Em Arcoverde, Paulo Câmara destaca a importância da Festa da Divina Misericórdia

Ao lado de fiéis de várias regiões do Estado, o governador Paulo Câmara e a primeira-dama Ana Luiza acompanharam, na manhã deste domingo (08), a missa de encerramento da 14ª Festa da Divina Misericórdia. A celebração aconteceu no Santuário da Divina Misericórdia — localizado na Serra das Varas, na Zona Rural do município de Arcoverde. A festividade é uma iniciativa do Centro de Educação e Desenvolvimento Comunitário (Cedec), com apoio do Governo de Pernambuco e da prefeitura local. A missa foi presidida pelo bispo da Diocese de Pesqueira, Dom José Luiz, e concelebrada pelo Padre Adilson Simões. Representantes religiosos do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Ceará também marcaram presença na celebração.

“É sempre bom estar aqui na Festa da Misericórdia. Celebrando, rezando e agradecendo. Principalmente em um momento como esse, em que o País precisa de tanta serenidade, tolerância, misericórdia e paz no coração. A gente vem aqui rezar e pedir para que cada vez mais esse tipo de trabalho continue crescendo, evangelizando e levando paz para o coração das pessoas. Parabéns a todos que fazem essa festa, continuem nesse caminho, pois ele tem feito bem a Pernambuco e ao Brasil”, declarou o governador.

A programação, que teve início no último dia 05, contemplou vigílias, procissões, Ofício de Nossa Senhora e Adoração e shows religiosos. Sacerdotes de várias cidades da região também participaram das celebrações. Durante as festividades, equipes de prontidão de iluminação, limpeza e conservação; além de equipes para coordenar a organização e ordenamento dos ambulantes, foram mantidas no local. À tarde, a partir das 15h, os fiéis rezam o Terço da Misericórdia e em seguida acontece a acolhida ao Santíssimo Sacramento, adoração e bênção final.

Em clima de tensão, PT confirma que Lula não se entregará em Curitiba

A poucas horas do fim do prazo para o ex-presidente Lula se entregar à Polícia Federal (17h), o clima é de tensão crescente no PT e em seu entorno. Em diversas localidades Brasil afora, grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) enguem barricadas para interromper estradas (foto abaixo). A Frente Brasil Popular desde ontem (quinta, 5) anuncia ações contra a ordem de prisão. Movimentos sociais se deslocam para o Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo (SP), onde o cacique petista está abrigado desde ontem, para se juntarem aos demais que lá estão em vigília. E, em meio à mobilização em torno da figura máxima do PT, seus correligionários divergem sobre qual a melhor estratégia diante da ordem de prisão formalizada pelo juiz federal Sérgio Moro, que condenou Lula em primeira instância.

Parlamentares petistas e de atidos como PCdoB e Psol acompanham o ex-presidente. A dúvida é se haverá apresentação de Lula à PF em São Paulo, como prefere sua defesa jurídica, ou se o ex-presidente continua alojado com seus correligionários. Essa segunda opção, na opinião de alguns petistas, poderia levar à detenção dramática de Lula no meio da multidão, com risco de confronto.

Mas uma coisa já é certa: o ex-presidente decidiu não ir a Curitiba para se entregar à Polícia Federal nesta sexta-feira (6). Lula, direção nacional do PT e os advogados do ex-presidente estão reunidos na sede do sindicato avaliando qual a melhor decisão. A informação foi confirmada pelo Congresso em Foco com deputados petistas que estão em São Paulo.

O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) disse à reportagem que está descartada a ida de Lula a Curitiba, onde o juiz Sérgio Moro determinou o início do cumprimento da pena em uma sala de “Estado Maior” reservada a autoridades na carceragem da Polícia Federal. Segundo o parlamentar, o ex-presidente está reunido com a família avaliando a possibilidade de se entregar em São Paulo ou esperar a PF ir ao sindicato e, depois, conduzi-lo à capital paranaense.

PF e Secretaria de Segurança do Paraná definem esquema para chegada de Lula

Curitiba (PR) - Prédio da Policia Federal tem segurança reforçada para a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Prédio da Policia Federal em Curitiba tem segurança reforçada para a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da SilvaMarcello Casal Jr/Agência Brasil

A poucas horas do fim do prazo para a apresentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Polícia Federal, representantes da instituição vão se reunir no início da tarde com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná com o objetivo de definir o esquema de segurança para a chegada dele.

