Estagnada, indústria enfrenta problemas de abastecimento de insumos

Com desempenho fraco no PIB — a produção ficou estagnada no terceiro trimestre em relação o período imediatamente anterior — , a indústria enfrenta problemas de abastecimento de insumos e matéria primas. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria mostra que, em outubro, o problema afetou 68% das empresas do setor. O percentual é um pouco menor do que o de 73% registrado em fevereiro. Apesar da ligeira queda, mais da metade das indústrias avaliam que o desajuste só terá fim a partir de abril de 2022.

Em 18 dos 25 setores da indústria de transformação consultados, mais de dois terços das empresas afirmaram que, mesmo negociando valores acima dos habituais, está mais difícil obter insumos no mercado doméstico ou por meio de importação.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há pelo menos três explicações para os resultados e não há solução fácil. “Há um buraco na produção industrial que ainda não foi resolvido. A Sondagem Industrial de outubro mostrou ajuste nos estoques. É uma condição importante, necessária para resolver o problema, mas é um primeiro passo. E esse ajuste ainda precisa se completar para uma série de setores”, explica o economista. “Além disso, temos a expansão da demanda global de uma série de produtos, com os países voltando da crise. Esses fatores seguem provocando estresse nas linhas produtivas e a escassez de diversos insumos”, completa.

Segundo Marcelo Azevedo, há ainda um outro agravante que é o elevado custo da logística, alto preço e baixa qualidade dos contêineres. “Alguns países estão buscando alternativas para esse problema dos insumos, como desenvolver fornecedores locais, mas não é algo que se faça rapidamente nem depende só da ação da vontade, e envolve custos”, avalia.

De acordo com a CNI, na construção civil o problema se agravou entre fevereiro e outubro deste ano. O percentual de construtores que disse ter dificuldade para obter insumos e matérias-primas passou de 72% para 75%. Diante disso, a expectativa de um cenário de normalização é um pouco mais pessimista, em comparação com a indústria geral: 88% acreditam que a normalização de insumos só ocorrerá em 2022 e 9% das empresas esperam que haja normalização apenas em 2023.

Correio Braziliense

PIB recua e Brasil entra em recessão técnica; entenda o que isso significa

A economia brasileira parou. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no terceiro trimestre, conforme dados divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após queda de 0,4% nos três meses anteriores. Com isso, o país entrou num cenário de recessão técnica — quando há dois trimestres consecutivos de PIB negativo. O dado do segundo trimestre era de queda de 0,1%, mas foi revisado pelo IBGE.

O resultado do PIB brasileiro foi um dos piores do mundo e as projeções mais recentes indicam que o país não deverá crescer, neste ano, acima de 5% como prevê o ministro da Economia, Paulo Guedes. Uma nova onda de revisão das estimativas dos analistas está em curso, e algumas estão abaixo de 4,5%, o que indica uma variação próxima de zero, na melhor das hipóteses no quarto trimestre. “Diversos fatores contribuem para essa revisão negativa. Destacam-se os desarranjos macroeconômicos interno e externo e a incerteza sobre a nova variante ômicron do novo coronavírus”, avaliou Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas do Grupo Mongeral Aegon.

O Itaú Unibanco prevê alta de 0,1% no PIB do último trimestre, mas o impacto da nova variante não está nesse cenário base, segundo Luka Barbosa, economista-sênior da instituição financeira. Segundo ele, não se pode descartar uma queda do PIB no quarto trimestre, apesar dos avanços na vacinação. “É um risco negativo em relação ao nosso cenário. Esse vírus é bastante difícil de prever”, afirmou. Para 2022, o banco projeta queda de 0,5% no PIB, principalmente “por conta do impacto dos juros altos sobre os setores sensíveis ao crédito, como o comércio e a indústria”.

Ao comentar os números do IBGE, o ministro Paulo Guedes minimizou o quadro de recessão técnica e voltou a afirmar que a economia está decolando. “A arrecadação está muito forte, o que mostra que o Brasil está decolando de novo”, disse, ontem, em evento do setor aeroportuário. Ele ainda criticou as projeções pessimistas e afirmou que é “conversa fiada” dizer que há descontrole fiscal.

