Presidente do Senado envia carta aos EUA pedindo vacinas contra a Covid-19

O Senado entrou em ação para tentar aumentar o estoque de vacinas contra o Covid-19 no Brasil. O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) escreveu uma carta à senadora e vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, pedindo colaboração bilateral. O documento foi protocolado na Embaixada dos EUA pela senadora Kátia Abreu (PP-TO). A intenção é convencer autoridades daquele país a conceder uma “autorização especial para a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem previsão de utilização”.

Não é a primeira vez que um representante de Poder que não o chefe do Executivo age para tentar garantir, em nome do governo federal, mais imunizantes à população brasileira. Em 20 de janeiro, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), procurou o embaixador da China, Yang Wanming, para tentar garantir que a nação asiática mandasse insumos para fabricação do medicamento por aqui, após membros do governo e até um dos filhos do presidente atacarem o embaixador e o maior parceiro comercial do Brasil.

No último dia 9, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), renovou o pedido de ajuda ao governo chinês. Em uma correspondência enviada ao embaixador Wanming, exortou um “um olhar amigo, humano, solidário” em relação ao Brasil. “Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros, brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola”, escreveu Lira, na tentativa de superar qualquer mal-estar diplomático entre as duas nações.

Em relação aos Estados Unidos, Jair Bolsonaro foi um dos últimos líderes a cumprimentar o democrata Joe Biden por sua vitória sobre o antecessor, Donald Trump, na corrida à Casa Branca. O mandatário brasileiro apoiava sem reservas o candidato republicano. Na carta enviada ao governo norte-americano, Rodrigo Pacheco lembra que o Brasil e os EUA são as duas nações mais atingidos pela pandemia, “somados, nossos países totalizam até a presente data mais de 40 milhões de casos e 800 mil mortes”, e admite que, com o fim do governo Trump, o combate por lá ganhou eficiência.

Risco para o hemisfério

“Também o Brasil está à busca de soluções que permitam conter o avanço da pandemia e reconduzir o País à normalidade. Tendo acompanhado a provação por que tantos cidadãos americanos passaram nos últimos meses, Vossa Excelência poderá bem avaliar a angústia e o sofrimento das famílias brasileiras diante do recente recrudescimento da pandemia. Suponho, ainda, que já estará inteirada do risco que o rápido avanço do vírus no Brasil representa para todo o hemisfério ocidental. Nossas melhores defesas contra a propagação da doença e o surgimento de novas variantes são a cooperação internacional e a vacinação em massa de nossas populações”, escreveu Pacheco.

Vale lembrar que Bolsonaro fez campanha contra a vacinação em diversas ocasiões e perdeu oportunidades de engrossar o estoque de imunizantes no país. A senadora Kátia Abreu, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, destacou que a carta é uma forma de a Casa colaborar com o combate à pandemia. “O Senado da República está se movimentando para ajudar o Brasil a enfrentar esta pandemia. O governo não é só Executivo. O governo é Executivo, é Legislativo e Judiciário. E a questão principal neste momento é unir forças em favor do povo brasileiro. E convém fazer mais do que tem sido feito”, disse.

Pandemia motiva Volkswagem a suspender produção no Brasil

A montadora alemã Volkswagen anunciou hoje (19) a suspensão de atividades relacionadas à produção. A decisão atinge as fábricas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR). A suspensão, segundo a montadora, será até o dia 4 de abril. Nas fábricas, apenas atividades essenciais serão mantidas. Funcionários da área administrativa trabalharão em regime de home office.

O motivo, segundo a montadora, é o crescente número de casos de Covid-19 no país e a crise nos leitos de UTI. “Com o agravamento do número de casos da pandemia e o aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos estados brasileiros, a empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares. Nas fábricas, só serão mantidas atividades essenciais. Os empregados da área administrativa atuarão em trabalho remoto. A medida foi tomada em conjunto com os Sindicatos locais.”

O Brasil tem batido recordes diários de mortes e contaminações por Covid-19. Governadores de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal determinaram medidas restritivas como toques de recolher e fechamento do comércio. O país se aproxima da marca de 300 mil mortes e 11,8 milhões de contaminações.

Correio Braziliense

Ciro Gomes é investigado pela Polícia Federal após críticas a Bolsonaro

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) virou alvo da Polícia Federal (PF) após tecer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Um inquérito foi instaurado pela instituição, que investiga uma suposta prática de crime contra a honra. O documento foi assinado pelo próprio Bolsonaro e conduzido posteriormente pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

De acordo com o periódico, o inquérito cita uma entrevista concedida por Ciro Gomes, em novembro do ano passado, à “Rádio Tupinambá”, de Sobral/CE.

Na ocasião, Ciro chamou Bolsonaro de “ladrão” e citou o caso da “rachadinha”, no qual o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), está sendo investigado.

