Rivalidade move um Clássico das Multidões

Diário de Pernambuco

O primeiro Clássico das Multidões do ano pouco vai mudar o futuro de Santa Cruz e Sport na temporada. Virtualmente classificados às quartas de final do Campeonato Pernambucano, tricolores e rubro-negros disputarão, neste domingo, a partir das 17h, uma partida que, na prática, não vale nada. Mas as arquibancadas do Arruda deverão estar cheias. De um lado e do outro. Não apenas por ser o primeiro jogo no estádio nesta temporada. Sobretudo porque o único tempero deste jogo tem um peso grande: a rivalidade.

Em especial, quando o jogo é no Arruda. Os confrontos entre Santa Cruz e Sport no José do Rego Maciel revelam equilíbrio e vantagem do Leão. Em 166 jogos, houve 62 empates, resultado mais comum. O Rubro-negro ganhou 52 vezes na casa do adversário, contra 50 triunfos dos tricolores.

O Santa Cruz não vence o Sport no Arruda há três jogos. O último confronto aconteceu em 2017. Valendo vaga na final do Nordestão, o Leão venceu por 2 a 0 e eliminou o rival, que havia ganhado na Ilha por 2 a 1. O duelo anterior aconteceu na primeira fase do Pernambucano daquele ano, e o jogo terminou empatado em 1 a 1.

Em 2016, no primeiro turno da Série A, o Rubro-negro ganhou por 1 a 0. O último triunfo coral no Arruda foi no primeiro jogo da final do Pernambucano de 2016. Gol solitário de Lelê que daria o título ao Santa Cruz (no segundo jogo, na Ilha, os times empataram em 0 a 0 e o Tricolor levantou a taça na casa do adversário).

O pequeno jejum coral, entretanto, não se restringe ao Arruda. O Rubro-negro não perde do Tricolor há três jogos. No ano passado, empatou em 1 a 1 com o rival na primeira fase do Pernambucano e, em seguida, nas quartas de final do Estadual, venceu o duelo único na Ilha do Retiro valendo vaga na semifinal por 3 a 0. Antes desses dois duelos,em 2017, ocorreu o duelo pela semifinal do Nordestão.

Consequências
Se o Santa Cruz vencer o Clássico das Multidões deste domingo, mais do que encerrar os pequenos tabus e diminuir a desvantagem que tem para o rival dentro de casa, o Tricolor ganha motivação para seu próximo desafio. Quarta-feira, disputa contra o Náutico uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil, que
vale R$ 1,45 milhão. É a partida mais importante para o clube no ano até o momento.

Para o Sport, um triunfo contra o Santa Cruz ameniza o clima ruim na Ilha do Retiro causado pela eliminação na Copa do Brasil para o Tombense. Como o Estadual foi a única competição que restou ao Leão antes da Série B, estar bem no Pernambucano tornou-se obrigação. Dever absolutamente igual de evitar um tropeço diante de um rival que vai a campo com o time reserva.

Senac com curso para explorar novas deias

O Senac Caruaru estará realizando, de 18 a 22 de fevereiro, o curso ‘Bootcamp. Empreendedorismo em ação’. As aulas acontecerão das 8h às 17h, na instituição que fica localizada na Avenida Maria José Lyra, 140, Indianópolis. O investimento é de R$ 150 e a inscrição pode ser feita no link https:// loja.pe.sebrae.com.br/loja/evento/10105758

Um curso é destinado a todas as pessoas que estão dispostas a explorar novas possibilidades, inovar em seus negócios e colocar seus projetos em prática. Os participantes terão três dias intensos, com atividades que abordam da criação até a execução de uma ideia, todas com acompanhamento de especialistas em negócios. Eles vão ajudar a colocar os projetos dos participantes em prática, colaborando para o desenvolvimento do negócio.

“Nesse curso, trabalho com o conceito de construção na percepção do cliente. Ele vai ajudar aquele que tem uma ideia, mas não sabe como colocar em prática, aquele que quer mudar algo no negócio e não sabe por onde começar”, explicou o analista do Sebrae, Laudemiro Ferreira, ao falar que o treinamento estimula o empreendedorismo inteligente e proporciona a criação de projetos e negócios de sucesso.

