A partir desta segunda-feira (6), vacina é exigida em órgãos administrados pelo Estado de Pernambuco

A partir de hoje, a entrada e a permanência em órgãos estaduais só será permitida com a comprovação do esquema vacinal contra a Covid-19 completo. O decreto com todas as regras para cumprimento da norma foi publicado no último dia primeiro, no Diário Oficial do Estado.

A apresentação obrigatória do comprovante de vacinação para entrada em estabelecimentos públicos vinculados à administração estadual foi anunciada durante coletiva de imprensa, no final de novembro. A medida reforça o incentivo à vacinação de todos os pernambucanos contra a doença, com o objetivo de proteger a população.

Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, a imunização é necessária para evitar novas ondas da doença. “Dados divulgados pelo Centro Europeu de Controle de Doenças apontam que os locais com maiores índices de vacinados estão registrando menos mortes, comprovando que as vacinas, além de seguras, salvam vidas. O cenário que temos hoje é de uma pandemia em pessoas não totalmente vacinadas”, pontuou Longo, ao anunciar a medida.

De acordo com o decreto estadual, a comprovação de vacinação poderá ocorrer por meio do Comprovante de Vacinação Oficial, expedido pela plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS), ou por outro meio comprobatório, como caderneta ou cartão de vacinação emitido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), pelas secretarias municipais de saúde ou por outro órgão governamental, nacional ou estrangeiro, com registro de aplicação de vacinas.

Os órgãos e entidades de administração direta ou indireta do Estado, como secretarias e espaços associados aos órgãos, incluindo os que ficam dentro de shoppings ou outros estabelecimentos, deverão controlar a entrada de cada pessoa nas dependências, exigindo, além do comprovante de esquema vacinal, a apresentação de um documento oficial com foto.

As pessoas que não completaram o ciclo vacinal, incluindo aquelas que ainda aguardam o intervalo entre as doses, ficarão impedidas de frequentar os órgãos e entidades.

Folhape

Sesc Ler Belo Jardim promove a edição 2021 da Mostra Pedagógica de Artes

Chegou o momento mais aguardado pelos alunos dos cursos de cultura do Sesc Ler Belo Jardim. Nos dias 06, 07 e 16 de dezembro, eles participam da edição 2021 da Mostra Pedagógica de Artes, um momento em que o público pode conferir o resultado das aulas de Música, Teatro e Literatura realizadas durante todo o ano na unidade. A entrada é gratuita e, para as apresentações do dia 16/12, o Sesc Ler vai contar com a parceria da Prefeitura de Belo Jardim, através da Secretaria de Juventude e Trabalho. Para acompanhar as apresentações, é obrigatório o uso da máscara, assim como orientam as autoridades sanitárias.

A programação da segunda (06) acontece às 15h, na Sala de Teatro do Sesc Ler, com os alunos do curso de Teatro Infantil e a leitura dramatizada “Folia dos Três Bois”, de Sílvia Ortof. Na terça (07), às 16h, também na Sala de Teatro, o Núcleo de Artes Cênicas traz as “Formas Animadas – Animais Fantásticos”. O espaço recebe às 19h30 alunos das turmas de Iniciação ao teatro com “Comendo Teatro”, exercício de encerramento do curso. Todas as apresentações de Teatro têm supervisão da professora Marília Azevedo.

Ainda no dia 07, o Núcleo de Pesquisa e Experimentação em Literatura, orientado pelo professor de Artes Juvêncio Amâncio, realiza, às 20h, na Sala de Música do Sesc Ler, o lançamento do livreto “Oitivas Afetivas”, projeto literário desenvolvido na Comunidade Quilombola Barro Branco que surgiu a partir das pesquisas provindas das temáticas Literatura e Resistência e Literatura Afro-Brasileira e que discute a memória social dos povos tradicionais do país por meio da oralidade.