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sergio Moro, também foi citado durante a entrevista.

“Qual foi o serviço do Moro no combate à corrupção? Passar pano e acobertar a ladroeira do Bolsonaro. Por exemplo, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que descobriu R$ 89 mil desse (Fabrício, ex-assessor de Flávio Bolsonaro) Queiroz, que foi preso e é ladrão, ladrão pra valer, ligado às milícias do Rio de Janeiro. E onde estava o senhor Sergio Moro? Acobertando”, disse Ciro, na época.

Ao Estado de S. Paulo, Ciro disse que foi informado do inquérito há 10 dias e que está “pouco ligando” para as investigações.

O caso está nas mãos da Justiça Federal do Distrito Federal.

Estado de Minas

Expectativa de alta do desemprego é a maior em 26 anos, segundo Datafolha

Quase 80% dos brasileiros dizem que o desemprego vai aumentar nos próximos meses, segundo pesquisa Datafolha.
Para 79% dos entrevistados, a expectativa é de piora. Para outros 10%, a taxa vai ficar como está. Para 10%, vai diminuir.
Esse é o pior resultado registrado nas pesquisas Datafolha, considerando a série histórica iniciada em 1995 para essa pergunta, no governo FHC.

O pior resultado até então eram os 76% de respostas negativas na pesquisa realizada em novembro de 2015, quando o país estava em uma das piores recessões da história.

A pesquisa telefônica Datafolha foi realizada nos dias 15 e 16 de março de 2021, com 2.023 brasileiros em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.

O pessimismo com o desemprego é maior entre homens (81%) do que entre mulheres (78%); no Sudeste (82%) e Sul (80%) do que no Norte/Centro-Oeste (74%); nas regiões metropolitanas (83%) do que no interior (77%); entre os com ensino superior (85%) do que naqueles com ensino fundamental (72%).

Funcionários públicos, apesar de terem estabilidade, estão entre os que mais avaliam que o desemprego geral vai subir (84%). O percentual também é alto entre estudantes, assalariados com registro e empresários (todos com 82%). Entre pessoas já desempregadas, o percentual é de 77%.

Entre as pessoas que estão vivendo sem isolamento, 88% esperam aumento do desemprego, ante 80% entre os que saem, mas tomando cuidados, e 78% entre os que só saem quando é inevitável.

Fica em 78% entre as pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos e sobe para 84% entre os com renda superior a dez salários.

Entre aqueles que acham que o desemprego vai cair, os maiores percentuais estão entre moradores do Nordeste, Norte e Centro-Oeste (13%); pessoas com ensino fundamental (16%); desempregados (14%), aqueles que dizem não ter medo do coronavírus (16%) e/ou que avaliam o presidente como ótimo/bom (12%).

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no quarto trimestre de 2020, a taxa de desemprego no país foi de 13,9%, a maior para o período de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2002.

Em termos absolutos, o número de brasileiros em busca de uma vaga chegou à média de 13,4 milhões em 2020, 840 mil a mais do que o observado em 2019 e a maior marca da série histórica da Pnad.

A população ocupada chegou a 86,1 milhões, o menor número da série. Pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país.

Os desalentados, ou seja, que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não vão encontrar uma vaga, aumentaram 25,3% na comparação com o último trimestre de 2019. Atualmente, são 5,8 milhões nessas condições.

O repique da pandemia de Covid-19, a identificação de uma nova variante do vírus e as dúvidas quanto à velocidade da imunização abriram uma perspectiva de que o mercado de trabalho possa ter nova piora neste ano.

Alguns analistas estimam que o desemprego possa se aproximar de 20% neste ano, em meio à continuidade da atual recessão.

Folhapress

Deputado Erick Lessa participa de reunião com líderes do Polo Têxtil

Para evitar maiores impactos na economia regional, o deputado estadual Delegado Erick Lessa (Progressistas) está propondo “uma grande união pelo Polo de Confecções do Agreste”. O deputado ressalta a necessidade de implementar medidas alinhadas ao atual cenário da saúde, reforçando as ações preventivas, como uso correto de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos com álcool em gel. Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Alepe, o deputado foi convidado a participar de uma reunião com lideranças do Polo Têxtil, que ocorreu na tarde desta sexta-feira (19).

O encontro contou com as presenças dos empresários Lenilson Torres (Fábrica da Moda e setor Fundac); Camilo Brito (Parque das Feiras de Toritama), do presidente da Associação de Sulanqueiros de Caruaru, Pedro Moura, e do síndico do Moda Center Santa Cruz, José Gomes Filho. Na ocasião, os representantes deixaram claro que estão adotando as medidas sanitárias de combate à pandemia e contribuindo para que o retorno à normalidade ocorra da forma mais rápida possível. A expectativa é que as feiras voltem a acontecer no próximo dia 29, após o decreto em vigor que estabelece uma quarentena mais rígida em todo o estado.

