China enfrenta pior surto de covid-19 desde março de 2020

Pessoas fazem fila para serem submetidas a teste para Covid-19 em Pequim

A China está enfrentando o pior surto de covid-19 desde março de 2020, com uma província registrando aumento diário recorde de casos, ao mesmo tempo em que um painel independente, que analisa a pandemia global, disse que a China poderia ter feito mais para conter o surto inicial.

O tabloide estatal Global Times defendeu, nesta terça-feira (19), a condução chinesa da covid-19, dizendo que nenhum país tinha experiência em lidar com o vírus.

“Olhando para trás, nenhum país poderia ter um desempenho perfeito ao enfrentar um vírus novo. Nenhum país pode garantir que não cometerá erros se uma epidemia semelhante ocorrer novamente”, afirmou a publicação.

A China registrou hoje mais de 100 novos casos de covid-19 pelo sétimo dia. Foram 118 novos casos nessa segunda-feira, contra 109 no dia anterior, informou a autoridade nacional de saúde em comunicado.

Desses, 106 foram infecções locais, com 43 relatadas em Jilin, um novo recorde diário para a província do Nordeste, e 35 na província de Hebei, que circunda Pequim, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

A própria capital chinesa relatou um novo caso, enquanto Heilongjiang, no Norte, teve 27 novas infecções.

Dezenas de milhões de pessoas estão em lockdown, enquanto algumas cidades do Norte passam por testes em massa, diante do temor de que infecções não detectadas possam se espalhar rapidamente durante o feriado do Ano Novo Lunar, daqui a algumas semanas.

Centenas de milhões de pessoas viajam durante o feriado, em meados de fevereiro, e trabalhadores migrantes voltam para suas províncias de origem para ver a família.

As autoridades apelaram às pessoas para que evitem viagens no feriado e fiquem longe de aglomerações, como casamentos.

O surto em Jilin foi causado por um vendedor infectado que viajava da província vizinha de Heilongjiang, local de um foco anterior de infecções.

O número total de novos casos assintomáticos, que a China não classifica como infecções confirmadas, caiu de 115 um dia antes para 91.

O número total de casos confirmados de covid-19 na China continental é de 89.454, enquanto o número de mortos permaneceu inalterado em 4.635.

Um painel independente de especialistas que analisa a pandemia, liderado pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark e a ex-presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, disse que as autoridades chinesas poderiam ter aplicado medidas de saúde mais enérgicas em janeiro do ano passado para conter o surto inicial.

Também criticou a Organização Mundial da Saúde (OMS) por não declarar uma emergência internacional até 30 de janeiro.

Uma equipe da OMS está atualmente em Wuhan, cidade central da China onde a doença foi detectada pela primeira vez no fim de 2019, para investigar as origens da pandemia que matou mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo.

Alemanha deve ampliar lockdown até meados de fevereiro

German Chancellor Angela Merkel leads the weekly cabinet meeting in Berlin, Germany, August 21, 2019.   REUTERS/Axel Schmidt

A chanceler alemã, Angela Merkel, deve acertar com líderes regionais do país a ampliação do lockdown para a maioria das lojas e das escolas até meados de fevereiro como parte de um pacote de medidas para tentar conter o novo coronavírus. As conversas estão marcadas para esta terça-feira (19).

As novas infecções têm caído nos últimos dias, e a pressão sobre as unidades de terapia intensiva (UTIs) diminuiu, mas virologistas estão preocupados com a disseminação de uma variante mais transmissível do vírus.

De acordo com reportagem do jornal Bild, é provável uma prorrogação por duas semanas”. O lockdown atual vai até 31 de janeiro.

O governo federal propôs que as pessoas sejam obrigadas a usar máscaras nas lojas e nos transportes públicos e que a ajuda para empresas deve ser melhorada por causa da ampliação, conforme esboço das medidas que serão discutidas.

De acordo com o esboço, o governo federal também criará guia para uma estratégia de reabertura justa e segura.

“Os números das infecções estão caindo por várias semanas ou estagnando, e isso é bom. Agora estamos enfrentando uma mutação muito agressiva à qual temos que responder”, disse o prefeito de Berlim, Michael Mueller, à TV alemã.