Na programação, alguns tópicos sobre mercado, como cliente, problemas e solução, e sobre comportamento empreendedor, que será abordado por meio do tema Mindset Empreendedor, mostrando como mudar a configuração da mente conforme a cabeça de um empreendedor, rompendo pensamentos antigos e mudando em direção a uma mentalidade empreendedora.

Também serão apresentados no curso alguns instrumentos como o Lean Canvas, ferramenta visual que ilustra o modelo de negócio de forma rápida e fácil, ressaltando os pontos que realmente importam, bem como o pitch, que é uma apresentação rápida e direta, em geral até 5 minutos, com o objetivo de despertar o interesse pelo assunto apresentado. Storytelling é outro tema do curso e é a capacidade de contar histórias de maneira que desperte a atenção.

Rua Duque de Caxias em crise

Considerada uma das vias mais valorizadas, a Duque vem perdendo uma série de estabelecimentos

Wagner Gil

Nos últimos três anos o Brasil mergulhou numa crise econômica que foi potencializada com uma crise ética, que atingiu os principais nomes da política, levando, inclusive, o ex-presidente Lula à prisão e alguns dos seus principais assessores. Esse fato acabou gerando uma série de fatores que paralisaram o país, nos fazendo, literalmente, andar para trás, com mais de 13 milhões de desempregados nos últimos anos. Isso fez fechar muitos estabelecimentos país afora e, em Caruaru, a situação não foi diferente. O desemprego cresceu e muitas pessoas foram para a informalidade, mas uma rua chama a atenção: a Duque de Caxias, no centro da cidade.

Considerada uma das ruas mais valorizadas e pujantes do comércio caruaruense, a Duque de Caxias vem perdendo uma série de estabelecimentos e, hoje, mais de 60 estão fechados, desses pelos menos 15 são lojas e o restante escritórios que foram deixando o centro da cidade.

Para o corretor Jaime Anselmo (Anselmo Imóveis), a crise pesou bastante para que alguns estabelecimentos fechassem na cidade, mas, no caso da Rua Duque de Caxias, o corretor faz uma análise mais profunda. “A questão da Rua Duque de Caxias tem que ser observada de forma diferente, pois vários fatores contribuem para a grande quantidade de estabelecimentos fechados, entre eles, a mudança no perfil de imóveis na cidade. As pessoas estão mais exigentes. Para você ter uma ideia, no Bairro Maurício de Nassau, onde tinha uma casa, hoje tem uma média de quatro estabelecimentos. Muitas pessoas estão buscando conforto e comodidade em tudo”, ressaltou Jaime Anselmo.

Ele lembra que a Rua Duque de Caxias teve seu auge comercial nos anos 70, 80 e 90, mas a realidade da cidade vai mudando. “Hoje Caruaru tem quatro grandes centros de compras (Caruaru Shopping, Shopping Difusora, Polo Comercial e Fábrica da Moda) e alguns dos comerciantes da Duque migraram para a Feira (Parque 18 de Maio) ou para a Rua São Sebastião”, argumentou. “Outro detalhe é a falta de estacionamento e ponto de ônibus que aglomera muitas pessoas em frente às lojas e, com isso, elas acabam perdendo clientes”, completou.

Jaime Anselmo ainda lembrou a questão da Livraria Estudantil. “Muitas lojas de rede nacional estão invadindo nosso comércio em locais que eram administrados por famílias tradicionais. A Estudantil fechou e lá vai abrir uma rede de farmácia”, exemplificou.

