Flamengo se recusa a fazer acordo para indenizar famílias de vítimas

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e o Ministério Público Estadual informaram que o Flamengo se recusou nesta terça (19) a fechar o acordo de reparação às vítimas do incêndio no alojamento do Centro de Treinamento (CT) do clube, o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na zona oeste, no qual dez atletas morreram e três ficaram feridos. O acordo estava sendo negociado entre o clube, as duas instituições e o o Ministério Público do Trabalho.

Em nota, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho informam que o caso vai ser definido na Justiça. Com a tentativa de acordo encerrada, as instituições buscarão a reparação judicial. Amanhã (20), os parentes dos jogadores serão atendidos pela Defensoria Pública para que sejam orientados sobre as medidas possíveis.

Segundo as instituições, a “recusa do acordo” foi informada por meio de ligação telefônica às 19h desta terça-feira. Conforme a nota divulgada à imprensa, não houve consenso nas negociações para fechar os valores das indenizações e eventuais pensões. “Os valores apresentados pelo clube estão aquém daquilo que as instituições entendem como minimamente razoável diante da enorme perda das famílias e demais envolvidos”, indicou o comunicado.

Confiança
No fim da tarde, a coordenadora cível da Defensoria Pública, Cíntia Guedes, disse durante uma entrevista coletiva que quase 90% do acordo estavam acertados e que tinha confiança em uma resposta positiva do Flamengo ainda hoje. A defensora destacou que apenas dois pontos estavam em aberto e se referiam a valores de indenizações e de pensões às famílias dos atletas atingidos. “A bola agora está com o Flamengo”, chegou a dizer a defensora ao fim da coletiva.

Segundo a Defensoria Pública, anteriormente, o Flamengo havia se comprometido em prestar assistência médica aos jovens que necessitarem de tratamento, assim como apoio psicológico às famílias dos atletas que morreram.

O clube também havia se responsabilizado a manter por um período mínimo de dois anos, os contratos de formação dos atletas que sobreviveram, além dos contratos dos empregados que de certa forma se envolveram no incêndio.

O Flamengo não se manifestou sobre o fim das negociações.

Delegado Lessa faz apelo para o Disque Denúncia Agreste não acabar

O deputado estadual Delegado Lessa (Progressistas) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) durante sessão realizada nesta terça-feira, 19, para ressaltar a importância do Disque Denúncia Agreste. O serviço, que existe desde 2002 e atende a 129 municípios, corre o risco de ser extinto devido a dificuldades financeiras.

Em sua explanação, o deputado apresentou dados acerca do funcionamento do serviço, que já chegou a registrar uma média de quase 500 denúncias por mês. “O Disque Denúncia integra prevenção e combate à violência, colaborando com os mais diversos órgãos da sociedade para a diminuição da criminalidade”, declarou o Delegado Lessa. Ele testificou que, na condição de profissional de segurança público, a atuação do Disque Denúncia Agreste sempre foi preponderante para a obtenção de informações que culminaram em resolução de crimes.

O deputado ainda mencionou fatos de repercussão que foram solucionados graças à atuação do equipamento, a exemplo do assassinato do colunista social Marcolino Junior, em 2016; do latrocínio de uma família em Lagoa do Paulista, área rural de Caruaru, ocorrido em 2017; e do tiro que atingiu o jornalista Alexandre Farias com uma bala perdida, no ano de 2017, em meio a uma perseguição policial.

Por fim, Lessa chamou a atenção dos pares para que seja feito coro a essa causa, junto à Prefeitura de Caruaru e ao Governo do Estado, para a continuidade do serviço. “Esta história de contribuição a favor da segurança não pode findar por falta de recursos. O Disque Denúncia do Agreste não pode ter esse fim”, conclamou.

Áudios comprovam que Bolsonaro mentiu para esconder escândalo no Planalto, afirma Humberto

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), cobrou, nesta terça-feira (19), explicações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre o escândalo das candidaturas laranjas e a mentira de que não havia tratado sobre o esquema com o então secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno.

Em um novo capítulo sobre a saída do ex-ministro, áudios vazados comprovaram que Bolsonaro mentiu ao dizer que não havia falado com Bebianno logo após as denúncias de corrupção envolvendo o fundo eleitoral na campanha do ano passado virem à tona. As gravações mostram que Bolsonaro e Bebianno debateram, via WhatsApp, as acusações sobre uso irregular de verba pública de R$ 400 mil em Pernambuco.

