Internacional Wuhan, epicentro da covid-19 na China, não registra novos casos

Uma mulher usando uma máscara passa pela sede do Banco Popular da China, o banco central, em Pequim, na China, quando o país é atingido por um surto do novo coronavírus, em 3 de fevereiro de 2020. REUTERS / Jason Lee

A cidade chinesa a que se atribui o início da pandemia de covid-19, não registrou qualquer novo caso de infeção, informaram as autoridades sanitárias nesse domingo (26). Os receios voltam-se agora à possibilidade de uma segunda onda de infeções, em meio às novas medidas para conter o vírus e a reabertura da economia.

Em toda a China continental foram notificados apenas três novos casos, revelou a Comissão Nacional de Saúde na China, referindo-se às últimas 24 horas. Em Wuhan, o epicentro inicial da pandemia, não se registrou nenhum novo caso, a primeira vez que isso acontece em vários meses, e não houve registro de morte. Todos os pacientes que estavam internados já tiveram alta.

Mi Feng, porta-voz da comissão, destacou os “esforços conjuntos de Wuhan e dos profissionais de saúde de todo o país”.

Dos três novos casos registrados, dois foram importados de outros países.

Desde o início da epidemia, a China registrou um total de 82.830 infetados e 4.633 mortos. Até o momento, 77.474 pessoas tiveram alta.

As autoridades estão flexibilizando gradualmente as regras de isolamento. Nesta segunda-feira (27), voltaram às aulas quase 50 mil alunos do último ano de escolas secundárias de Pequim, o mais importante para o acesso à universidade. Outras cidades já anunciaram datas para a volta à escola.

O receio de uma segunda onda de infeções não está, no entanto, afastado. Nesse domingo, Pequim anunciou novas regras para “promover um comportamento civilizado”. Uma delas é que as pessoas cubram a boca e o nariz quando tossem, não comam em transportes públicos e usem máscara na rua quando doentes.

Aos restaurantes, é pedido que apresentem porções separadas para almoços familiares, conforme novas regras que entram em vigor em 1º de junho.

Pequim acrescentou agora sete dias de “observação clínica” para aqueles que completam 14 dias de quarentena, o tempo em que se deve permanecer em casa.

ARTIGO: A ROLETA RUSSA DE BOLSONARO.

Por João Américo

Bolsonaro joga roleta russa com a democracia e a saúde do povo. Vamos arriscar que, a cada giro do tambor do tempo, o Presidente não tenha aspirações e ações antidemocráticas e que o governo vai nos proteger e criar as condições sanitárias para que as pessoas não sejam infectadas pelo Covid-19 e morram.

O único político Brasileiro de relevância nacional que rompeu as amarras do carcereiro invisível, coronavírus, foi o Presidente. Sem limites, e com a retórica dissociada da realidade, negando a ciência, criando tensões com outros poderes, governadores e prefeitos e congresso nacional, as atitudes erráticas do Presidente põem em risco a saúde e a democracia do país. Bolsonaro, a todo instante, cria divisões socias maniqueístas. No começo da crise do Covid-19 o alvo eram os Governadores, depois o Presidente da Câmara dos Deputados e, por fim, seus auxiliares e ministros mais próximos.

Na vida e, principalmente, na política, buscamos sempre símbolos que expressam nossa maneira de pensar, de ser, de sentir e, principalmente, agir. Ir a um evento pressupõem que concordamos com a sua finalidade. Na política ninguém sai de casa sem saber para onde vai e que mensagem quer transmitir. A ida do Presidente ao evento promovido por incautos amantes da barbárie, no dia do Exército, a uma manifestação em frente ao Quartel General do Exército, onde os manifestantes pediam a intervenção militar e fechamento de instituições democráticas tais como STF e Congresso Nacional, invocando o IA-5, representa um ato atentatório ao Estado Democrático de Direito. A atitude do Presidente ao ir ao evento, discursar e dizer à horda transloucada “eu acredito em vocês” gerou grande repercussão e uma onda de críticas que fizeram o Presidente recuar.

