Bolsonaro chama de ‘imbecil’ e ‘mau-caráter’ quem exige mais vacina

O presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas que tem sofrido pela demora por parte do governo federal na compra de vacinas contra a Covid-19. Ele chamou de “imbecil” e “mau-caráter” quem cobra o Executivo a adquirir mais imunizantes para proteger os brasileiros.

Ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (18/3), ele disse que não há nenhum lugar no mundo que venda a quantidade de doses suficientes para atender a demanda do Brasil e que pressionar o governo por isso é um erro. De todo modo, ele garantiu que o país deve ter até 400 milhões de doses até o fim de 2021.

“Daí o cara fala ‘quero vacina, cadê a vacina’? Ou o cara é mal-intencionado, mau-caráter ou é imbecil. Ele não consegue acompanhar, impressionante”, disse o presidente. Ele acrescentou que muitos brasileiros parecem querer “derrubar o governo”.

“Acho que é um dos raros países do mundo onde querem derrubar o presidente é aqui. Eles não apresentam a solução. Quando eu digo: ‘Me apresente um país onde está dando certo o combate à Covid’, não tem. Esses que querem me derrubar, o que você faria no meu lugar? Ah, comprar vacina. Onde tem vacina para vender?”, questionou.

Correio Braziliense

UFPE intensifica medidas restritivas até o dia 5 de abril

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) intensifica, a partir desta quinta-feira (18), as medidas restritivas para conter a pandemia do novo coronavírus em Pernambuco. As ações valem até o dia 5 de abril e estão sendo implementadas por uma semana a mais do que a quarentena determinada pelo Governo do Estado. Agora, com as novas medidas, a presencialidade na Universidade ficará ainda mais limitada até nova avaliação da situação epidemiológica. As pesquisas relacionadas à pandemia, os testes para diagnóstico de Covid-19, o drive-thru de vacinação da UFPE e os atendimentos no Hospital das Clínicas (HC) serão mantidos.

Desde o início das aulas da graduação no formato híbrido, no dia 25 de janeiro, a presencialidade na UFPE já era baixa: 93% das quatro mil disciplinas da graduação continuam com aulas remotas, e apenas 7% tinham parte das aulas práticas presenciais – muitas delas fora da Universidade e ainda não iniciadas. Ainda assim, desde o início de março, a UFPE determinou que os cursos adiassem as atividades práticas e reduzissem ainda mais a circulação de pessoas nos campi Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão.

“A UFPE adota novas medidas restritivas com o objetivo de contribuir, de forma sistemática, para o enfrentamento da Covid-19. Nossa decisão será reavaliada semanalmente. É importante que a Universidade, assim como outras instituições, fortaleça essa rede de adesão às medidas restritivas, tendo em vista esse momento difícil de recrudescimento da pandemia”, disse o reitor Alfredo Gomes, mais uma vez colocando a instituição à disposição das autoridades sanitárias para contribuir no que for necessário.

Coordenador do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 (GT Covid-19) da UFPE, o vice-reitor Moacyr Araújo destacou que a decisão foi tomada em diálogo com diversos setores da instituição, a partir de informações referendadas pelo GT que, desde março de 2020, acompanha o andamento da pandemia no Estado e as medidas institucionais, subsidiando as decisões da gestão da Universidade. O grupo é formado por especialistas em saúde do HC e de outros setores da UFPE, Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores da UFPE (Sintufepe), Associação dos Docentes (Adufepe) e outros membros da comunidade acadêmica. “As medidas mais restritivas adotadas são absolutamente necessárias e se baseiam na análise de indicadores quantitativos que foram discutidos e consolidados pelo grupo de trabalho da UFPE”, explicou Moacyr Araújo.

Passam a ser realizados de forma exclusivamente remota os atendimentos ao público oferecidos no Serviço Integrado em Saúde (SIS); na Editora UFPE, que já suspendeu a remessa de livros enquanto durar o período de medidas mais restritivas; no setor de publicação; na Central de Atendimento ao Servidor (CAS/Progepe) e no Corpo Discente. Também permanecem suspensas as práticas de atividades física individual e em grupo, o trabalho presencial dos bolsistas de graduação, os atendimentos das clínicas-escolas e o uso dos laboratórios de ensino para gravação ou transmissão de aulas.

O Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), permanece no enfrentamento da Covid-19. Ontem (17), o hospital universitário abriu oito UTIs Covid e ampliou para 28 o total de leitos de enfermaria destinados ao tratamento de pacientes com o novo coronavírus. Esses leitos clínicos estão distribuídos no 8º andar da unidade e são regulados pelo Governo do Estado.

Também serão mantidos os atendimentos do Núcleo de Atenção à Saúde do Servidor (Nass) envolvendo perícias em casos de comorbidades, mas sem novos agendamentos; as urgências de clínica médica e psiquiátrica do Núcleo de Atenção à Saúde do Estudante (Nase) e o Protocolo Geral, com funcionamento às terças e quintas-feiras, das 9h às 15h, para casos urgentes, como auxílio funeral. Os gabinetes do reitor e das pró-reitorias e superintendências, incluindo suas respectivas diretorias, coordenações e seções, funcionarão excepcionalmente para as atividades que precisarem ser resolvidas presencialmente. Os setores de tecnologia da informação e comunicação seguem esta mesma orientação.

Continuam considerados essenciais os serviços de segurança; setores responsáveis pelo pagamento de folha de pessoal, licitação, convênios e contratos. As residências em saúde vinculadas à UFPE, desde que autorizadas, permanecem funcionando, assim como as atividades de internato e estágio em saúde, conforme a Resolução 23/2020 – CEPE/UFPE e a Instrução Normativa 02/2020 – Prograd. Também continuam em funcionamento as Casas de Estudantes Universitários (Ceus) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade) para os serviços que não possam ser realizados remotamente.

Haverá ainda manutenção do funcionamento dos biotérios e laboratórios com abastecimento de nitrogênio líquido, experimentos em curso e pesquisas relacionadas à pandemia. Não é permitido o início de novos experimentos neste momento, com exceção daqueles que tratem da Covid e possuam plano de atividades autorizado, conforme resolução que trata da retomada dos laboratórios. A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) só manterá atividades presenciais nos projetos de extensão relacionados à pandemia, como a produção de álcool 70% em solução.

Graduação

As aulas continuam acontecendo remotamente. A Coordenação de Controle Acadêmico da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) suspendeu até mesmo a entrega de diplomas considerados urgentes. O formulário para agendamento será reaberto, através do e-mail atendimentodiscente.prograd@ufpe.br, a partir do dia 5 de abril. Já o histórico e a declaração de vínculo continuam sendo atendidos remotamente pelo mesmo e-mail.

Pós-Graduação

A pós-graduação permanece com aulas remotas. A entrega de diplomas e certificados da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) continuará suspensa nas próximas semanas. A maior parte das atividades continuará sendo realizada remotamente. Seguem suspensas as aulas práticas.

Portões

No Campus Recife, o portão central estará aberto para veículos e pedestres, das 7h às 17h, mediante autorização via declaração ou lista prévia. Para pedestres, ficarão abertos apenas os portões do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), das 5h às 22h, e do Departamento de Farmácia, das 5h às 17h.

Resolução

A possibilidade de ajustes e readequações conforme a evolução da pandemia já estava prevista na Resolução nº 23/2020, que estabeleceu o calendário acadêmico-administrativo para o ano letivo 2020/2021. Continuam vigentes essa resolução e as demais medidas institucionais da UFPE referente às atividades de pesquisa e extensão. Essas atividades estavam com pouca presencialidade, já que tinham caráter voluntário quando o projeto não era adaptado ao formato remoto. As atividades administrativas estavam acontecendo presencialmente, em rodízio de profissionais e em alguns dias, com horários reduzidos e apenas quando eram devidamente justificadas.

Desde o ano passado, a UFPE adotou o trabalho remoto, implantou auxílios para os estudantes e ofertou cursos sobre tecnologias na educação. Nas medidas institucionais vigentes, desde março de 2020, há previsão de empréstimo de computadores e outros bens para servidores, preservação das pessoas dos grupos de risco e abono dos dias de quem tem trabalho que não pode ser remoto. Nas diretrizes institucionais, também há garantia de triagem e testagem para quem trabalha nos serviços essenciais. Para o público externo, a UFPE realizou cerca de 80 mil testes RT PCR para diagnóstico de Covid-19.

Informações

Outros detalhes relacionados aos Centros Acadêmicos de Vitória (CAV) e do Agreste (CAA) podem ser esclarecidos através dos e-mails diretoria.cav@ufpe.br e secretaria.agreste@ufpe.br. Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail combatecovid@ufpe.br.