Por enquanto, na frente do prédio da Superintendência da Polícia Federal, a movimentação é grande apenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Há poucos populares no local. Mas a PF deixou à disposição durante todo o dia a equipe de Controle de Distúrbio Civil, do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI).

Segundo o chefe da Custódia da PF, Jorge Chastalu Filho, “a instituição fez um planejamento visando a atender a esta demanda”. “Há algum tempo estamos trabalhando nela. E está tudo preparado, mas há circunstâncias que não podem ser reveladas”, afirmou. Chastalu Filho falou ainda sobre o espaço onde Lula deve ficar: “É uma sala simples, bastante humanizada, um ambiente bastante agradável de ficar, conheço o ambiente, tem um banheiro dentro. Sobre o banho de sol ainda não está definido como será, mas ele não terá acesso aos outros presos.”

A cerca de 10 quilômetros do prédio, apoiadores de Lula se reúnem no Diretório Estadual do PT em vigília à espera de um posicionamento do ex-presidente ou de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STFJ) sobre o habeas corpus protocolado pela defesa dele.

Associação repudia agressão a profissionais de imprensa durante cobertura a Lula

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativos (Abraji) repudiou as agressões e ameaças a profissionais de imprensa por pessoas contrárias ao pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os casos foram registrados em Brasília (DF) e São Bernardo do Campo (SP) na noite de ontem (5).

“A Abraji repudia as agressões e hostilidades às equipes do Correio Braziliense e do SBT, ao fotógrafo da Reuters e a Nilton Fukuda. A violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades”, diz a associação, em nota.

Segundo a Abraji, em frente à sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na capital federal, pelo menos 30 manifestantes avançaram sobre um carro do jornal Correio Braziliense e quebraram um dos vidros do veículo. Dentro dele estavam uma repórter, uma fotógrafa e o motorista, mas ninguém ficou ferido. Os manifestantes também gritaram ofensas à imprensa e ao jornal. A equipe registrou ocorrência na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

Os profissionais estavam no local para cobrir o protesto convocado pela CUT em defesa de Lula. De acordo com a associação, um dos manifestantes ameaçou a equipe do SBT (cinegrafista e produtora), que chegou a ser cercada. Um fotógrafo da agência Reuters também foi hostilizado e acabou deixando o local.

Em São Bernardo do Campo, ainda segundo a Abraji, Nilton Fukuda, da agência Estadão Conteúdo, foi atingido com ovos ao registrar manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para onde o ex-presidente se dirigiu no início da noite

MEC prorroga prazo de inscrição para bolsas remanescentes do Prouni

O Ministério da Educação prorrogou o prazo de inscrições para as bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni) no caso dos alunos que ainda não estão matriculados nas instituições de ensino superior. Inicialmente, o prazo terminaria hoje (6), mas agora os estudantes têm até a próxima segunda-feira (9) para fazer a inscrição.

O período de inscrição para os alunos que já estão matriculados, no entanto, permanece até o dia 30 de abril. Ao todo, serão ofertadas 112.800 bolsas remanescentes.

As bolsas remanescentes são aquelas que não foram ocupadas no decorrer do processo regular do Prouni. Pode se candidatar a uma bolsa remanescente quem for professor da rede pública de ensino ou que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e acima de zero na redação.

As inscrições devem ser feitas pela internet na página do programa. O Prouni oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em cursos de graduação de instituições privadas de educação superior.

MST bloqueia rodovias em protesto contra prisão de Lula; mulher é baleada na PB

Pedro Peduzzi e Letycia Bond – Repórteres da Agência Brasil*

Ao menos oito estados tiveram rodovias bloqueadas na manhã desta sexta-feira (6) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O ato é em protesto contra a determinação do juiz Sérgio Moro de prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O MST diz já ter interditado estradas no Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe.

No Twitter do movimento há imagens de bloqueios no acesso da BR-230, entre João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, e em Sergipe, na SE-270 (rodovia Louraça Batista, altura do povoado Taboca, em Itaporanga).

Na Bahia estão interditados trechos da BR-330 e da BR-101. Há também contenções na BRs 316 e 101 em Alagoas; na BR-235 em Sergipe; na BR-364 em Mato Grosso; na BR-153 em São Paulo e, na BR-381, na região metropolitana de Belo Horizonte. No Paraná, há bloqueios na BR-158, na PR-473 e na PR-170.

