OMS alerta para possível 3ª onda de surto de febre amarela no Brasil

Com pelo menos 36 casos de febre amarela confirmados em humanos no período entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano, o Brasil poderia estar vivendo uma terceira onda de surto da doença. O alerta foi divulgado esta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país registra ainda, segundo a entidade, oito mortes confirmadas por febre amarela no mesmo período.

Os casos se concentram em 11 municípios de dois estados. Em São Paulo, foram confirmadas infecções em Eldorado (16 casos), Jacupiranga (1), Iporanga (7), Cananeia (3), Cajati (2), Pariquera-Açu (1), Sete Barras (1), Vargem (1) e Serra Negra (1). No Paraná, dois casos foram confirmados em Antonina e Adrianópolis. O local de infecção de um último caso confirmado ainda está sob investigação.

Ainda de acordo com a OMS, entre os casos confirmados em humanos, 89% deles foram identificados em homens com média de idade de 43 anos e pelo menos 64% dos infectados são trabalhadores rurais.

“Embora seja muito cedo para determinar se este ano apresentará os altos números de casos em humanos observados ao longo dos dois últimos grandes picos sazonais [o primeiro entre 2016 e 2017 e o segundo entre 2017 e 2018], há indicações de que a transmissão do vírus continua a se espalhar em direção ao sul e em áreas com baixa imunidade populacional”, destacou a entidade, por meio de comunicado.

Números
Dados da OMS apontam que, na primeira onda de febre amarela, entre 2016 e 2017, foram confirmados 778 casos em humanos e 262 mortes. Já na segunda onda, entre 2017 e 2018, foram contabilizados 1.376 casos em humanos e 483 mortes. O período classificado como sazonal para o aparecimento ou aumento de casos da doença no Brasil geralmente ocorre entre dezembro e maio.

Vacina
A orientação da entidade, enviada a todos os estados-membros no último dia 25, é que os esforços para vacinação em áreas consideradas de risco sejam mantidos e que viajantes sejam orientados e imunizados pelo menos dez dias antes de visitar o local onde a dose é recomendada.

“A OMS recomenda a vacinação de viajantes internacionais com idade acima de 9 meses e que estiverem se dirigindo ao Brasil”, destacou a nota.

A dose é indicada para todas as pessoas que visitam os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.

Anvisa proíbe venda de lotes de frango da Perdigão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e a distribuição, em todo o país, de alguns lotes de derivados de frango in natura da marca Perdigão. O motivo é a suspeita de contaminação dos produtos por Salmonella enteritidis, bactéria que pode provocar infecção gastrointestinal, quadro que tem como principais sintomas dores abdominais, diarreia, febre e vômito. A bactéria é encontrada no sistema digestivo de animais e em vegetais plantados em solos contaminados.

Segundo o comunicado da BRF, conglomerado que detêm mais de 30 marcas, incluindo a Perdigão e a Sadia, o contágio pela bactéria pode ocorrer quando os alimentos não são completamente fritos, cozidos, assados ou manuseados conforme descrito nas embalagens.

A BRF anunciou o recolhimento de 164 toneladas de cortes e miúdos de frango in natura, como filezinho (Sassami), filé de peito e coração, suspeitos de contaminação. O volume representa 0,1% da produção mensal de frango da empresa no país.

Os itens recolhidos foram fabricados na unidade de Dourados (MS) e contêm o selo de Serviço de Inspeção Federal (SIF) 18 e datas específicas de validade. Eles foram comercializados nos estados do Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A instrução da empresa, indicada em site criado para noticiar o recall, é de que os consumidores que tiverem adquirido os produtos dos lotes citados entrem em contato pelo telefone 0800 031 1315 ou pelo e-mail recolhimento.sac@brf-br.com, para esclarecer dúvidas ou para solicitar troca ou devolução. Os lotes recolhidos serão avaliados pelas autoridades sanitárias, que determinarão o que será feito deles.