Diario de Pernambuco

Com hospitais em colapso, Bolsonaro diz que entrou com ação no STF contra medidas restritivas

Com a pandemia de Covid-19 no auge e hospitais colapsando por todo o país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou em sua live de quinta-feira (18) ações contrárias às medidas restritivas que prefeitos e governadores estão adotando para tentar frear a disseminação do novo coronavírus.

Segundo Bolsonaro, um dos instrumentos é uma ação direta de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal) contra decretos de três governadores, que ele não especificou quem são.

“Bem, entramos com uma ação hoje, ação direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal exatamente buscando conter esses abusos, que inclusive, no decreto, o cara bota ali toque de recolher. Isso é estado de defesa, estado de sítio que só uma pessoa pode decretar: “eu”, disse o presidente.

De acordo com o artigo 137 da Constituição, o estado de sítio pode ser decretado quando há “comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa” e “declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira”.

Já o estado de defesa, que o precede, pode ser instaurado, entre outros casos, quando o país é atingido por “calamidades de grandes proporções da natureza”.

Como o jornal Folha de S.Paulo já mostrou, a comparação feita por Bolsonaro entre estado de sítio e restrições que acontecem, por exemplo, no Distrito Federal, é enganosa.

“O Supremo vai decidir. Não vou emitir nenhum juízo aqui. Obviamente, se entramos, por intermédio da AGU [Advocacia-Geral da União], a proposta foi supervisionada pelo ministro da Justiça, nós esperamos ter uma resposta no tocante a isso aí”, disse o presidente.

A reportagem procurou a AGU na noite de quinta-feira, mas não houve retorno. A ação também não havia sido protocolada no STF até o horário da live.

Bolsonaro afirmou também ter encaminhado ao Congresso um projeto de lei que, segundo ele, define o que são atividades essenciais. “Basicamente tudo passa a ser atividade essencial”, afirmou o presidente.

Nesta quinta-feira, o país registrou 2.659 mortes, o terceiro maior valor da pandemia, e, pelo 20º dia consecutivo, bateu o recorde de média móvel de óbitos, que chegou a 2.093 mortes por dia.

O novo dia de recorde ocorre mesmo com a ausência de dados de Covid-19 do Rio Grande do Norte. Segundo nota da secretaria de estado da saúde, problemas no sistema impediram a atualização.

Durante a live, Bolsonaro enalteceu as manifestações contra medidas restritivas que ocorreram no fim de semana anterior. Ele afirmou que os atos foram espontâneos, com muita gente apoiando o governo, com bandeiras verde e amarelas, e ponderou que “não estamos em eleições”.

“Um movimento voluntário, do coração do povo, que pede cada vez mais que tenhamos fé no Brasil, que os Poderes, cada vez mais, sejam harmônicos e todos produzam para o Brasil”, afirmou.

“A maior produção que nós podemos ter, uma das mais importantes, nossa liberdade e democracia, que a gente sabe, pelo que a gente vê no Brasil, não estão tão sólidas no Brasil. Devemos nos preocupar com isso.”

Bolsonaro voltou a dizer que “o que o povo quer, a gente faz” e afirmou que “o povo está pedindo é democracia e liberdade”.

“O pessoal fala muito em democracia e ditadura. Mas é do ser humano, uma característica, cada vez mandar mais. E isso começa a ter dentro do próprio lar. E temos que cada um reconhecer a sua importância e também os seus limites, senão o caldo pode entornar, ter uma briga em casa, ter tensões entre os Poderes, e ninguém quer isso aí”, disse Bolsonaro.

Folhapress

Transporte público de Caruaru permanece sem alterações durante o período de decreto estadual

A Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Transportes de Caruaru (AMTTC), informa que as empresas de transporte público foram notificadas para permanecerem com o mesmo quadro de horário e quantitativo de veículos para atender a população até o dia 28 de março.

A autarquia estará com equipes de fiscalização na cidade para verificar o cumprimento dos horários. A população também pode denunciar por meio da Ouvidoria municipal, no telefone 156, ou diretamente à AMTTC, no 3723-2838.

