PGR pede suspensão de liminar que permite que Demóstenes concorra nas eleições

Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da liminar que suspendeu a inelegibilidade do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado em 2012. A procuradora-geral, Raquel Dodge, sustenta que a reclamação do político contra ato do presidente do Senado Federal não poderia ter sido acatada pelo STF por não ser o instrumento cabível.

Na manifestação, Raquel Dodge explica que a PGR ainda não foi intimada da liminar, mas diz que é necessário agir imediatamente, “em nome da segurança jurídica que exige o pleito eleitoral de 2018 e em defesa da ordem jurídica”.

O pedido foi feito em recurso enviado ontem (31) ao ministro Dias Tofolli. Na terça-feira (27), Toffoli  concedeu uma liminar (decisão provisória) em que permite ao ex-senador Demóstenes Torres concorrer ao Senado nas eleições deste ano.

Histórico

Demóstenes foi cassado em outubro de 2012 pelo plenário do Senado, sob a acusação de ter se colocado a serviço da organização criminosa supostamente comandada pelo empresário Carlos Cachoeira, conforme apontavam as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Com base na decisão do Senado Federal, ele está inelegível até 2027.

Em abril do ano passado, entretanto, a Segunda Turma do STF, da qual Toffoli faz parte, concedeu um habeas corpus a Demóstenes e anulou escutas telefônicas que foram utilizadas para embasar o processo de cassação do parlamentar. Na ocasião, foi determinada também a reintegração do ex-senador ao Ministério Público de Goiás, no qual ingressou em 1987.

Investigados na Operação Skala são soltos após decisão de Barroso

Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, os presos temporários alvos da Operação Skala, da Polícia Federal, foram soltos e poderão passar a Páscoa em casa. A informação foi confirmada pela Superintendência Regional da PF em São Paulo, onde se encontravam nove dos dez presos.

A décima detida, a empresária Celina Torrealba Carpi, sócia do grupo Libra, também foi solta. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, ela deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, à 1h40 de hoje.

Na Operação, que ocorreu na quinta-feira (29), foram presas temporariamente dez pessoas, lista que inclui o ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi; o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco; a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário; e o coronel João Batista Lima, amigo do presidente Michel Temer. As medidas foram determinadas pelo próprio Barroso, que é relator do chamado Inquérito dos Portos, no STF.

Na noite de ontem (31), Barroso acolheu o pedido da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, de revogação das prisões, feito horas antes. Segunda ela, as medidas cumpriram o objetivo legal. A PGR destacou que foram feitas as medidas de busca e apreensão de prisões autorizadas pelo relator do inquérito, com exceção de três pessoas que não tiveram os mandados de prisão executados por estarem no exterior, “mas dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.

As prisões foram determinadas no âmbito do inquérito que apura possíveis irregularidades na edição do Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado, e que apura o suposto favorecimento a empresas do ramo portuário.

“Desse modo, tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção das medidas, impondo-se o acolhimento da manifestação da Procuradoria-Geral da República”, escreve Barroso em sua decisão.

Páscoa

Na manhã de hoje (1º), pelo Twitter, o presidente Michel Temer pediu união: “Páscoa é passagem para uma nova vida. É o que está acontecendo no Brasil hoje. Saímos da pior recessão de nossa história e estamos oferecendo ao brasileiro um País revigorado. Precisamos, agora, com o espírito da Páscoa, pacificar e reunificar a nossa gente. Feliz Páscoa!”

Foi a primeira manifestação do presidente depois que, na sexta-feira (30), a Presidência da República divulgou nota para rebater a acusação de que o presidente Michel Temer teria agido para beneficiar amigos empresários na edição do Decreto dos Portos. Após afirmar que o Decreto dos Portos não se aplica ao contrato da Rodrimar, o Palácio do Planalto afirmou, sem citar nomes,  que “tentam mais uma vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação”.

 

Ministro do Planejamento será o novo presidente do BNDES

Brasília - O Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira,fala sobre a Reunião da Camex. (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Dyogo Oliveira deixará o Ministério do Planejamento para assumir a presidência do BNDESAntonio Cruz/Agência Brasil

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, irá deixar o cargo para assumir a presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A informação foi confirmada neste domingo (1º) pelo Palácio do Planalto. O novo ministro do Planejamento será Esteves Colnago, atual secretário-executivo do ministério.

Esta é uma das mudanças na equipe de governo em decorrência da saída de ministros tendo em vista a disputa eleitoral deste ano. O prazo para quem pretende disputar algum cargo em outubro se encerra no próximo sábado, 7 de abril.