A BRF informou ainda que todos os demais lotes de produtos da fábrica de Dourados estão em conformidade com os padrões de qualidade requeridos pela legislação, não representando risco aos consumidores.

China e Cuba enviam medicamentos e peças de reposição para Venezuela

Os governos da China e de Cuba enviaram 18 milhões de suprimentos médicos, incluindo anestésicos, vacinas, antibióticos, nutrientes para gestantes, analgésicos, protetores gástricos, entre outros. De acordo com a oposição venezuelana, 300 mil venezuelanos correm risco de morrer por falta de assistência.

Além dos medicamentos, há peças de reposição e kits de diagnóstico. O centro de distribuição está no porto de La Guaira, no estado de Vargas, e de lá as doações serão enviadas para diferentes locais do país. A expectativa é que a distribuição ocorra durante uma semana.

O ministro da Saúde, Carlos Alvarado, disse que os medicamentos chegaram em 64 contêineres, somando um total de 25 milhões de euros. De acordo com ele, os suprimentos foram negociados via Fundo Chinês e Organização Pan-Americana da Saúde.

As doações de Cuba e da China ocorrem no momento de acirramento da crise na Venezuela e do impasse político entre o presidente Nicolás Maduro e o interino, Juan Guaidó. Guaidó conta com apoio de boa parte da comunidade internacional para envio de ajuda humanitária. Segundo o interino, há bloqueio para a chegada de doações externas.

Suspeitas de “candidaturas laranjas” são investigadas, diz Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou hoje (14) que as suspeitas de que, nas últimas eleições, o PSL repassou recursos eleitorais a candidatos “laranjas” são investigadas. Segundo ele, a apuração foi determinada pelo presidente da República e disse que as responsabilidades serão definidas.

“O presidente Jair Bolsonaro proferiu uma determinação e ela está sendo cumprida. Os fatos vão ser apurados e, após as investigações, eventuais responsabilidades vão ser definidas”, disse o ministro após participar, em Brasília, de evento organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, apresenta o projeto da Lei Anticrime durante reunião com a Frente Parlamentar de Segurança Pública, na Câmara dos Deputados.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante audiência, na Câmara dos Deputados. – Wilson Dias/Agência Brasil
De acordo com informações publicadas na imprensa, o PSL é suspeito de repassar recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) a candidaturas de “laranjas”.

Em entrevista concedida à TV Record, Bolsonaro disse que apoia a investigação sobre filiados ao PSL, legenda do presidente, por suspeita de terem atuado de forma irregular.

O presidente reiterou que é uma “minoria” dentro do partido que está sob suspeita e que a Polícia Federal foi encarregada de acompanhar o caso. “O partido tem de ter consciência. Não são todos, é uma minoria. Logo depois da minha eleição, eu dei carta branca para apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem de dinheiro”, disse.

STF retoma em instantes julgamento do crime de homofobia

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza sessão plenária para o julgamento de processos sobre criminalização da homofobia.

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para hoje (14), a partir das 14h, a conclusão do julgamento da ação protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, caracterizada pelo preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis).

A possibilidade de criminalização da homofobia é debatida na ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) nº 26, sob a relatoria do ministro Celso de Mello, e tramita no STF desde 2013.

Os ministros devem definir se o Supremo pode criar regras temporárias para punir agressores do público LGBT, devido à falta de aprovação da matéria no Congresso Nacional.

No entendimento do PPS, a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de “raça social” e os agressores punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um a cinco anos de reclusão, conforme a conduta.

Sustentações orais
A sessão de ontem (13) foi dedicada às sustentações orais das partes contrária e a favor do tema. O primeiro advogado a sustentar foi Paulo Roberto Iotti Vechiatti, representante do PPS. Segundo ele, existe uma omissão do Congresso brasileiro em criminalizar os casos de agressões contra homossexuais.

Para o advogado, a Constituição exige a criminalização de todas as formas de racismo ou de discriminação atentatória a direitos e liberdades fundamentais.