Conforme os dados do IBGE não é possível ver decolagem do PIB e, sim, um processo de retomada desigual. A alta de 1,1% em serviços, que tem um peso de 70% no PIB, por exemplo, não foi suficiente para compensar o tombo de 8% da produção agrícola e a falta de crescimento da indústria no trimestre. Além disso, desde o segundo trimestre, o PIB se mantém abaixo do patamar dos últimos três meses de 2019, e a atividade econômica ainda está em um nível 3,9% inferior ao pico histórico atingido no início de 2014.

“Enquanto o segmento de serviços de tecnologia da informação já está acima do patamar pré-pandemia, os serviços prestados às famílias, que dependem de atendimento presencial, ainda se encontram 16% abaixo do nível antes da crise”, comparou a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria. Ela afirmou que o PIB teve um desempenho “medíocre”, e não vê cenário econômico favorável para o presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano eleitoral, mesmo com a aprovação do Auxílio Brasil de R$ 400. “O benefício não deve ajudar no aumento da popularidade de Bolsonaro, porque todos os elementos econômicos que pesam na avaliação do governo terão resultado negativo”, resumiu.

Risco de estagflação
Analistas reconhecem que o PIB está andando de lado, mas não entram em consenso sobre um possível cenário de estagflação — o pior dos mundos, porque o PIB não cresce, o desemprego é elevado e a inflação, também. Fernando Honorato, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, disse que o quadro é preocupante, mas descartou estagflação, devido às expectativas de recuo da inflação em 2022. “O resultado do PIB não tem o que ser comemorado. A economia entrou em recessão técnica, mas ainda há crescimento no consumo das famílias e no setor de serviços, que teve um desempenho morno”, afirmou.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, por sua vez, avaliou que o cenário de já é de estagflação e poderá se estender até 2022. “Com a revisão da queda do PIB do segundo trimestre de 0,1% para 0,4%, a percepção é de uma leve recessão ou, mais precisamente, de uma economia estagnada. Mas quando consideramos que a inflação deverá chegar a 10% no fim do ano, podemos dizer que o país passa por um processo claro de estagflação”, frisou. Ele reduziu de 0,2% para 0,1% a estimativa para o PIB do quarto trimestre e manteve a previsão de crescimento zero no ano que vem.

Na avaliação de Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores, o dado mais relevante é a falta de crescimento. “Há uma perda de fôlego do PIB, que está andando de lado, apesar do crescimento em serviços e do avanço da vacinação”, afirmou. A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), lembrou que, apesar de a equipe econômica tentar usar a taxa de investimento em relação ao PIB como como um fator positivo, a evolução desse indicador é negativa há dois trimestres e a tendência é de que continue em queda por conta da alta dos juros.

Apesar de prever crescimento de 0,7% em 2022, Silvia Matos estima queda de 0,3% no PIB cíclico — que representa cerca de 70% das atividades relacionadas ao ciclo de política monetária. “Excluindo esses segmentos, apenas 30% das atividades devem crescer no ano que vem. Logo, teremos um falso positivo, se ele ocorrer”, explicou.

Brasil fica para trás
A queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deixou o Brasil entre os países com os piores desempenhos econômicos do mundo, conforme dados da Austin Rating. O Brasil ficou na 26ª em um ranking de 33 nações, liderado pela Arábia Saudita, que registrou alta de 5,8% no período julho-setembro em comparação aos três meses anteriores. Colômbia e Chile vieram na sequência, com crescimento de 5,7% e 4,9%, respectivamente.

O desempenho do PIB brasileiro ficou abaixo da média geral, de 1,6%, e da média dos países do Brics, grupo de emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, de 0,4%. Na listagem da agência de classificação de risco, os dois últimos colocados, Índia e Rússia, não informaram o dado na margem — apenas o interanual, de 8,4% e 4,3%, respectivamente. Como as taxas desses países foram bem melhores que as do Brasil, de 4% na comparação com o mesmo trimestre de 2020, o país deveria ter ficado na 28ª classificação, ou seja, nada a comemorar.

