O segundo grupo a se apresentar foi a Ciranda Mimosa de Olinda. Comandado por uma banda com quatro integrantes, a apresentação foi marcada por muito gingado e animação. O público não resistiu ao ritmo e se juntou à ciranda, dançando e se divertindo ao som de canções como “Minha Ciranda”, “Ciranda meu amor” e “Moça Namoradeira”. A interação entre o grupo e o público proporcionaram um momento inesquecível para o público.
Em entrevista exclusiva, a vocalista do grupo, Yohanna, expressou sua gratidão em se apresentar no maior e melhor Festival Multicultural da América Latina,”Eu estava extremamente nervosa, pois tivemos a honra de praticamente abrir o Palco da Cultura Popular. Quando a apresentação começou, fui tomada por uma energia indescritível, a ponto de quase chorar. É uma sensação maravilhosa ver o público dançando ao som do nosso repertório. Além disso, é uma enorme honra me apresentar neste palco, especialmente porque meu avô já se apresentou neste mesmo festival. Agora, aqui estou eu, assumindo essa grande responsabilidade. Para mim, isso é uma homenagem ao meu querido avô e um incentivo para continuar com esse grupo incrível, para que possamos seguir promovendo a cultura sem preocupações”, disse a artista.
Em seguida, foi a vez do Maracatu Onça Dourada de Araçoiaba, que encantou o público com uma apresentação vibrante, destacando a rica cultura pernambucana através de cores, ritmos e danças tradicionais. A combinação de elementos culturais não apenas agradou, mas também mostrou o público sobre a importância das tradições populares do Nordeste. A apresentação foi um triunfo cultural, reforçando o valor do maracatu na preservação da identidade pernambucana.
Logo após, o grupo Coco de Roda de Raiz, da Tabajara de Olinda, trouxe uma celebração vibrante e autêntica da cultura popular brasileira. Com um repertório que mesclava canções autorais e de domínio público, a apresentação evidenciou a riqueza do coco de roda praieiro, da capoeira e da ciranda. A performance foi uma verdadeira viagem pelas tradições culturais, destacando a diversidade e a profundidade das raízes indígenas e afro-brasileiras que permeiam o samba de coco.
Encerrando a programação, o cortejo e a apresentação do Boi Diamante de Arcoverde – Auto do Boi – foram conduzidos pelas figuras representativas do Bumba Meu Boi, como Mateus e Catirina, que desempenharam papéis essenciais na narrativa da tradicional brincadeira. Os personagens carismáticos contaram a história com o objetivo de ressuscitar o boi, uma trama que mistura elementos de drama e humor, envolvendo o público em um ambiente de celebração. Ao som de músicas autorais, alegres e dançantes, o cortejo do Bumba Meu Boi tornou-se uma verdadeira festa para os sentidos.
No sábado (20), a programação do Palco da Cultura Popular Ariano Suassuna contou com as apresentações de Cavalo Marinho Boi Pintado, Maracatu Baque Mulher, Caboclinho Canindé de Goiana, Batalhão 07 e Ciranda da Rosa Vermelha do Recife.