SDS lança programa para recuperar bicicletas roubadas em Pernambuco

A Secretaria de Defesa Social (SDS) lançou o programa Alerta Bike com o objetivo de combater o comércio ilegal, furtos e roubos de bicicletas. A iniciativa permite que cidadãos cadastrem informações sobre suas bicicletas, que poderão ser recuperadas por meio dos dados registrados no sistema.

Para se cadastrar, é necessário entrar no site do Alerta Bike e cadastre login e senha. Na sequencia, a ferramenta pedirá os dados da bicicleta como marca, modelo, tipo, aro, cor e chassi. Essa numeração pode ser encontrada, por exemplo, abaixo da caixa do movimento central, próximo à gancheira e do cubo da roda traseira, perto da braçadeira do selim, e/ou na parte frontal do quadro da bicicleta. Caso a pessoa seja furtada ou roubada, é necessário entrar no site e clicar no botão de alerta. O usuário também pode incluir uma foto ao lado do bem.

De acordo com a SDS, as informações ficarão disponíveis na plataforma de consulta dos policiais e, em uma averiguação, o policial irá checar se a bicicleta é roubada e, quando for o caso, fará a prisão do indivíduo e o resgate do veículo. Ainda segundo a pasta, caso o boletim de ocorrência não seja realizado em até 48 horas após o registro no site, automaticamente o sistema retira o sinal de alerta.

A SDS informou que de 2017 a 2020, houve um aumento de 19% nos roubos e furtos de bicicletas. Nos primeiros cinco meses deste ano de 2021, são 1.295 boletins de ocorrência indicando roubos e furtos de bicicletas. A Secretaria também comunicou que o Alerta Bike funcionará no mesmo formato do Alerta Celular, e os mesmos login e senha funcionam para os dois programas.

Em um ano, 661 mil migram para trabalho por conta própria no Brasil

Em um ano, 661 mil pessoas migraram para o trabalho por conta própria no país. Com isso, impediram um avanço ainda maior do desemprego durante a pandemia, sinalizam dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre fevereiro e abril de 2020, período inicial da crise sanitária, o Brasil tinha 23,38 milhões de trabalhadores ocupados por conta própria. Em igual trimestre de 2021, o número subiu 2,8%, para 24,04 milhões. O aumento de 661 mil pessoas vem dessa comparação.

Enquanto isso, a população ocupada com algum tipo de trabalho caiu 3,7% em termos gerais, para 85,94 milhões (menos 3,3 milhões de pessoas). Os números integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) com divulgação mensal.

“Essa forma de inserção no mercado [autônoma] tem um contingente mais elevado agora do que em abril de 2020. Observamos uma reação maior no trabalho por conta própria do que no emprego com carteira no setor privado”, analisou Adriana Beringuy, gerente da pesquisa do IBGE.

Os profissionais autônomos são divididos em dois grupos: com ou sem CNPJ. A parcela com registro formal subiu 5,9% em relação ao trimestre encerrado em abril de 2020, para 5,84 milhões (mais 327 mil). Enquanto isso, a fatia sem CNPJ, mais numerosa, avançou 1,9%, para 18,19 milhões (mais 334 mil).

Na visão de analistas, o aumento do trabalho por conta própria está relacionado, em parte, aos impactos da crise, que elevou o desemprego. Com isso, mais pessoas foram empurradas para o chamado empreendedorismo por necessidade.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego foi de 14,7% entre fevereiro e abril deste ano, permanecendo no nível recorde da série histórica iniciada em 2012. O total de desempregados foi estimado em 14,8 milhões.

“O trabalho por conta própria acaba sendo uma saída para as dificuldades do mercado de trabalho, que já estava fragilizado antes da pandemia”, pontua o economista Rodolpho Tobler, pesquisador do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

O economista Fábio Pesavento, professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) em Porto Alegre, tem opinião semelhante. Com as dificuldades da crise, diz, mais gente teve de encontrar alternativas de renda, e a internet foi uma aliada.

“O corte de empregos atingiu a economia de maneira generalizada na pandemia, obrigando o trabalhador a encontrar alternativas. Negócios por conta própria com investimento baixo, tamanho reduzido e uso da internet fazem parte das saídas construídas”, aponta Pesavento.

Analistas lembram que, antes da crise sanitária, o país também já vinha registrando alta no número de MEIs (microempreendedores individuais). Esse movimento de busca por formalização, que continuou durante a pandemia, é visto como outro ponto que ajuda a entender o avanço do trabalho por conta própria com CNPJ.