Conecta Oportunidades oferece novas vagas de emprego

O programa Conecta Oportunidades, da Prefeitura de Caruaru, se encontra, esta semana, com 10 vagas de emprego em aberto. As ofertas são para trabalhadores com experiência nas seguintes funções: assistente de logística-PCD, pizzaiolo, fiscal de loja, motorista de caminhão e mecânico, eletricista industrial e de manutenção, garçom, atendente e chapeador.

O candidato que tem experiência nas vagas citadas, mas ainda não possui cadastro no Conecta, deverá acessar, primeiro, o serviço pelo site http://conectaoportunidades.caruaru.pe.gov.br/. Em seguida terá de clicar no link “Para quem busca vaga”, dando continuidade ao preenchimento dos dados. Após o procedimento, o candidato passará a concorrer às ofertas.

A dinâmica do Conecta Oportunidades é bastante simples e eficaz, ou seja, ele direciona os currículos dos candidatos para aquelas empresas que estão oferecendo vagas indicadas para os seus perfis. O serviço é gratuito.

Grupo de Fiscalização Integrada de Caruaru fiscalizou 37 estabelecimentos no primeiro dia de vigência do novo decreto do Governo de Pernambuco

Teve início, nesta quinta-feira (18), a intensificação das ações do Grupo de Fiscalização Integrada de combate à Covid-19 no município de Caruaru, verificando o cumprimento do novo decreto estadual. Até o dia 28 de março, três equipes estarão atuando em turnos alternados. No primeiro dia foram fiscalizados 37 estabelecimentos, desses, quatro foram notificados.

O planejamento das ações envolve as secretarias de Ordem Pública, da Fazenda e de Serviços Públicos, bem como a Guarda Municipal, Procon, Ouvidoria, Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Transportes de Caruaru, Vigilância Sanitária e a Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente de Caruaru, além de entidades parceiras, como Polícia Militar, Bombeiro Civil e Disque-denúncia.

“Com a quarentena decretada pelo Governo do Estado, ampliamos a quantidade de equipes de fiscalização. Seguiremos atuando no centro da cidade e expandindo para os bairros mais distantes. Reforçamos a importância da população em colaborar, tanto em relação ao isolamento social, quanto às denúncias”, comentou o secretário de Ordem Pública, coronel Patrício Filho.

No último cumprimento do decreto estadual em estabelecimentos comerciais e em todas as demais categorias, encerrado na quarta-feira (17), 352 estabelecimentos foram fiscalizados e, desses, 37 foram notificados. Duas pessoas foram conduzidas à delegacia. Aproximadamente 58% dos estabelecimentos estavam seguindo as normas do decreto estadual.

A população pode contribuir denunciando por meio do Disque-denúncia, pelo telefone 3719-4545 (das 7h às 19h, de segunda a sábado), ou pelo WhatsApp 98256-4545/98170-2525. Outro contato disponível é o da Ouvidoria, no número 156 (das 7h às 13h, de segunda a sexta), ou no WhatsApp 98384-5936. A denúncia pode ser feita também pelo 190 da Polícia Militar.

Programa da Prefeitura de Caruaru oferece novas vagas de emprego

O programa Conecta Oportunidades, da Prefeitura de Caruaru, se encontra, esta semana, com 10 vagas de emprego em aberto. As ofertas são para trabalhadores com experiência nas seguintes funções: assistente de logística-PCD, pizzaiolo, fiscal de loja, motorista de caminhão e mecânico, eletricista industrial e de manutenção, garçom, atendente e chapeador.

O candidato que tem experiência nas vagas citadas, mas ainda não possui cadastro no Conecta, deverá acessar, primeiro, o serviço pelo site http://conectaoportunidades.caruaru.pe.gov.br/. Em seguida terá de clicar no link “Para quem busca vaga”, dando continuidade ao preenchimento dos dados. Após o procedimento, o candidato passará a concorrer às ofertas.

A dinâmica do Conecta Oportunidades é bastante simples e eficaz, ou seja, ele direciona os currículos dos candidatos para aquelas empresas que estão oferecendo vagas indicadas para os seus perfis. O serviço é gratuito.

Representantes do Polo de Confecções se reúnem com deputado Erick Lessa

Com o objetivo de diminuir os impactos causados pela pandemia e consequentemente pelo decreto do Governo do Estado, que paralisou todas as feiras do Polo de Confecções do Agreste, as principais lideranças do setor estarão reunidas, na tarde desta sexta-feira (19), a partir das 15h, no auditório da Feira da Sulanca Setor Fundac, com o deputado estadual Erick Lessa.