Na quinta-feira (16), em parceria com a Secretaria de Juventude e Trabalho de Belo Jardim, o Sesc Ler apresenta mais uma vez o exercício de encerramento do curso de Iniciação em Teatro “Comendo Teatro”, às 19h30, e a apresentação musical com alunos do curso de Violão, supervisionados pelo professor Guilherme Quirino, às 20h, ambas na Sala de Teatro do Sesc. “É muito gratificante para nós levar ao conhecimento do público apresentações do que os nossos alunos aprenderam nas aulas de Teatro, Música e Literatura durante este ano”, afirma Juvêncio Amâncio, professor de Artes do Sesc Ler Belo Jardim.

Sesc – Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste e Sertão, oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde para comerciários e dependentes. As 23 unidades, incluindo os hotéis em Garanhuns e Triunfo, operam respeitando os protocolos de saúde e alinhadas aos órgãos públicos, e têm ações presenciais, virtuais ou híbridas. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação do cartão, entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma

Sesc Digital
(https://cursos.sescpe.com.br/todos). Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br. Além disso, os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que possuem o Cartão do Empresário, da Fecomércio, podem adquirir produtos e serviços do Sesc em condições diferenciadas.
Mais informações: www.cartaodoempresario.com.br.

Serviço: Mostra Pedagógica de Artes do Sesc Ler Belo Jardim
Data: dias 6, 7 e 16 de dezembro
Local: Salas de Teatro e Música do Sesc Ler (Av. Pedro Leite Cavalcanti, s/n, Cohab II)
Entrada gratuita
Informações: (81) 3726-1576

Prefeitura de Caruaru segue intensificando manutenção e recuperação de estradas da zona rural

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, continua, de forma intensificada, com os trabalhos nas estradas da zona rural do município. As operações garantem uma melhor trafegabilidade e o acesso de transportes, bem como possibilitando o bom escoamento da produção agrícola e estimulando o fortalecimento da Agricultura Familiar.

Só no mês de novembro, foram recuperados mais de 50 quilômetros nas vias que dão acesso às localidades do Sítio Azevém, Encanto, Brejão, Brejo Velho, Guaribas, Alto do Moura, Saguim, Carapotós, Lajedo Preto, além dos acessos às estradas dos sítios Pitombeira, Sutero e Terra Vermelha. Os serviços contam com máquinas retroescavadeiras, tratores agrícolas, grade de aração de terra e pás carregadeiras.

O secretário de Desenvolvimento Rural de Caruaru, Bruno França, reforça que a manutenção é de grande importância para que as estradas estejam com boa manutenção, com bom estado para transitar, não somente para o produtor conseguir escoar a sua produção, mas também para que a população tenha condições de trafegar. “Estamos atuando, de forma intensificada, em várias localidades, para recuperar e melhorar diversos pontos das estradas e assegurar o tráfego de veículos e a segurança dos moradores e produtores rurais do município”, disse.

As ações de melhorias nas estradas seguirão se estendendo por toda a zona rural do município, atendendo ao cronograma estabelecido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural.

Ainda para a primeira quinzena de dezembro, estão previstas ações de melhorias e recuperação de outras localidades, como o Sítio Brejo da Mulata, Agreste de Pau Santo, Pau Santo, Riachão e Baixio de Terra Vermelha.

Atingido por reboque, homem cai de altura de 15 metros

Um homem ainda sem identificação ficou gravemente ferido após ser atingido por um reboque, na manhã desta segunda-feira (06), no quilômetro 64 da BR 104, em Caruaru. De acordo com informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal, a vítima estava fazendo caminhada no viaduto da rodovia, quando foi alvejado pelo objeto, que se soltou de uma caminhonete.

Com o impacto, o homem caiu de uma altura de aproximadamente 15m e foi socorrido inconsciente para Hospital Regional de Caruaru. Ele aparenta ter 50 anos.

Carro capota e deixa três feridos em Palmares

Um acidente deixou três pessoas feridas, na noite deste sábado (04), na BR 101, em Palmares, na Zona da Mata do Estado. De acordo com informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal, um automóvel capotou no quilômetro 189 após o motorista perder o controle da direção.