“Bolsonaro vai ter de explicar por que, como presidente, tentou esconder que havia tratado do escândalo com o ministro que trabalhava ao lado dele no Palácio do Planalto. Ele negou a conversa, chamou o ministro publicamente de mentiroso, demitiu-o e, agora, o Brasil descobre, mais uma vez, que o mentiroso é o próprio Bolsonaro. É um caso de alta gravidade, que precisa ser esclarecido e explicado ao povo brasileiro”, afirmou Humberto.

Para o senador, a crise no governo Bolsonaro atingiu a base no Congresso Nacional, ameaça a pauta do Executivo e deve lançar o Brasil numa paralisia ainda maior. “São 50 dias em que nada anda, tudo está parado. Tudo o que esse governo consegue produzir são apenas escândalos.”

O senador também questionou a forma com que o presidente vem tratando o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, deputado federal eleito por Minas Gerais e um dos pivôs do esquema de laranjas do PSL.

Na época, Marcelo presidia o partido no estado e é acusado por ex-candidatos de obrigá-los a repassar dinheiro recebido do fundo eleitoral à própria candidatura. “O ministro, no entanto, segue no cargo com a total conivência de Bolsonaro. Mas nós temos certeza de que, com o aprofundamento das investigações, ele será o próximo a cair”, disse Humberto.

Recadastramento de clientes da Compesa continua em Caruaru

Técnicos contratados pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) estão visitando atualmente os bairros Maurício de Nassau, Nossa Senhora das Dores, Riachão, Cedro e Alto da Balança, em Caruaru, para promover o recadastramento dos clientes da empresa. O trabalho sempre é feito de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h e, aos sábados, das 8h às 12h.

Os profissionais, devidamente identificados, visitam casa a casa, para conversar e atualizar os dados dos clientes da Compesa. Segundo o gerente da Unidade de Negócios, Mário Heitor, todos os clientes de Caruaru serão visitados. Até o momento, cerca de 25 mil imóveis já passaram pelo cadastramento na cidade. O trabalho deve ser concluído no final desse ano.

Para tranquilizar os clientes sobre o trabalho que está sendo desenvolvido pela Compesa, o gerente Mário Heitor orienta que eles, ao abrir a porta, observem se o funcionário está com o uniforme com as seguintes características: camisa UV da cor azul ou verde, casaco cinza com a identificação “a serviço da Compesa”, além de crachá com fotografia e nome completo.

A atualização cadastral dos clientes da Compesa está sendo desenvolvida em várias cidades. O objetivo da iniciativa é facilitar a localização do cliente no sistema, maior agilidade no atendimento, geração de faturas com informações precisas, além estreitamento do relacionamento com a empresa. “Os dados atualizados dos clientes acarretarão uma melhor prestação dos serviços oferecidos pela Companhia”, reforça Mário Heitor.

A Compesa adianta ainda que os clientes podem, eventualmente, receber uma nova visita, desta vez de um funcionário da Compesa devidamente identificado, para verificar se as informações coletadas são verídicas, em caso de conflito de informações com dados anteriormente registrados na empresa. Essa revisão faz parte do processo de fiscalização e controle de qualidade da companhia.

“Em hipótese alguma, será solicitada qualquer informação financeira ao cliente. É importante destacar que, em alguns casos, o profissional poderá solicitar a autorização do cliente para entrar no imóvel”, explica o Gerente da Unidade de Negócios, Mário Heitor.

“Em casos específicos, sempre com o consentimento do morador, o entrevistador precisará entrar no imóvel para verificar a situação do hidrômetro ou eventuais fontes alternativas de abastecimento”, reforça o gerente.

Obra de abastecimento de água beneficia Belém do São Francisco

Uma ação do Governo de Pernambuco vai beneficiar o município de Belém
de São Francisco, no Sertão, distante 500 quilômetros do Recife. Por
meio da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), foi iniciada
uma obra para melhorar a oferta de água no centro da cidade.

De acordo com a companhia, apesar do abastecimento diário com água do
Rio São Francisco, essa área da cidade enfrentava interrupções no
fornecimento. “Vamos ativar uma nova rede de distribuição que já foi
implantada pela companhia. Dessa forma, a rede antiga ficará
inoperante, que tem apresentado vazamentos frequentes, e conseguiremos
promover melhorias para os moradores”, informa o gerente de Unidade de
Negócios, Alexsandro Chaves.

