Sebrae elabora orientações para fortalecer o setor de artesanato durante a pandemia da Covid-19

Brasília – Joelma Freitas, artesã do Rio Grande do Norte, participa do 9º Salão do Artesanato. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Artesãos de todo o Brasil sentiram os impactos nas vendas devido as portas fechadas dos comércios por conta da pandemia. Segundo pesquisa do Sebrae, o artesanato foi um dos segmentos que teve perda brusca no faturamento mensal, aproximadamente 68% na queda do lucro dos pequenos empresários. Cristina Lauterman é artesã e microempreendedora na cidade de Anchieta, no interior do Espírito Santo. Ela conta que mesmo tomando os cuidados necessários, a procura por artesanato caiu e só agora começaram a aparecer clientes.

“Durante esse período da pandemia nós estamos recebendo poucas pessoas. Nossa cidade sobrevive do turismo. No final do ano, optei por não abrir o ateliê. Agora que estou voltando a trabalhar”, explicou Lauterman.

Com o objetivo de ajudar os donos de pequenos negócios a conseguir uma rápida e segura reabertura das atividades de artesanato, o Sebrae preparou materiais com dicas e orientações sobre quais as melhores formas de cuidado a adotar. São medidas simples, elaboradas de acordo com materiais oficiais de segurança sanitária como explica Durcelice Mascêne, analista e coordenadora de Projetos Artesanato do Sebrae Nacional.

“Que os artesãos se atentem sempre a usar as máscaras, lavar as mãos e fazer uso do álcool em gel. Quanto ao manuseio das peças, que elas sejam desinfetadas com álcool. Também é importante fazer toda a higienização no momento da embalagem do produto”, disse a analista do Sebrae.

Além disso, o Sebrae orienta para os pequenos produtores e artesãos que passem a utilizar as redes sociais e outros métodos digitais de exposição de suas peças. Desta forma, é possível mostrar seu trabalho para mais pessoas mesmo sem o contato físico presencial. Para mais informações sobre esses e outros setores acesse: www.sebrae.com.br/cuidados.

Brasil 61

Prefeitura de Caruaru convoca mais aprovados em processo seletivo

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração, está convocando os trabalhadores aprovados no processo seletivo, iniciado no último mês de fevereiro, para algumas funções vinculadas à pasta. Os nomes dos aprovados foram publicados no Diário Oficial de Caruaru, desta sexta-feira (19), e também se encontram disponíveis para conferência no site: https://www.selecoes.caruaru.pe.gov.br/

No portal, os interessados devem clicar no link “SAD 2021 – Nível Médio e Fundamental – e, em seguida, nas listas de convocações. Nas mais recentes, constam os nomes e as datas de apresentações das documentações dos selecionados para as funções de porteiro (diurno e noturno), auxiliar de serviços gerais, além de fiscal municipal.

Os trabalhadores convocados deverão comparecer na Secretaria de Administração, que fica localizada na Praça Pedro de Souza, nº30, 2º andar, no Centro, nas datas e horários determinados pela pasta. A SAD reforça que o não comparecimento por parte dos selecionados configurará na desistência dos mesmos.

Eles deverão se apresentar na secretaria movidos dos seguintes documentos (originais e cópias): documento de identificação oficial, com data da expedição; CPF; número do PIS ou Pasep; certidão de quitação eleitoral emitido pelo Tribunal Superior Eleitoral; quitação do serviço militar, se do sexo masculino; carteira Profissional – CTPS (página da foto frente e verso e a página da qualificação civil); comprovante de residência; uma foto 3×4 recente; todas as comprovações de requisitos informadas por ocasião da inscrição, além da declaração de não acumulação de vínculo.

Karl é regularizado e deve estrear pelo Santa Cruz contra o CSA; confira o provável time

O técnico João Brigatti ganhou mais uma opção para armar o time titular do Santa Cruz. Oitava contratação para a temporada, o volante Karl foi regularizado nesta sexta-feira e está à disposição do treinador para estrear. Como vinha jogando o Campeonato Gaúcho pelo São José-RS e está bem fisicamente, o jogador deve ser relacionado e tem chances de ser titular contra o CSA, nesta sábado, no Arruda, pela Copa do Nordeste.

