Caruaru ganha novos ônibus para reforçar a frota escolar do município

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Educação e Esportes (Seduc), celebrou a Semana do Estudante com mais um importante avanço na área da educação: a chegada de cinco novos ônibus escolares, que irão reforçar a frota do transporte escolar no município.

Esta conquista marca mais um passo no compromisso da gestão municipal com a qualidade da educação e com a segurança dos estudantes. Todos os ônibus entregues possuem aparelhos de ar-condicionado e rampa de acessibilidade, permitindo o acesso ao interior do transporte para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida. Dos cinco veículos, quatro foram adquiridos com recursos próprios da administração municipal, demonstrando o empenho da gestão em investir diretamente na melhoria do transporte escolar.

Além disso, um dos ônibus foi adquirido através do Plano de Ações Articuladas (PAR), um programa federal que visa apoiar os municípios na implementação de políticas educacionais estratégicas. Outro ponto de destaque é a previsão de chegada de mais um ônibus, que será adquirido por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), com contrapartida do município. Este veículo, que está em fase final de entrega, é aguardado com grande expectativa e será um importante reforço para a rede municipal.

Para o secretário da Seduc, Kaio Colaço, os novos veículos chegam em boa hora para reforçar a frota escolar do município. “Quando pensamos em educação de qualidade, pensamos desde o transporte até a pedagogia do ensino. Nossa meta é seguir avançando e melhorando a educação em Caruaru”, destacou.

“A renovação da frota escolar é uma ação estratégica que visa garantir não apenas o acesso dos estudantes à escola, mas também a qualidade e a segurança do transporte oferecido. Com os novos ônibus, a gestão espera reduzir os custos de manutenção, melhorar a eficiência dos serviços e, principalmente, assegurar que mais estudantes sejam atendidos”, complementou o secretário.

Rodrigo Pinheiro e Raquel Lyra celebram inauguração de mais um grande empreendimento em Caruaru

Um novo empreendimento de destaque nacional chegou a Caruaru, gerando centenas de empregos. Nesta sexta-feira (23), o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e a governadora Raquel Lyra (PSDB) prestigiaram a inauguração do Mix Mateus, uma megaloja de atacado e varejo, que já está presente em nove estados e, agora, abre, na cidade, uma das maiores unidades de Pernambuco, gerando 352 empregos diretos.

“A chegada de um empreendimento desse porte é uma conquista para toda a cidade. São mais empregos, mais oportunidades e mais um serviço diferenciado, que atende à grande demanda gerada não só em Caruaru, mas em toda a região, que tem a nossa cidade como um ponto de apoio. Ver Caruaru sempre avançando é nossa maior alegria”, afirmou o prefeito.

Em seu discurso, o fundador e presidente do Grupo Mateus, Ilson Rodrigues, destacou a primeira reunião com o prefeito e agradeceu pelo acolhimento. “O prefeito Rodrigo sempre nos apoiou muito. Eu lembro de uma reunião que eu fui convidado por ele, ao lado da governadora, e, quando eu cheguei na sala e vi a quantidade de gente, fiquei até assustado, mas honrado pela recepção que ele nos deu. Muito obrigado, Rodrigo”, agradeceu o empreendedor.

Durante o lançamento, a governadora Raquel Lyra também destacou a importância do investimento. “Caruaru é feita de gente muito empreendedora, que, mesmo diante da dificuldade, vem se reinventando. E a gente vê esse jogo virando, com investimentos importantes, que mostram que Caruaru está pronta para ser a melhor cidade para investir no Nordeste brasileiro. E isso não é por acaso, é porque a gente acredita na nossa capacidade de transformação e porque a gente tem conseguido atrair pessoas que tem esse mesmo potencial. Nós estamos aqui, com o prefeito Rodrigo, que tem feito um trabalho lindo com sua equipe, agradecendo a todos aqueles que acreditam que o nosso estado merece seu investimento”, celebrou a governadora.