EUA e Europa cobram libertação do opositor russo Alexei Navalny

Russian opposition leader Alexei Navalny is escorted by police officers after a court hearing, in Khimki

Os Estados Unidos e vários governos europeus exigem a libertação de Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin que foi detido no aeroporto de Moscou, logo após chegar ao país, por agentes dos serviços prisionais russos (FSIN). Alexei Navalny é acusado de ter violado os termos de uma pena de prisão suspensa a que foi condenado em 2014.

Alexei Navalny voltava para a Rússia vindo da Alemanha, onde estava desde agosto do ano passado, para se tratar de um caso de envenenamento. O Serviço Federal de Prisões da Rússia solicitou à Justiça a prisão do opositor do Kremlin para tornar efetiva uma pena suspensa de três anos e meio a que foi condenado. Em 2017, a sentença foi considerada “arbitrária” pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e vários governos ocidentais já condenaram a recente detenção do ativista.

Navalny foi recebido no aeroporto por quatro agentes policiais. Em comunicado, o FSIN informou que Alexei Navalny “permanecerá detido até à decisão do tribunal” sobre o seu caso, sem especificar uma data.

De acordo com os serviços prisionais russos, Navalny “figura em uma lista de pessoas procuradas desde 29 de dezembro de 2020 por diversas violações ao seu período probatório”. Além do opositor de Vladimir Putin, vários aliados e apoiadores de Navalny, incluindo seu irmão, Oleg, também foram detidos em Moscou e em São Petersburgo no domingo.

“Alexei foi detido sem que o motivo fosse explicado (…). Não me deixaram regressar para junto dele” após ter passado pelos serviços de migração, disse a advogada de Navalny, Olga Mikhailova.

Repercussão internacional
A União Europeia e os Estados Unidos já reagiram e exigiram a libertação do opositor russo. No Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou “inaceitável” a detenção e apelou às autoridades russas para que o libertem “imediatamente”.

Ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, pediu à Rússia para “libertar imediatamente” Alexei Navalny.

Reconhecendo que a Rússia está vinculada pela própria Constituição e obrigações internacionais ao Estado de direito e à proteção dos direitos civis, o ministro alemão acrescentou: “evidentemente, estes princípios também devem ser aplicados” a Alexei Navalny, que “deve ser libertado imediatamente”.

Após “grave ataque de envenenamento” cometido em solo russo contra Navalny, a Alemanha apelou à Rússia para “investigar minuciosamente este ataque e levar os perpetradores à Justiça”.

Os governos da França e da Itália também pediram a libertação de Navalny. Já a Lituânia e a República Checa apelaram à UE que impusesse rapidamente sanções à Rússia como forma de pressionar pela libertação do russo.

Já os EUA condenaram “veementemente” a detenção do opositor russo, segundo declarou o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo.

“Os Estados Unidos condenam firmemente a decisão da Rússia de prender Alexei Navalny”, disse Pompeo, em comunicado, expressando “grande preocupação”.

Para o secretário de Estado da administração Trump, esta detenção “é a última de uma série de tentativas para silenciar Navalny e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas”.

No Twitter, Pompeo acrescentou que “líderes políticos confiantes não temem vozes concorrentes, nem cometem violência ou detêm opositores políticos injustamente”.

No mesmo dia da prisão, o conselheiro de segurança nacional do Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, também exigiu a libertação imediata do russo.

“Navalny deve ser libertado imediatamente e os responsáveis pelo ataque inadmissível à sua vida devem ser responsabilizados”, escreveu Jake Sullivan numa mensagem publicada no Twitter.

“Os ataques do Kremlin a Navalny não são apenas uma violação aos direitos humanos, mas uma afronta ao povo russo, que deseja que as suas vozes sejam ouvidas”, acrescentou.

Na segunda-feira, o Reino Unido exigiu que a Rússia libertasse imediatamente o opositor do Kremlin e que Moscou explicasse o envenenamento de Navalny.

“É espantoso que Alexei Navalny, vítima de um crime desprezível, tenha sido detido pelas autoridades russas. Ele deve ser libertado imediatamente”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros inglês, Dominic Raab, que emendou: “em vez de perseguir o Sr. Navalny, a Rússia devia explicar como é que uma arma química passou a ser usada em solo russo”.