Na oportunidade estarão presentes os empresários Lenilson Torres (setor Fundac e Fábrica da Moda), Camilo Brito (Parque das Feiras de Toritama), Pedro Moura, presidente da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, além de Minininho, síndico do empreendimento Moda Center de Santa Cruz do Capibaribe.

A reunião é fechada para evitar aglomerações e não desobedecer o decreto estadual que limita a participação de pessoas em ambientes fechados. Dentre os temas que serão tratados, estão a elaboração de medidas de segurança para volta de uma feira segura para compradores, vendedores e a população em geral.

Serviço

O quê? Reunião com lideranças do setor de confecções do Agreste

Quando? Sexta-feira, 19, às 15h

Onde ? Feira da Sulanca Setor Fundac, Caruaru

Bolsonaro não desiste de Pazuello e quer protegê-lo da Justiça

Desgastado por seguir à risca a política presidencial para a gestão da pandemia, o general de divisão Eduardo Pazuello virou um problema para o presidente Jair Bolsonaro com a futura saída dele do Ministério da Saúde — pasta que passará ao comando do cardiologista Marcelo Queiroga.

Os generais de quatro estrelas não se mostram lá muito satisfeitos em ver um três estrelas em um cargo como a Secretaria de Assuntos Estratégicos, para a qual está cotado. Também não há lugar de destaque para Pazuello no Exército.

No Planalto, entretanto, considera-se necessário dar abrigo ao general para que mantenha o foro privilegiado, pois responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa da gestão da crise sanitária. Nesse sentido, líderes próximos a Bolsonaro consideram que está difícil fechar essa equação.

Desde o ano passado, quando Pazuello foi desautorizado por Bolsonaro no episódio da compra de vacinas do Butantan e permaneceu no cargo, os militares defendem, sem sucesso, a passagem do general para a reserva.

O sonho dele, porém, quando saísse do ministério, era retomar o lugar no Exército, sem necessidade de ficar na reserva. Agora, com a imagem abalada por causa do colapso na Saúde, até esse retorno está ameaçado.

Aos 58 anos, Pazuello resiste a passar para a reserva e quer terminar seu período como general de divisão apenas ao completar a idade-limite, de 64 anos. Embora alguns generais defendam que ele vá para a reserva, seus colegas de quatro estrelas não vão enxotá-lo da Força.

Afinal, neste período da pandemia, Pazuello cumpriu a missão mais difícil: coordenar a gestão da crise sanitária de um governo que, na maior parte do tempo, agiu como se a tragédia não existisse.

Fidelidade
Amigos de Pazuello dizem que ele seguiu à risca tudo o que foi pedido pelo Planalto na gestão da Saúde. O próprio Bolsonaro reconhece isso. Tanto é que, nos últimos dias, fez questão de deixar claro que Pazuello termine as providências que adotou em relação às vacinas, como a viagem ao Rio de Janeiro para receber os dois milhões de vacinas da Fiocruz.

Além disso, colocou o ministro na conversa com a médica Ludhmila Hajjar, que, sondada, recusou assumir o Ministério da Saúde. O chefe do Executivo ainda divulgou que a troca na pasta era para colocar no lugar um médico que pudesse conversar de igual para igual com outros profissionais da saúde que dominam as secretarias estaduais.

Dentro do governo, há o reconhecimento de que, se o país até agora só vacinou 5% da população, a culpa não pode ser atribuída a Pazuello. Porém, ninguém vai jogar a conta em Bolsonaro. A avaliação é de que as circunstâncias da falta de vacinas no mundo provocaram essa situação.

Mas há um problema: politicamente, o ministro é acusado de má gestão e, diante das 6.045 mortes registradas nesses últimos três dias, alguém no governo federal levará sua parcela de culpa. Com a intenção de proteger o presidente, o desgaste sobrará para Pazuello, enquanto o sucessor ficará com o papel de tentar salvar a pátria.

Diario de Pernambuco

Brasileiro aposta na volta da normalidade apenas em 2022, diz pesquisa

People walk at Saara market under a Brazilian flag in downtown Rio de Janeiro, Brazil, on December 08, 2020 amid the coronavirus (COVID-19) pandemic. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)

No início da pandemia do novo coronavírus, há um ano, a rotina dos brasileiros sofreu um enorme impacto, seja por conta das medidas de contenção da Covid-19, pelo isolamento ou até mesmo pelo medo enfrentado quando é preciso sair de casa. Para a grande maioria (74%), a pandemia está se agravando no país. A conclusão é da pesquisa divulgada pela Federação Brasileira do Bancos (Febraban) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais e Políticas (Ipespe).