Para Ramiro Spíndola, da Banca de Revistas Terceiro Mundo, muitos consumidores preferem os shoppings, mas o cliente do centro da cidade tem outro perfil. “São pessoas simples, de cidades vizinhas, que fazem

compras no comércio de Caruaru e o comércio de Caruaru é o Centro. Nos shoppings, o custo é maior para o consumidor e o lojista”, disse Ramiro. “Na minha opinião, precisa melhorar as calçadas e diminuir o fluxo de ônibus. São muitos ônibus em uma rua tão estreita”, completou.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru (CDL), Adjar Soares, disse que a entidade chegou a conversar com a prefeitura e iniciar um debate sobre a possibilidade de transformar a Rua Duque de Caxias em um calçadão. “Alguns lojistas da Duque têm esse sonho. Nós chegamos a conversar na gestão anterior, mas não vingou. Com essa administração atual também tivemos reuniões e estamos aguardando uma requalificação. Inclusive quando a prefeitura adquiriu o empréstimo do Finisa, o Centro e a Rua Duque estavam contemplados com melhorias.”

Manoel Santos, presidente do Sindicato dos Dirigentes Lojistas de Caruaru (Sindloja), disse que vários fatores estão contribuindo para ‘uma mudança de perfil’ na Rua Duque. Ele lembrou que a via já teve uma grande importância para o comércio, mas, atualmente, um fator chama a atenção: o alto valor do metro quadrado.

“O aluguel na Rua Duque atingiu um preço diferenciado e não atende as expectativas de alguns comerciantes que migraram para outras ruas, inclusive a Agamenon Magalhães. Na minha opinião, não houve perda de empregos. O comércio se acomodou em outras áreas e os empregos foram juntos”, disse.

Manoel Santos falou ainda que é fundamental criar uma comissão de comerciantes e tentar, junto à prefeitura, uma saída para o local. “Algumas pessoas dizem que ali pode ser um calçadão, já as empresas de ônibus são contra. O que fizer ali vai agradar uns e outros não. Por isso acho que deveria ser criada uma comissão especial para debater os problemas e o futuro dessa importante rua”, ressaltou Manoel Santos.

Paulo Câmara visita fábrica da Itaipava

Para conferir os avanços e o andamento da produção de uma das maiores indústrias do polo cervejeiro de Pernambuco, o governador Paulo Câmara visitou, neste sábado (16), as instalações da fábrica da Itaipava, localizada no município de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. Acompanhado da vice-governadora Luciana Santos e do presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, Paulo vistoriou as linhas de produção do parque fabril, que emprega atualmente cerca de 820 trabalhadores diretamente, oportunizando outros 3.200 postos indiretos na região. Nos últimos quatro anos, o Grupo já investiu cerca de R$ 1,4 bilhão na unidade, sendo R$ 400 milhões na expansão das atividades.

“A gente ver uma fábrica como essa do Grupo Petrópolis crescendo a cada ano, vendendo mais e gerando mais empregos aos pernambucanos, para nós é sempre um motivo de muita satisfação e de responsabilidade. Uma fábrica que já ampliou suas atividades várias vezes, desde a sua inauguração em 2015. Isso mostra que com planejamento, com parceiros sérios e, acima de tudo, com a força do nosso povo trabalhador, é possível avançar, se desenvolver, gerar mais emprego e renda no nosso Estado”, frisou o governador.

Paulo destacou os esforços contínuos que a gestão vem desenvolvendo na atração de novos investimentos. “O Grupo Petrópolis e a consolidação desse polo de bebidas aqui na Região Metropolitana Norte, foi fruto de um planejamento muito bem pensado desde lá atrás, no governo de Eduardo Campos. Tudo que foi pactuado, foi cumprido: os incentivos fiscais, a qualificação da mão de obra; assim como a infraestrutura adequada para o empreendimento ser instalado aqui”, pontuou.

Inaugurada em abril de 2015, a unidade da Itaipava em Pernambuco alcançou importantes avanços desde então. Um deles foi o aumento da capacidade de produção, que saiu de 600 milhões de litros por ano para 850 milhões. “Estamos aqui porque o governo nos deu condições e um bom incentivo fiscal. Então, esse apoio é, sim, importante. Eu queria agradecer ao Governo do Estado, a Eduardo Campos, que começou essa parceria, e a Paulo Câmara, que era o secretário da Fazenda, e hoje é governador. Esse incentivo nos ajuda a expandir, a vender mais e, com isso, o estado arrecada mais”, declarou o presidente Walter Faria.