Dados do Ministério da Economia indicam que, no primeiro quadrimestre de 2021, o Brasil teve 1,1 milhão de novos registros de MEIs, alta de 30,6% em relação a igual período de 2020. A estatística considera a abertura de negócios, enquanto a pesquisa do IBGE estima se os profissionais estão de fato trabalhando (ocupados) ou não (desempregados).

Com o passar dos meses, a tendência é de que o trabalho por conta própria siga em alta, projetam analistas. A avaliação leva em conta o fato de que o mercado de trabalho ainda continua em dificuldades para absorver a mão de obra desempregada. Além disso, o auxílio emergencial, que beneficiou informais, foi reduzido neste ano, o que pode levar mais gente de volta ao mercado autônomo.

“O cenário para o mercado de trabalho ainda é muito desafiador”, descreve Tobler.

Analistas sublinham que a reação do emprego depende inicialmente do avanço da vacinação contra a Covid-19. É que a imunização pode diminuir restrições e permitir retomada mais segura de atividades econômicas, com destaque para o setor de serviços, o maior empregador do país.

Esse segmento foi atingido em cheio por restrições na pandemia, já que reúne empresas com dependência da circulação de consumidores. Entre elas, estão bares, restaurantes e hotéis.

“Muitas empresas estão em compasso de espera. O que aconteceu com o mercado de trabalho na pandemia foi uma tragédia. É evidente: isso não se resolve em pouco tempo”, diz o economista Hélio Zylberstajn, professor sênior da FEA-USP e coordenador do Projeto Salariômetro.

“A vacina é a primeira questão. É condição absolutamente necessária. Mas o mercado de trabalho dependerá ainda dos investimentos [na economia]”, acrescenta.

Pesavento também destaca a importância da vacinação para a retomada. Contudo, vê riscos adicionais à recuperação vindos da turbulência política que envolve o governo federal e o cenário para as eleições de 2022.

Folhapress

Pazuello tentou demitir suspeito de pedir propina em 2020, mas Bolsonaro manteve diretor por pressão

O general Eduardo Pazuello pediu a demissão de Roberto Ferreira Dias da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde em outubro do ano passado, quando ainda comandava a pasta. Mas, por pressão política, o presidente Jair Bolsonaro barrou a exoneração.

A informação foi divulgada pela rádio CBN e confirmada pela Folha de S. Paulo com fontes da Saúde.

O despacho chegou a ser enviado para a Casa Civil, mas, de acordo com auxiliares de Bolsonaro na Saúde e no Palácio do Planalto, o ato foi brecado por Bolsonaro depois de o então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), interceder.

Pessoas próximas a Alcolumbre negam que o senador tenha protegido Dias, mas, procurado, o senador não quis se manifestar.

Roberto Dias acabou exonerado na terça-feira (29), depois que a Folha de S.Paulo revelou que o representante de uma vendedora de vacinas afirmou ter recebido dele pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato para compra de imunizante da AstraZeneca.

A exoneração de Dias foi publicada no “Diário Oficial da União” de quarta-feira (30).

O nome do diretor exonerado já havia sido citado em entrevista à Folha de S.Paulo pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) que, com o irmão Luis Ricardo Miranda, chefe do departamento de importação do Ministério da Saúde, denunciou suspeita de irregularidade no contrato de compra da vacina Covaxin.

Segundo o deputado, Dias era quem dava as cartas na Saúde.

“Eu acho assim, nada ali acontece se o Roberto não quiser. Tudo o que aconteceu, inclusive a pressão sobre o meu irmão, é sob a aprovação dele. Sem ele, ninguém faz nada. Isso é uma das únicas certezas que tenho”, afirmou o Luis Miranda na entrevista.

A suspeita sobre a compra de vacinas veio à tona em torno da compra da vacina indiana Covaxin, quando a Folha de S.Paulo revelou no dia 18 de junho o teor do depoimento sigiloso de Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, que relatou pressão “atípica” para liberar a importação da Covaxin. Desde então, o caso virou prioridade da CPI da Covid no Senado.

Na terça-feira, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse à Folha que Dias cobrou a propina em um jantar no dia 25 de fevereiro, em Brasília.

A empresa Davati buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com uma proposta feita de US$ 3,5 por cada (depois disso passou a US$ 15,5).