Nesta segunda-feira (02),, o presidente Michel Temer dará posse ao novo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, que deixou a presidência da Caixa Econômica Federal. O novo ministro dos Transportes, Valter Casimiro Silveira, também será empossado no lugar de Maurício Quintella.

Neste domingo, Temer se reuniu com Dyogo Oliveira e Colnago no Palácio do Jaburu, em Brasilia. Também estiverem presentes ao encontro os ministros Moreira Franco (Secretaria Especial da Presidência), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Carlos Marun (Secretaria de Governo), além dos senadores Romero Jucá (MDB-RO) e Darcísio Perondi (MDB-RS).

Brasil lamenta incêndio que matou 68 presos na Venezuela; suspeitos são presos

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, informou neste sábado (31) que cinco policiais “indiciados por responsabilidades” na morte de 68 pessoas em um incêndio numa penitenciária do estado Carabobo, na quarta-feira (28), foram presos, segundo a agência EFE.

Em seu Twitter, Saab informou que foram “emitidas ordens de prisão pelo Ministério Público contra cinco funcionários do PoliCarabobo investigados de serem responsáveis dos trágicos fatos que provocaram a morte de 68 cidadãos nas celas do Comando de tal Polícia regional: Já detidos”. Um dos presos é subdiretor da Polícia de Carabobo, Jose Luis Rodríguez.

O governo brasileiro lamentou, na noite de ontem (31), “o trágico incidente que causou a morte de 68 pessoas na penitenciária de Valência, no estado venezuelano de Carabobo, e estende suas condolências aos familiares das vítimas”, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores.

Histórico

As mortes aconteceram após um incêndio ter início em uma cela daquela penitenciária em Valência, capital de Carabobo. Segundo a imprensa e diversas ONG, o incêndio aconteceu durante um motim. Saab, que foi defensor do Povo, disse pouco depois do ocorrido que as vítimas eram 66 homens e duas mulheres que visitavam o local.

Ontem, o governo venezuelano pediu ao Ministério Público (MP) uma investigação sobre o caso e anunciou a criação de “uma equipe multidisciplinar e a ativação dos protocolos necessários para a proteção integral de cada uma das famílias afetadas”.

O Observatório Venezuelano de Prisões estima que o país tenha hoje 32.600 detidos em presídios, mas o espaço é suficiente apenas para 8.500.

A notícia do incêndio e da morte das 68 pessoas chegou à Organização das Nações Unidas (ONU) que declarou estar “horrorizada” com o caso e pediu respeito às famílias das vítimas.

Amigos de Temer são presos pela PF: José Yunes e ex-coronel João Baptista

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (29), pelo menos dois amigos bem próximos do presidente Michel Temer (MDB): o empresário José Yunes, que foi seu assessor, e o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho. As prisões foram autorizadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram presos o dono da empresa Rodrimar, Celso Antonio Greco, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, citado na delação da JBS.

Rossi foi diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto de Santos, entre 1999 e 2000. Batizada de “Operação Skala”, as diligências estão sendo cumpridas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em nota, a defesa de Wagner Rossi diz que ele se aposentou há sete anos e, desde então, “nunca mais atuou profissionalmente na vida pública ou privada”. Além disso, alega que ele nunca foi chamado para prestar esclarecimentos no inquérito dos Portos

As prisões foram autorizadas no âmbito do inquérito de Portos, que tramita no STF. Barroso é o relator do inquérito que investiga a suspeita de favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017). O decreto foi assinado pelo presidente Michel Temer, um dos alvos do inquérito. As informações foram adiantadas pelo Blog da Andréia Sadi, no site G1.

Ainda não se sabe se os presos na operação serão levados para Brasília. Ao site G1, o advogado afirmou que a prisão de Yunes é temporária, de cinco dias, e classificou a decisão como “inaceitável”, por se tratar de um advogado com mais de 50 anos.

“É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”, diz texto da defesa de Yunes.

No início do mês, no mesmo inquérito, Barroso havia determinado a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente Michel Temer, de Yunes e de Rocha Loures (MDB), também ex-assessor de Temer. Também foram afetados pela medida o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, e Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, diretor do grupo Rodrimar.

José Yunes pediu demissão do cargo de assessor especial do governo Temer em dezembro de 2016, após ser citado por delator da Odebrecht. Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira, afirmou que parte da propina de R$ 10 milhões pedida por Temer foi repassada a Yunes e a Eliseu Padilha. O amigo de Temer teria recebido R$ 4 milhões em espécie no seu escritório.