Segundo a assessoria do movimento, a orientação é a de sejam promovidas ações “em todos estados onde o MST esteja organizado”. Não há até o momento nenhuma previsão sobre até quando essas mobilizações continuarão.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já contabiliza 17 pontos de rodovias federais interditadas. Cinco deles em Pernambuco, nas BRs 101, 232 e 428; dois na Paraíba (BR-230); dois em Mato Grosso do Sul (BRs 262 e 267); um em Mato Grosso (BR-364); e em trechos da BR-101 no Espírito Santo, em Sergipe e na Bahia. Ainda segundo a PRF, há bloqueios no Pará (BR-155), no Piauí (BR-343), Paraná (BR-476) e Minas Gerais (BR-356).

Mulher baleada

Na Paraíba, a agricultora Lindinalva Pereira de Lima Filha, que participava de um protesto, foi baleada na perna. O atirador estava a bordo de um carro em alta velocidade que furou o bloqueio da BR-101, feito pelos manifestantes, na altura do município de Mata Redonda, a 40 quilômetros da capital, João Pessoa.

De acordo com a diretora nacional do MST no estado, Dilei Aparecida, o homem deixou o local e não foi identificado. Segundo ela, a agricultura foi levada para o Hospital de Trauma, em João Pessoa, onde foi submetida a exames médicos preliminares, necessários para a retirada da bala alojada no corpo. “Ela está bem, dialogando, mas não pode sair do hospital”, disse a diretora.

A reportagem não conseguiu contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Memória

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato. Ontem (5), o juiz Sérgio Moro determinou que o ex-presidente se apresente hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR), onde deverá dar início ao cumprimento da pena.

A medida foi tomada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou no dia 4 um habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente para mudar o entendimento firmado pelo STF em 2016, quando foi autorizada a prisão após o fim dos recursos.

Na decisão, Moro disse que, embora caiba mais um recurso contra a condenação de Lula, os chamados embargos dos embargos, a medida não poderá rever os 12 anos e um mês de pena.

“Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico. De qualquer modo, embargos de declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são passíveis de alteração na segunda instância”, disse Moro.

Marco Aurélio diz que pode levar liminar do PEN ao plenário na próxima semana

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio disse ha noite desta quinta-feira (05) que pode levar para julgamento, na próxima quarta-feira (11), a liminar na qual o Partido Ecológico Nacional (PEN) pede que a Corte garanta, monocraticamente, a liberdade de condenados que ainda possam recorrer às cortes superiores.

A ação pretende rever a decisão do STF, tomada em 2016, que autoriza a prisão após o fim dos recursos na segunda instância. Dessa forma, seria derrubado o resultado do julgamento que negou ontem (4) o habeas corpus para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Eu tenho que ver. O tribunal está reunido, quarta-feira tem sessão, a tendência é trazer. Se eu entender que há uma urgência maior, não se podendo aguardar, a tendência é trazer ao colegiado”, disse.

Apesar de o ministro ter dito que pode levar a questão para julgamento na próxima semana, não está descartada a possibilidade dele conceder a liminar pleiteada pelo partido, individualmente, a qualquer momento. Se a decisão for tomada até amanhã (6), pode impedir a prisão de Lula, que deve se entregar à Polícia Federal até as 17h.

O partido, que tem advogados de investigados da Operação Lava Jato em sua cúpula, pretende superar o entendimento da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de não colocar em pauta duas ações declaratórias de constitucionalidade, que já foram rejeitadas, e analisam, de forma mais ampla, a questão da validada da prisão após o fim de todos os recursos em segunda instância. Recentemente, Cármen Lúcia disse que trazer novamente a questão para revisão seria “apequenar a Corte”.

 

Lula deverá ficar preso em sala especial na sede da PF em Curitiba

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficará preso em sala especial na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, conforme mandado de prisão expedido pelo juiz federal Sérgio Moro. Lula terá que se entregar à PF até às 17h desta sexta-feira (6) e não poderá ser algemado.

Na decisão na qual decretou a prisão, Moro explicou que Lula não ficará em uma cela “em atenção à dignidade cargo que ocupou”. De acordo com o juiz, o ex-presidente deve ficar separado dos demais presos para “preservar sua integridade física e moral”.

A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça. Ontem (4), a defesa do ex-presidente tentou reverter o entendimento, mas, por 6 votos a 5, a Corte negou um habeas corpus preventivo para evitar a prisão.