Para estimular a atração de projetos industriais do segmento de bebidas alcoólicas, o Governo do Estado, entre 2016 e 2017, proporcionou isenção fiscal no valor de R$ 30,2 milhões. Esses incentivos proporcionaram avanços no segmento, como apontou uma Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, divulgada em dezembro de 2018. De acordo com o levantamento, de dezembro de 2017 ao mesmo período de 2018, a indústria de bebidas pernambucana cresceu 2,84%.

POLO CERVEJEIRO – Localizado nos municípios de Igarassu e Itapissuma, o consolidado polo cervejeiro de Pernambuco é composto, principalmente, pelas fábricas da Ambev, Schin/Heineken e Itaipava. Nos últimos cinco anos, os investimentos aportados pelas três maiores indústrias do setor no Estado ultrapassam os R$ 2,2 bilhões, gerando cerca de 3,6 mil empregos diretos e mais de 73 mil postos de trabalho indiretos na região.

EMPRESA – O Grupo Petrópolis, dono da Cervejaria Itaipava, é a maior empresa com capital 100% nacional do setor. Fundado em 1994, na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, o grupo produz seis marcas de cerveja, destilados, isotônicos, energéticos e água mineral. A companhia distribui seus produtos em 21 estados e no Distrito Federal. Ao todo, o grupo emprega cerca de 26 mil pessoas formalmente em todo o país.

Acompanharam o governador durante a visita à fábrica da Itaipava os deputados estaduais Eriberto Medeiros (presidente da Alepe), Sivaldo Albino, Guilherme Uchoa Jr. e Clovis Paiva; os secretários estaduais Bruno Schwambach (Desenvolvimento Econômico), Décio Padilha (Fazenda), Alberes Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação), Rodrigo Novaes (Turismo e Lazer) e Ernani Medicis (Procuradoria Geral do Estado), além dos secretários executivos da Casa Civil, José Maurício e Antônio Limeira.

IPTU Verde adotado em Caruaru é destaque em rede nacional

Jaciara Fernandes- Jonrnal Vanguarda

Caruaru foi destaque no Bom Dia Brasil (Rede Globo), da última segunda-feira (11), durante matéria exibida sobre os municípios que incentivam à população a preservar o meio ambiente, através de descontos concedidos no valor do Importo Predial e Territorial Urbano (IPTU), por meio do IPTU Verde. O Projeto de Lei Complementar foi sancionado pela prefeita Raquel Lyra, em dezembro passado, e é um incentivo fiscal, que visa estimular a construção de novos empreendimentos imobiliários a adotarem práticas de sustentabilidade em suas construções.

Desse modo, a novidade tende a minimizar os danos ao meio ambiente, fomentar o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das pessoas. Quanto mais cuidado com a natureza, mais pontos o contribuinte vai somando para ganhar desconto no IPTU de até 10%, por até dez anos.

Somente têm direito a requerer o benefício as construções a partir de janeiro de 2019. Os imóveis precisam ter, por exemplo, projetos de aquecimento de água com energia solar ou eólica, lâmpadas de LED, coleta seletiva, reúso de água, telhado verde, reaproveitamento de luz, além de plantio de vegetação na fachada, entre outros. São medidas que fazem toda a diferença na preservação do planeta e que beneficiam a saúde de todos os cidadãos.

Segundo o secretário municipal da Fazenda, Diogo Bezerra, o IPTU Verde segue uma lógica de prática internacional que certifica edificações que investiram em tecnologias sustentáveis em seus projetos de construção. “A aplicação dessas soluções sustentáveis vai somando pontos para o cidadão. Tal somatório classificará o empreendimento de acordo com essas tecnologias implementadas e será revertido em desconto”, enfatizou.

A lei inclui imóveis residenciais, comerciais e industriais. O proprietário interessado em fazer parte do IPTU Verde precisa dar entrada com um requerimento junto à Secretaria de Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural para concessão do benefício no ano seguinte, nesse caso, em 2020.