Formado por mais de 20 municípios, o aglomerado de iniciativas produtivas é uma matriz econômica de Pernambuco, gerando renda para cerca de 200 mil trabalhadores. “Esse movimento do Polo de Confecções é uma parceria junto do setor público e principalmente, do Governo do Estado, para que tenham a compreensão da importância de cuidar da saúde, sem se esquecer de também cuidar da economia e pensar em tantos empregos e tantas pessoas que sobrevivem deste importante Polo”, ressaltou.

Lessa também se comprometeu a continuar realizando o processo de interlocução entre os demais agentes públicos, como a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado, no intuito de assegurar uma retomada segura e responsável das atividades econômicas, sobretudo na região Agreste do estado de Pernambuco.

ARTIGO — Privatizações à vista?

Mesmo antes das eleições presidenciais no Brasil, o debate sobre a importância da privatização das estatais já era um tema bastante explorado. Entretanto, na última semana, essa temática ganhou novamente destaque na mídia diante da intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobrás. Desde então, a população brasileira vem se perguntando quais os impactos que, essa intervenção, pode causar? E de fato, o país inicia um processo de privatização das suas estatais?

Primeiro, vamos entender, resumidamente, a polêmica por trás da ação na Petrobrás e depois, passaremos para uma análise dos seus possíveis impactos e do processo de privatização. Diante do anúncio, promovido pela estatal, sobre a nova alta do preço do diesel e da gasolina promovidos pela valorização do petróleo, Jair Bolsonaro, anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o cargo de presidente da empresa em substituição a Roberto Castello Branco. Essa ação foi vista de modo negativo pela população e também pelo mercado.

Em termos financeiros, a Petrobrás perdeu cerca de R$28 bilhões em valor de mercado no dia 19 de fevereiro e R$74 bilhões no dia 22 de fevereiro. Esses valores são expressivos e no montante as perdas já ultrapassam R$102 bilhões. Soma-se a isso, as perdas no mercado de ações, em que os papéis preferenciais da empresa, caíram 21,5% e as ações ordinárias, 20,5%.

As perdas no mercado financeiro, decorrentes da intervenção na estatal, sinalizaram como essa intervenção foi vista de modo negativo pelo mercado global. Para muitos especialistas, haverá efeitos de longo prazo na percepção do investidor, ressaltando, inclusive, os impactos contraproducentes com a perda de investimento externo.

Infelizmente já vivemos um momento de grandes incertezas e instabilidade econômica no nosso país. Decorrentes apenas da pandemia? Não, a crise sanitária só intensificou o que já era esperado no início do ano de 2020: um baixo crescimento econômico, inflação, desvalorização do real, alta do desemprego, dentre outros. Assim, com uma expectativa ruim em relação ao Brasil, a intervenção na estatal, sem seguir o protocolo dos trâmites legais, só agravou o cenário de incertezas do investidor estrangeiro no que se refere ao ambiente de negócios do Brasil.

E quais são os possíveis impactos da não entrada de capital estrangeiro ou até mesmo, da fuga desse capital do nosso país? Os impactos podem ser sentidos em diversas esferas, uma vez que, já apresentamos uma retração econômica, alto desemprego, etc. Mas podemos ressaltar aqui a queda dos investimentos, sejam eles produtivos ou não, e também, uma possível desvalorização cambial em decorrência dessa fuga de divisas, o que acaba encarecendo a moeda estrangeira frente ao real. E como impacto dessa desvalorização, um encarecimento das importações, o que afeta o consumidor diretamente e indiretamente através do encarecimento dos produtos e os produtores, que veem o preço dos seus insumos de produção aumentarem. Para além disso, as perdas no mercado financeiro da Petrobrás, podem culminar em declínio de valor das refinarias de petróleo da empresa, o que pode acometer o valor de venda dessas refinarias ou até mesmo causar o desinteresse por parte de potenciais compradores.

Devemos considerar que a estratégia do presidente em intervir politicamente em uma das maiores estatais brasileiras, ignorando os trâmites legais necessários, pode gerar imensos prejuízos no longo prazo. Mas, e as privatizações, devem avançar? Já existe uma lista com nomes de grandes estatais que devem passar pelo processo de desestatização, dentre essas é possível citar o Correio e a Eletrobras. Essas privatizações podem ser benéficas para a população em geral? Depende da forma como as mesmas serão conduzidas para não onerar o consumidor final. Para além disso, nunca é interessante deixar setores estratégicos nas mãos do setor privado, pois isso pode causar um enfraquecimento e um desmonte público.

Autora: Pollyanna Rodrigues Gondin é economista e professora da Escola de Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.