Em meio às celebrações do lançamento, a abertura da unidade também representou uma mudança de vida para alguns trabalhadores, como a funcionária Gleice Kelly, que conquistou seu primeiro emprego. “Essa vinda do Mix Mateus está gerando muita oportunidade de emprego e eu fiquei muito feliz em poder começar a trabalhar aqui. É muito bom tanto pra economia da cidade quanto pras pessoas como eu, que vão poder sair do desemprego”, comemorou.

Zé Queiroz lidera rejeição entre eleitores de Caruaru, aponta pesquisa

Conforme os dados da pesquisa do Instituto Opinião, que foram divulgados pelo Blog do Magno, na manhã desta sexta-feira (23), o candidato à Prefeitura de Caruaru, Zé Queiroz, do PDT, se encontra liderando a preferência do eleitorado no quesito rejeição. Entre os entrevistados, 21,5% disseram que não votariam nele de jeito nenhum.

Queiroz, que tenta retornar à Prefeitura após ter sido derrotado nas eleições 2022, quando não conseguiu renovar o mandato para Alepe, também perderia novamente, desta vez, na disputa do Executivo e para o atual prefeito e candidato à reeleição Rodrigo Pinheiro (PSDB).

De acordo também com os números divulgados, o pedetista se encontra na segunda posição em relação a corrida eleitoral na Capital do Agreste, com 29,7% contra 37,3% de Rodrigo. Já na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferido sem o auxílio da lista contendo todos os nomes, Rodrigo também desponta na frente com 26%, enquanto Queiroz aparece com 18,8%.

A pesquisa, que está registrada sob o protocolo PE-06480/2024, foi a campo entre os dias 19 e 20 de agosto, sendo aplicados 600 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Zé Queiroz e Armandinho são os primeiros a participarem do Diálogo com os Candidatos

Teve início, nesta quinta-feira (22), o projeto Diálogo com os Candidatos, uma série de sabatinas com os concorrentes às eleições municipais, em Caruaru. O debate é uma ação conjunta da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco (Facep), da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), do Grupo Asa Branca, do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Caruaru (SindLoja) e da OAB Caruaru.

O presidente da Acic, Newton Montenegro, ressaltou que as relações institucionais das entidades com o poder executivo começam a ser construídas desde as eleições. “Entendemos que esse espaço de debate direto entre as instituições representativas de classe e os candidatos é fundamental para que o poder público e a iniciativa privada estejam alinhados para o desenvolvimento de Caruaru e possam contribuir, em parceria, para o crescimento da cidade”.

O primeiro candidato a participar foi José Queiroz (PDT), que elogiou a iniciativa e a atuação das instituições na defesa dos interesses do comércio, da indústria e dos serviços. “Reencontrar os representantes dessas entidades é me reencontrar com a energia das forças produtivas de Caruaru. O candidato para participar desse momento precisa estar preparado. É muito importante esse reencontro, porque essas instituições são grandes parceiras da administração municipal”, afirmou.

Encerrando a programação do primeiro dia, Armandinho (Solidariedade) avaliou que o debate com as instituições projeta Caruaru para o futuro por meio das eleições municipais. “Foi uma oportunidade de interagir com a sociedade caruaruense. Sabemos que Acic, grupo Asa Branca, CDL, Facep, Fiepe, SindLoja, OAB e o cidadão compõem essa sociedade e que todos querem conhecer melhor os candidatos nessa oportunidade de diálogo. A partir de hoje, as pessoas já começam a ter um outro olhar para o processo eleitoral”, finalizou.

Rodrigo Pinheiro paga R$ 19,6 milhões de dívida deixada por Tony Gel e José Queiroz

Entre 2001 e 2015, a Prefeitura de Caruaru somou mais de R$ 77 milhões em dívidas relacionadas ao CaruaruPrev, nas gestões dos ex-prefeitos Tony Gel e José Queiroz. Os valores são referentes à falta de repasses das contribuições patronais em 2001 e 2012 e à utilização indevida de recursos entre 2008 e 2015.

Os débitos foram parcelados em até 240 vezes e têm sido pagos pelas gestões seguintes, com a ex-prefeita Raquel Lyra e o prefeito Rodrigo Pinheiro. Desde que assumiu a Prefeitura, em 2022, Rodrigo já quitou R$ 19,9 milhões de reais da dívida, a fim de possibilitar o alcance do equilíbrio fiscal, prejudicado pelos ex-prefeitos.