As vítimas foram identificadas como um casal e uma criança, que acabaram sendo socorridas para o Hospital Municipal de Palmares. Até o fechamento desta matéria, o estado da esposa e mãe, respectivamente do condutor e da criança, era considerado grave. Já os demais tiveram ferimentos leves.

Também de acordo com a PRF, o condutor foi autuado por apresentar CNH vencida, bem como o automóvel estava em mau estado de uso e conservação. Ele fez teste do bafômetro e o resultado deu negativo.

Pesquisa do IBGE mostra enfraquecimento do mercado de trabalho em 2020

A pandemia de Covid-19, que começou em 2020, causou impacto negativo à economia brasileira e, especialmente, ao mercado de trabalho, piorando os resultados que já eram insuficientes para melhorar as condições de vida da população. É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no capítulo sobre estrutura econômica e mercado de trabalho.

A avaliação da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e da dinâmica do consumo das famílias, ambos per capita, isto é, por indivíduo, revela que os resultados positivos observados até metade da década passada, com taxas de crescimento acumulado entre 2010 e 2014 de 12,9% e 16,6%, deram lugar, nos seis anos finais da série, a quedas de 10,8% e 10,6%, respectivamente. Em 2020, as retrações foram de 4,8% do PIB e de 6,2% do consumo das famílias per capita.

A pandemia provocou forte retração no mercado de trabalho. As taxas de desocupação e de subutilização, que já vinham elevadas após a crise de 2015-2016, aumentaram mais em 2020, alcançando, respectivamente, 13,8% e 28,3%. O nível de ocupação ficou, pela primeira vez, em 51%, o menor da série. Segundo o IBGE, entre os jovens com 14 e 29 anos, esse indicador caiu de 49,4% em 2019 para 42,8% em 2020. Em 2012, era 53,7%. Entre 2019 e 2020, a taxa de informalidade da população ocupada do país caiu de 41,1% para 38,8%. Entre os pretos e pardos, essa taxa em 2020 foi 44,7%, ante 31,8% da população ocupada branca. Além disso, pretos e pardos representavam 53,5% da população ocupada e 64,5% dos subocupados por insuficiência de horas.

Os trabalhadores ocupados com vínculo, que englobam empregados com carteira, militares e funcionários públicos estatutários, tiveram aumento relativo em 2020 de 49,6%, enquanto os empregados sem carteira caíram de 20,2%, em 2019, para 18,1%, no ano passado. Os trabalhadores por conta própria mantiveram-se estáveis, com taxa de 25,4%.

A crise da Covid-19 afetou, particularmente, os empregos na atividade de serviços, com destaque para alojamento e alimentação, com queda de 21,9%; serviços domésticos (-19,6%); e outros (-13,7%).

Desigualdades
A pesquisa do IBGE confirma a manutenção das desigualdades históricas no mercado de trabalho nacional. Enquanto a população ocupada total (PO) tem predomínio da cor preta ou parda (46,3 milhões), superando em 17% a PO branca (39,5 milhões), há diferença evidente na distribuição, uma vez que nas atividades de menor remuneração e maior informalidade predominam trabalhadores da cor ou raça preta ou parda. Exemplos, em 2020, foram serviços domésticos (+91%), construção ( 83%) e agropecuária ( 58%). Em média, o rendimento médio real da população ocupada branca (R$ 3.056) era 73,3% maior que o da população preta ou parda (R$ 1.764) em 2020.

O rendimento dos homens (R$ 2.608) era 28,1% maior que o das mulheres (R$ 2.037). Com a pandemia, 18,6% dos trabalhadores foram afastados do trabalho, com predomínio de mulheres (23,5%) em relação aos homens (15%).

Em termos do rendimento médio por hora de trabalho, a desigualdade entre brancos e pretos ou pardos alcançou 69,5% no ano passado e se manteve entre as raças, independentemente do nível de instrução. Com ensino superior completo, a diferença entre os rendimentos por hora atingiu 44,2% a mais para brancos.