A obra mostra o compromisso do governador Paulo Câmara em demandar a
Compesa para realizar obras de grande porte e pequeno porte com o
objetivo de melhorar a vida das pessoas. O trabalho teve início na
última quinta-feira, 14, e a previsão é que seja concluído em outubro
deste ano. O investimento é de cerca de R$ 400 mil. Serão executados
serviços de demolição e reposição de pavimentação, implantação de
ramais prediais e instalação de registro para setorização.

“O serviço permitirá melhor controle de pressão e distribuição de água
no sistema de abastecimento”, complementa o gerente. Por causa dos
serviços, o trânsito no centro da cidade vai exigir mais atenção dos
motoristas que devem observar as placas, cavaletes, enfim, a
sinalização. As ruas João XXIII, Major Sansão e Avenida Coronel Caribé
estão parcialmente interditadas.

Presidentes de três federações das Indústrias e da CNI são detidos

Os presidentes das federações das Indústrias de Alagoas (Fiea), da Paraíba (Fiep) e de Pernambuco (Fiepe) foram presos hoje (19) em Brasília. José Carlos Lyra de Andrade (Alagoas), Francisco de Assis Benevides Gadelha (Paraíba) e Ricardo Essinger (Pernambuco) são alvo da Operação Fantoche, deflagrada pela Polícia Federal (PF), em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU).

Na mesma operação, foi preso o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, além de seis investigados cujos nomes ainda não foram confirmados. Todos os 10, detidos em caráter temporário, são suspeitos de integrar uma organização criminosa acusada de fraudar convênios do Ministério do Turismo com entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Sebrae).

Além dos 10 mandados de prisão temporária, 40 mandados de busca e apreensão autorizados pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco estão sendo cumpridos nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, da Paraíba, de Mato Grosso do Sul e Alagoas e no Distrito Federal.

Robson Andrade, Lyra de Andrade, Gadelha e Essinger foram detidos em Brasília, onde participariam da reunião mensal da CNI. Em notas, cuja redação é idêntica, a CNI e as federações afirmam que os dirigentes das entidades estão prestando depoimento à PF, na capital federal.

A Federação das Indústrias de Pernambuco diz ainda que todos os convênios assinados pela entidade “atendem, criteriosamente, às exigências licitatórias previstas em lei” e que está à disposição para colaborar com as autoridades responsáveis pela investigação. A Federação das Indústrias de Alagoas argumenta que não teve acesso à investigação e afirma acreditar que “tudo será esclarecido”.

De acordo com a PF, o grupo atua desde 2002 e pode já ter movimentado mais de R$ 400 milhões. O dinheiro era movimentado por meio de contratos e convênios que entidades de direito privado, sem fins lucrativos, assinavam com o Ministério do Turismo e com unidades do Sistema S. A maior parte dos contratos previa a execução de eventos culturais e de publicidade. Superfaturados, não eram integralmente executados e os valores desviados eram destinados a empresas controlados por uma mesma família – cujo nome não foi revelado.

Em nota, o Ministério do Turismo informou que já tinha determinado uma auditoria completa em todos os instrumentos de repasse antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da PF. A auditagem resultou no cancelamento de um contrato no valor de R$ 1 milhão.

“O Ministério do Turismo, que não é alvo das buscas e apreensões da Operação Fantoche, está totalmente à disposição para colaborar com a investigação”, diz a pasta, destacando não ter firmado nenhum novo convênio este ano. “Todos os convênios investigados pela Polícia Federal são das gestões dos presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff”, diz o texto.

Vereadores vão debater situação do Disk Denúncia Agreste em Audiência Pública

Nesta quarta-feira (20), às 9h, a Câmara Municipal de Caruaru realiza uma audiência pública, para debater a situação do Disque Denúncia Agreste, que vem sofrendo com a falta de recursos e corre o risco de fechar. O debate foi proposto pelo vereador Rozael do Divinópolis (PRTB).

A audiência deverá contar com a presença de representantes do Disque Denúncia, das polícias, de órgãos municipais e estaduais, OAB Caruaru, além da presença de vereadores e da sociedade civil.
De acordo com Rozael, a audiência é importante para que as entidades e órgãos se unam em prol do Disque Denúncia.