Karl foi anunciado pelo Santa Cruz nesta quinta-feira e já participou do treinamento junto com o elenco na manhã desta sexta-feira, no Arruda. O jogador chega para suprir a vaga deixada pelo volante Paulinho, dispensado do clube na semana passada. Como Elicarlos está em isolamento se recuperando da Covid-19, o novo reforço tricolor briga por uma posição com os pratas da casa Ítalo Henrique e Caetano.

Além de Elicarlos, o Santa Cruz tem outros cinco desfalques para enfrentar o CSA. O zagueiro Danny Morais, o lateral esquerdo Leonan e o meia Marcos Vinícius se recuperam de lesões musculares no departamento médico. Já o meia-atacante Jean Quiñonez continua em observação no hospital depois de ter um quadro de convulsão. Por fim, o goleiro Martín Rodríguez também está em isolamento, se recuperando da Covid-19.

Para o confronto contra o CSA, depois de se recuperar de uma lesão na coxa direita, o atacante Madson deve estrear pelo Santa Cruz. Dessa maneira, o técnico João Brigatti deve escalar o seguinte time: Jordan; Augusto Potiguar, Willian Alves, Célio Santos e Alan Cardoso; Ítalo Henrique (Karl), Caetano e Chiquinho; Madson, Pipico e Léo Gaúcho.

Presidente do Senado envia carta aos EUA pedindo vacinas contra a Covid-19

O Senado entrou em ação para tentar aumentar o estoque de vacinas contra o Covid-19 no Brasil. O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) escreveu uma carta à senadora e vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, pedindo colaboração bilateral. O documento foi protocolado na Embaixada dos EUA pela senadora Kátia Abreu (PP-TO). A intenção é convencer autoridades daquele país a conceder uma “autorização especial para a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem previsão de utilização”.

Não é a primeira vez que um representante de Poder que não o chefe do Executivo age para tentar garantir, em nome do governo federal, mais imunizantes à população brasileira. Em 20 de janeiro, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), procurou o embaixador da China, Yang Wanming, para tentar garantir que a nação asiática mandasse insumos para fabricação do medicamento por aqui, após membros do governo e até um dos filhos do presidente atacarem o embaixador e o maior parceiro comercial do Brasil.

No último dia 9, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), renovou o pedido de ajuda ao governo chinês. Em uma correspondência enviada ao embaixador Wanming, exortou um “um olhar amigo, humano, solidário” em relação ao Brasil. “Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros, brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola”, escreveu Lira, na tentativa de superar qualquer mal-estar diplomático entre as duas nações.

Em relação aos Estados Unidos, Jair Bolsonaro foi um dos últimos líderes a cumprimentar o democrata Joe Biden por sua vitória sobre o antecessor, Donald Trump, na corrida à Casa Branca. O mandatário brasileiro apoiava sem reservas o candidato republicano. Na carta enviada ao governo norte-americano, Rodrigo Pacheco lembra que o Brasil e os EUA são as duas nações mais atingidos pela pandemia, “somados, nossos países totalizam até a presente data mais de 40 milhões de casos e 800 mil mortes”, e admite que, com o fim do governo Trump, o combate por lá ganhou eficiência.

Risco para o hemisfério

“Também o Brasil está à busca de soluções que permitam conter o avanço da pandemia e reconduzir o País à normalidade. Tendo acompanhado a provação por que tantos cidadãos americanos passaram nos últimos meses, Vossa Excelência poderá bem avaliar a angústia e o sofrimento das famílias brasileiras diante do recente recrudescimento da pandemia. Suponho, ainda, que já estará inteirada do risco que o rápido avanço do vírus no Brasil representa para todo o hemisfério ocidental. Nossas melhores defesas contra a propagação da doença e o surgimento de novas variantes são a cooperação internacional e a vacinação em massa de nossas populações”, escreveu Pacheco.