“O que percebemos é que, a cada trimestre, há mudanças de posição entre os líderes e os últimos colocados, mas o Brasil está sempre nas últimas colocações ou do meio da tabela para baixo. Isso faz muito sentido quando olhamos crescimento médio do país na última década, que é muito pequeno”, destacou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Ele lembrou que, entre 2011 e 2020, a taxa média de crescimento do PIB brasileiro foi de 0,7%. “Um país que cresce pouco vai sempre ficar embaixo da tabela. E o pior é que isso se deve mais a problemas domésticos”, lamentou.

Problemas domésticos
Agostini observou que a pandemia da Covid-19 impactou o PIB global, porém o Brasil está sendo afetado o tempo todo. “Parece que o país sempre tem uma crise doméstica para enfrentar, além de outros fatores que empurram o PIB para baixo, como o desarranjo fiscal, que se arrasta há muito tempo”, destacou.

As contas públicas estão no vermelho desde 2014 e, pelas estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI), considerando o cenário pessimista que, atualmente, é o mais provável, não haverá superavit primário até 2030, pelo menos.

Entre os países da América Latina listados no ranking, apenas o México teve desempenho pior do que o Brasil, registrando queda de 0,2% no PIB de julho a setembro deste ano.

O levantamento da Austin mostra ainda que, em 2021, o PIB do Brasil, em valor, deverá ficar na 13ª posição no ranking global, considerando as 15 maiores economias do planeta.

Correio Braziliense

Economia brasileira entra em recessão

A economia entrou em recessão no Brasil ao cair 0,1% no terceiro trimestre de 2021, o segundo com resultado negativo, impactada pela queda da atividade agropecuária, informou nesta quinta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre, o PIB foi revisado para -0,4% (de uma baixa de 0,1%) em relação aos três meses anteriores. Nesse período, a economia brasileira desacelerou a recuperação iniciada no terceiro trimestre de 2020 após o colapso causado pela pandemia do coronavírus.

Em relação ao terceiro trimestre de 2020, a maior economia da América Latina cresceu 4% entre julho e setembro últimos, segundo dados oficiais.

Já entre janeiro e setembro, o PIB cresceu 5,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE.

“No terceiro trimestre de 2021, o PIB variou -0,1% frente ao trimestre anterior […] A Agropecuária caiu 8,0%, a Indústria ficou estável (0,0%) e os Serviços subiram 1,1%”, informou o instituto em comunicado.

O mercado, por sua vez, estimava um resultado entre 0,3% e -0,6% no terceiro trimestre, segundo o jornal econômico Valor.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse à CNN que a queda foi “um acidente de percurso” pelo declínio do setor agropecuário. “Para o próximo mês, o efeito passa, é transitório. A dor de cabeça é muito maior com a inflação”, afirmou.

O ministro destacou o avanço no setor de serviços, que reflete uma melhora da situação sanitária no país, com mais de 60% da população totalmente vacinada. No entanto, a nova variante do coronavírus, ômicron, com cinco casos confirmados no Brasil, poderia condicionar o desempenho econômico daqui para a frente.

Seca
A economia se viu afetada pelo fraco desempenho do setor agropecuário devido ao fim da safra de soja, que se concentra no primeiro semestre; e as quedas nos cultivos de café (-22,4%), algodão (-17,5%) e milho (-16,0%), entre outros, em relação ao mesmo período de 2020.

“A queda é atribuível à seca, à crise hídrica, porque teve perdas de safra e a produção de grãos caiu bastante”, disse Alex Agostini, da consultoria Austin Rating.

Para Fábio Astrauskas, economista e sócio-diretor da Siegen, o dado do terceiro trimestre “veio sem surpresas e reforça a tendência de desaceleração da economia desde meados de junho”.

“Os fatores que freiam a retomada do crescimento permanecem no cenário, como alta inflação e subida de juros, aliados ao alto nível de desemprego”, indicou.

Em outubro, a inflação acumulou 10,67% nos últimos 12 meses, e 8,24% desde janeiro de 2021. Já o desemprego continuou alto, em 12,6% no período entre julho e setembro.

