Governo prevê entrega de seringas para vacina contra Covid-19 até fim de 2021

Diante da falta de seringas e agulhas para promover a vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde decidiu escalonar a compra dos produtos. A entrega será permitida até 31 de dezembro de 2021.

A previsão aparece em edital publicado nesta quarta-feira (16) para a aquisição de 300 milhões de kits. É um indicativo de como a imunização vai se arrastar ao longo do próximo ano, avançando por 2022.

Já a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) afirmou que a entrega das 40 milhões de seringas com agulhas solicitadas pelo Ministério da Saúde está prevista para março do próximo ano.

Segundo a entidade, porém, há negociação com as empresas fornecedoras para que parte do material seja entregue antes.
Nesta quarta, o Ministério da Saúde apresentou, em cerimônia no Palácio do Planalto, o plano de vacinação. A ideia é centralizar os trabalhos no PNI (Programa Nacional de Imunização).

A pasta do general Eduardo Pazuello deixou para o último mês deste ano a realização de uma licitação que vai escolher as empresas fornecedoras de seringas e agulhas. O material será destinado à vacinação contra Covid-19.

Levando-se em conta que a maioria das vacinas previstas será aplicada em duas doses, os produtos a serem adquiridos seriam suficientes para vacinar 150 milhões de brasileiros. O número corresponde a 70% da população, considerado necessário para barrar a circulação do novo coronavírus no país.

Há seis meses, o gabinete do ministro ignora um pedido do Ministério da Economia para que se manifeste sobre o interesse público na importação de seringas chinesas. Há alerta para risco de desabastecimento, como revelou o jornal Folha de S.Paulo.

O Ministério da Saúde voltou a ser provocado pela pasta de Paulo Guedes a dar uma posição. Desta vez, um prazo foi estabelecido: até o dia 28 deste mês.

O aviso de licitação para a compra de seringas, por meio de um pregão eletrônico, foi publicado nesta quarta no DOU (Diário Oficial da União). A abertura das propostas está prevista para o dia 29.

Os documentos que integram o edital da licitação preveem a possibilidade de compra e entrega escalonada dos produtos. Este foi um pedido das indústrias brasileiras, diante da inexistência de estoque e da dificuldade de produção imediata, no ritmo que uma pandemia exige.

O edital inclui 300 milhões de seringas e agulhas para a vacinação contra a Covid-19 e 31,2 milhões para a imunização contra o sarampo. A compra total custará R$ 62,1 milhões, segundo o ministério.

Os primeiros lotes, segundo a previsão da pasta, seriam entregues até 31 de janeiro. São 20 milhões de seringas e agulhas destinadas ao combate à pandemia.

Já os últimos, do total de 300 milhões, ficariam para até 31 de dezembro. Seriam mais 20 milhões de itens. Pelo cronograma do edital, a maior parte do material –180 milhões de seringas– seria fornecida no primeiro semestre. Os outros 120 milhões ficariam para o semestre seguinte de 2021.

As empresas que fabricam seringas e agulhas no Brasil preveem que a produção destinada à pandemia avançará por 2022. São apenas três as fábricas instaladas no país.

O Ministério da Saúde permitiu, na licitação, a chamada cotação parcial, em que diversas empresas podem levar um mesmo item previsto no edital. São quatro itens, com variações no tipo de agulha

Cada empreendimento precisa ficar responsável pelo fornecimento de pelo menos 25% do previsto em cada tipo de produto.

Está permitida a participação de empresas estrangeiras, desde que com representação legal no Brasil. Os fabricantes esperam que muitas importadoras participem da licitação. Elas compram seringas e agulhas principalmente de China e Índia. O edital prevê condições especiais a microempresas.

Já a compra de seringas que está em andamento pela Opas, segundo a organização, é estimada em US$ 1,014 milhão (R$ 5,176 milhões, na cotação desta quarta), a um preço unitário de US$ 0,02535 (R$ 0,13).

O valor do frete marítimo, segundo a organização, é de US$ 350 mil (R$ 1,787 milhão) e inclui seguro. O material foi adquirido dos laboratórios Jiangxin e Nubenc, via um fundo da Opas que é usado como um mecanismo de cooperação técnica para entes nacionais e subnacionais.