A organização de defesa dos Direitos Humanos Amnistia Internacional também condenou a detenção do ativista russo.

“Alexei Navalny foi privado da sua liberdade pelo seu ativismo político pacífico e por exercer a sua liberdade de expressão. A Amnistia Internacional considera-o um prisioneiro de consciência e apela à sua libertação imediata e incondicional”, disse a organização não-governamental (ONG), numa declaração.

Resposta russa
A Rússia, contudo, rejeitou todos estes pedidos, apelando ao Ocidente para cuidar dos próprios problemas. “Respeitem o Direito Internacional, não invadam a legislação nacional de Estados soberanos e tratem dos problemas de seus próprios países”, escreveu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, no Facebook.

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, também respondeu à consternação ocidental, classificando-o como uma tentativa de desviar a atenção dos próprios problemas do Ocidente.

Relembro o caso
Navalny passou quase cinco meses em tratamento médico na Alemanha, após ter sido envenenado com uma substância tóxica de uso militar, ato que, segundo o ativista, foi ordenado pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Em 20 de agosto de 2020, Navalny sentiu-se mal e desmaiou durante um voo doméstico na Rússia. Ele foi transportado dois dias depois, em coma, para a Alemanha. Laboratórios alemães, franceses e suecos, assim como a Organização para a Proibição de Armas Químicas acreditam que ele foi exposto a um agente neurotóxico, do tipo Novichok, da era soviética.

As autoridades russas, no entanto, rejeitam todas as acusações de participação no envenenamento.

O opositor russo partiu no domingo de Berlim rumo a Moscou, reafirmando ser “inocente” diante da ameaça de prisão, assim que chegasse em solo russo.

“Vou ser preso? É impossível. Sou inocente”, disse Alexei Navalny aos jornalistas ainda a bordo do avião.

MEC divulga selecionados na primeira chamada do Prouni 2021

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, hoje (19), a relação dos candidatos aprovados na primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni) de 2021.

Os selecionados terão até o dia 27 de janeiro para comprovar as informações prestadas na inscrição. O resultado da segunda chamada será divulgado em 1º de fevereiro. A lista está disponível no site.

Neste ano, o programa oferece bolsas para 13.117 cursos em 1.031 instituições de ensino, localizadas em todos os estados e no Distrito Federal. Só para cursos na modalidade de educação a distância, a oferta é de 52.839 bolsas. No total, mais de 162 mil bolsas estão sendo ofertadas nesta edição do Prouni.

Critérios
Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.650) por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa (R$ 3.300).

É necessário também que o interessado tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa, e, nesse caso não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

É preciso ainda que o candidato tenha feito a edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação.

Neste ano, excepcionalmente, os interessados serão selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019, uma vez que as provas do Enem 2020 foram adiadas em razão da pandemia da covid-19 e apenas o primeiro dia de provas foi realizado.

Os candidatos não convocados nas duas primeiras chamadas devem manifestar interesse em continuar no processo seletivo entre os dias 18 e 19 de fevereiro. A lista de espera estará disponível para consulta em 22 de fevereiro.

Bancários da Caixa estão mobilizados em campanha para ajudar Manaus a enfrentar covid-19

O estado do Amazonas vive um colapso na área da saúde por conta da escassez de oxigênio e de outros insumos hospitalares para pacientes em estado grave. Manaus é uma das cidades mais afetadas pela pandemia do coronavírus e enfrenta, junto com a sobrecarga do sistema de saúde, o aumento do número de mortes pela doença. Sensibilizada com essa situação dramática, a Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal no Amazonas (Apcef/AM) — com o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) — promove uma campanha de arrecadação de recursos e insumos para a população da capital amazonense, como máscaras, capotes e luvas.

Como o cenário é cada vez mais grave, até alimentos estão sendo arrecadados pelos bancários da Caixa na capital amazonense. “Temos essa mutação do vírus, que tem alta transmissibilidade. Os próximos dias serão muito difícieis”, disse neste final de semana o governador do estado, Wilson Lima.

