Com digitalização de salas de aula, pandemia acentua exclusão escolar

Ensino a distância cresce mais que presencial

Em relatório divulgado na última semana de junho, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) informou que 40% de um grupo de mais de 200 países não têm como oferecer apoio a estudantes no ensino a distância, durante a pandemia. Na descrição sobre o Brasil, foram feitas observações quanto a escolas que aprovam estudantes que não assimilaram de fato os conteúdos e a barreiras enfrentadas pela parcela negra, definidas como “legado de oportunidades limitadas de educação”.

Em abril, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa Mundial de Alimentação (PMA) estimaram que cerca de 370 milhões de crianças poderiam ficar sem merenda, como resultado do fechamento das escolas ao longo da crise sanitária. Os números mostram como alunos socialmente vulneráveis acabam enfrentando mais obstáculos no contexto atual. Agora, a exclusão escolar se amplia com a falta de acesso à internet. Apesar de ser adotada pelas redes públicas de ensino, como forma de garantir que os estudantes possam dar continuidade aos estudos, a ferramenta não está ao alcance de todos, que precisam utilizá-la para complementar materiais impressos, assistir a aulas online, resolver exercícios ou manter contato com os professores.

Em algumas unidades federativas, como o Distrito Federal, a volta às aulas já foi anunciada.

O governo estadual de São Paulo programou o retorno das aulas presenciais para 8 de setembro Na primeira etapa, a ocupação das salas de aula deve ser de, no máximo, 35%. Até que todos os alunos possam voltar, a orientação é de que acompanhem as aulas remotas, a partir da plataforma virtual Centro de Mídias SP, e se cadastrem para ter acesso gratuito à internet, possível por meio de aplicativo.

Percepção dos estudantes
Para a médica Talita Amaro, que coordena o cursinho pré-vestibular popular Mafalda, vinculado à Associação Beneficente Meraki, o que as secretarias municipais e estaduais de Educação estão oferecendo aos estudantes não pode ser classificado como ensino a distância, porque ele pressupõe a existência de uma “construção do conhecimento em fases”. Em um levantamento do qual participaram 192 alunos matriculados, a organização do cursinho apurou que 48% têm aulas regulares (ensino médio ou técnico) e exercícios online, 16% apenas algumas disciplinas ou exercícios online e 3% não têm nem aulas, nem exercícios disponibilizados pela escola. Outro dado importante é que 67% declararam que não têm aprendido tanto em ambiente virtual quanto presencialmente.

As maiores dificuldades citadas foram concentração e disciplina (74%), privacidade (51%), cumprir a carga horária (44%) e cansaço com a rotina de aulas pela internet (43%). A dependência dos recursos tecnológicos e o distanciamento dos educadores foram fatores indicados como negativos pela maioria dos entrevistados – 75% e 96%, respectivamente.

“O ensino a distância tem estrutura pedagógica específica. Você não chega simplesmente, dá uma aula para o aluno e acha que aquilo substitui qualquer outra atividade. É um ensino progressivo. Toda vez que você se matricula em um curso online, ele tem uma estrutura preconcebida, que foi pensada no seu desenvolvimento. Então, você inicia com texto-base, faz algumas atividades avaliativas, assiste a aula, mas tem, constantemente, um feedback”, afirma.

Kayume da Silva, de 26 anos, concluiu o ensino médio em 2013, com supletivo. Sua avó materna não teve a oportunidade de estudar e sua mãe completou apenas a 4ª série do ensino fundamental. Atualmente, a jovem, que é mãe de três filhos, diz que é difícil conciliar cuidados domésticos com a maternidade e uma rotina de estudos.

Seu plano é ter o diploma de um curso técnico em gestão pública que, para ela, pode ser um atalho para ingressar no mercado de trabalho. Atualmente, ela é uma das alunas matriculadas no cursinho pré-vestibular da Rede Emancipa, movimento social de educação popular com unidades em todo o Brasil.

“Gosto de estudar na parte da tarde, mas ontem, por exemplo, vi que tinha de lavar roupa, fazer almoço. Quando vi, estudei muito pouco. Tenho uma filha de 4 anos e isso me atrapalha muito. Não consigo estudar três, quatro, cinco horas, focar”, conta Kayume.