O Presidente pendular vai, da ida à manifestação de cunho antidemocrático e anticivilizatório e em desacordo com a nossa Constituição, para, no dia seguinte apresentar respeito à democracia e dizer que não irá fechar nada. Quem é o verdadeiro Bolsonaro?

Estamos jogando roleta russa com a democracia. Vamos apostar que o retrocesso e medidas autoritárias não serão praticadas por Bolsonaro. Apesar da fala do Presidente, seu governo apresenta clara vinculação aos anos de chumbo. No site do Ministério da Defesa existe uma louvação ao golpe de 1964, fato que foi reparado pela justiça; a juíza Moniky Mayara Costa Fonseca, da 5ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, determinou que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, retire do site do ministério a nota publicada no dia 30 de março em defesa do golpe de 1964. Consta da decisão que o ato “é nitidamente incompatível com os valores democráticos insertos na Constituição de 1988”.

Outro fator que tensiona o Governo Federal e os insufladores do caos é a saída de Ex-tudo Sérgio Moro, que, por nós, deverá ser melhor deglutida e depois de feita a correta digestão, para que, no futuro próximo, possamos abordar esse tema com a profundidade que lhe cabe, sem precipitações ou impressões, que podem ser modificadas ao sabor dos ventos imprevisíveis da política.

Voltando à roleta russa, agora no campo da saúde, Bolsonaro pede, faz tempo, que tudo volte ao normal. Vamos apostar que podemos voltar para as nossas atividades diárias – trabalho, compras, escola, viagem – sem o coronavírus representar uma ameaça para todos nós. Vamos mais além, nessa roleta russa, vamos apostar que o COVID-19 não vai nos matar.

Nosso Presidente, sem criar as condições de um sistema adequado de testes, rastreamento de infectados e expansão da rede de saúde, pede que a população que pegue o ônibus lotado, vá ao metrô, ao trabalho, use o elevador, frequente bancos, envie seus filhos para a escola. Em resumo, Bolsonaro pede que a população participe de uma roleta russa social
Se ao final você permanecer vivo, estará sujeito, todo dia, a uma nova rodada, que poderá atingir você e seus parentes e amigos.

A vida institucional do país e a sua vida são muito importantes para serem decididas na sorte.

João Américo é advogado e analista político

Moro e Bolsonaro continuam troca de farpas pelas redes sociais

 (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro continuaram a trocar farpas neste sábado (25/4), um dia após o pedido de demissão de Moro, por meio das redes sociais.

O primeiro a se manifestar foi Bolsonaro, com um tuíte que parece ter a intenção de passar a imagem de Moro como um traidor ou que, ao menos, agiu de maneira ingrata. Na mensagem, o presidente postou uma foto em que aparece caminhando ao lado de Moro, com a mão no ombro do então ministro.

A imagem é acompanhada do seguinte texto: “A VazaJato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sergio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso”.

A Vaza Jato foi uma série de matérias publicadas pelo site The Intercept e, mais tarde, vários outros veículos, sobre trocas de mensagens entre Moro e procuradores que colocaram sob suspeita a imparcialidade de Moro ao julgar os precessos relacionados à Vaza-Jato, que acabaram, entre outras consequências, levando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão e o impedindo de concorrer nas eleições de 2018.

A resposta de Moro

Depois da postagem de Bolsonaro, Moro respondeu, usando a mesma rede social. “Sobre reclamação na rede social do Sr.Presidente quanto à suposta ingratidão: também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado. Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional, de Estado de Direito, e não de relacionamento pessoal”, afirmou Moro.

À mensagem, Moro anexou uma matéria jornalística cujo título é “Moro pede que PGR e PF investiguem depoimento de porteiro”. Em seu discurso na sexta-feira, Bolsonaro se queixou de a Polícia Federal sob comando de Moro ter se empenhado mais em descobrir quem mandou matar a vereadora carioca Marielle Franco do que quem mandou matá-lo. Bolsonaro também se queixou de omissão de Moro no episódio em que o depoimento de um porteiro sugeria um encontro de Bolsonaro com um dos presos pelo assassinato da vereadora.

Antes, também neste sábado, Moro compartilhou uma campanha do Ministério da Justiça. “Faça a coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo” foi o lema de campanha de integridade que fizemos logo no início no MJSP”, afirmou.