A campanha da Apcef/AM conta com a adesão de empregados da Caixa lotados nas unidades do banco em Manaus. Os bancários estão fazendo doações financeiras em uma conta corrente específica aberta pela Associação: Agência Caixa 1548, Operação 003, Conta Corrente 2000-9 (CNPJ 04.170.338/0001-42).

O presidente da Apcef/AM, Osmar Pantoja da Silva, afirma que é mais do que urgente a busca de soluções para essa tragédia anunciada. “Não tem como ficar parado diante de muitos dramas humanos. O desespero das pessoas é cada vez maior. Procuram ajuda e não encontram o que precisam nos hospitais e em outras unidades de saúde”, ressalta.

A Fenae, também consternada com a situação, está mobilizando os bancários da Caixa de todo o país com o objetivo de ampliar o auxílio à capital do Amazonas. “É inadmissível que pessoas morram por asfixia nos leitos dos hospitais em Manaus devido à falta de cilindros de oxigênio e outros insumos”, lamenta o presidente da federação, Sergio Takemoto. “Toda ajuda é bem-vinda”, reforça.

VACINAÇÃO — Neste domingo (17), a Anvisa aprovou o uso emergencial das vacinas contra a covid-19 produzidas pelo Butantan e a Fiocruz. Em São Paulo, a imunização começou pelos profissionais de saúde. O ministro Eduardo Pazuello (Saúde) informou que a previsão é que o plano nacional de imunização contra a doença deva ter início nesta quarta-feira (20).

Por meio de ofício, o presidente da Fenae solicitou ao ministro Pazuello a inclusão dos empregados da Caixa no grupo prioritário de vacinação. Sergio Takemoto destaca que os bancários atendem a um público volumoso e em ambiente fechado.

Somente em 2020, durante o pagamento do auxílio emergencial, cerca de 120 milhões de brasileiros foram atendidos pelo banco. Além deste benefício, a Caixa Econômica Federal também é responsável pela administração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de outros programas sociais, que demandam atendimento presencial. Estas atividades, segundo o ofício enviado pela federação, são “essenciais para a sobrevivência da população”.

“Compreendemos que a vacinação desse público prioritariamente [bancários da Caixa] contribuirá para diminuir a disseminação do coronavírus, no momento em que temos tido notícias de novas cepas circulando no país. Considerando a frequente exposição dos bancários ao vírus no contato com cédulas, documentos e caixas eletrônicos, tal medida será positiva tanto para a população quanto para os trabalhadores do banco”, diz o ofício da Fenae.

Austrália deverá manter fronteiras fechadas em 2021

A Austrália deverá manter as fronteiras fechadas durante a maior parte de 2021, mesmo que a maioria da sua população de 25 milhões de pessoas seja vacinada nos próximos meses.

“Acredito que teremos restrições fronteiriças significativas durante a maior parte deste ano, mesmo que a maioria da população seja vacinada. Não sabemos se (a vacina) irá impedir a transmissão do vírus”, disse o secretário do Ministério da Saúde, Brendan Murphy.

De acordo com pesquisa feita no mês passado pela empresa de consultoria Roy Morgan, cerca de 75% da população australiana, que iniciará o seu programa de vacinação contra covid-19 em meados de fevereiro, pretendem ser imunizados contra o novo coronavírus. As autoridades australianas buscam determinar a segurança das vacinas..

A Austrália tem mantido as suas fronteiras internacionais fechadas desde março de 2020 e só permite a entrada dos seus residentes e cidadãos, alguns dos seus familiares mais próximos, diplomatas e outras exceções.

As autoridades australianas anunciaram, nesse fim de semana, que vão disponibilizar 20 voos “charter” para repatriar alguns dos mais de 30 mil residentes e cidadãos australianos no estrangeiro, depois de a companhia aérea Emirates ter anunciado que iria suspender os voos para Melbourne, Sidney e Brisbane.

Qualquer pessoa que entre no país está sujeita a uma quarentena obrigatória de 14 dias, como é o caso dos tenistas que participam do Open da Austrália, agendado entre 8 e 21 de fevereiro.

Até a data, 72 jogadores foram forçados a ficar confinados em seus quartos de hotel em Melbourne. Todos os jogadores que viajaram para participar do Open da Austrália estão obrigados a fazer quarentena, embora possam treinar, sob supervisão, durante o máximo de cinco horas.