Ao pedir demissão, Yunes escreveu uma carta entregando o cargo a Temer. “Nos últimos dias, Senhor Presidente, vi meu nome jogado no lamaçal de uma abjeta delação, feita por uma pessoa que não conheço, com quem nunca travei o mínimo relacionamento e cuja existência passei a tomar conhecimento, nos meios de comunicação, baseada em fantasiosa alegação, pela qual teria eu recebido parcela de recursos financeiros em espécie de uma doação destinada ao PMDB. Repilo com a força de minha indignação essa ignominiosa versão”, escreveu o advogado na ocasião.

Fim de semana de diversão no Caruaru Shopping

O Coelhinho da Páscoa também estará presente no centro de compras e convivência levando alegria para a meninada

O fim de semana vai ser de muita diversão no Caruaru Shopping, que terá uma programação especial voltada para o período da Semana Santa. Da sexta-feira (30) ao domingo (1º), a partir do meio-dia, haverá apresentações musicais na Praça de Alimentação. O espaço oferece uma gastronomia bastante variada, agradando a todos os paladares.

O Coelhinho da Páscoa também estará presente no centro de compras e convivência levando alegria para a meninada. Ele estará no sábado e no domingo, na casinha na entrada principal do Shopping, a partir do meio-dia. Haverá ainda pintura no rosto, a partir das 13h.

“O público também pode se divertir em várias atrações oferecidas pelo Caruaru Shopping, a exemplo do cinema, boliche, feira livre cultural, parques infantis, piscina de bolinhas, entre outros. Sem falar nas mais de 200 operações com produtos e serviços que atendem a todas as necessidades. Tudo com segurança, conforto e comodidade”, afirmou o gerente de Marketing, Walace Carvalho.

Malala volta ao Paquistão quase seis anos após ser alvo de ataque de talibãs

Mulheres que venceram o Prêmio Nobel da Paz
Malala Yousafzai ganhou o Prêmio Nobel da Paz “pela luta contra a opressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação”- Simon Davis/DFID/Direitos Reservados

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, retornou, nesta quinta-feira (29), ao Paquistão, quase seis anos depois de abandonar seu país após um ataque talibã. Ela foi baleada na cabeça por defender a educação das meninas. A informação é da Agência EFE.

“O Paquistão dá as boas-vindas a Gul Makai (como também é conhecida a ativista) à sua casa. Estamos orgulhosos de você”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores paquistanês, Mohammed Faisal, pelo Twitter.

Malala deixou o aeroporto de Islamabad protegida por forte esquema de segurança, como mostraram imagens divulgadas pela emissora de TV Geo.

A ativista se reunirá com o primeiro-ministro, Shahid Khaqan Abbasi, com quem tratará de questões relacionadas à educação das meninas, segundo divulgaram veículos de imprensa locais. A agenda da jovem não foi revelada totalmente por questões de segurança.

No último sábado (24), a ganhadora do Nobel da Paz de 2014 relembrou seu país em sua conta no Twitter.

“Neste dia, avalio as memórias do meu lar, jogando críquete nos telhados e cantando o hino nacional no colégio. Feliz Dia do Paquistão”, escreveu a jovem, em referência ao dia nacional do país.

Malala ganhou notoriedade ao escrever um blog para a BBC, utilizando o pseudônimo de Gul Makai, onde denunciava as atrocidades sofridas sob o regime do Tehrik-i-Taliban (TTP).

No dia 9 de outubro de 2012, ela foi vítima de um atentado em Mingora, no noroeste do país. Dois membros do TTP se aproximaram do veículo escolar em que estava Malala e atiraram nela com um fuzil, atingindo a jovem no crânio e pescoço.

Depois de ser transferida a um hospital de Rawalpindi, perto da capital, a adolescente foi levada ainda inconsciente para o Reino Unido, onde se recuperou e atualmente reside com sua família.

Em 2014, ela se tornou a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, por seus esforços pelo direito à educação das crianças. O prêmio foi compartilhado com o indiano Kailash Satyarthi.

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 35 milhões no sábado

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2026 da Mega-Sena de hoje (28). Com isso, o prêmio acumulou e deve chegar a R$ 35 milhões no próximo sorteio no dia 31.

As dezenas sorteadas hoje são: 10 – 23 – 31 – 33 – 51 – 52

Cálculo do prêmio

O valor arrecadado com o concurso da Mega-Sena não é totalmente revertido em prêmio para o ganhador. Parte do montante é repassada ao governo federal para investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança, cultura e esporte.

Além disso, há despesas de custeio do concurso, imposto de renda e outros, que fazem com que o prêmio bruto corresponda a 46% da arrecadação. Dessa porcentagem:

35% são distribuídos entre os acertadores dos 6 números sorteados (sena);

19% entre os acertadores de 5 números (quina);

19% entre os acertadores de 4 números (quadra);

22% ficam acumulados e distribuídos aos acertadores dos 6 números nos concursos de final 0 ou 5.