No ano passado, os homens predominavam na população ocupada, com 58,3%, contra 41,7% de mulheres. Entre a população subocupada por insuficiência de horas, as mulheres foram maioria em 2020 (52,4%), o mesmo ocorrendo entre as pessoas de cor ou raça preta ou parda (64,5%). Os trabalhadores com ensino médio completo ou superior incompleto foram maioria (36,9%), seguidos das pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto (31,5%).

A análise sobre o trabalho remoto em função da pandemia mostra que o afastamento foi maior entre maio e agosto do ano passado, com ligeira queda até novembro. As mulheres foram maioria entre os trabalhadores em home office, o mesmo ocorrendo entre pessoas da cor ou raça branca e entre aquelas com ensino superior completo ou pós-graduação, que chegou a ser seis vezes maior do que os trabalhadores com ensino médio completo ou superior incompleto. O IBGE identificou também que não houve grandes diferenças por grupos etários.

Benefícios sociais
De acordo com a pesquisa, o peso dos benefícios sociais nos rendimentos das famílias, por causa dos auxílios emergenciais concedidos pelo governo, evoluiu de 1,7%, em 2019, para 5,9%, em 2020, com impactos mais fortes nas regiões Norte (aumento de 4,1% para 11,6%) e Nordeste (de 4,4% para 12,8%), onde existem maiores níveis de desigualdade e pobreza. Incluindo os benefícios de programas sociais, o rendimento domiciliar per capita caiu 4,3% no país entre 2019 e 2020. Na simulação sem os benefícios sociais, o IBGE apurou queda de 8,4% no rendimento domiciliar por indivíduo.

Considerando a insuficiência de rendimentos das famílias para provisão de seu bem-estar, excluindo outros fatores que caracterizam a pobreza, como acesso à moradia adequada, ensino básico de qualidade, proteção social, entre outros fatores importantes, a sondagem apurou que, em 2020, a incidência de extrema pobreza podia variar de 3,5% a 10,5% da população e a de pobreza entre 6,5% e 29,1% da população, dependendo da linha adotada.

O número de brasileiros na extrema pobreza caiu de 6,8%, em 2019, para 5,7%, em 2020, mas aumentou em relação a 2014 (4,7%), mantendo-se estável em comparação ao início da série, em 2012 (6%). Já a pobreza caiu para 24,1%, no ano passado, depois de atingir 25,9%, em 2019, mas subiu em relação a 2012 (27,3%) e permaneceu estável na comparação com 2014 (23,8%). O IBGE destacou, contudo, que sem os benefícios dos programas sociais, a proporção de pessoas em extrema pobreza teria aumentado de 9,7% para 12,9%, e a taxa de pessoas na pobreza subiria de 28,2% para 32,1%.

A proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo de US$ 1,90, linha recomendada pelo Banco Mundial para medir a pobreza nos países mais pobres, superou 11,3% em quatro unidades da Federação: Amazonas, Maranhão, Pernambuco e Sergipe. Em sete unidades, esse percentual ficou acima de 8,2% (Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Ceará, Paraíba e Bahia). Para o Brasil, país considerado de renda média alta, a linha recomendada é de US$ 5,50/dia, lembrou o IBGE.

O rendimento médio domiciliar per capita em 2020 foi de R$ 1.349, queda de 4,3% ante 2019 (R.410). Se não houvesse programas sociais no ano passado, esse rendimento teria sido 6% menor (R$ 1.269). O décimo da população com a menor remuneração teria perdido 75% de seus rendimentos sem esses programas sociais, indicaram os pesquisadores do IBGE.

A pobreza foi maior entre as crianças, sendo de 38,6% para a faixa de 0 a 14 anos de idade, entre as pessoas com rendimento familiar per capita abaixo de US$ 5,50/dia, em 2020. Na análise combinada de sexo e cor ou raça, as mulheres pretas e pardas apresentaram as maiores incidências de pobreza (31,9%) e de extrema pobreza (7,5%), mostrou a Síntese de Indicadores Sociais.