Em seguida, o advogado-geral da União (AGU), André Mendonça, reprovou qualquer tipo de conduta ilícita contra a liberdade de orientação sexual, mas entendeu que o Judiciário não tem poderes legais para legislar sobre matéria penal, somente o Congresso.

O advogado Tiago Gomes Viana, representante do Grupo Gay da Bahia, disse que a criminalização da homofobia pelo STF é necessária porque todos os projetos favoráveis à comunidade LGBT que começam a tramitar no Congresso sofrem resistências por integrantes da bancada evangélica.

Representante da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), o advogado Luigi Mateus Braga, defendeu que o Congresso tenha a palavra final sobre o caso. Braga disse que a comunidade LGBT deve ter seus direitos protegidos, mas é preciso assegurar que religiosos não sejam punidos por pregaram os textos bíblicos.

Durante as manifestações, o vice-procurador da República, Luciano Mariz Maia, entendeu que a homofobia é um processo de desumanização do outro e pode ser enquadrada como uma forma de racismo.

Paulo Câmara analisa parcerias com embaixador de Israel no Brasil

O governador Paulo Câmara recebeu, nesta quinta-feira (14), no Palácio do Campo das Princesas, o embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley. Durante o encontro, foram debatidas potenciais parcerias entre Pernambuco e Israel nas áreas de tecnologia e inovação, principalmente projetos que contemplem a segurança pública e o enfrentamento à seca no Estado, dois eixos prioritários da gestão estadual.

O diplomata afirmou que Israel está à disposição do Governo de Pernambuco para futuras parcerias que possam ser desenvolvidas, inclusive através do financiamento de US$10 milhões que seu país pretende destinar a projetos inovadores realizados em conjunto por empresas com sede nos dois países.

“Vim encontrar o governador e conhecer mais sobre os programas de governo. Falamos de temas prioritários para o Estado e como as nossas experiências podem contribuir. Temos a tecnologia da dessalinização, máquinas que captam água do ar, além do reuso de água para a agricultura. São vários projetos que a gente pode aprofundar e debater”, afirmou o embaixador.

Shelley pontuou ainda contribuições no combate à violência. “Nós sabemos também que a questão da segurança no Brasil está difícil, e falamos sobre as experiências de Israel que podemos trazer para os Estados brasileiros. Uso de menos pessoal e mais tecnologia”, explicou o embaixador, citando como exemplo o uso de tecnologias artificiais, softwares, drones e câmeras de monitoramento inteligentes.

Um segundo encontro com o diplomata já foi agendado para a próxima semana, dessa vez na embaixada de Israel, em Brasília, onde o governador irá aprofundar essas análises de projetos, na presença dos secretários estaduais das duas pastas ligadas aos temas em pauta: Fernandha Batista (Infraestrutura e Recursos Hídricos) e Antônio de Pádua (Defesa Social).

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aluísio Lessa, que participou da audiência, é fundamental o estreitamento dessa relação, garantindo oportunidades para Pernambuco receber parte desses recursos que Israel está disposto a investir no Brasil.

“O governador vai sentar com a equipe técnica da embaixada para apresentar projetos e disputar esses recursos. São verbas na ordem de 10 milhões de dólares, inicialmente. Nessa nova reunião, vamos saber quais as exigências que eles vão colocar e definir as metas desses valores. Os Estados com bons projetos, certamente partirão na frente”, frisou Lessa.

Hoje é o último dia de matrícula do ProUni

Hoje (14), é o último dia para os estudantes selecionados na primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) fazerem a matrícula nas instituições de ensino superior. O resultado da primeira chamada foi divulgado no último dia 6.

Os estudantes devem comparecer às instituições com os documentos que comprovam as informações prestadas na ficha de inscrição. Cabe aos candidatos verificar os horários e o local de comparecimento para a aferição das informações. A lista da documentação necessária está disponível na internet.