Acusações

Ao anunciar a saída do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Moro acusou o presidente de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. “O presidente me quer fora do cargo”, disse Moro, ao deixar claro que a saída foi motivada por decisão de Bolsonaro.

Em um pronunciamento de cerca de 40 minutos, o presidente Jair Bolsonaro rebateu o ex-ministro. Na fala, no entanto, Bolsonaro reconheceu que deseja um contato mais direto com o diretor-geral da instituição e evidenciou ter interesse pessoal em investigações da PF, como o caso da facada que sofreu em 2018. Bolsonaro disse que, se Moro queria independência para fazer nomeações, deveria ter disputado a eleição à Presidência.

Covid-19: não há evidências de que curados estejam protegidos, diz OMS

m homem recebe um teste de auto-coronavírus de um estudante de medicina à sua porta, em meio ao surto de doença de coronavírus (COVID-19), em São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil, 14 de abril de 2020. REUTERS / Rahel Patrasso

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que atualmente “não há evidências” de que pessoas que se recuperaram da covid-19 e possuem anticorpos estejam protegidas de uma segunda infecção pelo coronavírus.

Em um briefing científico, a agência das Nações Unidas alertou governos contra a emissão de “passaportes de imunidade” ou “certificados de livre de riscos” às pessoas que foram infectadas, uma vez que sua precisão não pode ser garantida.

A prática poderia, na verdade, aumentar os riscos de propagação contínua da doença, à medida que pessoas que se recuperaram podem ignorar conselhos sobre as precauções que devem ser tomadas contra o vírus, disse a entidade.

“Alguns governos sugeriram que a detecção de anticorpos ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, poderia servir como a base para um ‘passaporte de imunidade’, ou ‘certificado de livre de riscos’, que permitiria a indivíduos viajar ou voltar para casa, assumindo que eles estariam protegidos contra a reinfecção”, disse a OMS.

“Atualmente não há evidências de que pessoas que se recuperaram da covid-19 e possuem anticorpos estão protegidas de uma segunda infecção”, acrescentou.

O Chile anunciou na semana passada que começaria a distribuir “passaportes de saúde” para pessoas consideradas recuperadas da doença. Uma vez rastreado o desenvolvimento de anticorpos para torná-las imunes ao vírus, elas poderiam retornar imediatamente ao trabalho.

A OMS disse que continua avaliando evidências sobre as respostas de anticorpos ao vírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan no final do ano passado. Cerca de 2,8 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, sendo que mais de 200 mil morreram, segundo contagem da Reuters.

A maior parte dos estudos mostra que as pessoas que se recuperaram da infecção têm anticorpos para o vírus, segundo a OMS. No entanto, algumas delas possuem níveis muito baixos de anticorpos neutralizadores no sangue, “sugerindo que a imunidade celular também pode ser fundamental para a recuperação”, concluiu a organização.

Pernambuco registra 391 novas infecções pelo coronavírus em 24 horas

Estado registra crescimento de 9% nos casos. Ao todo, 71% dos infectados estão em estado grave. (Foto: Danny Lawson/AFP.)
Estado registra crescimento de 9% nos casos. Ao todo, 71% dos infectados estão em estado grave. (Foto: Danny Lawson/AFP.)

Pernambuco contabiliza, neste domingo (26), 4.898 casos do novo coronavírus – um aumento de 9% em relação ao sábado (25). 71% deles são considerados graves (3.485), enquadrados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag); e os outros 29% leves (1.413). As informações são da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Nas últimas 24 horas, o estado recebeu a confirmação de 391 novas infecções – sendo 169 considerados graves, em internação ou entubamento; e 222 leves. Além dos novos casos, foram confirmadas 34 novas mortes pela Covid-19, a doença desenvolvida pela pessoa que contrai o novo coronavírus. Ao todo, são 415 pessoas mortas em decorrência do patógeno.

Mais informações e detalhes sobre o assunto serão repassados ao longo deste domingo, em novo comunicado da SES.