Vale lembrar que Bolsonaro fez campanha contra a vacinação em diversas ocasiões e perdeu oportunidades de engrossar o estoque de imunizantes no país. A senadora Kátia Abreu, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, destacou que a carta é uma forma de a Casa colaborar com o combate à pandemia. “O Senado da República está se movimentando para ajudar o Brasil a enfrentar esta pandemia. O governo não é só Executivo. O governo é Executivo, é Legislativo e Judiciário. E a questão principal neste momento é unir forças em favor do povo brasileiro. E convém fazer mais do que tem sido feito”, disse.

Pandemia motiva Volkswagem a suspender produção no Brasil

A montadora alemã Volkswagen anunciou hoje (19) a suspensão de atividades relacionadas à produção. A decisão atinge as fábricas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). A suspensão, segundo a montadora, será até o dia 4 de abril. Nas fábricas, apenas atividades essenciais serão mantidas. Funcionários da área administrativa trabalharão em regime de home office.

O motivo, segundo a montadora, é o crescente número de casos de Covid-19 no país e a crise nos leitos de UTI. “Com o agravamento do número de casos da pandemia e o aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos estados brasileiros, a empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares. Nas fábricas, só serão mantidas atividades essenciais. Os empregados da área administrativa atuarão em trabalho remoto. A medida foi tomada em conjunto com os Sindicatos locais.”

O Brasil tem batido recordes diários de mortes e contaminações por Covid-19. Governadores de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal determinaram medidas restritivas como toques de recolher e fechamento do comércio. O país se aproxima da marca de 300 mil mortes e 11,8 milhões de contaminações.

Correio Braziliense

Ciro Gomes é investigado pela Polícia Federal após críticas a Bolsonaro

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) virou alvo da Polícia Federal (PF) após tecer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um inquérito foi instaurado pela instituição, que investiga uma suposta prática de crime contra a honra. O documento foi assinado pelo próprio Bolsonaro e conduzido posteriormente pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

De acordo com o periódico, o inquérito cita uma entrevista concedida por Ciro Gomes, em novembro do ano passado, à “Rádio Tupinambá”, de Sobral/CE.

Na ocasião, Ciro chamou Bolsonaro de “ladrão” e citou o caso da “rachadinha”, no qual o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), está sendo investigado.

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sergio Moro, também foi citado durante a entrevista.

“Qual foi o serviço do Moro no combate à corrupção? Passar pano e acobertar a ladroeira do Bolsonaro. Por exemplo, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que descobriu R$ 89 mil desse (Fabrício, ex-assessor de Flávio Bolsonaro) Queiroz, que foi preso e é ladrão, ladrão pra valer, ligado às milícias do Rio de Janeiro. E onde estava o senhor Sergio Moro? Acobertando”, disse Ciro, na época.

Ao Estado de S. Paulo, Ciro disse que foi informado do inquérito há 10 dias e que está “pouco ligando” para as investigações.

O caso está nas mãos da Justiça Federal do Distrito Federal.

Estado de Minas

Expectativa de alta do desemprego é a maior em 26 anos, segundo Datafolha

Quase 80% dos brasileiros dizem que o desemprego vai aumentar nos próximos meses, segundo pesquisa Datafolha.
Para 79% dos entrevistados, a expectativa é de piora. Para outros 10%, a taxa vai ficar como está. Para 10%, vai diminuir.
Esse é o pior resultado registrado nas pesquisas Datafolha, considerando a série histórica iniciada em 1995 para essa pergunta, no governo FHC.

O pior resultado até então eram os 76% de respostas negativas na pesquisa realizada em novembro de 2015, quando o país estava em uma das piores recessões da história.

A pesquisa telefônica Datafolha foi realizada nos dias 15 e 16 de março de 2021, com 2.023 brasileiros em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

O pessimismo com o desemprego é maior entre homens (81%) do que entre mulheres (78%); no Sudeste (82%) e Sul (80%) do que no Norte/Centro-Oeste (74%); nas regiões metropolitanas (83%) do que no interior (77%); entre os com ensino superior (85%) do que naqueles com ensino fundamental (72%).

Funcionários públicos, apesar de terem estabilidade, estão entre os que mais avaliam que o desemprego geral vai subir (84%). O percentual também é alto entre estudantes, assalariados com registro e empresários (todos com 82%). Entre pessoas já desempregadas, o percentual é de 77%.