Candidatos aguardam abertura do portões do UniCEUB em Brasília, para o primeiro dia de provas do Enem 2018

Algumas instituições podem exigir dos candidatos aprovados que façam uma prova. Os estudantes devem verificar, no momento da inscrição, se a instituição vai aplicar processo seletivo próprio. As instituições que optarem por processo próprio devem explicar o procedimento formalmente aos estudantes, no prazo máximo de 24 horas da divulgação dos resultados das chamadas.

O registro da aprovação ou reprovação dos candidatos no Sistema Informatizado do ProUni e a emissão dos respectivos termos de Concessão de Bolsa ou termos de Reprovação pelas instituições de ensino serão feitos entre os dias 6 e 18 de fevereiro para os selecionados na primeira chamada. Caso o estudante não compareça no prazo estipulado, ele será reprovado.

Aqueles que não foram selecionados na primeira chamada poderão ainda ser aprovados na segunda, que será divulgada no dia 20 de fevereiro. Haverá também uma terceira chance. Quem não for escolhido pode integrar a lista de espera nos dias 7 e 8 de março.

Inscrições

Ao todo, 946.979 candidatos se inscreveram na primeira edição do ProUni deste ano, de acordo com o Ministério da Educação. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446.

Nesta edição, são ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais, de 50% do valor das mensalidades.

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, o programa oferece isenção de tributos às instituições que aderem ao programa. Podem participar estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obtido no mínimo 450 pontos na média das provas, sem zerar a redação. O candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio (bolsa integral) ou de até três salários mínimos (bolsa parcial 50%).

Os estudantes selecionados podem pleitear ainda Bolsa Permanência, para ajudar nos custos dos estudos, e podem também usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.

Guarda Civil Metropolitana interdita shopping na 25 de Março

Uma operação deflagrada hoje (14) pela Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM) interditou o Shopping 25 de Março, na região central da cidade. A GCM ainda não informou  o que foi apreendido, mas o advogado do shopping, Miguel Pereira Neto, diz que há mais de 1,2 mil lojas no estabelecimento.

O Shopping 25 de Março foi fechado após uma operação de combate à pirataria, na região central de São Paulo.
Shopping 25 de Março foi fechado em uma ação de combate à pirataria em São Paulo. – Rovena Rosa/Agência Brasil

Por volta do meio-dia, as lojas pernaneciam fechadas, e as mercadorias ainda não tinham sido apreendidas. O fluxo de pessoas em frente ao shopping, na região da 25 de Março, é grande. Também há muitos guardas municipais cercando o local.

A interdição do shopping pela prefeitura foi motivada pelo fato de diversas marcas de produtos terem entrado na Justiça para denunciar que no local eram vendidos artigos falsificados e ilegais.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, visitou rapidamente o local na manhã de hoje e, em conversa com os jornalistas, lembrou que, em 2017, uma operação conjunta da Receita Federal e da prefeitura havia constatado a venda de produtos ilegais no centro comercial. “O shopping assinou, então, um TAC [termo de ajustamento de conduta] com a prefeitura [que previa a proibição de venda de produtos ilegais no espaço]”, disse o prefeito.

“Nossa preocupação não é punir, mas regularizar o que acontece na cidade de São Paulo. Recentemente, uma série de marcas entrou com ações na Justiça com comprovação de venda de mercadorias ilegais e de contrabando aqui nesse espaço. E nós fomos notificados dessa decisão [judicial]. Com base no laudo que foi feito e que embasou a decisão judicial, estamos a partir de hoje suspendendo esse TAC assinado em 2017 e retomando a ação fiscal”, acrescentou Covas.

Segundo o prefeito, o shopping terá prazo para se defender, mas permanecerá totalmente fechado porque há apenas um alvará, que é do centro comercial, e não dos lojistas, individualmente. “Então, o que está irregular é o shopping, não o box [cada loja]”, explicou.

Outro lado
O advogado Miguel Pereira Neto reclamou do fato de o shopping não ter sido notificado antes sobre a interdição e disse que a decisão judicial foi genérica. “Vamos ver, analisar a ação que foi proposta. O que sabemos é que a ação foi movida pelas marcas. E essa ação foi movida sem a identificação dos lojistas [que estariam irregulares], o que era possível porque a administração está à disposição para dar essas informações. A ação foi movida de forma genérica”, disse ele.