Na quarta-feira, a Folha de S.Paulo revelou que emails que mostram que o Ministério da Saúde negociou oficialmente venda de vacinas com representantes da Davati Medical Supply.

As mensagens da negociação foram trocadas entre Roberto Ferreira Dias, Herman Cardenas, que aparece como CEO da empresa, e Cristiano Alberto Carvalho, que se apresenta como procurador dela.

As suspeitas sobre irregularidades na contratação de vacinas têm preocupado servidores da Saúde, que, com receio de terem seus nomes envolvidos em escândalos, passaram a analisar cada vírgula de documentos que assinam.

Auxiliares de Jair Bolsonaro discutem nos bastidores como blindar o presidente das recentes denúncias contra o seu governo em relação a contratos de vacinação. As crises constantes têm atingido uma de suas bandeiras eleitorais de que não haveria irregularidades em sua gestão.

Nesta quarta-feira (30), Bolsonaro ignorou a denúncia de oferta de propina na compra de vacina e afirmou que mentiras não vão tirá-lo do Palácio do Planalto, referindo-se ainda à CPI da Covid no Senado como “CPI de bandidos”.

“Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui. Temos uma missão pela frente: conduzir o destino da nossa nação e zelar pelo bem-estar e pelo progresso do nosso povo”, disse em discurso de improviso durante visita a Ponta Porã (MS).

Reservadamente, assessores presidenciais criticam a demora do Planalto em reagir a turbulências, sobretudo as que envolvem a CPI da Covid no Senado. A queda de Roberto Ferreira Dias da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde é um exemplo.

Desgastado nas últimas semanas em razão das suspeitas em torno da compra da vacina indiana Covaxin, ele só foi exonerado após o representante de uma vendedora de vacinas afirmar à Folha que recebeu dele pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato.

O mesmo tem ocorrido em relação ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apontado como um dos fiadores da indicação de Dias. Bolsonaro resiste em tirá-lo do posto, à espera de que o próprio deputado abra mão.

Diante do agravamento da crise envolvendo a compra das vacinas, o presidente passou a evitar até mesmo seus apoiadores, que às vezes o colocam em saia-justa com perguntas delicadas. Desde terça-feira (29), os eleitores bolsonaristas não estão sendo autorizados a entrar no Palácio da Alvorada.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro sofre pressão no Congresso. Em um aceno no dia em que um superpedido de impeachment contra ele foi protocolado na Câmara, o presidente agradeceu a parceria na aprovação de projetos a quem chamou de “amigos do Poder Leegislativo”.

Folhapress

Senac oferece oportunidade de aprendizado no mês de julho

Que tal começar o segundo semestre desenvolvendo habilidades para dar um up na sua carreira profissional? O Senac tem turmas com matrículas abertas nas áreas de Saúde, Moda e Beleza em Caruaru. Os interessados podem fazer as inscrições pelo site https://www.pe.senac.br/unidades/caruaru/ ou entrar em contato com a unidade pelos telefones (81) 3727.8259/8260.

Para quem procura qualificação profissional no setor de Beleza, há o curso de Barbeiro. São quase três meses de aula à noite, com unidades curriculares que trarão noções completas de cuidados com a higienização das barbas e cabelos dos clientes, além de colorimetria, penteados e técnicas de corte e visagismo. A programação também tem foco no empreendedorismo, com a preparação dos alunos para a criação e gestão dos próprios negócios. Outra opção, de curta duração, para uma entrada mais rápida no mercado de trabalho, é o curso de Unhas de Gel, com encontros em julho no turno da tarde.

Na área de Moda tem o curso de qualificação profissional para Modelista. São mais de 200 horas de aula, e os encontros só terminam em outubro. O conteúdo tem estímulo à criatividade nos projetos e modelagens de peças, com foco na ergonomia e vestibilidade. E tem os de aperfeiçoamento de Modelagem em Malha e de Styling e Produção de Moda, mais curtos.

Saúde e bem-estar – O Senac em Caruaru também conta com opções de cursos nas áreas de Saúde e Bem-estar. Para quem busca uma formação de longa duração em uma área em ascensão, a opção é o Técnico em Enfermagem. Ao concluir, o profissional presta assistência a indivíduos e grupos sociais, atuando na educação, promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos processos saúde-doença, nos diferentes graus de complexidade do ambiente e gravidade dos clientes nos diversos serviços de saúde.