Diário de Pernambuco

Brasil adota uso de máscaras como política de saúde pública

O uso de máscaras de proteção facial já vinha sendo apontado como uma medida importante de proteção para evitar a infecção do novo coronavírus (covid-19). Com a ampliação da pandemia, essa atitude passou a ser tratada como políticas públicas de prefeituras e governos estaduais, com regras recomendando ou até mesmo obrigando a adoção deste recurso de prevenção contra a doença.

Mapa mostra estados e cidades onde o uso de máscaras é cumpulsório.
Mapa mostra estados e cidades onde o uso de máscaras é cumpulsório. – Agência Brasilde saúde pública, que pode ir de um mês a um ano de prisão, além de multa.

Piauí

O governo do Piauí também tornou necessário o uso desses equipamentos de proteção desde quarta-feira (22). O decreto do governo do estado estabelece essa medida sempre que um cidadão sair de casa, deslocar-se em via pública ou acesse em um local onde estejam mais pessoas, como estabelecimentos comerciais.

Pernambuco

Na mesma direção, o governo de Pernambuco editou na quinta-feira (23) decreto em que estipula a exigência para os trabalhadores envolvidos com atividades que demandam contato com público, como em estabelecimentos comerciais. Para o restante da população, a atitude é apontada como uma recomendação da administração local.

Bahia

Na Bahia, a exigência do uso de máscaras também tem como foco os trabalhadores de atividades cuja natureza envolva o atendimento ao público. A regra estipulou a necessidade dos empregadores fornecerem o material e fiscalizarem o seu uso, sob pena de multa de R$ 1 mil por funcionário.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a Lei N° 23.636 deste ano estabeleceu essa obrigação. Ela entrou em vigor no dia 18 deste mês. A norma estipula a exigência para trabalhadores que prestam atendimento ao público das atividades que continuaram autorizadas a funcionar.

Entre os segmentos estão órgãos e entidades públicas, serviço de transporte e estabelecimentos comerciais. O fornecimento de máscaras é elencado pela Lei como uma obrigação dos empregadores. Em cidades onde houve regra específica sobre o tema, a norma municipal é a que prevalece.

Prefeituras

Embora diversos estados tenham optado pela obrigatoriedade de máscaras, prefeituras expediram normativos próprios sobre o tema, mesmo em situações onde o governo estadual já havia fixado a exigência.

É o caso da capital, Belo Horizonte. Na cidade o uso de máscaras passou a ser exigido desde a quarta-feira (22) em todos os espaços públicos, como ruas, praças e outros locais de circulação. A determinação valerá também para o transporte público e para estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços.

O decreto que fixou a medida na capital mineira também estabeleceu que as empresas deverão impedir a entrada de pessoas sem máscara, além de afixar cartazes informativos sobre as novas regras.

A prefeitura do Rio de Janeiro também determinou a exigência, que passou a valer ontem na cidade. Conforme a norma, quem estiver sem máscara poderá ser impedido de entrar em ônibus ou em estabelecimentos comerciais, além de ficar sujeito a multa.

A prefeitura de Florianópolis foi outra que optou pela medida. A obrigação vale desde o dia 17 de abril para profissionais que lidem diretamente com o público. Os estabelecimentos que não seguirem a ordem podem ser multados ou até mesmo interditados pela vigilância sanitária.

A orientação é que as máscaras de pano sejam utilizadas apenas por pessoas sem sintomas. Já trabalhadores da saúde e pacientes com sintomas devem buscar máscaras de proteção com material adequado.

A necessidade do acessório foi também definida pela prefeitura de Belém desde sexta (24). O objeto terá que ser colocado por quem tiver que sair às ruas. Quem violar a obrigação ficará sujeito ao pagamento de multas.

Em Fortaleza, a obrigação do acessório foi definida para trabalhadores de setores essenciais cujo funcionamento foi mantido pela prefeitura. É o caso de funcionários de supermercados, bancos, casas lotéricas e entregadores de aplicativo. Cabe aos empregadores fornecer os objetos bem como outros equipamentos de proteção individual.

Para o restante da população, o uso de máscaras foi estabelecido como uma recomendação pela prefeitura. Essa diretriz é apontada para quem estiver em locais públicos, no transporte público e em comércios.