Produção industrial apresenta quinta queda mensal consecutiva

Indústria Wirth Calçados
Dois Irmãos (RS) 14.04.2006 – Foto: Miguel Ângelo

A produção industrial apresentou queda de 0,6% na passagem de setembro para outubro, quinto resultado negativo mensal consecutivo, acumulando, nesse período, perda de 3,7%. O recuo de outubro alcançou 19 dos 26 ramos pesquisados. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a indústria acumula alta de 5,7%; mesmo número do acumulado de 12 meses.

Para o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, a sequência de resultados negativos chama a atenção. “A cada mês que a produção industrial recua, se afasta mais do período pré-pandemia. Neste momento, está 4,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020”, analisou.

“Para além da perda na margem, há um espalhamento dos resultados negativos: são três das quatro categorias econômicas e 19 das 26 atividades no campo negativo. O ano de 2021 está marcado por esse comportamento de menor intensidade”, observou Macedo. Na quinta-feira, ao divulgar os dados do PIB no terceiro trimestre, o IBGE mostrou que o setor permaneceu estagnado no período.

O gerente destacou que os efeitos da pandemia sobre o processo produtivo ficam muito evidentes em função da desarticulação da cadeia produtiva, o que levou ao aumento dos custos de produção e ao desabastecimento de matérias primas e insumos.

“As quedas foram disseminadas, mas as maiores influências vieram dos setores extrativos, impactados pelas quedas do minério de ferro e do petróleo; e das indústrias de alimentos, influenciadas pelo comportamento negativo do açúcar, em função de uma antecipação da safra da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país, devido a condições climáticas adversas”, esclareceu Macedo.

Correio Braziliense

Inflação deve continuar acima dos dois dígitos, até pelo menos abril de 2022

Vitória (ES) – Supermercados lotados e com filas nos caixas e na entrada funcionam em horário reduzido. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Desde setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, está acima de 10%, e a tendência, de acordo com especialistas, é de que continue acima de dois dígitos, pelo menos até abril de 2022, dificilmente recuando, no fim do ano, para os 4,7% previstos pela equipe econômica.

Os cenários externo e interno não devem ajudar muito na queda do índice, segundo os analistas, pois o dólar — que afeta os preços dos alimentos e dos combustíveis, os principais vilões do IPCA — continuará elevado por conta das incertezas do ano eleitoral.

De acordo com o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, apesar de alguns indicadores recentes apontarem desaceleração em alguns preços, como os de alimentos, o IPCA deverá continuar acima de 10% até abril ou maio, e não há certeza de uma queda brusca do indicador. “Não tem como reduzir o IPCA pela metade em seis meses praticamente. O risco de a inflação ultrapassar o teto continuará alto, mesmo se o Banco Central subir a Selic (taxa básica de juros) para 12%, o que vai atrapalhar o crescimento da economia”, alertou.

Fabio Romão, economista sênior da LCA Consultores, prevê que o IPCA recuará de 10,2%, no fim deste ano, para 5,5% em dezembro de 2022, mas reconheceu que não será fácil chegar a esse patamar. “Estamos vivendo um momento de aceleração dos preços de serviços por conta da redução das restrições de circulação, que deverá se estender no ano que vem”, alertou.

Romão e Velho lembram que os repasses da inflação deste ano para os preços de tarifas, como conta de luz, bilhetes de ônibus e de metrô, tributos e aluguéis serão inevitáveis e isso vai ajudar a manter o IPCA em patamar elevado. Pelas estimativas de Romão, os reajustes médios da energia deverão ficar em torno de 21% por distribuidora em 2022. Mas, como há a perspectiva de redução da taxa extra de escassez hídrica, o impacto no bolso do consumidor pode ficar em 11%.

Correio Braziliense

Alexandre de Moraes abre inquérito contra Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro está mais uma vez na mira da Justiça. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou ontem a abertura de inquérito contra o chefe do Executivo nacional por ele divulgado supostas notícias falsas que relacionavam a vacina contra o coronavírus com o risco de desenvolver aids. Esse é o quinto inquérito contra Bolsonaro na corte desde que ele assumiu a presidência e veio acompanhado pela suspensão das redes sociais pelo prazo de 15 dias.

