distante
A inflação estrutural é um dos grandes problemas para o Banco Central (BC) entregar a inflação oficial do país dentro da meta. Com a elevação, em 2021, a autoridade monetária não conseguiu derrubar a taxa abaixo do teto de 5,25%, e o consenso entre analistas é que isso se repetirá neste ano e no próximo.

Pelas estimativas de Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, essa inflação estrutural gira em torno de 4%. Por isso, ele reforça que o BC deve ter dificuldade para cumprir a meta estabelecida para 2024, de 3%.

“Essa é a inflação estrutural e, por isso, o Brasil está muito distante de conseguir ter uma meta de 3% ou próxima a dos países desenvolvidos”, destacou.

Na avaliação de Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, existem duas análises no mercado: a primeira, que a inflação começou a cair depois de atingir o pico entre abril e maio; a segunda, é que o BC não vai conseguir cumprir a meta deste ano e de 2023. A convergência da inflação para a meta será lenta e isso só deve ocorrer em 2024.

Desafio
O teto da inflação para este ano é de 5% e, mesmo com as constantes revisões para baixo, as previsões mais otimistas para o IPCA em dezembro estão acima desse patamar — giram entre 6% e 6,5%.

“Ainda tem vários fatores que pesam para o BC controlar a inflação. Um deles é que a meta atual, de 3,5%, vai cair para 3% até 2024. Esse é um dos pontos mais desafiadores para a condução da política monetária”, destacou Padovani.

O especialista manteve as previsões em 5,50%. Pelas projeções do BV, o IPCA em 2023 encerrará o ano em 5,5% e continuará acima do teto da meta, de 4,75%. “A inflação vai cair do pico de 12% para 5,5% no ano que vem, mas, para chegar a 3% em 2024, vai exigir mais da política monetária. Por isso, os juros vão ficar parados por mais tempo”, salientou.

José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, ressalta que a inflação atual é resultado, em grande parte, do choque de oferta. Mesmo com a queda dos impostos e o cenário atual de deflação, o IPCA continuará acima da meta neste ano e em 2023.

“O problema não é apenas a indexação da economia, mas a oferta, que é mais difícil aumentar do que a demanda, porque depende de um conjunto de decisões tomadas ao longo do tempo”, explicou.

Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco Alfa, destacou que o mercado está subestimando a questão da inércia inflacionária deste ano, que será herdada em 2023. Para uma inflação menor, será preciso uma Selic mais alta do que a atual. “Para trazê-la para a meta, é necessária uma taxa básica de juros mais alta. Ou seja: para a mesma Selic, teríamos uma inflação mais alta”, reforçou.