De acordo com o advogado, que esteve no local de manhã, o shopping tem cumprido o TAC. Pereira Neto destacou que é muito difícil tanto o trabalho de fiscalização dos lojistas pela administração quanto o de identificação das mercadorias irregulares.

“Foi firmado um TAC, existe aqui um espaço destinado para essa fiscalização, para que inclusive ela permaneça no shopping. Existe um programa instituído interno no shopping para compliance. Isso faz parte de um trabalho que vem sendo realizado. A questão do fechamento e da suspensão do TAC vão ser devidamente esclarecidas. Vamos demonstrar o efetivo cumprimento desse TAC e que não há necessidade de fechamento da atividade, inclusive porque aqui tem 1,2 mil lojas e muitos lojistas atuando regularmente”, afirmou.

“São 1,2 mil lojas, muitos empregos, são pessoas que trabalham todos os dias e dependem do exercício dessa atividade para seu próprio sustento. Tem diversas atividades, tem prestadoras de serviço. Não se pode generalizar. Se existe alguém que tenha exercido comércio irregular, esse alguém tem que ser apenado nos limites de atuação de cada qual. O shopping não tem poder de polícia, mas contribui com a fiscalização”, acrescentou o advogado.

Bolsonaro diz que hoje “bate o martelo” sobre reforma da Previdência

O presidente Jair Bolsonaro disse que pretende “bater o martelo” hoje (14) sobre a proposta da reforma da Previdência que será encaminhada pelo governo federal ao Congresso. Segundo ele, será fixada a idade mínima de 62 ou 65 anos para homens e 57 ou 60 anos para mulheres, incluindo um período de transição.

A definição depende de uma reunião que Bolsonaro terá à tarde com a equipe econômica. Ele também afirmou que as regras aplicadas às Forças Armadas serão estendidas aos policiais militares e bombeiros.

“Eu não gostaria de fazer a reforma da Previdência, mas sou obrigado a fazer, do contrário o Brasil quebrará em 2022 ou 2023”, afirmou o presidente em entrevista exclusiva à TV Record na noite de ontem (13).

Bolsonaro não adiantou qual será a idade mínima para homens e mulheres, mas assegurou que o período de transição será fixado. No caso da idade mínima maior – 60 anos para mulheres e 65 para homens, a transição será de 2022 a 2023. “Vou conversar com a equipe econômica”, acrescentou.

Saúde
Após 17 dias internado para a terceira cirurgia, na qual foi submetido para a retirada da bolsa de colostomia, o presidente afirmou que o período mais difícil foi o da recuperação no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele lembrou que passou por uma pneumonia, o que atrasou sua alta hospitalar.

“[O médico disse que] não se lembra de ter encontrado um intestino com mais aderência do que o meu”, afirmou. “Mas estamos prontos para voltar ao batente.”

O presidente ficará, nos primeiros dias, no Palácio da Alvorada, a residência oficial, com supervisão médica e retomará gradualmente as atividades, segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.

PCC
Bolsonaro afirmou que, embora tenha sido uma decisão do Ministério Público de São Paulo transferir 22 presos ligados ao grupo organizado Primeiro Comando da Capital (PCC) para três presídios federais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acompanhou todo o processo.

De acordo com a decisão judicial que decretou a transferência, os presos ficarão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por 60 dias após a chegada aos presídios federais de segurança máxima.

“O ministro Sergio Moro tem tratado este assunto de forma excepcional”, destacou.

Brumadinho
Após a tragédia em Brumadinho (MG), causada pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, na qual 166 pessoas morreram e 155 estão desaparecidas, o presidente disse que o governo federal trabalha intensamente em um “plano seguro” para as cerca de mil barragens existentes no país.

Segundo Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, coordena os trabalhos para definir o plano que será executado em conjunto com outras pastas no esforço de impedir acidentes como o registrado, no último dia 25, nos arredores de Belo Horizonte.