Covid-19: Brasil passa das 210 mil mortes causadas pela pandemia

Médicos observam exame de paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP)

O Brasil passou das 210 mil mortes ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 452 óbitos pela covid-19. Com isso, o total de mortes chegou a 210.299. Há 2.766 óbitos em investigação por equipes de saúde.

A atualização da situação de casos e mortes causados pela pandemia foi divulgada pelo Ministério da Saúde na noite desta segunda-feira (15).

A contabilização de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 8.511.770. Entre ontem e hoje, foram acrescidos às estatísticas 23.671 novos diagnósticos positivos.

Ainda há 849.424 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde e 7.452.047 pessoas já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Estados

Na lista de estados com mais mortes o topo é ocupado por São Paulo (49.987), Rio de Janeiro (27.805), Minas Gerais (13.483), Ceará (10.223) e Pernambuco (10.031). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (811), Acre (837), Amapá (1.005), Tocantins (1.316) e Rondônia (2.031).

São Paulo também lidera no número de casos, com 1.628.272 casos registrados desde o início da pandemia, seguido de Minas Gerais (646.091) e Santa Catarina (543.389). Os estados com menor número de casos são Acre (44.775), Roraima (71.065) e Amapá (73.626).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – 18/01/2021/Divulgação/Ministério da Saúde

Candidatos com sintomas de covid podem pedir reaplicação do Enem

Entrada dos candidatos para o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ), na zona norte do Rio.

Os candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 que estiverem com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa devem comunicar ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esses participantes não devem comparecer ao segundo dia de aplicação das provas, no próximo domingo (24), mesmo que tenham feito a primeira, no último dia 17.

Esses candidatos terão direito a fazer o Enem na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. A solicitação para participar da reaplicação, bem como a apresentação dos laudos médicos e documentos que comprovem a situação, pode ser feita pela Página do Participante. O sistema ficará aberto até as 12h do dia 23 de janeiro.

Quem apresentar sintomas após esse horário e mesmo no dia da aplicação das provas não deve fazer o Enem. Haverá novo prazo para apresentar os atestados. Os candidatos poderão solicitar a reaplicação entre os dias 25 e 29 de janeiro também na Página do Participante.

Primeiro dia de aplicação
O mesmo procedimento foi adotado no primeiro dia de aplicação do Enem, no último domingo (17). O sistema ficou aberto até o dia 16 para que os candidatos apresentassem a documentação na Página do Participante. O sistema foi fechado na véspera do Enem e, agora, está reaberto.

Aqueles que ainda não enviaram a documentação e não compareceram ao primeiro dia por causa de covid-19 ou outras doenças infectocontagiosas também podem pedir a reaplicação esta semana ou no período de 25 a 29 de janeiro.

De acordo com o Inep, para o primeiro dia de exame, até o dia 16, 10.171 participantes já pediram reaplicação. Desse total, o Inep aceitou o pedido de 8.180. Aqueles que tiveram o pedido negado e que não fizeram o exame podem acessar o sistema e enviar novos documentos comprobatórios, para que o pedido seja reconsiderado.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, alerta os participantes para que fiquem atentos aos documentos que estão enviando para análise, para não correr o risco de terem o pedido negado. “Teve gente que tirou foto da cama e achou que estava tirando foto do atestado médico. É importante que tenha a atenção de estar juntando realmente os documentos comprobatórios”, disse, nesse domingo (17), em entrevista coletiva.

Documentos
Além da covid-19, podem solicitar a reaplicação, participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.

Segundo o Inep, para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação, deve constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

Os participantes também podem entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800 616161. O Inep recomenda que os candidatos façam a solicitação pela internet.

Recomendações
O médico e professor de doenças infecciosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro Edimilson Migowski reforça a importância de os candidatos perceberem como estão se sentindo e, no caso de estarem doentes, que não compareçam ao exame, que tomem medidas de isolamento social. “Com isso, a gente consegue que a covid-19 tenha um impacto mais reduzido”, diz.