Média de mortes por covid-19 duplica em um mês, diz Fiocruz

Covid-19: Fiocruz amplia capacidade nacional de testagem

O país registrou ontem (18) 2.087 mortes por covid-19, segundo a média móvel de sete dias, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O número é o dobro do observado há um mês (1.036 óbitos) e 54% superior às mortes de duas semanas antes (1.353).

Ontem foi o 23º dia consecutivo de recordes na média de mortes. O número de casos também atingiu um novo recorde nessa quinta-feira (71.871, segundo a média móvel de sete dias), 24% a mais que 14 dias antes (57.610) e 59% a mais que no mês anterior (45.245).

A média móvel de sete dias é calculada pela Fiocruz, em seu boletim Monitora Covid, através da soma dos números do dia com os seis dias anteriores e dividindo-se o resultado da soma por sete. Por isso, o dado é diferente daquele divulgado pelo Ministério da Saúde, que considera apenas os óbitos e casos confirmados em um dia.

Agência Brasil

PF prende hacker suspeito do maior vazamento de dados do Brasil

O homem suspeito de ser o responsável pelo maior vazamento de dados do Brasil foi preso nesta sexta-feira (19), em Uberlândia, em Minas Gerais, durante a Operação Deepwater, da Polícia Federal (PF). A ação investiga a obtenção, divulgação e comercialização de dados de brasileiros, inclusive de diversas autoridades.

As investigações apuraram que, em janeiro último, por meio da internet, inúmeros dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas – tais como Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e Cadastro de Pessoas Jurídicas (CNPJ), nome completo e endereço – foram ilicitamente disponibilizados.

As informações poderiam ser adquiridas por meio do pagamento em criptomoedas. O megavazamento de dados foi revelado pelo Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da startup PSafe.

Foram colocados à venda, em fóruns na internet, mais de 223 milhões de CPFs, além de informações detalhadas como nomes, endereços, renda, imposto de renda, fotos, beneficiários do Bolsa Família e scores de crédito.

“Após diversas diligências, a Polícia Federal identificou o suspeito pela prática dos delitos de obtenção, divulgação e comercialização dos dados, bem como um segundo hacker, que estaria vendendo os dados por meio suas redes sociais”, disse a Polícia Federal, em nota. A identidade do preso ainda não foi revelada.

No total, os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nos municípios de Petrolina (PE). As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confiança da indústria cai 4 pontos na prévia de março

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 4 pontos na prévia de março deste ano, na comparação com o resultado consolidado de fevereiro. Assim, o indicador recuou para 103,9 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor patamar desde agosto de 2020 (98,7 pontos).

A retração foi provocada pela piora tanto da confiança do empresário da indústria no momento atual quanto do otimismo em relação ao futuro.

O Índice de Situação Atual caiu 4,1 pontos e chegou a 110,8. O Índice de Expectativas recuou 4 pontos indo para 96,9 pontos.

O dado preliminar do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria indica redução de 0,7 ponto percentual, para 78,4%, menor nível desde setembro de 2020 (78,2%).

Agência Brasil

Covid-19: governo aciona Supremo contra decretos da BA, DF e RS

live Bolsonaro_18.03.2021

O presidente Jair Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar decretos da Bahia, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul que restringem a circulação de pessoas. As normas foram editadas pelos governos locais com a justificativa de conter o aumento das contaminações e mortes por covid-19.

A abertura da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra os decretos foi anunciada ontem (18) por Bolsonaro em sua live semanal, mas ele não havia especificado de quais estados eram as normas questionadas.

A petição inicial da ADI, agora disponível no site do STF, pede que um decreto do DF, um da BA e dois do RS sejam declarados “desproporcionais” e derrubados por liminar (decisão provisória), “a fim de assegurar os valores sociais da livre iniciativa e a liberdade de locomoção”.

A peça é assinada somente pelo próprio Bolsonaro e foi protocolada às 23h03 de ontem (18) diretamente pela Presidência da República. Até o momento a ação ainda não foi distribuída a um relator.

Na ação, o presidente argumenta que a restrição à circulação só é possível se quem for alvo da medida estiver de fato doente ou com suspeita de doença, não sendo possível “vedações genéricas à locomoção de pessoas presumidamente saudáveis”.

O texto também argumenta que o fechamento de atividades não essenciais na pandemia não pode ser feito por decreto, mas somente por lei formal aprovada no Legislativo.

Bolsonaro pede que o Supremo declare “que mesmo em casos de necessidade sanitária comprovada, medidas de fechamento de serviços não essenciais exigem respaldo legal e devem preservar o mínimo de autonomia econômica das pessoas, possibilitando a subsistência pessoal e familiar”.

Os decretos estaduais e o distrital foram editados com a justificativa de conter a disseminação da covid-19, num momento de alta expressiva nos números da pandemia. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a média móvel de mortes atual é de 2.087 por dia, o dobro do observado há um mês (1.036 óbitos).

Agência Brasil