“Não há dúvidas de que as condutas noticiadas do Presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra a Covid-19 utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, revelando-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados, especialmente diante da existência de uma organização criminosa”, diz trecho da decisão de Moraes.

Moraes atendeu a um pedido feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. O ministro afirmou que é preciso apurar a relação da fake news com a atuação de uma suposta organização criminosa investigada pelo STF e que envolve aliados do presidente Bolsonaro. Para Moraes, a PGR não pode afastar a supervisão do Judiciário sobre os fatos que estão em investigação.

“Não basta ao órgão ministerial que atua perante a Corte no caso, a Procuradoria-Geral da República, a mera alegação de que os fatos já estão sendo apurados internamente. Para que a supervisão judicial ocorra de modo efetivo e abrangente – inclusive em relação a futuro arquivamento e incidência do artigo 18 do CPP – é indispensável que sejam informados e apresentados no âmbito do procedimento que aqui tramita, documentos que apontem em quais circunstâncias as investigações estão sendo conduzidas, com a indicação das apurações preliminares e eventuais diligências que já foram e serão realizadas”, escreveu Moraes no despacho. “Apenas dessa forma é possível ter uma noção abrangente e atualizada dos rumos dessa fase da persecução criminal”, acrescentou.

Na decisão de ontem, Moraes afirmou que a comissão “tem legitimidade para pleitear a apuração” e que “é indispensável que sejam informados e apresentados no âmbito do procedimento que aqui (STF) tramita, documentos que apontem em quais circunstâncias as investigações estão sendo conduzidas, com a indicação das apurações preliminares e eventuais diligências que já foram e serão realizadas.

Antes de ser convertida em inquérito, a ação no Supremo também analisava o pedido do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), para instaurar uma investigação policial contra o presidente com o objetivo de avançar nas apurações dos crimes apontados pelo relatório final da comissão, assim como garantir a aplicação de medidas cautelares na esfera penal contra Bolsonaro e suspender suas redes sociais.

A medida foi acompanhada pela decisão de utilizar o último dia de trabalho da CPI no Senado para aprovar a quebra do sigilo telemático de Bolsonaro, com o propósito de reunir provas de eventuais crimes que ele tenha cometido contra a saúde pública. A manobra foi suspensa por Moraes no dia 22 de novembro, sob o argumento de que as ações adotadas pelos senadores “distanciaram-se do seu caráter instrumental”, porque acabou “por extrapolar os limites constitucionais investigatórios de que dotada a CPI ao aprovar requerimento de quebra e transmissão de sigilo telemático. A Constituição impede a investigação do chefe do Executivo por comissões parlamentares. Ao se manifestar nos autos, o presidente destacou os mesmos argumentos do ministro.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou a se manifestar contra os pedidos dos senadores por considerar que as exigências não seriam cabíveis com o fim da CPI e por fugir da alçada da investigação parlamentar. A PGR chegou a investigar de forma preliminar uma notícia-crime apresentada por PDT e PSOL sobre a live do presidente, mas recusou a abertura de inquérito.

Entenda
A “live”” com a notícia falsa foi transmitida em 21 de outubro, na semana anterior à votação do relatório final da CPI da Covid, O relator do documento, senador Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu nos autos um pedido de afastamento de Bolsonaro das redes sociais – para que ele seja impedido de seguir espalhando fake news sobre a pandemia. O presidente leu, durante a tradição live semanal, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios ‘oficiais’ do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a Covid-19 se tornavam mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).

Após divulgar a informação, que é uma inverdade, o presidente disse que não iria ler a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. “Não vou ler para vocês aqui, porque posso ter problemas com a minha live. Não quero que ‘caia’ a live. Quero dar informações concretas”. As redes sociais Instagram, Facebook e Youtube determinaram a remoção do vídeo de todas as plataformas. No dia anterior à transmissão, foi apresentado o pedido o indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes relacionado a sua postura no enfrentamento à pandemia.

Estado de Minas

Paulo Câmara anuncia mais investimentos para o Agreste Setentrional

O governador Paulo Câmara anunciou, nesta sexta-feira (03.12), mais ações e investimentos previstos no Plano Retomada para o Agreste Setentrional. Pela manhã, ele visitou os municípios de Vertente do Lério e Surubim.