Para a universitária Heloisa Ramos, que cursa química industrial e dá aulas no cursinho da Rede Emancipa desde 2018, é bastante perceptível a quantidade de desistência de alunos. As turmas, segundo ela, reuniam cerca de 400 pessoas matriculadas, número que já chegou a cair para 15 com a pandemia. Durante os intervalos das aulas, que duravam 50 minutos e eram dadas quinzenalmente, aos sábados, ela tirava dúvidas das turmas. Hoje, as aulas ocorrem uma vez por semana. Na sexta-feira, Heloisa abre um espaço para que os alunos tirem dúvidas sobre a matéria dada.

“Se antes da pandemia já existia evasão, com ela é uma coisa absurda. A gente perguntou a eles: o que está acontecendo? É por causa da plataforma? É a forma? É por falta de acesso à internet? As respostas foram variadas. Muitos trabalham no horário das aulas, outros têm um pacote de dados que não permite que possam participar de tantas lives [transmissões ao vivo], além de dificuldades financeiras, porque muita gente perdeu o emprego e não tinha como pagar pela internet, tinha familiares doentes. Não há somente a questão financeira, mas também a psicológica e, para os alunos periféricos, isso se agrava muito mais”, acrescenta.

“No cursinho tem muito aluno do ensino médio, mas também gente que já saiu da escola há muitos anos ou que veio da EJA, Educação de Jovens e Adultos. São alunos que têm muitas dificuldades. Então, às vezes, a gente está falando de um assunto que o aluno nunca viu na vida, ele fica desesperado, acaba desanimando e desiste”, afirma.

Distribuição de materiais
Minas Gerais foi um dos pontos do país onde a exclusão escolar pela falta de internet ficou mais patente. Nas redes sociais, uma professora de escola pública do estado comentou que as apostilas do Plano de Estudo Tutorado (PET), feitas no âmbito do Regime de Estudo Não Presencial, parecem ter sido preparadas às pressas e sem esmero. Em uma das postagens, que teve milhares de visualizações, a docente questiona, entre outros aspectos, como os alunos terão condições de fazer os exercícios, se muitos deles dependem de links que direcionam a páginas da web.

A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais garantiu que distribuiria uma versão impressa das apostilas aos alunos que não tivessem conexão de internet em casa. A pasta lembrou que as apostilas são utilizadas como “guia para nortear as atividades”, e não como são livros didáticos”. A professora, por sua vez, criticou a qualidade do material e ressaltou que somente se sentiu segura de dar as aulas com algo produzido por ela mesma.

Procurada pela reportagem, a secretaria ressaltou que também está transmitindo teleaulas no programa “Se Liga na Educação”, que vai ao ar pela Rede Minas e pela TV Assembleia, e que disponibilizou o aplicativo Conexão Escola, que inclui um chat para interação aluno-professor. “Mais de 97% dos estudantes da rede estadual de ensino tiveram acesso, seja virtualmente ou de forma impressa, aos planos de Estudos Tutorados. O aplicativo Conexão Escola já contabiliza mais de 1,2 milhão de downloads na loja virtual. Já o programa Se Liga na Educação chega a cerca de 1,4 milhão de alunos por TV aberta. A média diária de visualizações no Youtube da Rede Minas, que também transmite o conteúdo do programa, chega a 700 mil visualizações por dia”, informou a secretaria em nota.

Organização lança concurso para novos roteiristas

A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) abriu edital voltado para roteiristas estreantes que tenham criado uma história original e inédita para filmes de longa e curta metragem e séries. Serão selecionados 45 roteiros, que participarão de formações e rodada de investimentos com produtoras brasileiras. O edital vai capacitar os roteiristas por meio de treinamentos com os Script Doctors, profissionais que aperfeiçoam roteiros, além de promover conferências com grandes roteiristas do país.

Os selecionados também contarão com uma ajuda financeira que pode chegar a até R$ 15 mil, dependendo da categoria: longa, curta metragem ou série.

O diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, diz que o objetivo é revelar novos talentos, que nunca tiveram a chance de ver seu roteiro produzido e apresentado em festivais, além de fomentar o mercado audiovisual brasileiro.