Entre as pessoas que estão vivendo sem isolamento, 88% esperam aumento do desemprego, ante 80% entre os que saem, mas tomando cuidados, e 78% entre os que só saem quando é inevitável.

Fica em 78% entre as pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos e sobe para 84% entre os com renda superior a dez salários.

Entre aqueles que acham que o desemprego vai cair, os maiores percentuais estão entre moradores do Nordeste, Norte e Centro-Oeste (13%); pessoas com ensino fundamental (16%); desempregados (14%), aqueles que dizem não ter medo do coronavírus (16%) e/ou que avaliam o presidente como ótimo/bom (12%).

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no quarto trimestre de 2020, a taxa de desemprego no país foi de 13,9%, a maior para o período de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2002.

Em termos absolutos, o número de brasileiros em busca de uma vaga chegou à média de 13,4 milhões em 2020, 840 mil a mais do que o observado em 2019 e a maior marca da série histórica da Pnad.

A população ocupada chegou a 86,1 milhões, o menor número da série. Pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país.

Os desalentados, ou seja, que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não vão encontrar uma vaga, aumentaram 25,3% na comparação com o último trimestre de 2019. Atualmente, são 5,8 milhões nessas condições.

O repique da pandemia de Covid-19, a identificação de uma nova variante do vírus e as dúvidas quanto à velocidade da imunização abriram uma perspectiva de que o mercado de trabalho possa ter nova piora neste ano.

Alguns analistas estimam que o desemprego possa se aproximar de 20% neste ano, em meio à continuidade da atual recessão.

Folhapress

Deputado Erick Lessa participa de reunião com líderes do Polo Têxtil

Para evitar maiores impactos na economia regional, o deputado estadual Delegado Erick Lessa (Progressistas) está propondo “uma grande união pelo Polo de Confecções do Agreste”. O deputado ressalta a necessidade de implementar medidas alinhadas ao atual cenário da saúde, reforçando as ações preventivas, como uso correto de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos com álcool em gel. Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Alepe, o deputado foi convidado a participar de uma reunião com lideranças do Polo Têxtil, que ocorreu na tarde desta sexta-feira (19).

O encontro contou com as presenças dos empresários Lenilson Torres (Fábrica da Moda e setor Fundac); Camilo Brito (Parque das Feiras de Toritama), do presidente da Associação de Sulanqueiros de Caruaru, Pedro Moura, e do síndico do Moda Center Santa Cruz, José Gomes Filho. Na ocasião, os representantes deixaram claro que estão adotando as medidas sanitárias de combate à pandemia e contribuindo para que o retorno à normalidade ocorra da forma mais rápida possível. A expectativa é que as feiras voltem a acontecer no próximo dia 29, após o decreto em vigor que estabelece uma quarentena mais rígida em todo o estado.

Formado por mais de 20 municípios, o aglomerado de iniciativas produtivas é uma matriz econômica de Pernambuco, gerando renda para cerca de 200 mil trabalhadores. “Esse movimento do Polo de Confecções é uma parceria junto do setor público e principalmente, do Governo do Estado, para que tenham a compreensão da importância de cuidar da saúde, sem se esquecer de também cuidar da economia e pensar em tantos empregos e tantas pessoas que sobrevivem deste importante Polo”, ressaltou.

Lessa também se comprometeu a continuar realizando o processo de interlocução entre os demais agentes públicos, como a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado, no intuito de assegurar uma retomada segura e responsável das atividades econômicas, sobretudo na região Agreste do estado de Pernambuco.

ARTIGO — Privatizações à vista?

Mesmo antes das eleições presidenciais no Brasil, o debate sobre a importância da privatização das estatais já era um tema bastante explorado. Entretanto, na última semana, essa temática ganhou novamente destaque na mídia diante da intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobrás. Desde então, a população brasileira vem se perguntando quais os impactos que, essa intervenção, pode causar? E de fato, o país inicia um processo de privatização das suas estatais?

Primeiro, vamos entender, resumidamente, a polêmica por trás da ação na Petrobrás e depois, passaremos para uma análise dos seus possíveis impactos e do processo de privatização. Diante do anúncio, promovido pela estatal, sobre a nova alta do preço do diesel e da gasolina promovidos pela valorização do petróleo, Jair Bolsonaro, anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o cargo de presidente da empresa em substituição a Roberto Castello Branco. Essa ação foi vista de modo negativo pela população e também pelo mercado.