O presidente ressaltou que o “houve uma pronta resposta do governo federal”. “No dia seguinte, fomos oferecer o apoio para o estado de Minas Gerais”, disse. “O almirante Bento está tomando providências juntamente com outros ministros para que as mil barragens possam ter um plano seguro para que não haja mais esse tipo de desastres.”

Trump quer enviar cinco mil militares para Venezuela

Foto: AFP
Foto: AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer na quarta-feira (13/2) que “todas as opções estão sobre a mesa” quando o assunto é a crise na Venezuela. Em encontro com o presidente da Colômbia, Iván Duque, na Casa Branca, Trump deixou em aberto mais uma vez o quão longe o governo americano pretende chegar caso Nicolás Maduro não deixe o poder mesmo com a pressão doméstica e internacional contra seu governo.

“Sempre temos um plano B, C e D, E, F”, disse Trump aos jornalistas ao ser questionado se há uma estratégia definida pela Casa Branca para o caso de Maduro não deixar o poder. Duque, porém, descarta a possibilidade de uma ação militar, que também enfrentaria resistência do Congresso americano. Na Casa Branca, o presidente da Colômbia enfatizou o papel do “cerco diplomático cada vez mais efetivo”.

Trump foi questionado se pretendia enviar 5 mil soldados à Colômbia. “Vamos ver”, respondeu. A frase “5 mil soldados para a Colômbia” foi vista no caderno de anotações do assessor para Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, durante pronunciamento à imprensa no final de janeiro.

A Colômbia foi um dos primeiros países a reconhecer o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país, após os EUA terem tomado a decisão. A Colômbia é um dos países mais afetados pela crise venezuelana e já recebeu mais de 1 milhão de imigrantes.

Duque afirmou ontem, após a reunião com Trump, que é preciso transmitir uma mensagem “muito forte à ditadura: obstruir a entrada de ajuda humanitária é um crime contra a humanidade”. Com isso, o colombiano indica mais complicações para Maduro no cenário externo. Em setembro, seis países – entre eles a Colômbia – enviaram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) um pedido de investigação por crimes contra a humanidade cometidos por Maduro.

Nas palavras de Trump, o bloqueio da entrada de medicamentos e alimentos enviados por países como EUA e Canadá foi um “erro terrível” de Maduro e um exemplo do que pode ocorrer quando maus governantes estão no poder. Em Caracas, o regime chavista afirma que os EUA pretendem usar a entrada da ajuda humanitária para promover um golpe de Estado.

Na quarta, Duque afirmou que é preciso garantir a chegada de ajuda humanitária aos venezuelanos. Em declaração conjunta, os presidentes de Colômbia e EUA disseram que estão comprometidos em “adotar passos para solucionar a crise humanitária” na Venezuela. No comunicado, os dois países dizem ainda que ficam lado a lado, com “muitas outras nações”, diante do que classificaram como “provocações do ilegítimo e ex-ditador da Venezuela Nicolás Maduro e daqueles que trabalham em seu nome para minar a segurança da região”.

Duque permanece nos EUA até sábado. No primeiro dia de visita, além da reunião na Casa Branca, o colombiano se reuniu com autoridades políticas americanas, como a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, e com o embaixador de Guaidó nos EUA, Carlos Vecchio. O diplomata venezuelano pediu a Duque a continuidade da pressão da comunidade internacional sobre Maduro.

Drogas
Na quarta, em um raro momento de tensão no encontro, Trump sugeriu que a Colômbia está atrasada no trabalho de erradicação do cultivo de coca. “Neste momento, não diria que estão cumprindo o programado, mas espero que o façam em algum momento no futuro próximo”, disse Trump.

Em resposta, Duque defendeu o ritmo de trabalho de seu governo e afirmou que “nos primeiros quatro meses” do seu mandato foram erradicados 60 mil hectares. “Muito mais do que foi erradicado nos últimos seis meses”, disse o presidente colombiano. (Com agências internacionais)