Com a intenção de medir as expectativas sobre a volta da normalidade e o sentimento da população neste começo de 2021, o levantamento foi realizado por meio de uma pesquisa on-line, com a participação de 3 mil pessoas com mais de 18 anos, em todas as regiões do país, entre os períodos de 1° a 7 de março.

Segundo o estudo, 16% dos entrevistados acreditam que a pandemia está estável e 9% esperam por uma melhora. Entre aqueles que mais observam uma piora está o estudante de comunicação social João Silva, de 24 anos. Para ele, um dos maiores motivos do aumento da infecção foram as festas clandestinas e, também, a negligência das pessoas em relação ao isolamento.

“Houve uma piora significativa. Tudo isso, observo, por circunstâncias do próprio povo, também por negligências como festas clandestinas e influências negativas, até mesmo do próprio presidente (Jair Bolsonaro). Nas redes sociais, as pessoas costumam postar fotos em festas, acredito que o número de óbitos somente tende a aumentar”, lamenta.

Um outro ponto bastante abordado na pesquisa foi o contraste no estilo de vida das pessoas no período em que antecede a pandemia e o atual, 73% das pessoas dizem que o comportamento atual da população mudou bastante em decorrência da pandemia. A rotina somente voltou em partes, acreditam 20% dos entrevistados; já o restante afirma que tudo voltou ao que era antes da Covid-19 (3%) ou que nada mudou (3%).

Para a servidora pública maranhense Ana Rocha, o que gerou bastante receio em meio à pandemia foi a possibilidade de contrair o vírus ou até mesmo contaminar outras pessoas. “Por isso, o isolamento se faz muito importante na vida da população. Eu tenho muitos medos, por exemplo, de sair e contrair o vírus, trazer para minha casa. Tenho grupos de risco que convivem comigo e também (tenho medo de) passar para outras pessoas. Espero que a volta da vida normal seja em muito breve, pois gostaria de poder sair sem ter o receio de passar por essas situações”, desabafa.

Nos últimos 12 meses, a Covid-19 se tornou bem próxima da população, pois, segundo a pesquisa, a maioria dos brasileiros possui algum parente ou familiar infectado; e mais da metade está de luto por ter perdido alguém em razão da doença. Sem contar os efeitos psicológicos causados pelo isolamento, uma das medidas que foram tomadas como forma de prevenção contra o novo vírus e que precisou ser reforçado no último mês por conta do aumento do número de casos e de óbitos em todo o paí. Na última terça-feira (16), o Brasil bateu recorde negativo ao registrar 1.841 mortes em 24 horas.

“Válvulas de escape”
Anibal Okamoto, psiquiatra e especialista em Pesquisa Clínica no Instituto Meraki Saúde Mental, avalia que em tempos de dores e perdas, que ocasionam sintomas como estresse mental e ansiedade, as pessoas têm buscado formas de gerenciar esses sentimentos.

“Com o agravamento da pandemia, observo que as pessoas têm cada vez mais procurado por válvulas de escape em meio às dificuldades. Por exemplo, vejo que esses fatores geraram um aumento no uso da internet, das mídias socias. Ocorrem modificações recorrentes dos horários, quebras da rotina, sintomas de insônia e ansiedade. Todos esses são exemplos considerados fugas da realidade se forem observados dentro contexto para aliviar o estresse”, explica o especialista.

Vacinação
Um outro cenário que se apresenta negativo para maioria dos pesquisados diz respeito à vacinação. Boa parte da população, quase 62%, acredita que a vacinação em massa somente acontecerá em 2022. Adelia Fulmian, professora de Valparaíso de Goiás (GO), é uma das pessoas que não veêm a hora para que a população retorne as atividades no pós-pandemia.

“Acredito que nem tudo voltará a ser como era, pois tudo mudou muito desde a chegada do novo vírus. Porém, mal posso esperar para que uma grande parcela da população esteja vacinada, pelo menos até o final do ano, e que possamos voltar às atividades normais, como, por exemplo, visitar familiares e amigos”.