O Técnico em Enfermagem formado pelo Senac tem como pilares de sua atuação profissional a humanização na assistência em saúde, a segurança do paciente e a postura profissional. Entre as opções mais curtas e voltadas para quem já atua no mercado e deseja aprimorar o atendimento e o bem-estar de clientes e pacientes ou oferecer novos serviços, há os cursos de aperfeiçoamento: Atendimento Humanizado na Assistência à Saúde, Vetosaterapia e Moxabustão e Pedras Quentes e Pindas.

Serviço

Cursos no Senac

Informações e matrículas

https://www.pe.senac.br/unidades/caruaru/

Senac em Caruaru

Unidade de Educação Profissional de Caruaru

Avenida Maria José Lyra, 140. Indianópolis. Caruaru

Fones para contato: 37278259 / 8260

Beleza

Barbeiro – 172h

05.07 a 14.10.2021 – Seg a Sex – 19h às 22h

Investimento: R$ 1460,00

Unhas de Gel – 28h

05 a 13.07.2021 – Seg a Sex – 13h30 às 17h30

Investimento: R$ 580,00

Moda

Modelagem em Malha – 30h

05 a 14.07.2021 – Seg a Sex – 13h às 17h

Investimento: R$ 200,00

Modelista – 210h

26.07 a 14.10.2021 – Ter a Sex – 13h às 17h

Investimento: R$ 1500,00

Styling e Produção de Moda – 45h

05 a 23.07.2021 – Seg a Sex – 14h às 17h

Investimento: R$ 450,00

Saúde

Atendimento Humanizado na Assistência à Saúde – 15h

12 a 16.07.2021 – Seg a Sex – 9h às 12h

Investimento: R$ 70,00

Pedras quentes e pindas – 32h

26.07 a 11.08.2021 – Seg a Quin – 19h às 22h

Investimento: R$ 300,00

Técnico em Enfermagem – 1700h

05.07.2021 a 12.03.2024 – Seg a Sex – 18h às 22h

Investimento: R$ 9750,03

Vetosaterapia e Moxabustão – 24h

07 a 16.07.2021 – Seg a Sex – 19h às 22h

Investimento: R$325,00

Escola de Governo possibilita a servidores vários descontos nos preços de graduações

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração, mantém em execução o projeto Escola de Governo, que tem como objetivo intensificar a qualificação profissional de seus servidores. Para isso, permanece desenvolvendo o Programa de Formação e Qualificação Continuada (PFQC), destinado à realização de capacitações e cursos gratuitos voltados para as mais variadas áreas, bem como ainda garante descontos nos preços de mensalidades em instituições de ensino conveniadas.

Os servidores municipais que aderirem ao Escola de Governo poderão obter reduções nos valores das parcelas mensais de mestrados, pós-graduação, graduação, além de cursos técnicos nos formatos presencial e EAD. Não há distinção em relação ao programa, ou seja, podem adotá-lo os efetivados, comissionados e contratados.

Confira abaixo, os descontos praticados pelas instituições conveniadas.

Unifavip: 15% (graduação).

Asces/Unita: 20% (graduação) e 25% (pós-graduação).

Unyleya: até 58% (pós-graduação) e 62% (graduação).

Unipê: 30% (graduação e pós-graduação).

Cesar School: 20% (mestrado, especialização e extensão presencial).

Uniasselvi: 30% (graduação).

Nova Roma: 30% (graduação) e 23% (pós-graduação).

Faculdade Novo Horizonte: até 50% (graduação e pós-graduação).

Interessados acessar o site: http://escoladegoverno.caruaru.pe.gov.br/. Dúvidas sobre o Escola de Governo podem ser retiradas pelo e-mail escoladegoverno.caruaru@gmail.com e telefone: (81) 3721-8507/Ramal: 209.

Durante confusão, filho mata o próprio pai no Agreste

Um filho matou o próprio pai, na manhã de ontem (29), no Sítio Lagoa Grande,  em Bom Conselho, no Agreste do Estado.

De acordo com as primeiras informações levantadas sobre o caso, o suspeito Anderson dos Santos Lins, de 22 anos, teria se desentendido com a vítima José Adriano Souza Lins, de 42, e aplicado vários golpes de pau e de faca.

Após o crime, Anderson se entregou à polícia confessando o homicídio. Após o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, o corpo da vítima foi encaminhado ao IML de Caruaru.

Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas

O nível de ocupação no país fechou o trimestre móvel encerrado em abril em 48,5%, ficando abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado. Ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. O menor nível foi verificado no trimestre encerrado em julho de 2020, quando o nível ficou em 47,1%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação está em 14,7%, com um total de 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país.

De acordo com a analista da pesquisa Adriana Beringuy, na comparação com o trimestre terminado em abril de 2020, quando a Pnad Contínua observou os primeiros efeitos da pandemia, o mercado de trabalho ainda registra perdas na ocupação, mas a queda ocorre num ritmo menor.

“Ainda registramos perdas importantes da população ocupada, de 3,7%, mas já tivemos percentuais maiores, que chegaram a 12% no auge da pandemia. Estamos observando, portanto, uma redução no ritmo de perdas a cada trimestre. No computo geral, contudo, temos menos 3,3 milhões de pessoas trabalhando desde o início da pandemia”, disse a analista.

A maioria dos indicadores da pesquisa ficaram estáveis no trimestre de fevereiro a abril, na comparação com o período de novembro a janeiro. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somavam 29,6 milhões, apresentando estabilidade no trimestre, mas na comparação anual houve queda de 8,1%, o que representa menos 2,6 milhões de pessoas, como destaca a analista.

“A carteira de trabalho está operando na estabilidade há um bom tempo, mas a categoria perdeu muito ao longo da pandemia. Já o emprego sem carteira no setor privado teve uma retração gigantesca no início da pandemia, caindo para 8,7 milhões em julho do ano passado e agora recuperou para 9,8 milhões. Ainda longe do recorde de outubro de 2019, quando havia 11,8 milhões de trabalhadores sem carteira”, disse Adriana Beringuy.

Informalidade
A redução do trabalho sem carteira em relação ao mesmo trimestre de 2020 foi de 3,7%, com menos 374 mil pessoas. Beringui aponta que entre as categorias profissionais, apenas os trabalhadores por conta própria aumentaram. O crescimento foi de 2,3%, ou mais 537 mil pessoas, totalizando 24 milhões de pessoas nesse que é um dos principais segmentos da informalidade.

“Essa forma de inserção no mercado tem um contingente mais elevado agora do que em abril de 2020. O montante já se aproxima do recorde dessa série, que foi no trimestre encerrado em janeiro do ano passado. Após sucessivas perdas anuais, teve uma recuperação de 2,8% no confronto anual e é a modalidade que mais vem recuperando trabalhadores nos últimos meses, com três trimestres consecutivos de recuperação. No trimestre foi 2,3% de crescimento”, disse a analista.

A taxa de informalidade ficou em 39,8%, com 34,2 milhões de trabalhadores informais, o que representa uma recuperação depois do menor nível, registrado em 37,4% em julho do ano passado. O recorde da informalidade ocorreu em outubro de 2019, com 41,3% ou 38,8 milhões de pessoas.

O grupo de trabalhadores informais inclui os sem carteira assinada no setor privado ou domésticos, por conta própria, empregadores sem CNPJ e os trabalhadores sem remuneração.

As trabalhadoras domésticas foram estimadas em 5 milhões, uma redução de 10,4%, ou menos 572 mil pessoas, frente ao mesmo trimestre do ano anterior. O número de empregados do setor público se manteve estável em 11,8 milhões.

O número de empregadores com CNPJ manteve o recorde de menor contingente da série histórica, iniciada no quarto trimestre de 2015, somando 3,1 milhões de empresas com funcionários.

Subutilização
A Pnad Contínua registrou alta de 2,7% no total de pessoas subutilizadas, chegando a 29,7% da população. Com mais 872 mil, são agora 33,3 milhões pessoas nessa situação, o maior contingente da série comparável.

“Houve um crescimento de 0,7 ponto percentual, são 33,3 milhões de pessoas. O indicador computa o clássico desocupado, os que embora estejam ocupados estão trabalhando menos horas do que gostaria e a força de trabalho potencial, que são aquelas pessoas que não estão exercendo pressão efetiva no mercado, não estão trabalhando nem procurando, mas estão disponíveis para assumir um trabalho caso surja a oportunidade. A taxa está subindo, já que há uma busca por crescimento do rendimento, isso é uma capacidade ociosa dos trabalhadores”, avalia Beringuy.

Os desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 6 milhões de pessoas, número estável em relação ao trimestre anterior, se mantendo no maior patamar da série.