Para isso, o prefeito tem investido na recuperação patrimonial do CaruaruPrev, promovendo um salto de R$ 297,6 mil em 2016 para R$ 101,7 milhões em julho de 2024. O crescimento foi possibilitado por medidas como o fortalecimento no recolhimento das contribuições e a gestão eficiente dos aportes financeiros acumulados.

STJ julga recurso e aplica descriminalização do porte de maconha

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a aplicar a decisão que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes. A decisão foi tomada na semana passada e divulgada nesta quarta-feira (21).

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima da Justiça, descriminalizou o porte e determinou que a decisão deve ser cumprida em todo o país. Os ministros mantiveram o porte como comportamento ilícito, mas definiu que as consequências passam a ter natureza administrativa, e não criminal.

O STJ julgou um recurso de um acusado que foi processado por portar 23 gramas de maconha. Ao analisar o caso, os ministros do colegiado decidiram extinguir a punibilidade do homem.

Com a decisão, o processo será enviado à primeira instância, que deverá aplicar medidas administrativas, como advertência sobre uso de entorpecentes e a presença obrigatória em curso educativo.

A decisão do Supremo não legalizou o porte de maconha. O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

A Corte julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma previu penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.

A advertência e presença obrigatória em curso educativo seguem mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 4

A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (22) a parcela de agosto do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 681,09. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,76 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,12 bilhões.

Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Expectativa de vida no Brasil em 2023 era de 76,4 anos, diz IBGE

A esperança de vida do brasileiro ao nascer, também conhecida como expectativa de vida, passou a ser de 76,4 anos. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de novas projeções populacionais, divulgadas nesta quinta-feira (22).

Os dados mostram que as expectativas de vida no país, para quem nasceu em 2023, são de 79,7 anos para as mulheres e de 73,1 anos para os homens.

O IBGE também divulgou dados revisados para a expectativa de vida referentes a anos anteriores. De acordo com o IBGE, em 2019, um ano antes da pandemia de covid-19, por exemplo, a estimativa era de 76,2 anos, de acordo com os dados revisados pelo instituto.

Pandemia
Em 2020, a esperança de vida ao nascer recuou para 74,8 anos, caindo ainda mais em 2021, para 72,8 anos, ou seja, uma perda de 3,4 anos em relação a 2019. Em 2022, houve a primeira recuperação da expectativa de vida, que passou a ser de 75,4 anos, ainda abaixo de 2019.

Em 2023, a expectativa conseguiu, portanto, superar a estimativa de 2019. De acordo com as projeções do IBGE para as próximas décadas, a expectativa de vida deve chegar 77,8 anos em 2030, a 79,7 anos em 2040, a 81,3 anos em 2050, a 82,7 anos em 2060 e a 83,9 anos em 2070.

Para as mulheres, as projeções são de 81 anos em 2030, 82,6 anos em 2040, 84 anos em 2050, 85,2 anos em 2060 e 86,1 anos em 2070. Para os homens, as estimativas seriam de 74,6 anos em 2030, 76,7 anos em 2040, 78,6 anos em 2050, 80,2 anos em 2060 e 81,7 anos em 2070.

“A gente teve esse choque externo de mortalidade, que foi a pandemia. Observamos o efeito disso em 2021 e 2022 e, após esse período, a gente já está observando um retorno à tendência histórica. A gente projeta que a esperança de vida ao nascer vá aumentando ao longo do tempo e diminuindo o diferencial entre homens e mulheres, principalmente relacionado com uma diminuição dos óbitos por causas externas”, explica a pesquisadora do IBGE Cíntia Agostinho.

O aumento da expectativa de vida, associada à redução da taxa de fecundidade, leva a um envelhecimento da população. De acordo com o IBGE, a proporção de idosos (com 60 anos ou mais) no país passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023.

Em 2070, espera-se que 37,8% dos habitantes do país sejam idosos, ou seja, mais do que o dobro de hoje.