O instrumento visa garantir que populações dos países das Américas tenham acesso rápido a vacinas e insumos estratégicos.

Em nota, o Ministério da Saúde sustenta que a aquisição dos produtos é responsabilidade dos estados. A compra pelo governo federal no atual contexto de pandemia, diz, é uma excepcionalidade.

A pasta não centraliza a aquisição de seringas, e os recursos são repassados aos estados, segundo o ministério. Questionado sobre estoques dos produtos, o ministério disse que “precisam ser checados com os estados”

A assessoria do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), porém, afirmou que não monitora os estoques nos estados. Em nota, a Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos) afirmou que “serão necessários volumes muito grandes de seringas em um curto prazo de entrega, já que em alguns estados a vacinação terá início no primeiro trimestre do próximo ano”.

Porém, alertou que a indústria sente, neste momento, a busca de um mesmo produto por diferentes órgãos governamentais, “o que poderá gerar a falsa necessidade de volume acima do real”. “Esta situação poderá provocar falta de fornecedores locais.”

Folhapress

Caminhão bate em BMW e cai de barranco em Palmares

Um carro modelo BMW colidiu contra a lateral de um caminhão, na madrugada desta quinta-feira (17), em Paudalho, na Mata Sul de Pernambuco. O caminhão caiu de um barranco após a colisão. O acidente ocorreu no quilômetro 75 da BR-408, por volta das 2h30.

No caminhão, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estavam oito passageiros, sendo três na cabine e os outros cinco na carroceria.

Os feridos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros para a UPA de Paudalho.

O motorista da BMW fugiu e abandonou o veículo no local, que foi recolhido para o pátio da PRF.

Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.

Folhape

Pernambuco prorroga estado de calamidade pública por causa da Covid até 30 de junho de 2021

O Governo de Pernambuco publicou, na edição desta quinta-feira (17) do Diário Oficial do Estado, um decreto que prorroga o estado de calamidade pública em razão da pandemia de Covid-19 até o dia 30 de junho de 2021. A validade do novo decreto é de 180 dias e começa a valer em 1º de janeiro de 2021.

O texto do decreto, assinado pelo governador Paulo Câmara, alega como uma das justificativas para a prorrogação a “inexistência de um cronograma definido de início e de conclusão do processo de imunização da população brasileira contra o coronavírus”.

Com o estado de calamidade pública, o governo pode adotar medidas de combate à Covid-19 com mais celeridade e menos burocracia, diante do contexto de urgência da pandemia.

Em 20 de março, oito dias após as primeiras confirmações de casos da doença causada pelo novo coronavírus no Estado, o governo havia publicado decreto com a implantação da calamidade pública.

O texto tinha prazo de 180 dias e expirou em 16 de setembro. Em 17 de setembro, um novo decreto foi publicado com a extensão por mais 180 dias.

O decreto ressalta que órgãos e entidades da Administração Pública devem continuar a adotar as medidas necessárias ao enfrentamento da doença trazidas pelo Plano de Convivência com a Covid-19, protocolos do governo para a reabertura das atividades econômicas e sociais.

Coronavírus em Pernambuco
Segundo o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), divulgado nessa quarta-feira (16), Pernambuco contabiliza 201.851 casos confirmados da Covid-19 – sendo 2.071 no último informe, a terceira maior marca em 24 horas desde o início da pandemia.

O Estado soma ainda 9.339 mortes, das quais 15 confirmadas na quarta.

Pernambuco ainda ultrapassou a marca dos 175 mil pacientes infectados pela Covid-19 e recuperados clinicamente. São ao todo 175.215 curados, com 1.885 contabilizados na quarta.

Folhape

Como trabalhar a inteligência emocional dos alunos para o Enem?

Na reta final de preparação para o Enem e demais vestibulares, os estudantes começam a lidar com diferentes emoções, como nervosismo e ansiedade. Esses sentimentos são muito comuns quando aumenta a sensação de pressão pela proximidade dos exames, fazendo com que o aluno não consiga lidar com esse turbilhão de sentimos e acabe diminuindo a concentração e a capacidade de raciocínio, podendo afetar seu desempenho na hora da prova.