Para o diretor do Cadastro Imobiliário, Thiago Alves, o IPTU Verde é um ganho que atinge todo o município, sem que seja necessária nenhuma burocracia. “O contribuinte precisa apenas dar entrada com a solicitação e uma equipe irá observar os itens dessa lei, tanto na questão energética quanto hidráulica. A partir da soma desses pontos será estabelecido o seu desconto”, detalhou Thiago.

A matéria jornalística também mostrou exemplo de incentivo de sustentabilidade através do IPTU Verde em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, e São José dos Campos (SP).

A prefeita Raquel Lyra não só compartilhou em suas redes sociais, como também expressou a satisfação em ver Caruaru ser exemplo num tema de extrema importância. “Fico feliz em saber que o trabalho que estamos fazendo aqui serve de referência em nosso país”, escreveu a chefe do Executivo municipal..

“O importante é que as pessoas se sintam motivadas a preservar o meio ambiente e olhem para uma planta ou a água das chuvas como uma aliada”, destacou o autor do projeto, o vereador Heleno Oscar.

No Brasil, já são 65 municípios com mais de 200 mil habitantes que adotam o IPTU Verde, uma prática recente que começou em 2008 e veio se espalhando pelo país. Tornou-se mais comum nos estados do Sul e Sudeste e, gradativamente, foi alcançando outras regiões. No entanto, ainda é novidade em algumas partes do Brasil.

José Queiroz tenta reaproximação com Tony Gel

Wagner Gil

Tem um velho ditado na política que diz: ‘nunca diga não’ ou ‘jamais me unirei a ele’, quando se refere a um adversário. Essa máxima passa a valer para o ex-prefeito José Queiroz (PDT), que esta semana tentou uma aproximação com o colega da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e ex-adversário ferrenho, Tony Gel (MDB). “Se eu tivesse a maturidade e experiência que tenho hoje, não teria brigado tanto tempo com o deputado Tony Gel. Falo dos embates políticos que tivemos na vida. O tempo nos ensina muita coisa”, afirmou.

O gesto do pedetista é um claro sinal que ele tenta uma união para derrubar a prefeita Raquel Lyra (PSDB) do comando do Palácio Jaime Nejaim, nas eleições do ano que vem. Em 2016, o candidato do prefeito, o então vice Jorge Gomes (PSB), ficou em quarto lugar e não foi, sequer, para o segundo turno, tornando-se uma decepção para o grupo político liderado pelo ex-prefeito José Queiroz.

Agora ele tenta realinhar as forças, já que o distanciamento com o grupo Lyra ‘parece’ não ter volta por enquanto. Queiroz chegou a prestigiar o deputado Tony Gel quando ele dava uma entrevista na Rádio Cultura, no ano passado. Os dois são aliados do governador Paulo Câmara, que tenta montar um palanque com os dois juntos. Durante um evento do Governo do Estado, em 2018, Gel e Queiroz ficaram lado a lado e, em alguns momentos, conversaram ao pé do ouvido, soltando gargalhadas.

O problema de unir os dois grupos é que o eleitorado deles sempre esteve em campos opostos, com Tony Gel mais à direita e Queiroz militando no campo de centro-esquerda. “As eleições de 2016 foram vergonhosas para José Queiroz. Ele, que gabava-se de alta aprovação, não conseguiu levar seu candidato – com apoio do governador Paulo Câmara (PSB) – para o segundo turno. Agora ele está com raiva. Quer tirar Raquel de todo jeito da prefeitura e eu não sei se o eleitorado dele e de Tony Gel vai aceitar essa ‘união’ de conivências”, disse o analista político Arnaldo Dantas.

RAIVA, VINGANÇA E AMEAÇAS

Raiva e vingança pela derrota nas eleições municipais estão também cravadas no coração da família Queiroz. Logo após a sua reeleição para a Câmara dos Deputados, Wolney foi a uma emissora de rádio provocar a prefeita Raquel Lyra. “Vou mostrar a ela com quantos paus se faz uma oposição”, disse o deputado, numa ‘ameaça’ que foi entendida que poderia ser concretizada na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores.