Na página do Ministério da Saúde, está a relação de sintomas da covid. Entre eles estão febre, tosse, coriza, dor de garganta, dificuldade para respirar, perda de olfato, alteração do paladar, cansaço, diminuição do apetite, falta de ar. “Se você não tem nada disso e começa a ter de uma hora para outra, nesse momento há suspeita de ser covid-19”, diz Migowski.

Em todo o país, foram registradas mais de 200 mil mortes por covid. Além do uso de máscara, da higienização com álcool 70, do distanciamento social e da vacinação, uma das formas de conter o avanço do vírus é o distanciamento e o isolamento de pessoas com sintomas.

Enem 2020
O Enem 2020 terá uma versão impressa, que começou a ser aplicada no último domingo (17) e segue no próximo fim de semana, no dia 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o Inep adotou uma série de medidas de segurança. Elas serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

No primeiro dia de aplicação, o exame teve uma abstenção recorde de 51,5%. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas.

Técnica em enfermagem é a primeira pernambucana imunizada contra a Covid-19: “emocionada”

 (Foto: Arnaldo Sete/ Esp. DP Foto)
Foto: Arnaldo Sete/ Esp. DP Foto

Pernambuco começou oficialmente a campanha de vacinação contra a Covid-19. A primeira pessoa imunizada recebeu a vacina nesta segunda-feira (18). Perpétua do Socorro Barbosa dos Santos, 52, moradora do bairro do Ibura, é técnica de enfermagem do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, é servidora da Universidade de Pernambuco há 30 anos e há 25 trabalha na UTI do hospital. A aplicação do imunizante ocorreu no auditório da Faculdade de Ciências Médicas da unidade, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

“Estou um pouquinho emocionada. Isso é um momento histórico para mim e para todos”, disse Perpétua, momentos depois de ser imunizada. “Estamos vitoriosos diante desta situação”, finalizou. “Quem já trabalha com vacina sabe a importância da ciência em relação a isso. É a nossa esperança”, disse Ileana Bernardes, 62, enfermeira que aplicou a vacina. Além de Perpétua, outros dez profissionais de saúde foram vacinados nesta segunda. Entre eles, Penha Atiakum, enfermeira indígena do município de Carnaubeira da Penha, Sertão do estado.

O governador Paulo Câmara classificou como “um novo momento”, e agradeceu aos profissionais envolvidos no combate à Covid-19. Câmara destacou, também, que “todos os cuidados precisam ser mantidos” para conter o avanço da pandemia no estado. Para o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, o momento “deverá ser um divisor de águas para o enfrentamento da pandemia em nosso estado”, e é uma resposta “contra quem aposta no negacionismo e no terraplanismo”.

Próximos passos

Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, os primeiros a receber a vacina deste primeiro lote serão os profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19. Em seguida, indígenas aldeados, idosos acima de 60 anos em instituições de longa permanência e portadores de deficiência que estejam institucionalizados.

Cerca de 5 mil profissionais de segurança, entre agentes da Polícia Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal devem participar do transporte e da distribuição das vacinas. A meta, como afirmou André Longo durante o evento, é distribuir doses da vacina em todos os 184 municípios pernambucanos até o final desta terça (19).

As doses da Coronavac aplicadas nesta segunda-feira (18) chegaram hoje mesmo. O avião da Latam que fez o transporte das 270 mil doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes por volta das 19h30. A aeronave saiu do aeroporto de Campinas, em São Paulo no final da tarde desta segunda (18).

Técnica de Enfermagem do Hospital Oswaldo Cruz é a primeira pessoa vacinada em Pernambuco

Um momento histórico, que reacende a esperança dos pernambucanos. A técnica de Enfermagem Perpétua do Socorro Barbosa dos Santos, de 52 anos, foi a primeira pernambucana vacinada contra a Covid-19 no Estado. O ato aconteceu nesta segunda-feira (18.01), no auditório da faculdade de Ciências Médicas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), em Santo Amaro, no Recife. As 270 mil doses da CoronaVac – Instituto Butantan chegaram à capital às 19h40, vindas de São Paulo, e seguiram para a sede do Programa Estadual de Vacinação, no bairro de Casa Amarela, onde foram separadas para serem enviadas às 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado nas próximas 24 horas.