Lula deve iniciar amanhã o cumprimento da pena, mas sua permanência na prisão pode ser desfeita por novas decisões do STF, que recebeu nesta quinta-feira (5) uma ação na qual o Partido Ecológico Nacional (PEN) pede que a Corte garanta, monocraticamente, a liberdade de condenados que ainda possam recorrer às cortes superiores.

Apesar de ser uma ação que deve ser julgada pelo plenário, não está descartada a possibilidade de o ministro Marco Aurélio, relator do caso, conceder a liminar pleiteada pelo partido, individualmente, a qualquer momento. Se a decisão for tomada até amanhã, pode impedir a prisão de Lula.

Outro fato que pode beneficiar o ex-presidente será a mudança na presidência do STF, em setembro, quando o ministro Dias Toffoli assumirá o cargo. Recentemente, a atual presidente, Cármen Lúcia, afirmou que não vai colocar em votação novamente duas ações declaratórias de constitucionalidade que analisam, de forma mais ampla, a questão da validade da prisão após o fim de todos os recursos em segunda instância. Com a mudança na presidência, a ação deverá ser julgada e poderá ocorrer uma mudança no entendimento que autoriza a prisão em segunda instância.

Políticos, movimentos e autoridades comentam ordem de prisão de Lula

Parlamentares, movimentos sociais e outras autoridades se manifestaram na noite de hoje (5) após a determinação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz federal Sérgio Moro. Conforme a decisão, Lula terá até as 17h de amanhã (6) para se apresentar à Polícia Federal, em Curitiba.

A medida foi tomada depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado ontem (4) um habeas corpus preventivo a Lula para evitar uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância. Lula foi condenado a 12 anos e um mês na ação penal do triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.

Rodrigo Maia (DEM-RJ) – presidente da Câmara dos Deputados

“Aqueles que têm responsabilidade pública, em qualquer nação, não podem celebrar a ordem de prisão de um ex-presidente da República. No entanto, o mandado de prisão decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário, em que foi respeitado o amplo direito de defesa. O Brasil é uma democracia madura onde as instituições funcionam plenamente. Toda e qualquer manifestação em relação ao mandado de prisão precisa respeitar a ordem institucional”.

Paulo Pimenta (RS) – líder do PT na Câmara

“Isso é algo extremamente grave, inaceitável. Nós, inclusive, não esgotamos todos os recursos com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região e isso se constitui em uma enorme violência institucional contra a mais importante liderança popular desse país. O juiz Sérgio Moro, mais uma vez, em busca de holofote tem que ter limites da sua irresponsabilidade e afronta mais uma vez o Estado Democrático de Direito na sua sanha enlouquecida de perseguição ao presidente Lula”.

Gleisi Hoffmann – presidente nacional do PT

“Violência sem precedentes na nossa história democrática. Um juiz armado de ódio e de rancor, sem provas e com um processo sem crime, expede mandado de prisão para Lula, antes de se esgotarem os prazos de recurso. Prisão política, que reedita os tempos da ditadura”.

Rodrigo Garcia (SP) – líder do DEM na Câmara

“A decisão do juiz Sérgio Moro segue a lei. Nós estamos em um Estado Democrático de Direito e o ex-presidente Lula teve direito a sua defesa, usou todos os recursos estabelecidos no Código Penal e foi condenado. Por isso, espero que ele se apresente conforme a determinação do juiz Sérgio Moro”.

Carlos Manente (SP) – líder do PPS na Câmara

“Dia histórico para o Brasil. Finalmente está sendo preso o ex-presidente Lula, chefe das maiores organizações criminosas com dinheiro público. Não tenho dúvida que isso deixa todos nós com a sensação de justiça, que ela chega a todos, que não se pode cometer crimes em qualquer escala de poder. Mas também nos deixa envergonhados perante o mundo ver um ex-presidente preso, mas a justiça está sendo feita e é assim que nós temos que construir o Brasil, com esse exemplo, mostrando que quem comete corrupção tem a sua punição. Isso é um novo país e um dia histórico que marca esse momento”.

Chico Alencar – deputado federal (PSOL-RJ)

“1 – Justiça tem que ser judiciosa e não justiceira!
2 – Pressa na prisão: O recurso final, no TRF4, foi desprezado. E Moro, acelerado, já determinou a prisão de Lula, tudo no mesmo dia da negação do HC.
3 – Enquanto isso, processos de outros, como Aécio, Jucá e Azeredo, se arrastam. O sistema Judiciário brasileiro costuma ter dois pesos e duas medidas.”