O candidato da oposição, o vereador Leonardo Chaves, que teve o apoio de Wolney e de edis ligados a Tony Gel, perdeu a presidência da Mesa Diretora com uma margem considerável de diferença. O eleito foi Lula Torres, aliado de Raquel e do mesmo partido da prefeita, o PSDB.

“Outro fator que chama a atenção são as entrevistas do ex-prefeito chamando Raquel de ‘fraquinha’. Isso é falta de respeito e uma agressão às mulheres”, pontuou o analista político João Américo. “A crítica tem que ser no campo das ideias, não pessoal”, afirmou..

Apesar das investidas de José Queiroz para se aproximar de Tony Gel, o emedebista tem procurado se resguardar. Tony não deu respostas à aproximação de Queiroz. “Tony tenta se resguardar porque ele entende que o eleitorado de Queiroz e o dele são distintos”, avaliou Arnaldo Dantas. “A participação do governador Paulo Câmara será fundamental nessa possível aliança. Mas isso não é indicativo de vitória. Há dois anos estavam todos contra Raquel, inclusive o então prefeito José Queiroz e os demais candidatos”, completou.

Nossa reportagem tentou ouvir os dois deputados, mas eles não retornaram as ligações.

STF mantém decisão contra libertação de condenado em segunda instância

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta sexta-feira (15) decisão individual do ministro Gilmar Mendes que negou a libertação de todas as pessoas presas após condenação em segunda instância da Justiça. A decisão foi proferida pelo plenário virtual, modalidade de julgamento online feita pelos ministros para julgar questões que tratam de temas com jurisprudência já consolidada.

Gilmar Mendes proferiu a decisão em março do ano passado. Apesar de defender publicamente a revisão do entendimento atual do STF, que permite a prisão imediata de pessoas condenadas em segunda instância, o ministro não aceitou o argumento da Associação dos Advogados do Estado do Ceará (AACE), que protocolou a ação, e considerou que a medida não poderia ser coletiva.

O ministro considerou impraticável a pretensão do habeas corpus. “Posta a questão nesses termos, vê-se que a pretensão dos impetrantes, assim genérica, é, em si mesma, jurídica e faticamente impossível, não podendo ser acolhida, haja vista a necessária análise da questão em cada caso concreto”, disse o ministro. “Seria temerária a concessão da ordem, uma vez que geraria uma potencial quebra de normalidade institucional.”

No dia 10 de abril, o STF deve voltar a julgar a questão da prisão em segunda instância. Serão julgadas três ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) que tratam do cumprimento imediato de pena após a confirmação de condenação em julgamento pela segunda instância da Justiça. O relator é o ministro Marco Aurélio, que já cobrou diversas vezes o debate em plenário.

O tema pode ter impacto sobre a situação de milhares de presos pelo país, entre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano passado, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Flamengo: indenizações devem ser definidas na próxima semana

Os valores que deverão ser pagos, a título de indenização, às famílias dos 10 atletas mortos e também aos que ficaram feridos no incêndio do alojamento do Centro de Treinamento do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, deverão ser definidos até a próxima semana. A informação foi dada pela defensora pública Paloma Araújo Lamego, que participou, nesta sexta-feira (15), no Ministério Público (MP), de reunião da força-tarefa criada para resolver o problema e definir medidas a serem tomadas. O incêndio foi na sexta-feira passada (8).

 A  sub defensora pública geral do Estado do Rio de Janeiro, Paloma Araújo Lamego Macedo
A defensora pública Paloma Lamego – Tomaz Silva/Arquivo/Agência Brasil

“A atuação da Defensoria Pública diz respeito à indenização das famílias das vítimas. Com relação ao acordo, a gente já tem várias cláusulas, já consegue ter a maior parte do acordo proposto. Nós teremos uma nova reunião na segunda-feira (18). E acreditamos que, ainda no início da semana, se tenha o acordo fechado”, disse Paloma.

Ela informou que a Defensoria se propõe a assessorar as famílias, inclusive as que moram em outros estados, para fazer o atendimento e os acordos individuais, pois cada caso terá um valor calculado, dependendo de parâmetros a serem estabelecidos, que levarão em conta a carreira que o atleta poderia ter exercido ao longo dos anos e os valores salariais que ele poderia receber como profissional.