A medida visa a motivar os roteiristas a colocar em prática suas habilidades empreendedoras e vislumbrar um primeiro contrato profissional para que as obras sejam produzidas e assistidas por todos”, diz nota da OEI.

Conforme a organização, após a formação, os roteiristas poderão participar também de evento promovido pelo Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (Icab) com produtoras independentes do país. Outras informações e o edital completo estão disponíveis no site do concurso.

Suíça restringe visitantes do Brasil e de mais 28 países

A partir de 6 de julho, viajantes de 29 países que quiserem ir à Suíça terão que se registrar com as autoridades e se autoisolar para evitar um ressurgimento do coronavírus, anunciou o governo suíço nessa quinta-feira (2).

A lista inclui, entre outros, os Estados Unidos, a Suécia, o Brasil e a Rússia, que foram classificados como países com alto risco de infecção.

Os visitantes com passagem nessas nações nos 14 dias anteriores terão que notificar as autoridades suíças de imediato, ao chegar, e ficar dez dias em quarentena, segundo o governo.

A lista inclui ainda Argentina, Chile, Colômbia, Arábia Saudita, África do Sul e Sérvia e será revisada continuamente.

O número de infecções começou a aumentar na Suíça nos últimos dias, provocando o receio de uma segunda onda de covid-19, mas suas fronteiras com Itália, Áustria, Alemanha e França estão abertas no momento.

O país, que suspendeu muitas de suas restrições, entre elas a reabertura de escolas e lojas, teve 31.967 testes positivos de covid-19 e 1.686 mortes até agora.

A Suíça faz parte do Espaço Schengen de 26 nações, que normalmente não têm verificações nas fronteiras. As viagens irrestritas entre a Suíça e todos os outros membros do Schengen estão permitidas, exceto a Suécia, que consta da lista governamental.

Covid-19: PE com quase 5 mil mortes e contabiliza mais de 61 mil casos

Desde março, o estado contabiliza 4.968 vidas perdidas para a Covid-19. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP.)
Desde março, o estado contabiliza 4.968 vidas perdidas para a Covid-19. (Foto: Nicolas Asfouri/AFP.)

Pernambuco totaliza, nesta quinta-feira (2), mais de 61 mil casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. O número total de mortes beira os 5 mil. As informações são da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que recebeu a confirmação de 1.414 novas infecções nas últimas 24 horas – destas, 1.273 (90%) são consideradas leves, de pacientes que não precisaram de internação hospitalar, que estavam na fase final da doença ou já curados. O resto dos casos, 141 (10%), se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).

Quanto às mortes, a SES recebeu a confirmação de 74 nesta quinta. 47 delas (63,5%) ocorreram entre 19 de abril e 28 de junho, outras 27 (36,5%) entre 29 de junho e 1º de julho. O total de vidas perdidas para a Covid-19 em Pernambuco é de 4.968.

Maiores detalhes serão repassados ao longo do dia, em novo boletim da SES.

Acolhimento emocional

Começou a funcionar na última segunda-feira (29) o serviço de teleacolhimento, através do app Atende em Casa, para a população com suspeita de Covid-19 que apresenta sofrimento psíquico pelo isolamento domiciliar ou pela própria doença. Com cerca de 3 meses de funcionamento, a ferramenta que repassa orientações para os usuários que estão apresentando sintomas de síndrome gripal. O serviço de suporte emocional funciona de segunda a sexta, das 7h às 12h e das 13h às 18h.

Agora, os usuários de todas as localidades atendidas pelo aplicativo que acessam a ferramenta, resultado de parceria entre o governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife, podem solicitar apoio emocional para equipe de psicólogos capacitada para atender a demanda. Até esta quarta-feira (1), o aplicativo registrou 25 teleacolhimentos.

Ao acessar a plataforma, o usuário é questionado se está precisando de apoio emocional. Se optar pelo suporte, a ferramenta conduz o internauta para atendimento virtual com psicólogo da equipe da SES, que faz uma primeira escuta qualificada para identificar se o paciente precisa apenas daquele teleacolhimento pontual ou se será necessário encaminhá-lo para outros tipos de atendimento ou serviços de referência de acordo com a necessidade.

Durante o teleacolhimento, os profissionais buscam identificar as principais situações enfrentadas pela sociedade durante a pandemia da Covid-19: angústia, medo, ansiedade, violência, problemas financeiros, luto e automedicação. Os profissionais podem encaminhar o usuário para a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do estado; para a rede de proteção a pessoas vítima de violência; ou para equipe de referência diária – para aqueles usuários que necessitem de continuidade do atendimento por psicólogo ou psiquiatra da rede de retaguarda.

Sorteios da Loteria Federal serão retomados no sábado

O sorteio das cinco dezenas será realizado no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo

Interrompidos desde o início da pandemia do novo coronavírus, os sorteios da Loteria Federal serão retomados neste sábado (4). Responsável pela administração das loterias federais, a Caixa Econômica Federal informou que os bilhetes já produzidos e distribuídos estão válidos, mesmo com a data impressa de março ou abril, e podem ser comprados sem problemas nas lotéricas.

Os sorteios recomeçam pela extração 5.478 e prosseguirão aos sábados até a extração 5.489. Os sorteios às quartas-feiras voltarão somente em 23 de setembro.

Na Loteria Federal, o apostador adquire o bilhete exposto na lotérica ou de um ambulante lotérico credenciado. Cada bilhete tem 10 frações e pode ser adquirido inteiro ou em partes. O valor do prêmio é proporcional à quantidade de frações compradas.

A modalidade de loteria premia os seguintes acertos: um dos cinco números sorteados para os prêmios principais; a milhar, a centena e a dezena de qualquer um dos números sorteados nos cinco prêmios principais; bilhetes com dezena final idêntica a uma das três dezenas anteriores ou das três dezenas posteriores à dezena do número do primeiro prêmio, excetuando-se os premiados pela aproximação anterior e posterior; e a unidade do primeiro prêmio.

Os sorteios das extrações oferecem prêmios principais de R$ 500 mil em uma única série. Todo mês, o apostador também pode concorrer a R$ 1,35 milhão no prêmio principal, apostando na Milionária Federal. Em dezembro, a extração especial de Natal paga prêmio de R$ 1,35 milhão por série.

A Loteria Federal é sorteada no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo, às 19h de cada sábado. O público pode acompanhar a transmissão do sorteio pelo perfil das Loterias Caixa no Facebook (@LoteriasCAIXAOficial) e no canal da Caixa no Youtube.

Vacinas poderão controlar a covid-19, diz diretor do Butantan

Teste da vacina contra a doença de coronavírus (COVID-19) na Tailândia

As vacinas em desenvolvimento no mundo contra o novo coronavírus, oficialmente denominado SARS-CoV-2, poderão conseguir controlar a doença causada por ele, a covid-19. No entanto, nenhuma delas será capaz de acabar com a circulação do coronavírus no planeta. A declaração é do médico Ricardo Palacios, diretor de Pesquisa Clínica do Instituto Butantan, um dos centros de pesquisa do mundo que participa do desenvolvimento de vacinas contra o vírus.

“Nós queremos gerar uma expectativa correta para a população. Nós não vamos acabar com o coronavírus com uma vacina. Qualquer uma que seja a vacina. O coronavírus veio e veio para ficar. Ele vai nos acompanhar. Durante todo o tempo de nossas vidas, nós teremos coronavírus circulando”, disse hoje (2), em um debate virtual promovido pela Agência Fapesp e o Canal Butantan.

De acordo com o diretor, as vacinas que estão em desenvolvimento no mundo pretendem controlar a covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O pesquisador faz uma analogia entre a covid-19 (causada pelo coronavírus), e a gripe, causada pelo vírus influenza.

Pessoas vacinadas contra o vírus influenza podem chegar a desenvolver a gripe, mas, na maioria das vezes, a doença não se desenvolve de forma grave, que poderia levar à morte. Segundo ele, o mesmo deverá ocorrer com as vacinas contra o novo coronavírus. Elas serão pouco eficientes em impedir a infecção das pessoas com o novo coronavírus, mas deverão proteger as pessoas de desenvolver a covid-19 em sua forma grave.