Além disso, o resultado econômico do terceiro trimestre sofreu o impacto do aumento do dólar e da incerteza fiscal relacionada com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) impulsionada pelo governo, que prevê um aumento dos gastos públicos e deverá ser votada nesta quinta-feira (2) no Senado.

O cenário internacional, segundo Astrauskas, “continuou sendo negativo com um desequilíbrio na cadeia de suprimentos e o impacto negativo do petróleo e de outras commodities”.

Perspectiva complicada
A expectativa do mercado é de um crescimento econômico de 4,78% este ano, segundo o último boletim Focus do Banco Central, abaixo dos 5,3% estimados em julho. Em 2020, quando a pandemia atingiu em cheio a economia, o PIB caiu 4,1%.

Por sua vez, a firma de classificação de risco S&P Global Ratings espera um crescimento anual de 4,3%. E um desempenho pobre no médio prazo.

“A combinação do recente aperto monetário pelo Banco Central, as próximas eleições e as preocupações dos investidores quanto à política fiscal de longo prazo restringirá o consumo e o investimento em 2022, resultando em um crescimento do PIB abaixo de 1%”, analisou a S&P Global Ratings.

O aumento da taxa básica de juros, que o Banco Central implementa sem pausa desde março, impactará no crescimento econômico. As expectativas sobre o PIB para 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição, caiu cerca de 0,58%, segundo o boletim Focus.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central terá sua última reunião do ano. No final de outubro, o comitê indicou que haverá um novo aumento da taxa Selic, de pelo menos 1,5 ponto percentual, o que elevará a taxa de 7,75% para 9,25%.

AFP

Lula diz que PT ‘errou muita coisa’ e que Mano Brown acertou ao criticar partido

O ex-presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (2) que o PT “errou muita coisa” e que o cantor Mano Brown estava certo quando disse, em 2018, que o partido não estava mais conseguindo falar com a população.

Lula deu as declarações ao participar do podcast Podpah. Em mais de duas horas de conversa, em clima de descontração, o petista criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) – chamado por ele de “anomalia política”–, questionou o fim do Bolsa Família e disse que atualmente é “moda se dizer ignorante”.

Ao ser questionado sobre o momento do PT, disse que não se pode “sair da periferia” e que é necessário ir ao povo onde está.

O cantor Mano Brown disse em comício em 2018 que o partido não tinha conseguido “falar a língua do povo”. Questionado sobre isso, Lula disse que o artista aliado estava certo. “Ir na porta de banco, vai na porta de fábrica, vai nos bairros. Conversar com o povo.”

Sobre erros nos mandatos petistas, disse: “Acho que o PT errou muita coisa, deve ter errado, deve ter deixado de fazer coisas”. Mas não detalhou quais são os erros que considera que o partido cometeu.

Também falou sobre a possibilidade de alianças em eventual governo e comparou com as circunstâncias da Alemanha, onde o social-democrata Olaf Scholz só conseguiu um acordo para assumir o governo após conversar com partidos que tinham sido adversários.

Lula, porém, não citou diretamente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vem sendo cotado para uma aliança em que seria vice na chapa do petista em 2022.

O ex-presidente disse que o Auxílio Brasil, criado por Bolsonaro, é uma bobagem criada visando só a eleição e que o pobre é tratado “como papel higiênico”. Comparou o atual governo com uma “tempestade de maldades”.

No programa, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022, também falou sobre o período na prisão e voltou a criticar as autoridades da Operação Lava Jato. Ele passou 580 dias preso entre 2018 e 2019, em decorrência de condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. As sentenças foram anuladas neste ano no Supremo Tribunal Federal, que considerou parcial o ex-juiz Sergio Moro.

Lula disse que pretende pedir indenização pelas medidas que sofreu em decorrência da investigação. “Eu ainda vou pensar bem,
mas em algum momento eu vou processar, porque nem que seja um tataraneto meu um dia ainda vai ganhar um processo por essa sacanagem que fizeram comigo.”