“Existe um acordo geral, e depois a gente faz os acordos para cada situação. Os valores ainda não estão fixados. A gente criou parâmetros de indenizações. A ideia é que, na segunda-feira, chegue-se a um acordo dos valores mínimos. A carreira do atleta é considerada no estabelecimento do acordo”, disse a defensora.

Segundo Paloma, quem aderir ao acordo não poderá, futuramente, processar o Flamengo. “O acordo é uma resolução que inibe a postura de outras demandas sobre os mesmos temas.”

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio de R$ 26 milhões

A Mega-Sena pode pagar neste sábado (16) um prêmio de R$ 26 milhões para quem acertar as seis dezenas do concurso 2.125 da .

O sorteio será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), na cidade de São Paulo (SP).

Mega-Sena, loterias, lotéricas
Mega-Sena, loterias, lotéricas – Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.

Horário de verão termina neste domingo em 10 estados e no DF

Motivo de alegria para uns e de tristeza para outros, o horário de verão termina à zero hora deste domingo (17). Com isso, os relógios terão que ser atrasados em uma hora (voltarão para 23h) nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O horário de verão de 2018 começou no dia de 4 novembro para moradores de 10 estados e do Distrito Federal. Até 2017, o horário de verão tinha início no terceiro domingo de outubro, mas atendendo um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então presidente Michel Temer alterou o início do horário para que não coincidisse com o primeiro e o segundo turno da eleição.

Viagens
Com o fim do horário de verão, é comum a confusão nos primeiros dias, por isso, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) emitiu um comunicado alertando passageiros para que fiquem atentos aos horários nos bilhetes aéreos. Vale o que está escrito no bilhete, pois eles são emitidos conforme a hora local vigente na data da viagem.

Segundo a entidade, a informação da partida se refere ao horário na cidade de origem e a da chegada ao horário da cidade de destino. Dessa forma, os bilhetes emitidos sempre consideram, além das diferenças de fuso, as diferenças resultantes do início ou fim do horário de verão. Em caso de dúvida, os passageiros devem buscar informações no site da companhia aérea ou por meio dos canais de atendimento telefônico.

Celulares
As operadoras de telefonia alteram automaticamente os relógios dos aparelhos celulares. Mas o usuário deve ficar atento se a alteração foi de fato realizada.

Horário de verão em 2019
Este ano, a adoção do horário de verão ainda é uma incógnita, e cabe ao presidente Jair Bolsonaro decidir.

No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em termos de economia de energia, a medida não tem sido eficiente, já que os resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”. O horário de verão foi criado no país com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano.

“A aplicação da hora de verão, nos dias de hoje, não agrega benefícios para os consumidores de energia elétrica, nem tampouco em relação à demanda máxima do sistema elétrico brasileiro, muito em função da mudança evolutiva dos hábitos de consumo e também da atual configuração sistêmica do setor elétrico brasileiro”, destaca o documento enviado à Casa Civil.

Segundo a assessoria do MME, não há previsão de balanço sobre os resultados obtidos com o horário de verão de 2018. “Serão realizadas novas análises anuais técnicas dos resultados do ciclo 2018/2019 e, quando concluídas, serão encaminhadas à Presidência da República, a quem cabe a decisão de manter ou não o horário brasileiro de verão”, informou a assessoria do MME.

No Distrito Federal, região onde o consumo, per capita, de energia residencial é o maior do país, desta vez, o horário de verão registrou, segundo a Companhia Energética de Brasília (CEB), redução de 2,7% da demanda diária por energia no horário de pico, ou 30MW.

De acordo com o diretor de distribuição da CEB, Dalmo Rebello, é como se a energia de uma cidade como o Guará, localizada a 12 quilômetros do centro da capital federal, com cerca de 126 mil habitantes, fosse desligada nesse período no horário de pico. O especialista acrescenta que o horário de verão é importante para que o sistema, que nessa época, tem a demanda aumentada pelas altas temperaturas, não tenha uma sobrecarga.