“O vírus influenza não desapareceu e segue conosco. Seguirá, talvez, durante toda a nossa vida. Mas a gente tem uma doença [a gripe] controlável. A maior parte das pessoas vacinadas consegue controlar a doença. Se chegar a se infectar, não terá uma doença grave, não morrerá dessa doença”, explicou.

Segundo Palacios, o objetivo de todas as vacina é proteger contra a doença e não contra a infecção. “Proteger contra a infecção é uma coisa a mais que, eventualmente, pode acontecer e até pode acontecer por um tempo limitado”, disse.

O Instituto Butantan, na capital paulista, é um dos centros do mundo que participa das pesquisas de construção de uma vacina contra o novo coronavírus. O instituto firmou uma parceria, no dia 10, com o laboratório chinês Sinovac Biotech, que possuiu uma vacina em fase avançada de desenvolvimento, a Coronavac – que utiliza o coronavírus inativado para estimular uma resposta imunológica do organismo.

Governo vai lançar programa para regularizar escritura de moradias

Entrega de 528 novas moradias do programa de habitação de interesse social do Governo Federal, em São Sebastião, Distrito Federal

O governo federal deve lançar um programa para facilitar a legalização de imóveis urbanos no país. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, durante live com o presidente Jair Bolsonaro. 

“Temos hoje de 10 a 12 milhões de unidades habitacionais que não têm escritura pública, então vamos lançar um programa que vai apoiar os municípios brasileiros, para que eles possam fazer valer a legislação que já existe, desde o ano 2000, e foi repaginada em 2017, para termos pequenas reformas habitacionais e a legalização fundiária nas cidades brasileiras”, anunciou Marinho.

Sobre o novo programa de habitação popular do governo, que vai substituir o Minha Casa Minha Vida, o ministro falou que as tratativas estão sendo concluídas e o lançamento oficial pode ocorrer nos próximos 15 dias.

“A nossa ideia é justamente diminuir o juro habitacional, isso passa pela questão da remuneração do fundo de garantia [FGTS], já que está havendo uma diminuição da taxa Selic, e essa redução vai permitir que um número grande de famílias tenha acesso ao financiamento da casa própria”, comentou.

Rogério Marinho disse que desde o início do ano passado, já foram entregues 500 mil novas moradias populares no país, pelo programa Minha Casa Minha Vida, com investimentos, segundo ele, de R$ 5 bilhões. “Estamos fazendo retomada de empreendimentos praticamente toda semana”, disse.

Covid-19: país tem 61,8 mil mortes e 1,49 milhão de casos confirmados

O Brasil tem 1.496.858 casos confirmados acumulados desde o início da pandemia de covid-19 e 61.884 mortes pela doença, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, divulgados nesta quinta-feira (2). Nas últimas 24 horas, 1.252 óbitos e 48.195 casos confirmados foram agregados às estatísticas.

Do total de infectados até o momento, 852.816 pessoas se recuperaram da doença e 582.158 pacientes ainda estão em acompanhamento. Há ainda 3.931 mortes em investigação.

Ontem (1º), o balanço do Ministério da Saúde trazia 60.632 falecimentos e 1.488.753 casos acumulados; sendo que de terça-feira (31) para quarta-feira, foram agregados 1.038 óbitos e 46.712 novos casos.

A taxa de letalidade da doença (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,1%, enquanto a de mortalidade (número de óbitos por 100 mil habitantes) ficou em 29,4. A incidência (quantidade de casos pela população) está em 712,3.

Estados e municípios

Os estados com mais mortes são São Paulo (15.351), Rio de Janeiro (10.332), Ceará (6.284), Pará (5.004) e Pernambuco (4.968). As unidades da Federação com menos óbitos são Mato Grosso do Sul (91), Tocantins (209), Roraima (354), Santa Catarina (362) e Acre (378).