Recomendação

São Paulo 

Outros governos optaram por definir o uso de máscaras como uma recomendação somente à população. O governo de São Paulo editou decreto, na última sexta-feira, com essa orientação para todos os municípios do estado, válida para quando cidadãos circularem por locais públicos. A exemplo de outros estados, a diretriz abarca também os acessórios caseiros, feitos com pano.

Paraíba

O governo da Paraíba foi em sentido semelhante e publicou decreto na terça-feira (21) recomendando que estabelecimentos proíbam a entrada de quem não estiver com o equipamento. Um conjunto de atividades é obrigada, entretanto, a fornecer máscaras a seus empregados.

Manaus

Também é o caso de Manaus, cidade que vive uma crise com o alto índice de incidência da doença e com esgotamento da capacidade de atendimento do sistema de saúde para dar resposta à pandemia.

A orientação vale desde o dia 14 de abril e é necessária sempre que um cidadão tiver de sair às ruas ou for ter contato com outras pessoas, andar de transporte público e ir a estabelecimentos comerciais.

Em 24 horas, país tem 3,3 mil novos casos e 189 mortes por covid-19

O Ministério da Saúde informou, neste domingo (26), que o Brasil tem 61.888 casos confirmados de covid-19 e 4.205 mortes. De acordo com a última atualização do órgão, 30.152 pessoas infectadas estão recuperados (49%) e 1.322 óbitos estão em investigação.

Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 3.379 novos casos, o que representa incremento de 5,8% em relação aos dados de sábado (25) e 189 mortes, alta de 4,7% em relação à atualização de ontem.

O estado com maior número de casos e óbitos é São Paulo: 20.715 e 1,7 mil, respectivamente. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 7.111 casos, e 645 mortes. Em terceiro lugar, está o Ceará com 5.833 casos e 327, mortes. O estado com o menor número de casos é Tocantins, com 58 casos confirmados, e duas mortes.

Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou situação de pandemia em decorrência da covid-19. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

Ministério da Saúde
Ministério da Saúde/Divulgação

Pernambuco conta com centros de testagem para profissionais das áreas de saúde e segurança

O Governo de Pernambuco abriu dois centros avançados de testagem para profissionais das áreas de saúde e da segurança, bem como dos seus familiares, com os quais tenham contato domiciliar e que estejam apresentando sintomas gripais. Os postos, sob a coordenação das secretarias estaduais de Saúde (SES) e de Administração (SAD), funcionam diariamente, inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 17h, no Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (Cefospe) – instituição vinculada à SAD, no bairro da Boa Vista, área central do Recife – e no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), no Complexo de Salgadinho, em Olinda.

Os novos centros avançados realizam dois tipos de exames: o RT-PCR, nos casos dos profissionais, preferencialmente testado até o sétimo dia do início dos sintomas gripais, podendo, porém, ser estendido até o décimo dia, caso persistam os sintomas; e o teste rápido, para os casos em que o paciente esteja há mais de sete dias do início dos sintomas e também com mais de 72h desde o desaparecimento dos sintomas.

Cada centro terá a capacidade de realizar, inicialmente, até 60 testagens e coletas por dia. No local, atuarão técnicos de enfermagem para a coleta do swab nasal-orofaríngeo, além de profissionais administrativos, limpeza e segurança, bem como de sanitaristas que gerenciarão cada serviço. As amostras biológicas serão processadas nos laboratórios Aggeu Magalhães e Genomika, e em seguida serão validadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE). O quantitativo de testes diários poderá aumentar de acordo com a demanda.

“Essa é mais uma iniciativa do Governo de Pernambuco em favor dos trabalhadores que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Os centros serão essenciais no sentido de unificar os esforços para realizarmos uma ampla testagem dos profissionais da saúde, da segurança e dos familiares que têm contato direto com eles. Além de tranquilizar o profissional ou familiar que apresente sintomas gripais, reservando um local específico para a testagem rápida e segura, essa iniciativa dará maior agilidade e transparência ao diagnóstico desse público”, ressaltou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

“A ação implementada pelo Governo do Estado, envolvendo ambas as secretarias, tem uma grande importância no enfrentamento à pandemia. Com a abertura das unidades de testagem daremos mais celeridade no diagnóstico da doença junto aos servidores de saúde e também dos militares. São duas categorias que desempenham serviços essenciais, incansáveis na prestação de serviços à sociedade”, reforçou a secretária estadual de Administração, Marília Lins.