5% ficam acumulado para a primeira faixa – sena – do último concurso do ano de final zero ou 5.

Não havendo acertador em qualquer faixa, o valor acumula para o concurso seguinte, na respectiva faixa de premiação.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES – Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

Dias Toffoli concede prisão domiciliar ao deputado Paulo Maluf

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli concedeu hoje (28) prisão domiciliar ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que cumpre pena definitiva, no Presídio da Papuda, em Brasília, por ter sido condenado pelo crime de lavagem de dinheiro. O benefício foi concedido após o deputado dar entrada nesta manhã em um hospital de Brasília, onde continua internado.

Na decisão, o ministro entendeu que exames protocolados pelos advogados do deputado mostram que Maluf passa por graves problemas de saúde e não pode continuar na prisão.

“A notícia divulgada na manhã desta quarta-feira de que ele foi internado às pressas em hospital no fim da noite passada, por complicações no seu estado de saúde, corroboram os argumentos trazidos à colação pela defesa, bem como reforçam, pelo menos neste juízo de cognição sumária, a demonstração satisfatória, considerando os documentos que instruem este feito, da situação extraordinária autorizadora da sua prisão domiciliar humanitária”, decidiu o ministro.

A defesa de Maluf tentava a concessão da prisão domiciliar desde a primeira instância da Justiça em Brasília. Antes de chegar ao STF, todos os pedidos dos advogados para que o deputado fosse solto foram negados.

Em janeiro, o juiz Bruno Aielo Macacari, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, disse que Paulo Maluf se recusou a receber atendimento odontológico na Papuda pelo fato de a consulta não ter sido realizada na hora marcada. O deputado chegou a assinar um termo no qual recusou atendimento.

O magistrado também destacou que Maluf não estava se alimentando corretamente por conta própria e “tem passado os dias à base de minipizza, refrigerante, café e água”, itens que não fazem parte da alimentação servida no presídio e que são custeados por ele na cantina da Papuda.

Humberto adverte que intolerância pode inviabilizar eleições

Ao lado de Lula na noite dessa quarta-feira (29) em Curitiba, durante ato de despedida da caravana do ex-presidente pelo Sul do país, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou que a intolerância e o ódio poderão inviabilizar as eleições deste ano caso não sejam contidos no país.

Em seu discurso para uma multidão reunida num ponto histórico da capital paranaense conhecido como Boca Maldita, o parlamentar afirmou que é preciso, neste momento, buscar o entendimento e o diálogo e pregar a tolerância e o respeito às divergências de pensamento.

Segundo ele, as agressões feitas por movimentos de direita do país são fomentadas, principalmente, por Jair Bolsonaro (PSL) e também pelo PSDB, e atingem frontalmente a democracia, ferindo os princípios básicos da Constituição, como o livre direito de manifestação e a liberdade de expressão.

“Estamos aqui para dar um basta àqueles que provocaram esse ódio. Não deixaremos que esses nazifascistas transformem o nosso Brasil numa ditadura para que possam usar da violência e de todos os instrumentos de constrangimento com a finalidade de calar a população brasileira”, afirmou Humberto, recebendo aplausos dos milhares de presentes.

O parlamentar ressaltou que o ato, que contou com a presença dos pré-candidatos à Presidência da República Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL), serviu para reforçar o compromisso com o país e com o povo trabalhador.

“Estamos aqui em um ato suprapartidário, maior do que o PT e o próprio Lula. É uma ação em defesa do Estado democrático de Direito e da liberdade. Somos contrários ao golpe aplicado em 2016 e a unidade do povo brasileiro e da esquerda vai impedir que eles consigam o seu objetivo”, disse.

O líder da Oposição no Senado afirmou que a tentativa de calar o povo e impedir a marcha pela vitória dos movimentos em defesa da democracia nas eleições em 2018 irá fracassar. “Iremos fazer com que o Brasil retome o caminho da inclusão social e da democracia e respeito aos direitos dos cidadãos”, finalizou.

Humberto avalia que os três Estados da região Sul deram grande demonstração de força e mobilização em defesa da democracia e dos direitos humanos, apesar dos condenáveis ataques e agressões direcionados à militância petista, aos políticos dos partidos e aos movimentos sociais nos últimos dias.

A caravana de Lula pelo Sul, que arrastou multidões por onde passou, durou nove dias, começando pelo Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina e terminando no Paraná. “Foi um evento de grande resistência e unidade da esquerda durante esse período”, comentou.