Governo de Pernambuco anuncia retomada dos esportes individuais a partir de segunda-feira (6)

O secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, anunciou, por meio de coletiva do Governo do Estado, nesta quinta-feira (2), que a partir da próxima segunda-feira (6), praças, parques, praias, orlas fluviais e marítimas receberão a retomada dos esportes individuais ao ar livre, com exceção das lutas. O conjunto de medidas, elaborado por meio de discussão com representantes do setor, está em conformidade com as diretrizes indicadas pelas autoridades sanitárias. O documento contém orientações específicas para a prática dessas atividades, que deve ainda respeitar o Protocolo Geral do Estado de Pernambuco para todas que estão em funcionamento.

O protocolo geral de esportes, criado em parceria com a equipe da Secretaria de Saúde de Pernambuco, contém três eixos: distanciamento social, mantido de acordo com a especificidade de cada modalidade esportiva, sendo sugerido nos protocolos de cada federação; higiene, permitindo apenas a entrada nos espaços esportivos utilizando máscaras (retirando somente quando estiver em atividade ou treinamento), lembrando de trocá-la sempre que estiver úmida, além de garantir que os participantes façam higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool a 70% sempre que possível, e também a desinfecção dos materiais e equipamentos esportivos de uso compartilhado após cada manuseio; e monitoramento, com aferimento de temperatura antes do acesso aos espaços/equipamentos esportivos e a orientação para que mantenham em atividade ou treinamento remoto os atletas, paratletas, profissionais e praticantes em geral enquadrados no grupo de risco. Vale destacar que as federações de cada modalidade esportiva elaboraram um protocolo de acordo com suas atividades, apresentando-os à pasta.

“O esporte é um importante instrumento social, que tem impacto direto na qualidade de vida das pessoas. Acreditamos que com a retomada de muitas dessas atividades, de maneira segura e respeitando as normas do protocolo, haverá uma grande contribuição para a saúde dos pernambucanos”, comentou o secretário.

Entre os espaços que estarão aptos para o retorno dessas atividades está o Parque e Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, que também estará à disposição dos atletas individuais a partir da próxima semana. “Importante demais esse início das atividades para todas as pessoas, não só do ponto de vista da saúde física e mental, mas também para os atletas e paratletas que precisam voltar a uma melhor condição técnica e física, para as futuras competições nacionais e internacionais, depois de um período longo de inatividade”, complementou o secretário executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Pérez.

Caixa inclui custo com cartório e ITBI em financiamento imobiliário

edifício- sede da Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica anunciou hoje (2) a inclusão dos custos de cartório e do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) no financiamento da casa própria. Essas despesas chegam a representar 5% do valor do imóvel, a depender da região.

A adesão está disponível a partir desta quinta-feira nos novos contratos de financiamento imobiliário para residências avaliadas em até R$ 1,5 milhão. A medida se aplica às operações com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e também da poupança (SBPE).

Dessa forma, quem aderir não precisará ter recursos próprios para cobrir os custos cartoriais e fiscais envolvidos na compra de um imóvel, como ocorria até agora. A Caixa estima que, com isso, seus clientes deixarão de pagar R$ 2,5 bilhões neste ano e R$ 5 bilhões no ano que vem.

O banco informou que, desde abril, fechou 3 mil contratos em um programa piloto para testar o novo modelo.

Para viabilizar a medida, procedimentos como o registro do imóvel poderão ser feitos eletronicamente, sem a necessidade de comparecimento a um cartório. A novidade está disponível em 1.356 cartórios em 14 estados, segundo o banco.

Pandemia

Segundo dados apresentados pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, mesmo com o impacto econômico da pandemia do novo coronavírus, neste ano se observa um aumento do volume do crédito imobiliário no banco. De janeiro a junho, foram R$ 48,21 bilhões contratados, ante R$ 39,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

“Muita gente aproveita esse momento de preços menores”, avaliou Guimarães. Ele também apontou a carência de seis meses para o início do pagamento em novos contratos, anunciada em abril pela Caixa, como razão para o crescimento.

Construtoras

A Caixa também anunciou hoje medidas de alívio para as construtoras, incluindo a flexibilização de exigências e a utilização de recebíveis para o pagamento de encargos ligados aos empreendimentos.

O anúncio das novas medidas foi feito pelo presidente da Caixa e pelo vice-presidente de Habitação, Jair Mahl.

Veja aqui anúncio completo feito no final da manhã:

*Matéria ampliada às 13h35