“É um momento histórico, que vai ficar marcado nas nossas mentes. É fruto de um trabalho de articulação que, hoje, se torna realidade no Brasil e em Pernambuco. Mas sabemos que ainda precisamos de definições sobre os próximos lotes de vacina a serem enviadas aos Estados e municípios brasileiros. Isso faz parte do Plano Nacional de Imunização e temos que ter esse plano na sua completude, com prazos e datas, para que a gente possa vacinar todos”, afirmou Paulo Câmara, após o ato de imunização.

O governador também agradeceu às pessoas que, desde o início, ainda em março de 2020, têm se dedicado a salvar vidas, sobretudo os profissionais de saúde, e reforçou que, embora esse momento seja fundamental, é importante que a população continue mantendo os cuidados necessários. “Ainda precisamos usar máscaras, manter o distanciamento social e sempre higienizar as mãos”, disse, complementando que é preciso ter um pouco mais de paciência até que todos sejam vacinados. “Precisamos ter respeito à vida do outro até vacinarmos todos os pernambucanos e, assim, continuar incansavelmente salvando vidas”.

Há 30 anos trabalhando no HUOC, Perpétua dos Santos sempre quis atuar na área da saúde para “ajudar as pessoas a diminuírem seus sofrimentos”. Ela, que sempre lidou com pacientes com tétano, leptospirose e HIV, contou que viveu “dias de guerra” nos últimos meses, devido à pandemia da Covid-19, e que o medo de pegar a doença bateu por diversas vezes enquanto trabalhava para salvar vidas. “Não tínhamos tempo para pensar em nada. Eu arrisquei a minha vida para salvar a de milhares de pessoas”, afirmou a profissional, ao lembrar do tratamento com os inúmeros pacientes. Após receber a primeira dose do imunizante, Perpétua se disse esperançosa com um novo tempo que se inicia a partir da vacinação. “Estou animada, ansiosa e feliz. Para mim, é uma vitória. Vitória dos pernambucanos e dos brasileiros”, concluiu.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou o dia histórico marcado pela chegada da vacina e o início da imunização dos pernambucanos. “Este dia deverá ser um divisor de águas para o enfrentamento da pandemia em nosso Estado, e certamente mudará o curso da doença em Pernambuco”, previu Longo, destacando que a chegada da CoronaVac – Instituto Butantan simboliza a importância do papel da ciência e da tecnologia no País. “Sempre apostamos na ciência e no acompanhamento do processo com muita disposição e força por parte de toda a equipe liderada pelo governador Paulo Câmara. Então, este momento nos deixa emocionados”, comentou.

Além de Perpétua dos Santos, também foram vacinados a auxiliar de farmácia Wanessa Correia, o técnico de laboratório Marcos Alexandre Correia, a enfermeira de UTI Joyce Mendes, o nutricionista Rodrigo Silveira, a fisioterapeuta Thatiana Vasconcelos, a enfermeira de saúde indígena Penha Atikum – da etnia Atikum – e o médico da UTI pediátrica José Carneiro Leão Filho.

PRIORIDADES – O Plano Nacional de Imunização (PNI) estabeleceu que o grupo prioritário 1 englobaria idosos com mais de 75 anos, indígenas aldeados, idosos com mais de 60 anos que moram em asilos e profissionais de saúde. Em Pernambuco, isso corresponde a cerca de 630 mil pessoas. Para garantir as duas doses a todos eles, seriam necessárias 1.260.000 vacinas. Como o Ministério da Saúde está enviando 270 mil doses para Pernambuco neste lote, não será possível atender o primeiro grupo prioritário por completo. Por isso, a nova recomendação do Ministério é que as primeiras doses sejam destinadas a profissionais da saúde que atuem na ponta, idosos que vivem em asilos, pessoas com deficiência que vivam em instituições de longa permanência e indígenas aldeados.

Serão utilizados na logística de distribuição seis caminhões, sendo quatro refrigerados, adequados para longas distâncias. Os veículos não refrigerados não ensejam qualquer risco às vacinas, pois elas estão armazenadas em caixas térmicas a uma temperatura entre quatro e oito graus, garantindo uma durabilidade de no mínimo 48 horas.

Também estiveram presentes no ato de vacinação a vice-governadora Luciana Santos, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Lucas Ramos, o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Falcão, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, e a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque.