USP desenvolve vacina por spray nasal contra a covid-19

Austrian army calls militia to duty in Vienna

A Universidade de São Paulo (USP) está desenvolvendo uma vacina por spray nasal contra a covid-19. De acordo com a universidade, o modelo de imunização já foi testado – com resultados positivos – em camundongos contra a hepatite B.

Para construir a nova vacina, os pesquisadores da USP colocaram uma proteína do novo coronavírus dentro de uma nanopartícula, criada a partir de um substrato natural. A substância resultante é aplicada em forma de spray nas narinas do paciente.

Segundo a equipe que desenvolve a vacina, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a expectativa é que o organismo do paciente produza a IgA Secretoram, um tipo de anticorpo presente na saliva, na lágrima, no colostro, no trato respiratório, no intestino e no útero, que atuaria no combate ao novo coronavírus.

A nanopartícula criada pelos pesquisadores e utilizada na construção da vacina permite que a substância permaneça na mucosa nasal por até quatro horas, tempo suficiente para ser absorvida e iniciar uma reposta do sistema imunológico. De acordo com a USP, para garantir a imunização, serão necessárias a aplicação de quatro doses – duas em cada narina, com intervalo de 15 dias.

Os protótipos devem ficar prontos em cerca de três meses – quando será possível iniciar os testes em animais. Os pesquisadores estimam que o produto seja repassado ao público a um custo de R$ 100 reais.

Também estão participando da pesquisa virologistas e imunologistas do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, especialistas em nanotecnologia do Instituto de Química da USP, pesquisadores da Plataforma Científica Pasteur-USP, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Economia Dólar tem forte queda e fecha em R$ 4,85

dólares

O dólar voltou a cair forte ante o real nesta segunda-feira, renovando mínima em 12 semanas, em mais um dia de notável apetite por risco em todo o mundo diante de otimismo com a recuperação da economia global.

O dólar à vista caiu 2,66%, a R$ 4,855 na venda, menor patamar desde 13 de março (R$ 4,8128). Na B3, o dólar futuro de maior liquidez cedia 2,40%, a R$ 4,8530, às 17h36.

O mercado acelerou as vendas de moeda no fim da sessão ao mesmo tempo que o dólar ampliou as perdas no exterior e ativos de risco ganharam ainda mais tração, conforme prevalece no mercado percepção de que o pior da crise econômica causada pelo coronavírus já ficou para trás.

Em Wall Street, o índice Nasdaq Composite, com forte peso de papéis do setor de tecnologia, fechou em máxima histórica, confirmando novo “bull market” (mercado em alta). O S&P 500, referência para os mercados acionários dos EUA, apagou as perdas do ano. E o Ibovespa, principal índice das ações brasileiras, teve a sétima alta seguida, mais longa sequência do tipo desde 2018.

Boa parte dessa euforia é explicada ainda pela surpresa positiva com dados de emprego nos EUA divulgados na sexta-feira (5). A expectativa era de perda de postos de trabalho, mas houve geração de vagas em maio, o que fortaleceu esperança de que a economia começa a se recuperar.

O otimismo dos últimos dias pegou um mercado de câmbio no Brasil com posição técnica amplamente comprada em dólar. A virada na moeda forçou desmonte de posições, o que retroalimentou a correção.

Depois de perder no fim de maio a média móvel de 50 dias, o dólar fechou nesta segunda abaixo da linha de 100 dias pela primeira vez desde janeiro. As médias móveis são acompanhadas de perto pelo mercado e quedas sustentadas abaixo delas costumam ser entendidas como indicação de continuação do movimento (no caso, de recuo do dólar).

A próxima média móvel a ser testada é a mais relevante, de 200 dias, atualmente em R$ 4,5511.

Nos últimos 14 pregões, o dólar caiu em 11. A moeda recua 9,09% em junho e 17,73% desde que bateu a máxima recorde para um fechamento (de R$ 5,9012 em 13 de maio).

Mas a magnitude do ajuste, bem como da recuperação dos mercados no mundo, começa a atrair alguma cautela.

“Vejo esse otimismo todo como meio exagerado”, disse Luis Laudisio, operador da Renascença. No entanto, ele ponderou que, mesmo com a exuberante recuperação, o real ainda ocupa o posto de pior desempenho entre as moedas globais neste ano. “Ainda acho que o noticiário sobre fiscal pode atrapalhar (a alta do real), mas, por ora, isso vem sendo ignorado, e não apenas aqui.”

Em 2020, o real ainda perde 17,35%.

O Rabobank vê o câmbio mais pressionado até o fim do ano, com o dólar fechando a R$ 5,45, alta de 12,3% ante o encerramento desta segunda.

“Embora a alta volatilidade de meados de maio tenha diminuído nas últimas duas semanas, ainda vemos incertezas globais e domésticas se aproximando. Com uma volatilidade mais forte e persistente, o Covid-19 e as incertezas fiscais ainda deixarão o real pressionado até o final do ano”, disseram em nota.

Covid-19: Conass aponta 679 novas mortes e 15.654 novos casos

A doutora Luciana Souza compara duas radiografias de tórax diferentes de um paciente enquanto conversa com um colega de um hospital de campanha criado para tratar pacientes que sofrem da doença de coronavírus (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo

A atualização o Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass) divulgada na noite desta segunda-feira (8) apontou 679 novas mortes e 15.564 novos casos de covid-19 nas últimas 24h. Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 37.134 falecimentos em função da pandemia do novo coronavírus e 707.412 pessoas infectadas, segundo o conselho. No site, o local com o número de pacientes recuperados ainda aparece “em construção”.

Ontem, o número de casos confirmados registrados pela entidade estava em 680.456. Já as mortes em decorrência da doença somavam 36.151.

Os estados com maior número de óbitos são São Paulo (9.188), Rio de Janeiro (6.781), Ceará (4.120), Pará (3.772) e Pernambuco (3.350). Ainda figuram entres os com altos índices de vítimas fatais em função da pandemia Amazonas (2.271), Maranhão (1.247), Bahia (901), Espírito Santo (871), Alagoas (601) e Minas Gerais (380).

O balanço do conselho (batizado de Painel Conass) foi criado no fim de semana após o Ministério da Saúde mudar sua dinâmica de divulgação dos dados sobre a pandemia. Até a semana passada, a pasta consolidava os dados das secretarias estaduais no início da noite.

A pasta passou a divulgar o balanço cada vez mais tarde (por volta de 22h) e parou de informar o total de casos, anunciando um novo método de anunciar sua consolidação ontem. As mudanças foram objeto de questionamento do Ministério Público Federal.

Artigo: Mãe! – Os ensinamentos das mortes de George Floyd e Miguel Otávio de Santana da Silva

Por João Américo Rodrigues de Freitas

Se você é negro, tem mais chances de morrer do que uma pessoa branca. Ter a cútis escura pode ser uma sentença de morte, e foi isso que ocorreu no Estados Unidos da América (EUA), em Minneapolis. Um homem negro, anônimo, acusado de fazer uma compra com uma nota falsa de 20 dólares , desarmado, algemado, jogado no chão, foi julgado e sentenciado à morte pela polícia. Em sua defesa, o homem jogado no chão, com o seu pescoço esmagado por um policial, gritando, gemendo de dor, dizia: “POR FAVOR, EU NÃO CONSIGO RESPIRAR”. Antes de morrer, o homem chamava pela pela sua mãe, clamava ele “MAMMA, MAMMA”. O homem grande e feito sentiu a falta de sua mãe. Essa falta também foi sentida pela criança pobre de 5 anos, filho de uma empregada doméstica, que ao sair para passear com o cachorro da madame, deixou seu precioso e único filho com a patroa, a criança sentido falta da mãe morreu à sua procura.

A morte sádica do americano negro George Floyd gerou protestos por todo o mundo, fazendo renascer a discussão pública acerca do racismo estrutural presente nos EUA e em nossa sociedade. E no Brasil, a morte estúpida de uma criança negra, descuidada pela patroa, filho de uma empregada doméstica, lança luz acerca do que é ser negro e pobre no Brasil desigual, que trata do tema preconceito sem maturidade e com profunda hipocrisia negacionista do preconceito racial enraizado em nossa sociedade, fruto de uma construção histórica, antropológica e social.

Ser negro, em algumas partes do mundo, representa, na corrida da vida, sair sempre atrás, ter oportunidades diminuídas, e ser negro no Brasil é sempre ser suspeito, excluído, discriminado. No Brasil nem todo pobre é negro, mas a maioria dos pobres são negros. 78%, estima-se. No Nordeste, o número é de 79,7%.

Ao negro foi dado o local de ser invisível e sem fala, em uma política de silenciamento, onde as questões raciais brasileiras não são debatidas com verdade e de verdade nos grandes palcos sociais. A população afrodescendente brasileira é composta de 56,10%, ou seja, a maioria, mas os negros ganham 1,2 mil a menos que brancos em média no Brasil, ou 31% a menos do que os brancos. Empregos como Engenheiros da computação, mecânico, argonáutico, Professores de Medicina, Odontologia e Direito e Universitários em geral são ocupados em média por 90% de brancos e 10% de negros e pardos. Em grandes escritórios de advocacia os negros são menos de 1%. Enquanto os cargos de agente de segurança, operadores de telemarketing, serviços domésticos, construção civil são ocupados, majoritariamente, por pessoas negras. Alguns, consciente ou inconscientemente, a fim de calarem a boca das vozes que se levantam em busca de igualdade racial no Brasil, mesmo diante desses dados, utilizam do argumento falacioso de que o negro se vitimiza. Existe uma lógica invertida no raciocínio de reclamar. Se alguém fala de suas dores, problemas, gera, rapidamente, empatia. Se feito isso por redes sociais, o apoio vem por meio de hashtags. Essa lógica não funciona para os povos negros, que na visão turva ou perversa de alguns deve engolir suas dores. A política de silenciamento passa diretamente pelo argumento de dizer em outras palavras que você se “vitimiza”, ou de que “somos um só povo”, não existe essa de negros e brancos. Os dados do Brasil real mostram o contrário, afinal, quem tem mais oportunidades?

Nossa sociedade deve aprender com as trágicas mortes de GEORGE FLOYD e MIGUEL OTÁVIO SANTANA DA SILVA. Temos um saldo devedor racista, que deve ser, a todo custo, extirpado de nossa vida, sociedade e mundo. Não dá para conviver passivamente com o racismo, não podemos fazer vista grossa, não se pode debochar das dores dos outros. CHEGA DE RACISMO, CHEGA DE INDIFERENÇA!

Obs.: escrevo esse pequeno e humilde artigo em memória dessas duas pessoas GEORGE FLOYD e MIGUEL OTÁVIO SANTANA DA SILVA. Que Deus os acolha no seu reino de amor e que conceda o conforto necessário aos que ficaram.

“Nunca estive na África, mas a África sempre esteve em mim”.

João Américo Rodrigues de Freitas é advogado

PL que socorre o setor cultural é aprovado pelo Senado

O Senado aprovou o PL 1075/20 que destina R$ 3 bilhões para ajudar o setor cultural durante a crise provocada pela pandemia do coronavírus. O projeto também prevê a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores da cultura que estão com as atividades suspensas por causa da pandemia.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP), um dos autores do projeto, atendeu a uma demanda dos artistas e garantiu que parte do recurso seja destinada a produções de eventos que possam ser transmitidos pela internet e pelas redes sociais, assim, pequenos artistas também poderão, por exemplo, ter uma fonte de renda com a transmissão de lives. Para começar a valer, o texto precisa ser sancionado pelo presidente da República.

“O setor cultural emprega mais de 5 milhões de pessoas. Nós precisamos garantir que essas famílias tenham condições de passar por essa fase tão difícil. Esse projeto é muito importante para que todos os artistas consigam viver da arte”, explicou Eduardo da Fonte.

Pandemia afeta tradição do São João em Campina Grande e Caruaru

Campina Grande, São João, Quadrilha

Por causa da pandemia de covid-19, o arrasta-pé junino que invade o Brasil, especialmente o Nordeste, nesta época do ano vai ser diferente. Nos berços das festas, as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e de Campina Grande, no agreste da Paraíba, que disputam o título de maior São João do Mundo, os festejos vão ganhar versão inédita, exclusivamente online, este mês.

Segundo a empresa realizadora do evento, nos dias 23, 24 e 27 de junho, 17 artistas vão se apresentar.Com transmissão pelo canal do evento no YouTube, o São João virtual será realizado com a participação de artistas regionais e atrações nacionais, como a cantora Elba Ramalho – dia 23 de junho – e tem como objetivo inovar e levar a festa para perto do público. Os shows terão cenário junino, retratando o Parque do Povo, sem a participação do público, mas adotando todas as medidas de proteção determinadas pela Organização Mundial da Saúde e autoridades sanitárias, para garantir a segurança dos artistas e equipes de produção.