Para realizar a testagem, o profissional de saúde ou de segurança precisa agendar o atendimento por e-mail (para a unidade Cefospe: coletacefospe@gmail.com; e para unidade Cecon: coletacecon@gmail.com), anexando uma solicitação escrita da chefia imediata da unidade onde atua. O mesmo protocolo serve para os familiares do profissional, que precisam apresentar a solicitação escrita da chefia imediata do parente.

MAIS RECURSOS – O governador Paulo Câmara sancionou, na manhã deste sábado, a lei que autoriza a aplicação de US$ 18 milhões em ações de enfrentamento ao novo coronavírus. As verbas são referentes ao saldo de operação de crédito do Governo de Pernambuco junto ao Banco Mundial. O montante é remanescente do Programa Pernambuco Rural Sustentável (PRS) e o excedente financeiro deve-se à supervalorização cambial, uma vez que o contrato foi firmado em 2012, quando o dólar estava cotado em R$ 1,55. “Esse investimento será importante para fortalecer a infraestrutura pública de saúde em Pernambuco. É fundamental destacar ainda que o redirecionamento dos recursos não traz nenhum prejuízo às ações e projetos desenvolvidos no âmbito do programa, que é gerido pelo ProRural”, afirmou Paulo Câmara.

Bezerros terá hospital de campanha contra o coronavírus

A partir do dia 1º de maio, a cidade de Bezerros passa a contar com um hospital de campanha. A nova unidade, que vai atender pessoas com coronavírus, está sendo instalada no prédio do antigo Fórum, e irá dispor de um centro de triagem para doenças respiratórias, 29 leitos de baixa complexidade e 2 leitos equipados para tratamento de pacientes mais graves.

Equipes da prefeitura iniciaram há alguns dias a limpeza do prédio e as instalações elétricas necessárias, adaptando todo o ambiente para servir como centro médico de enfrentamento exclusivo ao coronavírus.

Os hospitais de campanha recebem pacientes com sintomas de covid-19 de baixa e média complexidade, transferidos dos equipamentos de saúde do município e da região, como hospitais e unidades de pronto atendimento (UPA). Investir nestas estruturas temporárias em meio a uma crise sanitária é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Caruaru decreta Situação de Emergência no município, devido às chuvas

A cidade de Caruaru foi vítima de fortes chuvas neste domingo (26). Em 6h de precipitações, o município acumulou 79,20 mm de chuva nas áreas urbana e rural, segundo dados da Associação Pernambucana de Águas e Climas – APAC, o que ocasionou vários alagamentos e inundações. Diante deste cenário, a Prefeitura de Caruaru publicou uma edição especial do Diário Oficial, decretando situação de emergência na cidade.

As equipes da Prefeitura estão em campo, mensurando os estragos deixados pelas chuvas. “Foram vários os prejuízos da população, que ainda serão levantados pelos nossos técnicos, mas, de imediato conseguimos identificar a urgência dessa situação, a partir da destruição de casas, principalmente em comunidades ribeirinhas. Mais do que nunca é hora de agir e trazer soluções para essas vítimas”, afirma a prefeita Raquel Lyra.

O Decreto nº 043, de 26 de abril de 2020 declara a situação de emergência na cidade. Dessa forma, autoriza a Prefeitura de Caruaru a mobilizar todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação conjunta da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes – DESTRA e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução.

A publicação também autorizada a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre, assim como a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade. A determinação tem como objetivo facilitar as ações de assistência à população afetada pelas fortes chuvas.

O documento também cita uma série de normas a fim de prevenir os riscos e garantir a segurança da população diante do cenário. Em relação aos investimentos para normalização do funcionamento da cidade, o Decreto dispensa a licitação de contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres. Vale ressaltar que essa medida é válida para obras que devem ser concluídas no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir de hoje, e sem prorrogação.