Sobretudo neste difícil ano de pandemia, em que os vestibulandos enfrentaram muitas dificuldades e incertezas, a equipe do Colégio GGE investiu fortemente no cuidado com saúde mental do aluno. O projeto de Inteligência Emocional e Mindfulness do GGE foi desenvolvido para oferecer orientações para os jovens aprenderem a lidar de maneira saudável com suas emoções, entendendo mais sobre si mesmo e o que desejam para seu futuro. A iniciativa promoveu encontros leves, descontraídos e emocionantes, sempre ricos e cheios de aprendizados práticos.

“Iniciamos o projeto de inteligência emocional no primeiro semestre, abordando temas em relação à pandemia, para que eles conseguissem manter sua rotina de estudos e aprender a controlar seus sentimentos neste momento incerto que todos viviam, sem comprometer o aprendizado. Já no segundo semestre, trabalhamos mensalmente com os terceiros anos, abordando mais os temas voltados ao momento que eles estão, que é da preparação para os Enem e demais vestibulares”, explicou a psicóloga do GGE, Emanuela Freire.

Os encontros do projeto de Inteligência Emocional e Mindfulness acontecem no formato virtual, trabalhando aspectos emocionais e comportamentais dos adolescentes, para que eles desenvolvam o autocontrole e a autoconfiança. Os jovens estão aprendendo a canalizar suas energias e sentimentos para ações positivas, o que não só ajuda na hora de ter calma e foco nas provas do Enem, como também em outros desafios da vida adulta.

“O Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SOEP) do Colégio GGE tem trabalhado com os alunos do 3º do Ensino Médio ao longo de 2020 e alcançado resultados bastante positivos, pois buscamos sempre motivá-los e mostrar o potencial que cada um tem para continuarem firmes, focados e otimistas, pois eles estão preparados para todas as provas e, principalmente, não devem se entregar diante das adversidades, mas fazer delas uma fonte de inspiração, de luta e perseverança. Eles aprendem que sempre terão obstáculos na vida e precisam lembrar do que aprenderam conosco para seguir sempre em frente”, concluiu a psicóloga.

Filhos do cantor Michael Jackson pedem R$ 500 milhões a HBO

Os filhos do cantor Michael Jackson, morto em 2009, venceram mais uma etapa do processo que corre na Justiça e envolve a família Jackson e o canal HBO.

A disputa é em relação a uma suposta quebra de contrato por parte do canal que teria por cláusula o dever de jamais manchar a imagem do Rei do Pop com a veiculação do documentário “Leaving Neverland”. De acordo com o site da revista Variety, o tribunal de apelações decidiu por unanimidade que a emissora quebrou um contrato feito com o cantor, em 1992.

De acordo com o site era obrigação da emissora se comprometer em não fazer qualquer comentários ou práticas que manchassem a imagem do artista e a de seus representantes. Com isso, os herdeiros de Jackson pedem o equivalente a pouco mais de R$ 500 milhões.

O documentário mostra a turnê de 1992 “Michael Jackson Live in Bucharest: The dangerous tour”. Dois homens relatam ter sofrido abusos por parte do cantor quando eram apenas crianças. A indenização seria por conta justamente de o artista não ter podido se defender, já que foi ao ar em 2019, dez anos após sua morte.

Pelo lado do canal, ele alega que o contrato expirou assim que ambas as partes cumpriram as obrigações. O caso está longe de ter um final. Tudo agora seguirá para uma arbitragem contratual que analisará as duas partes para definir os próximos passos. A HBO pode recorrer ao Supremo Tribunal.

Folhapress

Pernambuco tem o quarto pior desempenho político do Brasil, diz site

Um levantamento divulgado pelo site Ranking dos Políticos apontou que Pernambuco tem o quarto pior desempenho político do Brasil. O estado aparece na 24ª posição, à frente apenas de Ceará, Bahia e Amapá. Na outra ponta da lista, Santa Catarina ficou em primeiro lugar na lista dos estados brasileiros. Fechando o pódio, aparecem Rondônia e Roraima.

O parlamentar pernambucano mais bem-colocado é o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), com uma nota de 8,41. Daniel é considerado pela página o 26º melhor parlamentar do país, entre 583 nomes englobando deputados federais e senadores. Ele publicou em suas redes sociais uma mensagem agradecendo o prêmio.