Em termos financeiros, a Petrobrás perdeu cerca de R$28 bilhões em valor de mercado no dia 19 de fevereiro e R$74 bilhões no dia 22 de fevereiro. Esses valores são expressivos e no montante as perdas já ultrapassam R$102 bilhões. Soma-se a isso, as perdas no mercado de ações, em que os papéis preferenciais da empresa, caíram 21,5% e as ações ordinárias, 20,5%.

As perdas no mercado financeiro, decorrentes da intervenção na estatal, sinalizaram como essa intervenção foi vista de modo negativo pelo mercado global. Para muitos especialistas, haverá efeitos de longo prazo na percepção do investidor, ressaltando, inclusive, os impactos contraproducentes com a perda de investimento externo.

Infelizmente já vivemos um momento de grandes incertezas e instabilidade econômica no nosso país. Decorrentes apenas da pandemia? Não, a crise sanitária só intensificou o que já era esperado no início do ano de 2020: um baixo crescimento econômico, inflação, desvalorização do real, alta do desemprego, dentre outros. Assim, com uma expectativa ruim em relação ao Brasil, a intervenção na estatal, sem seguir o protocolo dos trâmites legais, só agravou o cenário de incertezas do investidor estrangeiro no que se refere ao ambiente de negócios do Brasil.

E quais são os possíveis impactos da não entrada de capital estrangeiro ou até mesmo, da fuga desse capital do nosso país? Os impactos podem ser sentidos em diversas esferas, uma vez que, já apresentamos uma retração econômica, alto desemprego, etc. Mas podemos ressaltar aqui a queda dos investimentos, sejam eles produtivos ou não, e também, uma possível desvalorização cambial em decorrência dessa fuga de divisas, o que acaba encarecendo a moeda estrangeira frente ao real. E como impacto dessa desvalorização, um encarecimento das importações, o que afeta o consumidor diretamente e indiretamente através do encarecimento dos produtos e os produtores, que veem o preço dos seus insumos de produção aumentarem. Para além disso, as perdas no mercado financeiro da Petrobrás, podem culminar em declínio de valor das refinarias de petróleo da empresa, o que pode acometer o valor de venda dessas refinarias ou até mesmo causar o desinteresse por parte de potenciais compradores.

Devemos considerar que a estratégia do presidente em intervir politicamente em uma das maiores estatais brasileiras, ignorando os trâmites legais necessários, pode gerar imensos prejuízos no longo prazo. Mas, e as privatizações, devem avançar? Já existe uma lista com nomes de grandes estatais que devem passar pelo processo de desestatização, dentre essas é possível citar o Correio e a Eletrobras. Essas privatizações podem ser benéficas para a população em geral? Depende da forma como as mesmas serão conduzidas para não onerar o consumidor final. Para além disso, nunca é interessante deixar setores estratégicos nas mãos do setor privado, pois isso pode causar um enfraquecimento e um desmonte público.

Autora: Pollyanna Rodrigues Gondin é economista e professora da Escola de Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.

Média de mortes por covid-19 duplica em um mês, diz Fiocruz

Covid-19: Fiocruz amplia capacidade nacional de testagem

O país registrou ontem (18) 2.087 mortes por covid-19, segundo a média móvel de sete dias, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O número é o dobro do observado há um mês (1.036 óbitos) e 54% superior às mortes de duas semanas antes (1.353).

Ontem foi o 23º dia consecutivo de recordes na média de mortes. O número de casos também atingiu um novo recorde nessa quinta-feira (71.871, segundo a média móvel de sete dias), 24% a mais que 14 dias antes (57.610) e 59% a mais que no mês anterior (45.245).

A média móvel de sete dias é calculada pela Fiocruz, em seu boletim Monitora Covid, através da soma dos números do dia com os seis dias anteriores e dividindo-se o resultado da soma por sete. Por isso, o dado é diferente daquele divulgado pelo Ministério da Saúde, que considera apenas os óbitos e casos confirmados em um dia.

Agência Brasil