Setores e rendimento
O setor do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas reduziu em 2,3% o número de pessoas empregadas, com menos 373 mil no trimestre encerrado em abril, frente ao encerrado em janeiro. Houve aumento da ocupação apenas no grupo agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que subiu 6,5%, ou mais 532 mil pessoas.

Na comparação anual, a ocupação na indústria geral caiu 4,3%, no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas a queda foi de 6,7%, em transporte, armazenagem e correio a ocupação diminuiu 8,3%, o setor de alojamento e alimentação reduziu 17,7% outros serviços diminuíram 13,9%.

O rendimento médio real dos trabalhadores ficou estável, na comparação trimestral, em R$ 2.532. A massa de rendimento real também ficou estável, somando R$ 212,3 bilhões.

Agência Brasil

Caixa encerra hoje pagamento do abono salarial

A Caixa encerra hoje (30) o pagamento do abono salarial do calendário 2020-2021, ano-base 2019. Os trabalhadores que atendem aos critérios para recebimento do benefício têm até esta data para saque dos valores nos canais disponibilizados pelo banco.

Para saber se tem direito ao benefício, o trabalhador pode realizar consulta por meio do aplicativo Caixa Trabalhador, pela central de atendimento ao trabalhador: 0800-726-0207, ou pelo site.

Segundo a Caixa foram disponibilizados 22,2 milhões de benefícios do ano-base 2019. De acordo com a Resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) nº 838, de 24 de setembro de 2019, fica assegurado ao trabalhador o direito ao abono salarial pelo prazo de cinco anos. Desta forma, os benefícios não sacados até 30 de junho de 2021 serão novamente disponibilizados para pagamento, nos calendários dos exercícios seguintes, até que se complete o prazo determinado.

A movimentação da conta Poupança Social Digital é realizada pelo aplicativo Caixa Tem, por meio do qual podem ser realizadas consultas de saldos e extratos, pagamentos de contas e boletos, transferências e compras na internet utilizando o cartão de débito virtual, gerado gratuitamente no próprio aplicativo. O Caixa Tem também permite compras no comércio por meio de um QR Code gerado pelo lojista na própria maquininha.

Como sacar
Trabalhadores que têm conta na Caixa (conta corrente ou poupança individual, com saldo e movimentação) recebem o crédito direto na conta e poderão movimentar os valores com a utilização do cartão da conta ou ainda pelo Internet Banking Caixa, pelo celular ou computador.
Para quem não possui conta na Caixa, foram abertas, de forma automática e gratuita, a Conta Poupança Social Digital, movimentada pelo Caixa Tem.

Nos casos em que o valor do abono salarial não possa ser creditado em conta existente ou em Conta Poupança Social Digital, o trabalhador poderá realizar o saque com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui, bem como nas agências. Caso o trabalhador não tenha o Cartão do Cidadão, o valor do benefício pode ser recebido em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento oficial de identificação.

Abono salarial
Instituído pela Lei nº 7.998/90, o abono salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo, a ser pago aos trabalhadores conforme os requisitos previstos na lei. O pagamento é realizado conforme calendário anual estabelecido pelo Codefat. A Caixa é responsável pelo pagamento do abono salarial aos trabalhadores cadastrados no PIS, vinculados a entidades e empresas privadas. Já os trabalhadores do setor público têm inscrição Pasep e recebem o benefício no Banco do Brasil.

Quem tem direito
Para ter direito ao abono salarial, o trabalhador precisa: estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos; ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base; ter exercido atividade remunerada para pessoa jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; ter seus dados informados pelo empregador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais)/eSocial.

Próximo calendário
De acordo com a Resolução do Codefat nº 896, de 23 de março de 2021, os valores do pagamento do abono salarial, que tradicionalmente eram liberados no período de julho a junho do ano seguinte, passarão a ser pagos de janeiro a dezembro de cada exercício, com base nas informações prestadas pelos empregadores no ano anterior. Com essa alteração, o calendário 2022, ano-base 2020, terá início previsto para janeiro de 2022.

Estudos avaliam vantagens de maior intervalo da vacina AstraZeneca

O Ministério da Saúde distribuiu até agora cerca de 130 milhões de doses de quatro tipos de vacina contra covid-19 para todo o país. Quase metade é do imunizante desenvolvido pela universidade inglesa de Oxford com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e fabricado no Brasil pela Fiocruz.