“É através do Disque Denuncia que a Polícia desvenda crimes, apreende armas e drogas. Não podemos deixar que este serviço tão importante para Caruaru e região feche as portas. Precisamos unir os órgãos municipais, estaduais e federais em prol disso e esta foi a motivação para trazer este debate a Câmara de Caruaru”.

OAB-PE pede investigação do prefeito de Camaragibe por convocação de servidores para Carnaval

O presidente da OAB-PE, Bruno Baptista, encaminhou nesta segunda-feira (18),
ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) um pedido de investigação
contra o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), por áudios enviados por Whatsapp convocando servidores comissionados do município a participarem de um bloco de Carnaval que teve como uma das atrações a noiva do gestor, a cantora Taty Dantas, que também é secretária municipal da Ação Social.

O bloco Canário Elétrico, que contou com a participação da noiva do
prefeito, é organizado pelo secretário de Educação de Camaragibe,
Denivaldo Freire. A contratação de Taty Dantas, segundo informação do próprio
secretário, foi feita a partir de um pedido do prefeito Demóstenes Meira.

O anúncio do pedido de investigação foi feito por Bruno Baptista neste
domingo (17), tão logo chegou ao seu conhecimento os áudios do prefeito.
Neles, Demóstenes Meira afirma que o evento seria gravado e que ele
verificaria a presença dos funcionários, ficando, subliminarmente, uma
ameaça de exoneração dos ocupantes de cargos de livre nomeação que não
comparecessem ao ato. À imprensa, o gestor reconheceu o teor dos áudios,
mas alegou que não se tratava de uma convocação, mas de um convite para
fortalecer uma ação de gestão.

Além do pedido de investigação pela convocação dos servidores, o
presidente da OAB-PE vai pedir investigação para saber se houve uso dinheiro público para custear a apresentação da noiva do prefeito. Organizadores do bloco, em entrevista à imprensa, negaram ter recebido recursos do município, apenas apoio logístico. Em matéria veiculada no telejornal Bom Dia Pernambuco, da TV Globo, o prefeito aparece abrindo o Carnaval da cidade e apresentando a noiva como uma das apresentações do dia.

“Em tese, pode caracterizar desde improbidade administrativa por
um assédio moral, porque tem uma ameaça de exoneração para quem não comparecer. Claro que precisa-se assegurar ao prefeito o direito ao contraditório e ampla defesa. Mas é necessária uma investigação aprofundada do caso. Nós vamos pedir isso ao Ministério Público e acompanhar o desenrolar do caso”, informa Bruno Baptista.

Sobe para 24 número de mortos em atentado na Síria

Pelo menos 24 pessoas, incluindo dezesseis civis, morreram nesta segunda-feira em duas explosões sucessivas na cidade de Idlib, capital da província de mesmo nome, dominada pela organização jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS), no noroeste da Síria, relatou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Entre as 24 vítimas fatais, há quatro crianças, segundo o último balanço do OSDH. HTS, uma aliança dominada pela antiga facção síria da Al-Qaeda, controla a região de Idlib, onde também estão presentes rebeldes e células adormecidas do grupo Estado Islâmico (EI).

Por enquanto, nenhum grupo reivindicou o atentado, que também fez 51 feridos, de acordo com o último balanço do OSDH.

Primeiro, uma bomba escondida debaixo de um carro explodiu em Idlib. Depois, “quando as pessoas se aglomeraram no local e as ambulâncias chegaram”, uma segunda bomba em uma motocicleta explodiu, relatou o OSDH.

O ataque ocorreu em uma rua onde se encontra o conselho local administrado pelo “Governo de Salvação”, a instituição que a HTS criou para governar a província, explicou.

Julgamento de Cristina Kirchner por corrupção adiado para maio

A justiça argentina anunciou nesta segunda-feira (18) o que o início do julgamento por corrupção da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner foi adiado para 21 de maio.O julgamento que tinha o início marcado para 26 de fevereiro foi adiado por causa do estade saúde de um dos integrantes do Tribunal Oral Federal, o juiz Jorge Tassara que será operado nos próximos dias.

No processo, Kirchner é acusada de favorecer o empresário Lázaro Baez com a concessãod e 52 obras públicas no valor de 1,15 bilhão de dólares em Santa Cruz, Patagônia, província do sul da Argentina que foi o trampolim da ex-presidente para a política nacional.

O delito foi cometido durante seus dois mandatos, entre 2007 e 2015, e o processo também inclui o período de governo de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007).ac