Presencial

Em Campina Grande, que nos 30 dias de festa chega a movimentar R$ 300 milhões, os organizadores ainda pretendem fazer o evento da forma tradicional neste ano. A programação com os forrozeiros, no Parque do Povo, está marcado para o período de 9 de outubro a 8 de novembro deste ano, se não houver restrição na época por causa da pandemia do novo coronavírus.

Caruaru

Já Caruaru, que recebe mais de 3 milhões de pessoas nesta época, teve a festa cancelada, sem previsão de nova data. Para arrecadar donativos para 18 mil trabalhadores que se envolvem direta e indiretamente na realização do evento todos os anos, foi criada a plataforma São João Caruaru Solidário em parceria com igrejas, entidades da sociedade civil e organizações não governamentais.

Para doar, basta acessar o site do projeto, que oferece a possibilidade de custear cestas básicas (R$ 48), kits de higiene (R$ 25) e outros valores. Quem preferir também pode entregar a doação fisicamente na sede da prefeitura. Durante a apresentação do São João Caruaru Solidário, a prefeitura exibiu vídeos de artistas que apoiam a campanha, como Dorgival Dantas, o vocalista da banda Mastruz com Leite, Neto, Petrúcio Amorim, Elba Ramalho e Eric Land. “As cores e o brilho da nossa festa vão estar em nossa memória e no coração, guardados com carinho para o próximo ano, se Deus quiser”, diz Dorgival Dantas.

Bruno Covas anuncia uso da cloroquina no tratamento da covid-19

 O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anuncia a nova modalidade do programa Corujão da Saúde, durante entrevista à imprensa

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou hoje (8) que a Secretaria Municipal da Saúde vai incluir a cloroquina como uma das formas de tratamento para o coronavírus nos hospitais municipais. No entanto, lembrou que o uso da substância só é autorizado para pacientes internados e sob duas condições, quando houver prescrição do médico e desde que o uso seja autorizado formalmente pelo paciente ou por sua família.

“Já determinei à Secretaria de Saúde para que ela possa adquirir mais desse material. Temos hoje 6 mil cápsulas à disposição. Como cada paciente precisa de seis, já temos medicamentos para tratar mil pessoas que estejam internadas”, disse o prefeito.

“Ainda não é possível ser uma política pública porque não temos ainda pesquisas concluídas [sobre a eficiência do medicamento]. Mas havendo prescrição do médico e a concordância do paciente, a secretaria passou a integrar esse medicamento no protocolo de atendimento da covid-19”, disse Covas.

Infectologista

No domingo (7), em entrevista coletiva, o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, disse que o uso da cloroquina deve ser feito com muito cuidado, já que se trata de um medicamento com efeitos colaterais. “A cloroquina está indicada para pacientes internados, desde que prescrita pelos médicos com aceite formal assinado pelo paciente. Temos enorme experiência com a cloroquina. Ela é usada há muitos anos no tratamento da malária. É uma droga importante, mas com efeitos colaterais, não desprezíveis. Ela deve ser utilizada sob prescrição e observação médica”, disse Uip, ressaltando que sua eficiência ainda não foi comprovada cientificamente.

Também ontem (07), o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse que São Paulo já recebeu 200 mil comprimidos de cloroquina, que estão sendo distribuídos para uso nos hospitais públicos.

Funeral de George Floyd será nesta terça-feira em Houston

Veículo blindado e membros da Guarda Nacional dos EUA após protesto em Mineápolis

O corpo de George Floyd chega hoje (8) à cidade de Houston, no Texas, onde reside a família desse homem negro que se transformou no símbolo da luta contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos.

O funeral do norte-americano está marcado para amanhã (9), será aberto ao público e a previsão é de que milhares de pessoas compareçam.

As cerimônias fúnebres de George Floyd começaram na quinta-feira (4) em Minneapolis, onde o afro-americano morreu.

A estrutura da polícia em Minneapolis enfrenta problemas. A Assembleia Municipal da cidade norte-americana votou a favor do desmantelamento do Departamento da Polícia.

Isso significa que o financiamento das forças de segurança fica suspenso após o caso da morte de George Floyd, morto pela polícia.

O objetivo é redefinir os alicerces da polícia de Minneapolis, promovendo a segurança da comunidade e repensando a forma como os agentes respondem às situações de emergência.

Geral Década dos Oceanos, instituída pela ONU, começa hoje em todo o mundo

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A Década dos Oceanos, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), começa hoje (08) – Dia Mundial dos Oceanos – em todo o mundo. Diplomatas, ambientalistas e cientistas esperam que nos nos próximos dez anos a humanidade aumente o conhecimento sobre as águas que cobrem 70% do planeta e proteja melhor essa imensidão, que absorve um terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas.