“Recebendo pelo quinto ano o prêmio 2020 do Ranking dos Políticos como melhor parlamentar de Pernambuco. Reconhecimento pelo trabalho e estímulo para seguir em frente. O ranking avalia a qualidade da produção legislativa, zelo pelo uso do dinheiro público, votos em matérias de interesse da sociedade e histórico de combate à corrupção”, escreveu.

Outros políticos pernambucanos que aparecem bem-avaliados são o senador Fernando Bezerra Coelho (DEM), com uma nota de 8,08 (e a 34ª posição geral); o deputado federal Pastor Eurico (Patriota), que teve uma pontuação de 7,75 (e ficou em 44º lugar); e os também deputados federais Raul Henry (MDB), com 7,67 (52º lugar); e Augusto Coutinho (Solidariedade), com nota de 7,04 (132º lugar).

Já entre os parlamentares do estado que tiveram pior desempenho, a deputada federal Marília Arraes ficou na 544ª posição, com uma nota de 1,89. Quem também teve uma pontuação baixa foi o deputado federal e ex-prefeito de Olinda Renildo Calheiros (PCdoB), com 1,93 e o 540º lugar. O prefeito eleito do Recife e ex-deputado federal João Campos (PSB) aparece na 470ª posição, com 3,51 pontos.

Segundo o site da plataforma, o Ranking dos Políticos atribui a pontuação dos políticos de acordo com a atuação de cada parlamentar no combate à corrupção, aos privilégios e ao desperdício da máquina pública. Para isso, são avaliados dados sobre presenças nas sessões, economia de verbas, processos judiciais e votações dos parlamentares nas decisões do Congresso. As informações são obtidas dos sites do Senado, da Câmara e dos Tribunais de Justiça e o projeto é mantido por doações de pessoas físicas brasileiras. A página declara não aceitar contribuições de partidos, empresas, grupos de interesse ou do exterior.

Diario de Pernambuco

Caruaru City representa a cidade em mais uma edição PE CUP

Pelo terceiro ano seguido, o Caruaru City vai representar a cidade na disputa da PE CUP, maior competição de futebol infantil do Brasil. A estreia será nesta quarta-feira (16), a partir das 15h.

Referência na formação de atletas, o Caruaru City vai participar com sua escola de futebol nas categorias sub-9, 10, 11 e 13, e com a categoria de formação no sub-15. Campeão nas últimas duas edições, o clube vai em busca de mais um título. Já são 5 troféus de campeão e vice da competição.

Este ano, a PE CUP será realizada de 16 a 20 de dezembro, no Centro de Treinamento do Retrô, em Aldeia, seguindo todos os protocolos de prevenção da covid-19, como redução no número de equipes, limite na quantidade de público e o uso obrigatório de máscara e álcool em gel.

Transforma Caruaru realiza, nesta sexta (18), mais um Drive Thru Solidário

O Transforma Caruaru, junto à Rede de Solidariedade, realizará, nesta sexta-feira (18), mais um Drive Thru Solidário. A ação, desta vez, acontecerá em frente ao Bonanza Supermercado – loja Maurício de Nassau, das 17h às 21h. O objetivo é arrecadar doações de cestas básicas, alimentos não perecíveis, bem como brinquedos novos ou em bom estado para serem doados aos mais necessitados no município.

A ação faz parte do ‘Natal Transforma – Ajude quem mais precisa nessa festa solidária’, lançado no último dia 30 de novembro. “Convido todos os caruaruenses a se engajarem nessa corrente do bem e poder levar um pouco de alegria, conforto e solidariedade a quem mais precisa”, disse Christianny Magalhães, coordenadora do Transforma Caruaru.

Quem não conseguir fazer a sua doação no drive thru desta sexta pode deixar a sua contribuição na Prefeitura de Caruaru (Praça Teotônio Vilela, s/n°, Bairro Nossa Senhora das Dores), no Lions Internacional (Avenida Suíça, n⁰ 100, Bairro Universitário), no Bonanza (Maurício de Nassau), Alameda (Rua Arlindo Porto, 127, Maurício de Nassau), bem como nos supermercados Empório (Shopping Difusora) e PagMenos (Via Parque, Avenida Brasil, Salgado, Boa Vista e Vila Kennedy). A campanha segue até o dia 23 de dezembro.