Jandira Feghali – deputado federal (PCdoB-RJ)

“O momento exige de nós coragem. O arbítrio chegou ao limite e a prisão de Lula sem provas foi decretada. Não nos calamos durante os anos de ditadura e não nos farão esmorecer agora. Permaneceremos ao lado dos que lutam pela democracia. A força de Lula será a nossa força”.

Paulo Bauer (SC) – líder do PSDB no Senado 

“A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) era esperada por todo o Brasil. Tomou uma decisão que achou correta, por meio da lei e à luz da Constituição. Lula agora é assunto do passado, é assunto da justiça. Não mais assunto da política e tampouco do governo. Nós temos que trabalhar para que o Brasil vença as dificuldades. Nós queremos um Brasil sério, transparente, com leis que atendam as necessidades da população, com um governo que alcance eficiência e esteja próximo das pessoas, principalmente nas áreas da segurança, da saúde e da educação. Vamos em frente, começou um novo tempo”.

Álvaro Dias – pré-candidato pelo Podemos

“É lastimável ver um ex-presidente da República ser conduzido à prisão, mas é um avanço. A impunidade perdeu, o Estado de Direito prevaleceu. As leis estão governando os homens nesse momento e nós estamos caminhando para a inauguração de uma nova justiça no Brasil. É assim que se constrói uma grande nação”.

Humberto Costa – senador (PT-PE)

“Esse mandado de prisão expedido de forma absolutamente açodada é mais um declarado abuso nessa caçada política implacável contra Lula. É um escândalo, que envergonha o Brasil”

Ronaldo Caiado (GO) – líder do DEM no Senado

“Prisão de Lula traz esperança aos brasileiros. O Brasil mudou e vive um novo momento. Quem não se conscientizar disso estará fora da política e preso respondendo pelos seus crimes. A prisão de Lula mostra a força e a conscientização do povo brasileiro em não aceitar quem usa o cargo público para corromper e ser corrompido. É uma quebra de paradigma, pois ninguém imaginava que um dia um ex-presidente corrupto iria para a cadeia. Os “intocáveis” vieram para a ala dos comuns e receberão tratamento igualitário da justiça, que reergueu a autoestima do brasileiro e reacendeu a esperança de um país mais justo”.

Darcísio Perondi – deputado federal (MDB-RS)

“A prisão do Lula mostra que a justiça no Brasil é para todos. A impunidade no país está caindo fortemente. É um novo momento, ético e moral que o país vive. Viva o Brasil!”

João Capiberibe (AM)  – líder do PSB no Senado 

“Finalmente a caçada chega ao fim! A direita, dita liberal, sem candidato a presidente, aderiu a caça ao Lula para tirá-lo da disputa presidencial. Pergunto: o que muda no Brasil com Lula na cadeia?

Weverton Rocha – líder da minoria na Câmara (PDT-MA)

“Recebi essa notícia com uma mistura de tristeza e angústia. Estou solidário ao ex-presidente Lula, que consolidou tantas conquistas para os brasileiros mais pobres. E tenho a convicção que a esquerda deve seguir lutando unida por ideias de desenvolvimento com justiça social. Aprisionaram Lula, mas os ideais de todos nós que queremos um Brasil melhor continuam firmes”.

Moro determina prisão do ex-presidente Lula

O juiz federal Sérgio Moro determinou há pouco a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme a decisão, Lula terá até as 17h de amanhã (6) para se apresentar à Polícia Federal.

“Relativamente ao condenado e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  concedo-lhe, em atenção à dignidade cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17h do dia 06/04/2018, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão”, decidiu Moro.

A medida foi tomada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou ontem (4) um habeas corpusprotocolado pela defesa para mudar o entendimento firmado pela Corte em 2016, quando foi autorizada a prisão após o fim dos recursos naquela instância. Lula foi condenado a 12 anos e um mês na ação penal do tríplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.

Sérgio Moro também determinou à Polícia Federal que não sejam utilizadas algemas em “qualquer hipótese”. O juiz também determinou que Lula terá direito a cela especial.

“Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”, diz o mandado de prisão.

Na decisão, Moro explicou que, embora caiba mais um recurso contra a condenação de Lula, os chamados embargos dos embargos, a medida não poderá rever os 12 anos de pena.”Não cabem mais recursos com efeitos suspensivos junto ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Não houve divergência a ensejar infringentes. Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico. De qualquer modo, embargos de declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são passíveis de alteração na segunda instância”, explicou.