O petista afirmou que que nunca imaginou que iria sofrer acusações da maneira como ocorreu na Lava Jato.

“Com essa gente, com esse bandido sabendo que eu não tinha feito. Eu poderia ter saído do Brasil [antes de ser preso], poderia ter ido para outro país, ter ido para uma embaixada. Mas tomei a decisão de que eu tinha que ir para Curitiba, para a Polícia Federal.”

Folhapress

Prazo para solicitar reaplicação do Enem termina hoje

Exame Nacional do Ensino Médio,Enem

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, que deixaram de fazer o exame por motivo de doença infectocontagiosa ou por problema de logística ou de infraestrutura, previstos nos editais das versões impressa e digital, têm até as 23h59 de hoje (3) para solicitar a reaplicação. Ela deve ser feita na Página do Participante, onde também será divulgado se o pedido foi aprovado.

“São doenças infectocontagiosas consideradas como condições para a reaplicação: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e Covid-19. É obrigatório inserir documento legível que comprove a doença”.

Na documentação a ser enviada, por meio da Página do Participante, deve constar o nome completo da pessoa, o diagnóstico com a descrição da condição de saúde, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), podem também solicitar a replicação os candidatos que não conseguiram fazer o exame por problemas logísticos, de infraestrutura ou outras ocorrências específicas. Entre elas estão desastres naturais que prejudicaram a aplicação do exame, devido ao comprometimento da infraestrutura do local, à falta de energia elétrica que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante ou erro de execução de procedimento de aplicação, que incorra em comprovado prejuízo ao inscrito.

Aprovação
Segundo o Inep, quem tiver a solicitação aprovada poderá participar do exame nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. Nessas datas, o instituto também aplicará o exame para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2021 e para os participantes que se inscreveram entre 14 e 26 de setembro, após nova oportunidade destinada às pessoas isentas da taxa de inscrição que faltaram ao Enem 2020.

Ministério confirma cinco casos da variante Ômicron no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (2) cinco casos da variante Ômicron no Brasil – três em São Paulo e dois no Distrito Federal. São quatro homens e uma mulher, todos vacinados contra a Covid-19. Eles estão isolados e pelo menos um apresenta sintomas leves. A maioria está assintomática.

De acordo com a pasta, há ainda oito casos da variante em investigação no país, sendo um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e seis no Distrito Federal.

“Hoje, temos uma situação sanitária bem mais equilibrada, mas lidamos com a imprevisibilidade biológica desse vírus, que sofre mutações. A vigilância em saúde está atenta e atuante pra que essas variantes sejam identificadas e pra que se avalie o potencial dessa variante complicar o cenário pandêmico”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Agência Brasil

PF deflagra operação para prender membros de rede de pornografia infantil; há ordens para Pernambuco

Deflagrada nesta sexta-feira (3) pela Polícia Federal (PF), a Operação Lobos II busca desarticular um grupo de criminosos que usava a darkweb para difundir material de abuso sexual no Brasil e em diversas partes do mundo. A ação também busca resgatar crianças que se encontram em situação de extrema violência.

Ao todo, foram expedidos 104 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva, distribuídos em 20 estados e no Distrito Federal – para Pernambuco, são duas ordens de busca e apreensão. As cidades pernambucanas onde são cumpridas as orde

“Trata-se de uma ação de grande relevância no combate a este tipo de atividade criminosa, em razão do volume de material produzido e da periculosidade dos alvos”, destacou a PF sobre a operação.

As investigações começaram no ano de 2016, e a PF estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países para identificar indivíduos que usavam a darkweb para difundir o material de abuso sexual infantil.

Os criminosos, aponta a PF, atuavam mediante divisão de tarefas, que incluíam arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens e outros.

O objetivo do grupo era produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e ainda alimentar a demanda por esse tipo de material.

“A união internacional de esforços permitiu a identificação de um indivíduo brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores”, explica a PF.

O sigilo das investigações permitiu à PF identificar e localizar dezenas de pessoas no Brasil envolvidas na produção e divulgação desse tipo de material.

Quase dois milhões de usuários
Os sites e fóruns da darkweb eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.