Sem máscara, Bolsonaro encontra Silvio Santos, de 90 anos, e é alvo de críticas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se encontrou com Silvio Santos nesta terça-feira (15), em cerimônia de entrega de um selo que homenageia o fundador do SBT.

Os Correios lançaram um selo em comemoração aos 90 anos do apresentador, além de um carimbo comemorativo que reproduz a efígie do comunicador.

Nem Silvio nem Bolsonaro usavam máscara na cerimônia. Fotos do evento foram postadas nas redes sociais oficias do palácio do Planalto, de um dos filhos do presidente, Eduardo, e do ministro das Comunicações, Fábio Faria –este último estava presente e usava máscara.

As fotos motivaram críticas, que destacaram a ausência da máscara. Alguns chamaram o episódio de “lamentável” e outros falaram em “irresponsabilidade”. Outros criticaram as supostas prioridades na agenda do presidente. Muitos outros perfis elogiaram.

Por causa da pandemia do coronavírus, o apresentador e empresário está afastado das gravações desde março, quando voltou das férias de final de ano. No final do ano passado, ele também passou um tempo sem gravar devido a uma forte gripe. O isolamento de Silvio em 2020 reduziu o fluxo de políticos do governo, que havia sido intenso no ano passado, em programas do SBT.

Folhapress

Prefeitos eleitos em busca de vacinas contra a Covid-19

Diante da incerteza referente à coordenação nacional de uma campanha de imunização contra a Covid-19, e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que não irá se vacinar e sugerindo a assinatura de um “termo de responsabilidade” por parte dos brasileiros que decidirem se imunizar, os gestores municipais têm se articulado voltados, sobretudo, para São Paulo, sede do Instituto Butantan, que tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a produção da vacina CoronaVac.

Na semana passada, o prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), esteve no Instituto, conversou com o diretor de Estratégia Institucional, Raul Machado Neto, e afirmou que uma parceira com a entidade é uma possibilidade “caso necessário”, a partir do momento que a vacina seja liberada. Ontem, em rede social, ele disse que a criação de um comitê para planejar a imunização no Recife tem justamente como um dos objetivos coordenar “a aquisição de vacina, aquisição de insumos, o incremento de pessoas para poder fazer a aplicação das vacinas”.

Na última segunda, foi a vez da prefeita reeleita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ir a São Paulo tendo como uma das pautas o andamento da CoronaVac. A tucana participou de uma agenda com o governador de São Paulo, João Dória, também do PSDB. “Falamos sobre os desafios na gestão, pandemia e também sobre a vacina para Covid-19 no Brasil. O trabalho não para”, escreveu a prefeita em suas redes sociais.

O prefeito reeleito de Petrolina, no Sertão pernambucano, Miguel Coelho (MDB), abordou a vacina durante a sua diplomação para o segundo mandato, também na segunda. Ele afirmou que o município trabalha “em duas frentes” para vacinar a população. “Trabalhamos com o Governo Federal e com o Instituto Butantan em duas frentes distintas para que a vacina que seja primeiro aprovada, a prefeitura faça a sua aquisição”, afirmou o prefeito. Ainda de acordo com ele, dessa forma, a Secretaria de Saúde de Petrolina poderá iniciar a imunização dos seus habitantes já em janeiro, levando em conta um cenário “otimista”.

Para Priscila Lapa, cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), os prefeitos tentam se adiantar diante de um problema “que vai quebrar nas costas deles”.

“Não tem programa pronto do Governo Federal sobre a vacinação e nem para remediar as consequências da pandemia. As ajudas que o governo fez, de repasses para os estados e municípios, não devem se repetir em 2021. Então é um cenário hostil e é o gestor do município é que será cobrado por leitos em UTI, em enfermaria, e em garantir a funcionalidade segura do comércio”, avalia.

Diante de tudo isso, ela enxerga uma movimentação dos prefeitos, e também dos governadores, similar ao ocorrido no início da pandemia. “Com a omissão do Governo Federal, há ocupação desse espaço de poder. A vacinação é enxergada como a grande esperança que minimizaria os danos à saúde pública e evitar, inclusive, a necessidade de novos lockdowns”, frisa Priscila.