Esta segunda-feira também é o Dia Mundial dos Oceanos, instituído durante a conferência Rio-92 para promover a conservação de espécies e habitats, diminuir a poluição e a escassez de recursos por causa da sobrepesca.

“Fonte de bens e serviços que sustentam a humanidade, os oceanos são importantíssimos para o funcionamento do planeta e para o bem-estar. A gente precisa conhecer mais e cuidar mais”, defende Alexander Turra, professor titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pela cátedra Unesco para Sustentabilidade dos Oceanos.

Turra, que também faz parte da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, alerta que neste momento de pandemia de covid-19 “diminuiu o esforço de fiscalização nos oceanos”. Ele teme que o afrouxamento esteja sendo aproveitado para a sobrepesca e para a pirataria.

Em oito anos da década passada (2011-2018) ocorreu uma média de 257 casos de pirataria marítima por ano em todo o planeta, segundo o International Maritime Bureau (IMB).

Difícil vigilância

Crimes marítimos e acidentes nos oceanos podem ser de difícil investigação. Alexander Turra lembra que até hoje os brasileiros não sabem como 3.600 quilômetros do litoral, da Reserva Extrativista do Cururupu (Maranhão) até São João da Barra (Rio de Janeiro), foram atingidos por manchas de petróleo.

Por análise da composição molecular, sabe-se que o óleo foi extraído da Venezuela, mas não se sabe a causa da ocorrência da mancha, criminosa ou acidental, como vazamento de uma embarcação ou naufrágio em alto-mar.

Turra lamenta que não seja possível saber o dano total do incidente e mesmo se os efeitos já cessaram. “Visualmente, o aspecto é de melhora, porém o efeito de longo prazo ainda está sendo avaliado. A gente não sabe qual é a sua magnitude.” De acordo com dados da Marinha, foram recolhidas mais de 5 mil toneladas de óleo em 11 estados.

O pesquisador preocupa-se com a possibilidade de que “esse tipo de sinistro possa acontecer de novo”. Como forma de prevenção e controle, ele defende a pesquisa conjunta entre as universidades federais e a Marinha. Também espera que haja melhora na fiscalização do tráfego marítimo internacional, inclusive com o monitoramento da interrupção de comunicação dos navios (transponder), que impede a rastreabilidade por embarcação.

Conselho de secretários estaduais lança painel com números da covid-19

Teste do novo

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) disponibilizou hoje (7), em seu site, um painel com dados atualizados sobre o número de casos da covid-19 no país.

As informações sobre casos confirmados da doença; de mortes decorrentes de complicações causadas pelo novo coronavírus e de pacientes que se recuperaram são fornecidas pelos estados. O conselho reúne os secretários de saúde das 27 unidades da federação.

Em um texto no qual justifica a iniciativa, o conselho informa que os dados serão atualizados diariamente, até as 18 horas, e que trabalhará para aperfeiçoar o portal. O lançamento do portal ocorre em meio à decisão do Ministério da Saúde de alterar o formato de divulgação dos dados oficiais.

Antes, a pasta divulgava boletins atualizados diariamente entre 17h e 18h, durante coletivas de imprensa. Desde a última quinta-feira, os dados têm sido divulgados próximo às 22h.

O Conass afirma estar atuando pautado “pelo mais alto interesse público”, com vista à “defesa da saúde e da vida” dos brasileiros.

De acordo com o painel da covid-19 do Conass, até as 16h30 de hoje (7), o número de casos confirmados da doença já chegava a 680.456. Além disso, entre 12h30 de ontem (6) e as 16h30 de hoje, foram registradas 1.116 novas mortes, elevando para 36.151 o total de óbitos registrados desde que a circulação do novo coronavírus no Brasil foi confirmada, em meados de março.

Os dados compilados pelo conselho apontam que os estados com mais casos confirmados são, pela ordem, São Paulo (143.073); Rio de Janeiro (64.533); Ceará (63.957); Pará (54.271); Amazonas (48.785); Maranhão (47.593) e Pernambuco (39.361).

São Paulo também é a unidade federativa com o maior número de mortes pela doença: 9.145. Em seguida vem o Rio de Janeiro (6.639); Ceará (3.981); Pará (3.678); Pernambuco (3.270); Amazonas (2.232) e Maranhão (1.170).