Estudo da Sedetec aponta quase 500 empresas instaladas no entorno da Via Parque

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), levantou números, através de estudo, sobre as atividades econômicas realizadas no entorno da Via Parque. Com 8,5 quilômetros de extensão e conectando 17 bairros, um dos principais equipamentos de mobilidade urbana da Capital do Agreste reúne, hoje, no seu entorno e nos seus principais trechos, 442 empresas formais com atuações, principalmente, nos setores do comércio, da indústria e de serviços.

De acordo com a pesquisa da Sedetec, desde que foi implantada, a Via Parque vem impulsionando a instalação de novas empresas, bem como gerando novos postos de trabalho em Caruaru. Exemplos disso são os trechos da Avenida Rui Barbosa, no Bairro Divinópolis, e na Avenida Frei Caneca, no Bairro Maurício de Nassau, que tiveram um crescimento no quantitativo de empreendimentos instalados, respectivamente, de 4% e 8%, de novembro de 2019, quando a primeira das três etapas da Via foi inaugurada, até o último mês de setembro, quando o levantamento foi finalizado.

O estudo da pasta municipal também identificou os trechos principais da Via que vêm concentrando o maior volume de empresas em atividade. O líder do ranking tem correspondido ao da Avenida Rui Barbosa, com 212 em operação. Em seguida vem o da Avenida Frei Caneca, com 160 empresas instaladas; o da Avenida Caruaru, na Boa Vista, com 57; o da Rua Cleto Campelo, no Centro, com oito, além do trecho da Rua Manoel Bezerra da Silva, no Bairro Vila Kennedy, com cinco empreendimentos em atuação.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa de Caruaru, André Teixeira Filho, a obra da Via Parque vem propiciando melhorias para cidade em vários aspectos, inclusive, o financeiro. “A Via Parque representa um marco na história de nossa Caruaru. Com ela, mais pessoas passaram a praticar esporte e lazer, a mobilidade urbana cresceu a passos largos, bem como mais atividades sociais passaram a ser desenvolvidas. No aspecto econômico, o avanço também tem sido significativo com a chegada de novas empresas e novos empregos. Uma marca do modelo inovador de gestão da prefeita Raquel Lyra”, disse.

Maria Eduarda foi uma das empreendedoras locais a enxergar a Via Parque como um aliado em potencial para alavancar o seu negócio de moda fitness e não se disse arrependida. “Pelo contrário. Depois que me instalei por aqui, consegui aumentar o meu número de clientes, haja vista que a Via é bastante frequentada por praticantes de atividades físicas. Meu faturamento praticamente redobrou e as expectativas são as melhores possíveis, agora, com a chegada do verão”, observou.

Andeline Oliveira foi outra caruaruense a destacar as contribuições da Via Parque para a economia local. Foi justamente numa empresa do trecho da Avenida Rui Barbosa que ela obteve a chance de retornar ao mercado de trabalho. “Estava desempregada há mais de três meses, quando fui chamada para trabalhar como atendente nesta loja de produtos saudáveis. Talvez nem estivesse trabalhando por aqui, caso a Via não existisse, porque não haveria público necessário para este tipo de negócio. Realmente, uma obra boa para todos.”

Bairros

Outro aspecto interessante observado no estudo da Sedetec se referiu à forte concentração de renda e potencial de consumo dos bairros interligados pela Via. Juntos, eles possuem um volume populacional de 231 mil habitantes, uma soma de renda domiciliar que supera os R$ 125 milhões ao mês, além da presença de 21.673 empresas formais.

Para chegar a tais números, a Sedetec levantou dados da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), do IBGE e do Conselho de Desenvolvimento de Pernambuco (Condepe).

Erick Lessa recebe apoio de Xande da Fonte, de Brejo da Madre de Deus

A atuação política do deputado estadual Erick Lessa vem recebendo apoio de lideranças das mais diversas regiões do estado, principalmente do Agreste. Nesta semana, o parlamentar recebeu o apoio do empresário Xande da Fonte, importante liderança política no município de Brejo da Madre de Deus e região. O deputado e o empresário, que foi candidato a vereador nas últimas eleições, obtendo uma expressiva votação, conversaram sobre os rumos do estado em uma reunião que contou com a presença do presidente da Sociedade Teatral da Fazenda Nova, Robinson Pacheco.

“Conversamos com Xande da Fonte, recebemos as demandas e somamos forças pelas potencialidades da região, sobretudo no aspecto turístico e social”, relatou o deputado Erick Lessa, salientando a parceria firmada com a liderança brejense.

O deputado conta com apoio político em vários municípios, das mais diversas regiões de Pernambuco. “Temos dialogado e trabalhado em prol de várias cidades e realizando articulação com os órgãos governamentais. Nosso compromisso é com o desenvolvimento de Pernambuco, em respeito às pessoas do nosso estado”, concluiu Lessa.

Futuro da energia: preservar nascentes para aumentar reservatórios

No meio de uma região quente e seca em pleno sertão nordestino, surge uma espécie de oásis. A água cristalina que está brotando na Caatinga não é uma miragem, mas sim o resultado do reflorestamento realizado em uma das nascentes do Rio São Francisco na comunidade rural de Brejo da Brásida, no município baiano de Sento Sé.

Uma equipe formada por moradores da região cuidam de 26 nascentes. Tudo começa com a retirada das pedras, da areia e da terra que fizeram a nascente secar. Depois, mudas de árvores da Caatinga são plantadas e o local é cercado para evitar que animais comam a vegetação. Com o terreno preparado a água que está no subsolo começa a brotar na superfície.

Erick Almeida, que é coordenador científico do projeto na comunidade de Brejo da Brásida, diz que sem as nascentes recuperadas nenhum tipo de atividade econômica é viável na região. “Uma coisa que a gente sempre gosta de deixar bem claro é que isso não é uma boa ação. É um imperativo: nós temos que recuperar as nascentes”.

O reflorestamento no Brejo da Brásida faz parte do projeto Águas Brasileiras, que é realizado por meio de uma parceria de cinco ministérios. “O programa é realizado com as parcerias firmadas entre o Governo Federal, a iniciativa privada e as associações de moradores. A ideia é unir forças para recuperar as nascentes e ajudar a aumentar o volume de água dos rios”, explica a secretária de Fomento e Parcerias com o Setor Privado do Ministério de Desenvolvimento Regional, Verônica Sanchez .

A coordenadora da associação de moradores de Brejo da Brásida, Mariluze Amaral, diz que o investimento nas nascentes é fundamental para evitar um colapso no sistema hídrico do país. “O programa Águas Brasileiras vem abrir esse portal fechado, escondido, porque de agora em diante as pessoas vão saber que é possível recuperar nascentes e que o governo brasileiro tá pensando nisso. E isso é muito bom”.

A preservação das nascentes melhora a qualidade de vida de quem mora em regiões secas e também ajuda a aumentar o volume de água dos rios. Um trabalho essencial principalmente numa época de pouca chuva. No caso do São Francisco, a água que fica armazenada na barragem de Sobradinho, no extremo norte da Bahia, que é o maior reservatório do país. Ele é utilizado para abastecer seis hidrelétricas que geram energia para todo o país. Sem o cuidado com as nascentes, o reservatório, que atualmente que está abaixo da metade, ficaria com um nível de água ainda menor.

Sul
A preocupação com qualidade das nascentes também está presente no Sul do país. Os técnicos da usina de Itaipu sabem que para gerar energia é preciso cuidar da matéria-prima fundamental, que é a água por isso diversos projetos são desenvolvidos para preservar os recursos hídricos da bacia do Paraná, que abastece o reservatório da usina.

O superintendente de Gestão Ambiental, Ariel Scheffer, diz que o objetivo é garantir a qualidade de água e evitar a erosão nas margens que provoca “a queda de terra e de outros detritos que causam o assoreamento do reservatório e diminuem o volume de água”.

Um cinturão verde com 24 milhões de árvores foi plantado ao redor do reservatório que tem margens em 15 municípios do Paraná e um do Mato Grosso do Sul. Este trabalho só foi possível com a parceria dos fazendeiros que cederam parte das propriedades.

O agricultor Milton Dillmann inicialmente não queria reflorestar uma área de lavoura, mas depois chegou a conclusão de que contribuir para a preservação da água era fundamental. “Eu entendi que preservando as nascentes todos nós ganhamos e ainda ajudamos a aumentar o volume de água do reservatório de Itaipu”.

Agência Brasil

Fator CPI tem potencial para impactar eleições de 2022

A CPI da Covid completa, hoje, seis meses desde sua instauração. De lá para cá, houve um rol de depoimentos, quebras de sigilo e investigações, levado a cabo pela comissão, que conseguiu ocupar espaço de protagonismo no jogo político. O fim dos trabalhos ocorrerá no próximo dia 20, quando haverá a votação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB/AL).

Nesta reta final, a cúpula do colegiado mudou o cronograma dos trabalhos. Desistiu da convocação, pela terceira vez, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cujo depoimento estava marcado para segunda-feira. Na data, ocorrerá a oitiva do médico pneumologista Carlos Carvalho e de parentes de vítimas do novo coronavírus.

No dia 19, Calheiros apresentará o relatório. Ele já antecipou que relacionou 37 investigados no parecer. Disse, ainda, que mais de 40 pessoas devem ser responsabilizadas no documento, entre elas o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar, a CPI não poderia “falar grosso na investigação e miar no relatório”.

Com a aprovação do parecer, a intenção é entregá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR) já no dia 21. O órgão terá 30 dias para decidir se dará prosseguimento às denúncias, pedirá o arquivamento ou definirá diligências. No dia 26, membros da CPI vão se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para protocolar um pedido de impeachment contra Bolsonaro.

De acordo com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a cúpula do colegiado pretende levar o relatório, também, até o Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A Corte é responsável pelo julgamento de acusados de crimes contra a humanidade, como genocídio.

Conforme analistas, a CPI tem sido responsável por equilibrar o noticiário político, antes pautado por ações e ataques de Bolsonaro. Para eles, o ritmo do jogo político era, de certa forma, ditado pelo chefe do Executivo, que sempre se utilizou da política do enfrentamento e de cortinas de fumaça para tentar encobrir insucessos.

“Uma das grandes mudanças que a CPI trouxe na pauta política foi justamente o fato de ser capaz de ditar a pauta política. A comissão acabou tirando um pouco do protagonismo do presidente no cenário político, sendo ela mesma a produtora de notícias, a produtora de informações para a sociedade”, afirmou Valdir Pucci, professor e mestre em ciência política.

Com repercussão e força política própria, a CPI expôs informações que podem custar caro a Bolsonaro, como a demora para comprar vacinas contra a Covid-19, a propaganda do chamado “tratamento precoce”, a revelação de que o Ministério da Saúde negociou imunizantes superfaturados e o escândalo recente com a Prevent Senior — segundo depoimentos ao colegiado, a operadora usava seus pacientes como cobaias em experimentos com substâncias como cloroquina, ivermectina, azitromicina e até ozônio no “tratamento” do coronavírus.

Com grande audiência — sendo constantemente um dos assuntos mais comentados nas redes sociais —, mesmo após o seu término, o fantasma da CPI deve continuar assombrando Bolsonaro durante a campanha eleitoral no ano que vem.

Para o cientista político André Rosa, o presidente pode ser impactado com algo parecido com o que sofreram petistas com relação à Operação Lava-Jato. “A CPI da Covid será objeto de grande repercussão nas eleições e também na formação das preferências do eleitor na hora da escolha do voto. Tal como a Operação Lava-Jato, que impulsionou a candidatura de Jair Bolsonaro, será a da Covid-19 que proporcionará aos concorrentes o combustível da propagação de campanha negativa da gestão do atual presidente”, frisou.

Conforme Rosa, o relatório de Calheiros trará sérios problemas para a já abalada imagem do chefe do Executivo. “Os impactos na sociedade serão fragmentados entre os apoiadores do presidente e os seus dissidentes. Aos dissidentes, a certeza de um país mal gerido, que alcançou o nível inflacionário pré-Plano Real, alta fora da curva dos combustíveis e mais desigual”, listou. “Por fim, a CPI formaliza em um relatório o resumo de um dos piores governos da história do país.”

Queiroga
A decisão da cúpula da CPI de abrir mão da terceira convocação do ministro Marcelo Queiroga foi tomada porque senadores não acreditam que ele apresentaria informações capazes de contribuir com as investigações. Na semana passada, o titular da Saúde já havia respondido, por escrito, a questionamentos feitos pela comissão.

Os parlamentares preferem, então, focar no médico pneumologista Carlos Carvalho, professor da Universidade de São Paulo. Ele coordenou um estudo que refutou o uso de medicamentos, como a hidroxicloroquina, cloroquina e a azitromicina, em pacientes com Covid-19. A pesquisa seria analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão do Ministério da Saúde, mas acabou retirado de pauta.

Para driblar Aras
Diante do alinhamento do procurador-geral da República, Augusto Aras, com o presidente Jair Bolsonaro, a CPI da Covid estuda formas de driblar uma eventual omissão da Procuradoria-Geral da República (PGR) para avançar com processos contra o chefe do Executivo e outros políticos com foro.

Uma das opções seria levar o processo adiante por meio de entidades privadas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tem prerrogativa para encaminhar os indiciamentos diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outra opção é entrar com uma ação penal subsidiária da pública, diretamente no STF — medida possível em caso de inércia do Ministério Público.

Correio Braziliense

Filhos de Bolsonaro estão na mira da CPI da Covid

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve pedir o indiciamento de dois filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), no relatório final da CPI da Covid. Eles teriam atuado no chamado “gabinete do ódio”, coordenando e auxiliando blogueiros e empresários a espalharem desinformações sobre o novo coronavírus. As supostas provas estão anexadas no inquérito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em setembro, Moraes compartilhou o inquérito com o colegiado. Eduardo Bolsonaro e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten aparecem em tratativas com o empresário Otávio Fakhoury para tentar criar uma rádio que representasse “uma arma para a guerra política”. Carlos Bolsonaro é apontado no inquérito como coordenador do gabinete do ódio.

Fakhoury e Luciano Hang, dono da Havan, ainda devem constar como supostos financiadores do esquema de articulação e financiamento de notícias falsas sobre a pandemia nas redes sociais, distribuídas em favor do presidente Jair Bolsonaro.

Já o assessor da Presidência Filipe Martins deve ser listado como responsável por encabeçar as estratégias dos conteúdos, e as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), por compartilharem as publicações em seus perfis, algumas delas já apagadas das respectivas redes sociais.

Na avaliação de juristas, a maior dificuldade será tipificar os supostos crimes. O advogado especialista em direito público Karlos Gad Gomes destacou que a disseminação de fake news não está regulamentada na lei. “Contudo, dependendo do que for identificado nas investigações, os filhos do presidente e demais integrantes do ‘gabinete do ódio’ podem incorrer nos crimes contra a honra, como calúnia e difamação, que têm como pena máxima até dois anos de detenção”, explicou.

O financiamento de atos antidemocráticos também é motivo de preocupação para as eleições de 2022. “Nesse caso, eles podem responder pelos mesmos crimes e incorrer nas mesmas penas. O Código Penal não traz a condição de ser agente público como uma agravante dos crimes contra a honra. Por isso, é necessário a regulamentação e a tipificação do crime de disseminação de notícias falsas, principalmente porque nos aproximamos de uma nova corrida eleitoral”, observou Gomes.

Correio Braziliense

Carga de madeira irregular do Pará é apreendida em Sertânia

Um caminhão que transportava 12 m³ de madeira irregular do Pará foi retido, na segunda-feira (11), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 232, em Sertânia, no Sertão de Pernambuco. A carga havia saído do Pará e seguiria para Arcoverde, também no Sertão.

Policiais realizavam uma fiscalização no km 278 da rodovia, quando abordaram um caminhão que transportava madeira serrada. Ao ser questionado sobre a documentação da carga, o motorista disse que não possuía a Guia Florestal nem a Nota Fiscal, o que torna ilegal esse tipo de transporte.

Inflação castiga o orçamento das famílias e compromete crescimento da economia

O forte aumento nos preços tem feito um estrago enorme no orçamento doméstico da maioria das famílias brasileiras ao longo deste ano e, de quebra, tem ajudado a comprometer o crescimento da economia em 2022. O Banco Central (BC) vem elevando os juros para patamares restritivos à atividade econômica, o que deverá frear o Produto Interno Bruto (PIB) em pleno ano eleitoral, para o desespero do governo Jair Bolsonaro. Analistas alertam que apenas elevar a taxa básica da economia (Selic) não será suficiente para conter as pressões inflacionárias, que estão se mostrando cada vez mais persistentes até o próximo ano.

Segundo os especialistas, além de comprovar que é uma autarquia independente do governo, o BC precisará diversificar o arsenal de instrumentos para manter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do teto da meta no ano que vem e intervir mais no câmbio. Isso porque o dólar tem voltado a ficar em torno de R$ 5,50 e não deve cair facilmente devido aos riscos políticos e fiscais elevados, ajudando a manter o custo de vida elevado e na casa de dois dígitos.

O teto da meta de inflação deste ano é de 5,25% e, no ano que vem, cai para 5% — menos da metade da alta acumulada em 12 meses no IPCA de setembro, de 10,25%. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a taxa Selic em um ponto percentual, para 6,25% ao ano, e sinalizou o mesmo ritmo de alta nas duas próximas reuniões do ano — de outubro e de dezembro —, o que fará com que os juros terminem o ano em 8,25%.

Contudo, com a Selic nesse patamar, será difícil para o BC conseguir convergir o IPCA abaixo de 5% no ano que vem, pois a mediana das projeções atuais já estão em 4,7% e devem continuar subindo, de acordo com especialistas.

“A estratégia de adiar um ajuste mais forte é muito arriscada e tem um risco elevado que é manter a inflação alta em 2022 por causa da inércia”, alertou o economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, Eduardo Velho, que prevê alta de 9,26% no IPCA deste ano. Apesar de prever a Selic em 8,25% no fim do ano, Velho considera que, atualmente, os juros básicos em 9,5% ao ano podem ser o piso para a Selic se o BC quiser evitar um novo estouro da meta de inflação em 2022.

Segundo ele, o recente reajuste na gasolina anunciado pela Petrobras só piora o quadro inflacionário e “deverá contribuir para um cenário em dezembro com o IPCA de dois dígitos”. Pelas estimativas dele, o BC poderá elevar a Selic para 10% em abril próximo e, no fim de 2022, os juros básicos deverão encerrar o ano em 8,5%.

Especialistas lembram que o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na semana passada pelo Banco Central, atribui que boa parte da inflação foi decorrente da alta dos preços das commodities e dos combustíveis, mas eles destacam que há muitas incertezas no cenário econômico e político que contribuem para os preços continuarem elevados.

“Uma leitura apressada poderia indicar que bastaria voltar os preços das commodities para o BC não precisar se preocupar muito e não subir a taxa de juros que deveria. Mas, como tem sido recorrente desde o início do ano, as projeções de inflação têm sido revisadas para cima”, alertou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

“No nosso caso, mantemos o IPCA esperado este ano em 8,6% e, no ano que vem, em 4,7%. Mas o risco que começa a aparecer é de o BC perder a capacidade de manter as expectativas de inflação ancoradas ao redor da meta para 2022. O mercado tem revisado sistematicamente as projeções para cima e fica a dúvida do que poderá ser a inflação ano que vem. Alguns riscos estão se acumulando.”

De acordo com a professora do Insper Juliana Inhasz, o Banco Central já percebeu que a inflação de dois dígitos é uma realidade e que apenas elevar os juros não vai ter muito efeito, devendo intervir no câmbio. “Quando olhamos para o câmbio, ele já está contaminado pelo risco político e o risco fiscal. E, como há muitas incertezas ainda no cenário externo devido à pandemia da Covid-19, pode ser que o BC, de alguma forma, precisará pensar em alguma intervenção mais direta, como soltar um pouco das reservas internacionais”, apostou.

Na sexta-feira, esse estoque estava em US$ 368,9 bilhões. “A intervenção via juros é muito lenta e tem sido corroída por outros efeitos devido às incertezas e aos riscos fiscal e político.”

Dólar
Os analistas lembram que o dólar continuará valorizado no ano que vem, devido às incertezas em relação às eleições e também porque o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) deu sinais claros de que mudará a política monetária, reduzindo a liquidez no mercado e, consequentemente, reduzindo a oferta de dólares. Isso ajuda a elevar o preço da divisa dos EUA, que injetam US$ 120 bilhões por mês desde o ano passado. “O BC precisará agir e aliar outras políticas, senão apenas subir os juros não vai ter efeito”, destacou Juliana Inhasz.

De acordo com Eduardo Velho, o BC deverá intervir no câmbio se o dólar voltar a ficar em patamares próximos a R$ 6. “Caso o dólar suba de forma mais rápida para aquele nível de R$ 5,7 ou de R$ 5,8, seria factível alguma intervenção do Bacen mais forte com leilão de linha de venda. Mas o BC não tem meta e não controla o preço do câmbio. A intervenção seria fundamentada por uma variação acentuada do dólar para cima em um curto espaço de tempo sem muita consistência de tendência”, explicou.

Guedes admite que inflação vai subir
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem, durante entrevista à TV Bloomberg, nos Estados Unidos, que a inflação no Brasil vai subir, mas que haverá crescimento neste ano e em 2022. Um ano antes das eleições presidenciais, o chefe da equipe econômica também afirmou que teme o impacto do risco político nos mercados financeiros.

“Sim, a inflação vai subir, mas a política monetária está lá para conter a alta de preços”, respondeu Guedes a uma pergunta sobre a pressão inflacionária no país. Segundo o ministro, metade da inflação brasileira vem atualmente dos preços de alimentos e da energia. Ele declarou que o Brasil tem uma democracia “vibrante”, mas que há muito “barulho político”. Ele disse ainda que há no país uma “turma” que perdeu as eleições de 2018, mas que “não aceita o resultado”, em uma sugestão de que opositores tentam sabotar o governo.

Durante a entrevista, o ministro criticou as projeções para a economia brasileira, disse que as estimativas se provarão erradas e previu que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 5,5% este ano. “Crescimento não será problema. O problema é a inflação”, declarou.

No Relatório de Mercado Focus mais recente, divulgado na segunda-feira, houve manutenção da mediana das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, em 5,04%, mesma estimativa de quatro semanas atrás. Já o Fundo Monetário Internacional reduziu um pouco a projeção do crescimento do Brasil para 2021, da estimativa de 5,3% divulgada em julho para 5,2% agora.

De acordo com Guedes, o Brasil terá uma recuperação forte, após os efeitos da pandemia de Covid-19, porque o avanço da vacinação permitirá que as pessoas voltem ao trabalho de forma segura. Ele também disse que a estrutura regulatória do país mudou e que, por isso, o Brasil está agora “aberto a negócios”.

Guedes está nos EUA para participar de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), do qual o Brasil faz parte. Mais cedo, o ministro também concedeu uma entrevista à CNN Internacional e falou sobre inflação, crescimento, pandemia e vacinação, empresas de offshore e o plano de crescimento verde para o país, que será apresentado na COP26, na Escócia, no mês que vem.

Pandora Papers
Sobre a investigação Pandora Papers, que apontou Guedes (e também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto) como proprietário de uma empresa num paraíso fiscal (offshore), o ministro disse que “não fez nada de errado”. Ele voltou a dizer que sua offshore é “legal, reportada ao Comitê de Ética da Presidência, declarada na Receita Federal e registrada no Banco Central”. “Eu saí do comando da empresa semanas antes de assumir o ministério. E além disso, na semana passada, a Suprema Corte brasileira arquivou o caso”, afirmou.

Pressões cada vez maiores
As pressões inflacionárias não devem ceder tão fácil, de acordo com analistas que alertam para um problema ainda maior para o governo: o fim da margem extra do teto de gastos em 2022, que vem encolhendo mês a mês. Aliás, isso é o que mais deve incomodar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que passou a reconhecer que a inflação é mais preocupante do que o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“O problema não é o crescimento, mas é a inflação”, disse Guedes, ontem, em entrevista à Bloomberg nos Estados Unidos. O ministro está em Washington para participar do encontro anual de outono no Hemisfério Norte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. O retorno do chefe da pasta de Economia está previsto para amanhã. Ele voltou a minimizar as projeções mais pessimistas para o PIB brasileiro dizendo que as previsões “têm sido constantemente erradas”.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro deverá ficar acima dos 8,25% contabilizados em 12 meses até junho e que corrige a emenda constitucional que limita o aumento dos gastos à inflação. Vale lembrar a alta acumulada no IPCA de setembro, que registrou elevação de 10,25%. É a primeira vez que o indicador registra alta de dois dígitos desde fevereiro de 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Portanto, se o indicador continuar elevado, o governo não terá folga no teto de gastos como anteriormente previsto.

Ao contrário das estimativas no início do ano, a inflação não está cedendo no segundo semestre e não deverá ficar abaixo dos patamares da primeira metade do ano, o que é preocupante porque há vários fatores que devem contribuir para o aumento do custo de vida. Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, lembrou que, além da dispersão generalizada, o dissídio dos trabalhadores a ser concedido neste mês, em torno de 9%, deverá ajudar a pressionar a inflação. E destacou ainda que a retomada do setor de serviços, que começou também a reajustar os preços, como restaurantes e passagens aéreas, também contribui para a inflação mais alta nos próximos meses e no ano que vem.

Não à toa, as estimativas de crescimento do PIB de 2022 estão em queda livre enquanto as projeções de inflação e da taxa básica de juros (Selic) não param de subir. Diante desse cenário e do aumento das incertezas em relação à pandemia, o FMI, por exemplo, passou a prever 1,5% de crescimento no PIB de 2022, mas há projeções ainda piores, como a da MB Associados, que já prevê alta de 0,4%.

“Observamos pressões inflacionárias muito fortes, tendo o agravante de combustíveis e energia estarem pressionados. Quase tudo que utilizamos no dia a dia leva esses itens indiretamente. O ano de 2022 vai ser desafiador. Cenário externo com principais bancos centrais subindo juros no segundo semestre”, alertou o estrategista da RB Investimentos. “Ainda tem todo esse problema das indústrias desabastecidas no mundo. Vamos ter um 2022 com inflação alta no mundo e o Brasil não vai escapar dessa pressão”, acrescentou Cruz.

Correio Braziliense

Aumento da vacinação ajudaria a reduzir inflação pelo mundo, aponta FMI

A medical worker prepares a dose of the Pfizer/BioNTech vaccine against the Covid-19 in Le Marigot, northern coast of La Martinique French island, on August 30, 2021. (Photo by ALAIN JOCARD / AFP)

O FMI (Fundo Monetário Internacional) avalia que a inflação no mundo deve seguir em alta até o fim de 2021, mas arrefecer no ano que vem e retornar a níveis pré-pandemia. No entanto, o cenário segue incerto, já que a crise sanitária ainda não foi controlada, e o fundo defende que a saída para a crise atual é aumentar a vacinação.

“Desdobramentos recentes deixaram muito claro que a pandemia não vai terminar em uma parte até acabar em todas as partes”, defende o fundo, no relatório World Economic Outlook (panorama da economia mundial), divulgado nesta terça (12). O FMI recomenda que os países mais ricos ajudem os pobres a terem acesso a mais vacinas, por meio de doações, financiamentos e transferências de tecnologia.

A instituição realiza nesta semana sua reunião anual, em Washington. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, viajaram para participar do evento e ficarão alguns dias na capital dos EUA. No Brasil, o IPCA, índice oficial de inflação do país, atingiu 1,16% em setembro e acumula alta de 10,25% em 12 meses. O indicador anualizado é quase o dobro do teto da meta de inflação perseguida pelo BC, Banco Central, de 5,25%.

Para o fundo, a inflação global pode piorar se surgirem novas variantes antes de que a vacinação avance nas áreas mais pobres do planeta. Nos países desenvolvidos, cerca de 58% da população está com o ciclo vacinal completo. Em nações emergentes, esse índice está em 36%. E em países pobres, menos de 5%. No Brasil, essa taxa é de 46,5%.

Novos surtos de Covid podem dificultar a retomada econômica dos países e gerar efeitos na economia global por romperem ciclos de produção e logística. A alta da doença em países da Ásia neste ano, por exemplo, fez com que fábricas locais tivessem de ser fechadas por vários dias, levando à falta de componentes eletrônicos para a montagem de outros produtos, como carros, gerando um efeito cascata capaz de impactar a inflação em lugares muito distantes do local onde houve alta de casos e mortes.

O estudo ressalta que a inflação deve seguir forte em alguns países emergentes por reflexo da alta do preço dos alimentos, do petróleo e da perda de valor das moedas locais frente ao dólar e ao euro, o que encarece importações. E que os preços de comida tem subido em países de renda mais baixa, aumentando a fome e as dificuldades para os mais pobres.

O fundo recomenda que os gastos com saúde sigam sendo priorizados, mesmo em situações de orçamento apertado, e que os bancos centrais estejam preparados para agir rapidamente nos casos de altas súbitas de preço, mesmo que isso comprometa a recuperação de empregos.

“A alternativa de esperar pela retomada robusta do mercado de trabalho traz o risco de que a inflação cresça de um modo no qual ela se auto-alimenta, minando a credibilidade das políticas e criando mais incertezas”, alerta o fundo. O cenário de crescimento econômico menor e inflação alta gera o risco de uma estagflação global, situação em que preços sobem e os países não crescem, mesmo que os governos apliquem estímulos fiscais e monetários.

O FMI alerta que caso a Covid siga tendo impacto prolongado, o PIB global pode encolher em até US$ 5,3 trilhões nos próximos cinco anos, mas que isso pode ser evitado com o avanço da imunização. A instituição projeta que a economia global deve crescer 5,9% em 2021 e 4,9% em 2022. A previsão atual para este ano é 0,1% menor do que a feita em julho. A redução nas expectativas ocorreu por conta dos problemas nas cadeias de suprimento globais e pela piora da pandemia em países mais pobres. O fundo avalia que a recuperação global perdeu impulso no segundo trimestre de 2021.

O FMI estima que o Brasil crescerá 5,2% em 2021, mas apenas 1,5% em 2022. A projeção atual para o país em 2021 ficou 0,1 ponto percentual abaixo da do relatório de julho, e a de 2022, 0,4 ponto menor. Nos EUA, a economia deve crescer 6% este ano e 5,2% no próximo. A China deve ter alta de 8% em 2021 e 5,6% em 2022. O relatório também aponta que as mudanças climáticas podem afetar a economia, e cita como casos a seca no Brasil e os incêndios florestais nos EUA, entre outros.

Covid-19: 105 mil idosos acima de 75 anos no Brasil não tomaram dose de reforço da vacina

Ao menos 105 mil idosos a partir de 75 anos que completaram o esquema vacinal contra a Covid-19 ainda não retornaram aos postos de saúde para receber a dose de reforço, que começou a ser aplicada no dia 13 de setembro.

De acordo com o painel da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na faixa etária a partir de 80 anos, um total de 8.941 não se vacinaram e 9.622 tomaram apenas a primeira dose. O esquema completo com as duas doses foi aplicada em 55.394 pessoas e 146.309 já tomaram a dose de reforço.

Entre as pessoas de 75 a 79 anos, a estimativa é que 100% do público-alvo tenha tomado ao menos a primeira dose, sendo que 13.725 tomaram apenas a primeira dose, 49.954 tomaram as duas doses regulares e 96.414 já tomaram a dose de reforço.

Na faixa de 70 a 74 anos, a estimativa é que 8.721 pessoas não se vacinaram contra a Covid-19, 4.971 receberam apenas a primeira dose, 117.125 estão com as duas doses do imunizante e 99.340 já tomaram a dose de reforço.

Pelo escalonamento por idade, podem voltar hoje (13) aos postos para receber a dose de reforço as pessoas com 70 anos ou mais. Até sábado (16), a SMS conclui o reforço nos idosos de 67 anos.

Os trabalhadores da saúde que tomaram a segunda dose em fevereiro também podem se vacinar a partir de hoje, assim como as pessoas com alto grau de imunossupressão que tomaram a segunda dose na cidade do Rio de Janeiro até 31 de março.

O painel da SMS indica que 85,8% da população total do município receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 58,5% estão com o esquema completo. Dentro do público-alvo, a partir dos 12 anos, 99,2% receberam a primeira dose e 68,3% já tomaram as duas doses ou a dose única.

Hoje, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) entrega 308.880 doses da vacina da Pfizer aos 92 municípios do estado, destinadas à segunda aplicação do esquema vacinal.

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PCdoB realiza Congresso. Prazo para decidir federação é o das filiações

Ainda que não tenha um senador na Casa Alta para lhe representar, o PCdoB foi um dos principais articuladores da derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que permite que dois ou mais partidos se unam em uma federação. A sigla foi um das primeiras defensoras do mecanismo e a defesa dele foi ancorada em alguns argumentos. Entre eles, o de que a ferramenta seria determinante para consolidação de uma frente ampla rumo a 2022. Para o PCdoB, legenda quase centenária, que celebrou 99 anos em março, a proposta vingar era uma questão de sobrevivência. Essa semana, o partido realiza a plenária final de seu Congresso Nacional. Será na sexta-feira, no sábado e no domingo próximos. Líderes partidários, presidentes de legendas e governadores devem marcar presença através de depoimentos em vídeos. O deputado federal Silvio Costa Filho, relator do Projeto de Lei 2522/15 que institui a federação partidária, está entre as participações aguardadas. A despeito da contundente vitória política referente à federação, o PCdoB trabalha com prazo elástico para decidir com qual ou quais partidos vai federar.

Estipula-se que o deadline será o período das convenções, mesmo limite adotado por siglas como o PSB para bater o martelo. Em ambas as legendas, no entanto, há quem admita, nas coxias, que esse seria um prazo formal e que a definição sairá antes, até o prazo de filiações. No próximo final de semana, o Congresso do partido será um meio de demonstrar unidade da esquerda e amplitude desse campo, visando ao pleito do ano que vem. Como a coluna registrara ontem, não está descartado que o PCdoB possa federar com o PT, se distanciando da tendência vigente anteriormente de que se uniria, via federação, ao PSB. Socialistas e comunistas não omitem que identidade histórica entre PT e PCdoB parece aproximar mais as duas siglas, que caminhariam juntas por, no mínimo, quatro anos, incluindo a atuação legislativa. Nas hostes comunistas, no entanto, também já não se descarta uma ampla frente partidária e algumas surpresas em torno disso.

Lista de Convidados
Além do deputado Silvio Costa Filho, elogiado pela esquerda pelo relatório que apresentou sobre a federação partidária, o PCdoB também providenciou convites a outras lideranças de Pernambuco, a exemplo do governador Paulo Câmara e do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. Os convidados vão participar, por meio de vídeo, do Congresso Nacional do PCdoB, que terá formato misto, presencial e online.

Amplitude > O PSDB é dividido sobre a federação, mas Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, nutre diálogo fluído com Bruno Araújo, como mantém laços também com lideranças de diversas correntes. Da primeira posse dela, participaram nomes como Gustavo e Priscila Krause, por exemplo.

Tendência > A maioria do PCdoB, hoje, sobretudo as alas do Sul e Sudeste, dizem aliados, estaria inclinada a federar com o PT. Pernambuco estaria entre as exceções com preferência pelo PSB.

Arestas > Na recente conversa de Lula com Paulo Câmara em Brasília, a situação do Espírito Santo teria ido à mesa. O líder-mor do PT já teria deixado claro que, não necessariamente, o senador Fabiano Contarato, caso se filie ao PT, seria candidato ao Governo do Estado. Lá, o PSB tem Renato Casagrande como prioridade.

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