Idade média e mortalidade infantil
A idade média da população, que era de 28,3 anos em 2000, subiu para 35,5 anos em 2023 e deve atingir os 48,4 anos em 2070.

A taxa de mortalidade infantil, que era de 28,1 por mil nascidos vivos, em 2000, passou para 12,4 por mil em 2022, sendo 13,4 para meninos e 11,4 para meninas. A projeção é de que, nas próximas décadas, a taxa continue caindo e, em 2070, atinja 5,8 por mil, sendo 6,1 para meninos e 5,4 para meninas.

IBGE corrige inconsistências dos dados do Censo 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (22), os dados de erros do Censo Demográfico 2022. Segundo o IBGE, a correção dessas inconsistências é um procedimento padrão em operações censitárias em todo o mundo. No Brasil, isso é feito desde 1970, mas essa é a primeira vez que o instituto divulga as taxas de erros.

“O Censo, como qualquer operação estatística, conta com algum nível de imprecisão. Não estamos falando só do censo do Brasil, mas de qualquer censo do mundo. É uma operação muito complexa, com mão de obra gigantesca, com as complexidades que o Brasil tem, pelo nosso tamanho e complexidade territorial, e que envolve muitas camadas. Então é razoável supor que algum nível de erro ocorra”, afirma a pesquisadora do IBGE Juliana de Queiroz.

A análise desses dados e correção das inconsistências é feita pela Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE), que revisita uma amostra dos domicílios listados no Censo Demográfico e reavalia erros como omissão e inclusão indevida no levantamento original.

Tipos de erros
“O que são as omissões do Censo? Existem quatro formas de o Censo omitir uma pessoa ou domicílio. Um terreno que tem mais de uma casa e o recenseador por alguma razão não verifica, por exemplo, a casa dos fundos. Outra é a omissão de pessoas no domicílio recenseado, ou seja, quando um morador não é listado, como um estudante que está numa cidade universitária. Há ainda o erro de classificação do domicílio ocupado como vago ou de uso ocasional. Por fim, tem os domicílios ocupados sem entrevista, em que a gente não consegue realizar a entrevista”, afirma Juliana.

Já os erros de inclusão indevida se referem a considerar um mesmo domicílio como dois diferentes; um recenseador invadir a área de outro e contar duas vezes o mesmo domicílio; e incluir como moradores pessoas que estão apenas visitando o domicílio. “Essa pessoa vai ser listada no domicílio onde ela efetivamente mora e nesse domicílio de maneira equivocada”, destaca a pesquisadora.

A pesquisa constatou que a taxa de omissão do Censo chegou a 12,2%, enquanto a taxa de inclusão indevida foi 3,3%. O percentual de erro líquido de cobertura da pesquisa, que relaciona as duas taxas de erro, foi 8,3%.

Recorte
A maior parte de erros, 13,2% do total observado, foi constatada em municípios com mais de 1 milhão de habitantes, que concentram 20% da população nacional. O crescimento da taxa é diretamente proporcional à faixa populacional. Entre os municípios menores, com menos de 14 mil habitantes, por exemplo, o índice de erros foi de apenas 3,9%.

O Rio de Janeiro foi o estado com maior taxa de erro (15,5%), seguido por Rondônia (11,2%), Roraima (10,9%), Amapá e São Paulo (ambos com 10,8%). Entre as unidades da federação com menos correções, destacam-se a Paraíba (3,8%), Piauí (4,1%) e Alagoas (4,8%).

Em relação à faixa etária, a população que concentrou o maior percentual de erro tinha de 20 a 24 anos (11,2% para mulheres e 10,6% para homens), 25 a 29 anos (10,2% para mulheres e 10,4% para homens) e até 4 anos (10% para meninas e 10,2% para meninos).

Com os dados do PPE, é possível reestimar a população e ajudar a melhorar futuras pesquisas do IBGE.

População brasileira começará a diminuir em 2042, diz IBGE

A população brasileira começará a diminuir a partir de 2042, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Portanto, em 2041, o Brasil deverá atingir seu número máximo de habitantes, estimado em 220,43 milhões de pessoas.