Inicialmente, o intervalo entre as duas doses dessa vacina era de quatro semanas. Logo depois aumentou para três meses. Agora, os pesquisadores de Oxford indicam que pode ser mais vantajoso tomar a segunda dose 11 meses depois da primeira. Os dados preliminares mostram que esse intervalo maior pode aumentar a resposta imunológica até 18 vezes.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, comentou sobre a possibilidade de ampliar o intervalo entre as doses e destacou a importância dos estudos, mas que é preciso tomar a segunda dose no tempo estabelecido.

Ele disse que “em países mais pobres a imunização é feita com vários tipos de doações.” Frisou que é preciso respeitar a data da segunda dose anunciada no cartão de vacinação.

Ou seja, apesar das pesquisas, ainda é preciso – e muito importante – tomar a segunda dose da vacina na data indicada no cartão de vacinação. Outros estudos também são conduzidos, por exemplo, para avaliar a possibilidade de concluir o esquema vacinal com uma dose, no caso da Janssen, ou com duas doses nas demais vacinas, e, depois, tomar a terceira dose como reforço. Essa dose poderia ser da mesma vacina ou de outro imunizante.

Intercâmbio de vacinas
Os pesquisadores também testam o que chamam de intercâmbio de vacinas, para aproveitar as diferentes respostas imunológicas provocadas por cada imunizante. Em Oxford, o teste é com a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer.

Renato Kfouri destacou que, entre os motivos para pesquisas desse tipo, está a vacinação em países mais pobres, que receberão doações de diferentes tipos de imunizante.

É o caso da cidade do Rio de Janeiro. Desde ontem, as gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca vão receber a segunda da Pfizer. No dia 12 de maio, o Ministério da Saúde decidiu que as grávidas não devem ser vacinadas com a AstraZeneca, devido ao risco de reações adversas.

Vale destacar que as pesquisas conduzidas pela Universidade de Oxford estão em fase inicial. São estudos de segurança e resposta imunológica, e ainda não têm dados sobre eficácia.

Agência Brasil

Profissionais de Enfermagem realizam protestos em PE

Na manhã desta quarta-feira (30), os auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros de Pernambuco aderem a uma paralisação nacional da categoria pela aprovação do Projeto de Lei 2564/2020, que estabelece o piso salarial nacional e jornada laboral de 30 horas semanais para todos os profissionais da enfermagem.

No Recife, os trabalhadores realizam uma carreata cuja concentração começou em frente ao Chevrolet Hall, em Olinda, e segue até a sede da Secretaria Estadual de Administração (SAD), no bairro do Pina, Zona Sul da capital pernambucana. Lá, representantes que compõem o Fórum das Entidades da Enfermagem de Pernambuco pretendem entregar o um documento solicitando a negociação de pautas como reajuste salarial, insalubridade em grau máximo (40%) e fim do 11º plantão.

A mesma ação também está sendo realizada nos municípios de Caruaru (no Vera Cruz) e Garanhuns (na Praça Mestre Dominguinhos, desde 8h), no Agreste, além de Arcoverde (Praça Bandeirante, desde 8h) e Petrolina (na Porta do Rio, desde 8h), no Sertão do estado.

A categoria se queixa que a gestão estadual não dialoga com os sindicatos. “O senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Bolsonaro, se nega a apoiar o PL, aceitando a pressão dos prefeitos e do setor privado que afirmam que o impacto econômico torna inviável a aprovação da matéria. No entanto, a inclusão destes profissionais no orçamento público será uma decisão política do governo que pode encontrar mecanismos para a sua viabilidade”, afirmou o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert.

“Os trabalhadores da enfermagem de nível médio do Estado, que estão há mais de 10 anos sem reajuste salarial, têm uma das piores remunerações do Brasil. O piso salarial é de R$ 774, menor que o salário mínimo”, acrescenta Herbert.

O Fórum é composto pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE), Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE), Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (COREN-PE) e Associação Brasileira de Enfermagem – seção PE (ABEN).

Nacionalmente, o objetivo da mobilização, é pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), responsável pela tramitação do projeto na casa. Nesse sentido, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-pe), Gilmar Júnior, afirmou que na terça-feira (29), Pacheco se reuniu com o conselho informando que entregará uma proposta alternativa ao texto original do PL. “Essa proposta vai ser apreciada pelo fórum nacional das entidades de enfermagem, que vai submeter essa proposta à grande comunidade de enfermagem por algum meio eletrônico, e a comunidade vai poder opinar”.