Os sites eram utilizados por mais de 1,8 milhão de usuários em todo o mundo para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes.

Crimes
Os crimes investigados são venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

Caruaru Shopping funcionará com horário especial neste mês de dezembro

O Caruaru Shopping estará funcionando com horário especial neste mês de dezembro. O intuito é atender a demanda de compras do final de ano e proporcionar um melhor atendimento aos clientes.

De segunda a sexta (entre os dias 1° e 22), as lojas, quiosques, alimentação, lazer e serviços estarão funcionando das 10h às 23h; o hipermercado, das 7h às 23h, e a academia, das 6h às 23h.

Nos domingos 5, 12, 19 e 26, as lojas, quiosques, alimentação, lazer e serviços estarão atendendo das 11h às 22h; o hipermercado, das 7h às 22h, e a academia, das 9h às 15h.

No dia 23, as lojas, quiosques, alimentação, lazer e serviços estarão funcionando das 9h à 0h; o hipermercado, das 7h à 0h, e a academia, das 6h às 23h.

Nos dias 24 (véspera de Natal) e 31 (véspera de ano novo), as lojas, quiosques, alimentação, lazer e serviços estarão atendendo das 10h às 18h; o hipermercado, das 7h às 18h, e a academia, das 7h às 13h.

No feriado de Natal, dia 25, as lojas, quiosques e serviços estarão fechados, bem como o hipermercado e a academia. Já alimentação e lazer funcionarão das 12h às 20h.

O cinema estará aberto todos os dias, conforme horário de sessão, com exceção dos dias 24 e 31, em que não têm funcionamento.

Para mais informações sobre a programação do cinema e os horários, acesse o site www.caruarushopping.com.

O gerente de Marketing do Caruaru Shopping, Walace Carvalho, reforça que o centro de compras e convivência vem seguindo à risca todas as medidas de segurança em relação à Covid-19, proporcionando tranquilidade para clientes e colaboradores.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Distrito Industrial de Caruaru receberá sete novas empresas e expansões

A Prefeitura de Caruaru pôs em prática mais uma importante iniciativa com o objetivo de fortalecer o Polo de Desenvolvimento Sustentável do Agreste (PDSA). Em encontro realizado na última quarta-feira (1º), na sede do Governo Municipal, a Prefeita Raquel Lyra assinou decreto de doação de terrenos para empresários com atividades industriais na cidade e na região. As áreas destinadas ficam localizadas no módulo II do Polo e foram garantidas através de reversões administrativas, com posses obtidas pela Prefeitura.

Conforme ressaltou Raquel, a medida vem contribuir para com a expansão das atividades do PDSA, gerando bastante receita e empregos para a economia local. “Caruaru possui uma potencialidade enorme em relação ao setor industrial e, na medida em que a Prefeitura passa a incentivá-lo com a doação de terrenos, que se encontravam inutilizados ou subutilizados, a expectativa é de que haja geração de mais riquezas para o nosso município com o aumento de produção, faturamento e criação de postos de trabalho”, disse.

O decreto contemplou empresas de diferentes gêneros, que já atuavam no Polo e planejavam ampliação, que possuíam unidades em outros municípios, bem como que operavam em outras áreas territoriais de Caruaru. Além dos terrenos, ao se instalarem no módulo II, as contempladas contarão com isenções de IPTU e de ISSQN, por períodos determinados pela Lei Municipal n° 4666/2008. Em contrapartida, terão de manter as atividades em funcionamento.

A Iplamm Indústria de Plásticos foi um dos empreendimentos beneficiados com a doação de terreno. Segundo o proprietário Dilson Medeiros, a medida veio atender a um objetivo já antigo da empresa. “Há pelo menos 12 anos que nos encontrávamos nessa luta para conseguirmos uma área para produção no Polo Industrial. Com gestões anteriores, não havíamos obtido sucesso, mas, agora, contamos com uma Prefeita que tem o olhar também voltado para o empreendedorismo”, afirmou.