Em Vertente do Lério, autorizou a licitação para pavimentação de ruas e a pavimentação asfáltica no trecho de dois quilômetros da via que liga a PE-106 ao distrito de Tambor, totalizando um aporte de aproximadamente R$ 2,5 milhões.

“Estamos no Agreste Setentrional anunciando ações fundamentais na assistência social, abastecimento de água, requalificação de estradas, firmando convênios com os municípios para a infraestrutura local, entre outros investimentos que buscam uma melhor qualidade de vida para o povo desta região”, destacou Paulo Câmara.

Na área da infraestrutura, o governador autorizou a contratação do projeto executivo para implantação da PE-106 e obras adicionais. A ação abrangerá o segmento de cinco quilômetros que liga o município à divisa com o Estado da Paraíba. A licitação deve acontecer ainda em dezembro, no valor estimado de R$ 150 mil. Já para as obras, os recursos chegam a R$ 7,5 milhões. Mais de sete mil pessoas da cidade serão beneficiadas com mais agilidade no deslocamento diário. Para garantir a segurança hídrica, foram liberados R$ 350 mil para adequação do sistema de abastecimento de água da sede do município e para o distrito de Tambor, com a instalação de macromedidores de vazão, recuperação de reservatório e expansão da rede de distribuição.

Na assistência e desenvolvimento social, foram liberados recursos para instalação da cozinha comunitária – equipamento destinado à população em situação de insegurança alimentar e nutricional – manutenção do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), em um total de R$ 259 mil. Também foi autorizada a implantação do Programa Mãe Coruja Pernambucana, para qualificação da atenção integral às mulheres e à primeira infância. Com investimentos de R$ 10 milhões, a expansão do programa vai atender, ao todo, 150 cidades.

Surubim

Em seguida, Paulo Câmara esteve em Surubim, onde visitou o Hospital São Luiz e inaugurou a Central de Oportunidades de Pernambuco (COPE), que reúne em um só lugar os serviços da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação, assim como a Agência do Trabalho e a Junta Comercial. Ele também liberou investimentos para a implantação da PE-083, no trecho de 23,2 quilômetros do centro de Cumaru ao entroncamento da PE-090. São R$ 696 mil para o projeto e R$ 34,8 milhões para execução das obras. A ação vai levar mobilidade, conforto e segurança para mais de 575 mil moradores da região, potencializando o escoamento da produção agrícola e pecuária local.

Na área de educação, o governador também liberou mais de R$ 2 milhões para implantação da Universidade de Pernambuco (UPE) em Surubim, que oferecerá cursos de bacharelado em sistemas de informação e engenharia de software, ofertando 60 vagas anuais. Ele também anunciou investimentos de aproximadamente R$ 8 milhões para criação de 22 Centros de Inovação no Estado. Em Surubim, o Espaço 4.0 será implantado na Escola Técnica Estadual Antônio Arruda de Farias. A iniciativa visa revolucionar o processo de interiorização da formação dos profissionais do futuro e a consolidação de ambientes de inovação.

Paulo Câmara autorizou investimentos de R$ 1,5 milhão para pavimentação de ruas no município e destinou R$ 150 mil para ampliação do sistema de abastecimento de água no Sítio Lagoa do Capim. Foi anunciada a implantação do programa Mãe Coruja Pernambucana e de uma cozinha comunitária, com aporte de R$ 194 mil, além de um repasse de R$ 32,5 mil para manutenção do CRAS.

O governador também entregou Certificados de Registro e Licenciamento do Veículos (CRLV) para condutores de motos beneficiados com o decreto de anistia das taxas. E concluindo a passagem por Surubim, Paulo Câmara anunciou um investimento de R$ 3,5 milhões para recuperação e ampliação do pátio da feira e sancionou a lei que dá o nome de Deputado José Augusto Farias à PE-083, ligando o distrito de Chéus ao centro de Surubim.

Diario de Pernambuco