De acordo com o IBGE, a previsão é de que a taxa de aumento populacional, que em 2024 deverá ser de cerca de 0,4%, diminua gradativamente até 2041. A partir de 2042, o índice de queda da população também deve cair de forma gradual e se aproximar de 0,7% ao ano em 2070, quando o total de habitantes do país deverá alcançar 199,23 milhões.

“No início dos anos 2000, a gente tinha uma taxa de crescimento acima de 1%. Estamos nos aproximando de zero. Em se tratando de Brasil, isso se dá principalmente pelo saldo de nascimentos e mortes. Nesse ponto [em 2042], o número de óbitos superaria os nascimentos”, afirma o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.

Três estados já devem começar a perder população ainda nesta década: Alagoas e Rio Grande do Sul (em 2027) e Rio de Janeiro (em 2028). Dois estados ainda devem manter crescimento populacional até a década de 2060: Roraima e Santa Catarina (até 2063). A população de Mato Grosso deverá continuar crescendo pelo menos até 2070 (o IBGE não projeta além desta data).

A previsão anterior, de 2020, era de que a população brasileira só começasse a cair em 2048, depois de atingir o pico de 233,23 milhões de pessoas em 2047 – ou seja, quase 13 milhões a mais e seis anos mais tarde do que a nova projeção).

As projeções divulgadas nesta quinta-feira se baseiam nas novas estimativas populacionais feitas pelo IBGE, com base nos dados do Censo 2000, 2010 e 2022, na Pesquisa de Pós-Enumeração do Censo (PPE, que corrigiu inconsistências do levantamento demográfico de 2022) e nos registros de nascimento, mortes e migração no pós-pandemia.

Estima-se, por exemplo, que a população do Brasil era de 210.862.983, em 1º de julho de 2022, acima dos 203 milhões calculados inicialmente pelo Censo 2022, um ajuste de 3,9%.

Reposição
De acordo com Minamiguchi, a queda de população tem relação com a redução da taxa de fecundidade da mulher brasileira. Em 2023, a taxa chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da taxa considerada adequada para a reposição populacional (2,1 filhos por mulher).

Em 2000, o Brasil superava essa taxa, com 2,32 filhos por mulher, o que indicava a perspectiva de crescimento populacional para as décadas seguintes. Cinco anos depois, a taxa já havia caído para 1,95 filho, passando para 1,75 em 2010, 1,82 em 2015 e 1,66 em 2020.

Em 2000, apenas a região Sudeste estava ligeiramente abaixo da taxa de reposição, com 2,06 filhos por mulher. Em 2015, apenas a região Norte mantinha-se acima dessa taxa, com 2,16 filhos por mulher. Em 2020, já não havia nenhuma região com taxa acima de 2,1.

“Essa queda da fecundidade tem um histórico mais longo. Ela ganhou força na metade da década de 1960. Para a gente ter uma ideia, essa taxa, em 1960, era de 6,28 filhos por mulher”, disse a pesquisadora do IBGE Marla França.

Entre as unidades da federação, apenas Roraima ainda mantém taxa de fecundidade acima do nível de reposição em 2023, com 2,26 filhos por mulher. A menor taxa estava no Rio de Janeiro (1,39).

A projeção é de que a taxa de fecundidade no país continue a cair até 2041, quando deverá atingir a 1,44 filho por mulher, apresentando, depois disso, ligeiro aumento até 2070, quando chegará a 1,5.

O número de nascimentos, por ano, que era de 3,6 milhões em 2000, passou para 2,6 milhões em 2022 e deve chegar a 1,5 milhão em 2070.

Maternidade
As novas projeções do IBGE também indicam aumento da idade média da maternidade. Em 2000, as mulheres tinham filhos com 25,3 anos, em média. Vinte anos depois, essa idade média passou para 27,7 anos. A previsão é de que, em 2070, chegue a 31,3 anos.

“Ao longo do tempo, a gente percebe que a fecundidade está envelhecendo. Hoje a gente tem a maior parte das mulheres tendo filhos de 25 a 29 anos. Isso se deve ao adiamento da maternidade que essas mulheres têm feito”, ressalta a pesquisadora do IBGE Luciene Longo.