Além da Iplamm, mais seis empresas foram contempladas, sendo elas, a Vitória Bebidas, PM Malhas, Rural Shop, Brita Mix, Cabo’s e a Andrade Distribuidora. Juntas, elas deverão gerar quase 900 empregos diretos, após as suas instalações no PDSA.

21º Fenearte anuncia programação e reverencia Movimento Armorial

A 21ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a Fenearte, acontecerá de 10 a 19 de dezembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O tradicional evento foi anunciado na manhã de ontem, em coletiva realizada no Centro de Artesanato de Pernambuco.

Nesta edição, o tema será “É Festa no Reino da Arte”, uma homenagem ao Movimento Armorial, iniciativa artístico-cultural idealizada pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. Neste ano também é celebrado o cinquentenário do romance A Pedra do Reino, de autoria de Ariano, lançado em 1971. Inspirado pelo movimento, a cenografia da Fenearte foi projetada por Carlos Augusto Lira, com a utilização de figuras iconográficas, símbolos e elementos ligados à estética armorial.

No total, serão cerca de cinco mil expositores, distribuídos em 700 espaços, em uma área de 30 mil m². Com investimento de R milhões, o evento vai gerar cerca de 2,5 mil postos de trabalho temporário e tem uma expectativa de movimentação financeira de R milhões. A produção artesanal do Estado é ressaltada na Alameda dos Mestres pelos 64 artistas de todas as regiões pernambucanas. Nesta edição, 75 representações de prefeituras locais também marcam presença. Ao todo, o estado terá mais de 80% de participação no evento. “A grande estrela da Fenearte é o artesão pernambucano”, antecipa Márcia Souto, diretora de Promoção da Economia Criativa da AD Diper.

Além das regras de convivência, o acesso ao evento será mediante apresentação do esquema vacinal completo. O uso da máscara será obrigatório a todos que acessarem o espaço.
Pensando em proporcionar uma memória digital para a feira, a organização do evento estreia uma uma plataforma online através do seu site (www.fenearte.pe.gov.br).

O público terá acesso a informações completas, entre elas dados sobre os mestres artesãos de Pernambuco, desfiles, programação cultural, palestras, tutoriais de práticas artesanais, além de uma vitrine virtual de produtos. Seguindo o mesmo caminho, o aplicativo da Fenearte também já está disponível nas plataformas digitais. Tradicionalmente, ele é desenvolvido por alunos da rede pública estadual.

Outra novidade desta edição será um espaço dedicado à Loja da Moda Autoral de Pernambuco – Mape, iniciativa de comercialização colaborativa que foi inaugurada em julho deste ano em uma área integrada ao Centro de Artesanato de Pernambuco, no Marco Zero.

A programação da Fenearte extrapola o pavilhão do Centro de Convenções e, logo na entrada do evento, traz o 16 º Salão de Arte Popular Ana Holanda, o 5º Salão de Arte Popular Religiosa e a 14ª Galeria dos Reciclados. As mostras trazem obras selecionadas desses concursos promovidos pela Fenearte, que têm abrangência nacional e tiveram inscrições de diversas partes do País. São mostras reunindo 178 trabalhos que se comunicam apesar das linguagens e temáticas distintas, expostas numa área bem destacada próxima às bilheterias. A Fenearte também criou o Espaço Janete Costa, que completa 19 anos nesta edição. Idealizado pelas arquitetas Bete Paes e Roberta Borsoi, o local busca valorizar o diálogo entre artesanato e design e o seu uso na decoração.

No dia 11 de dezembro, o evento será palco para o lançamento do livro Duas décadas da maior Feira de artesanato da América Latina, na mesma ocasião da abertura da exposição de Fred Jordão, que assina as fotos da obra. O livro, escrito pela jornalista Sílvia Bessa, foi produzido pela Cepe Editora em homenagem à feira e narra a sua história, buscando relatos e memórias dos protagonistas da sua idealização.

Já a exposição, intitulada “O Caminho do Artesanato de Pernambuco”, reúne com fotografias dos mestres artesãos de nosso estado, em seus ateliês e oficinas, além de imagens com detalhes de peças e paisagens.

Diario de Pernambuco