A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu hoje (8) no Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para um presídio federal. Em parecer enviado à Corte, a procuradora afirma que Cabral “desempenhou função de liderança em organização criminosa” que atuou no Rio e cita suposto privilégios indevidos dentro do presídio em Benfica, onde o ex-governador está preso.
Segundo Dodge, Sério Cabral está recebendo tratamento privilegiado e faz ameaças ao juiz Marcelo Bretas, relator das ações penais a que o ex-governador responde na Justiça Federal do Rio.
“É por esta razão que, para evitar que o paciente exerça sua condição de líder de organização criminosa, com força política e poder de influência inegáveis no Estado do Rio de Janeiro, para obter e gozar de benefícios indevidos no cárcere e receber informações privilegiadas aptas a causar embaraços, intimidação e ameaçar ostensiva ou veladamente o magistrado competente para processar e julgar diversas ações penais que tramitam contra ele, é necessária sua transferência para um dos presídios federais.”, diz o parecer.
Há duas semanas, o ministro Gilmar Mendes rejeitou o mesmo pedido de transferência. Gilmar argumentou na decisão que a atividade profissional da família de Bretas havia sido divulgada pelo próprio juiz em uma reportagem publicada um mês antes da audiência na qual Cabral demonstrou conhecimento sobre ela, motivo pelo qual não se poderia inferir que o ex-governador estaria recebendo informações indevidas dentro da prisão.
O pagamento do décimo terceiro salário deve injetar cerca de R$ 200,5 bilhões na economia brasileira este ano, um crescimento de 4,7% na comparação ao ano passado. O valor previsto corresponde a cerca de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e foi divulgado hoje (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento não considera trabalhadores autônomos e assalariados sem carteira que devem receber algum tipo de abono de fim de ano.
Cerca de 83,3 milhões de brasileiros devem receber o décimo terceiro salário, benefício que é pago aos trabalhadores com carteira assinada, beneficiários da Previdência Social e aposentados e pensionistas da União, dos estados e dos municípios. Em média, cada trabalhador receberá cerca de R$ 2,25 mil.
Do total a ser pago, R$ 132,7 bilhões (66,2%) são destinados a trabalhadores formais. O restante, cerca de R$ 67,7 bilhões (33,8%), será pago a aposentados e pensionistas.
Praticamente a metade do montante (49,4% do total) será destinada a trabalhadores nos estados da Região Sudeste, seguido pela Região Sul (16,2%), Nordeste (15,9%), Centro-Oeste (9%) e Norte (4,7%). Os beneficiários do regime próprio da União vão receber 4,9% da quantia.
O maior benefício médio deverá ser pago no Distrito Federal, onde os trabalhadores ou aposentados receberão cerca R$ 4,2 mil. O menor valor deverá ser pago no Maranhão e no Piauí, onde a média é de cerca de R$ 1,5 mil. Os valores médios desconsideram os aposentados por regime próprio dos estados e dos municípios.
No estado de São Paulo, cerca de R$ 58,2 bilhões deverão ser injetados até o final deste ano com o décimo-terceiro salário, o que corresponde a 29% do total.
A produção de veículos no Brasil subiu 5,3%, em outubro, na comparação com setembro. No mês passado, foram produzidos 249,9 milhões de automóveis. No acumulado de janeiro a outubro, foram produzidas 2.236.890 unidades, 28,5% a mais do que no mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados hoje (8) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Já as vendas de carros subiram 1,8% em outubro em comparação com setembro. No mês passado, foram vendidas 202.900 unidades contra as 199.200 de setembro de 2017. Na comparação com outubro de 2016, houve aumento de 27,6%. No acumulado do ano, foram licenciadas 1.822.860 unidades, o que representa alta de 9,3% ante as 1.667.830 do mesmo período do ano passado.
“Foi um crescimento pequeno, mas substancial, o segundo melhor mês do ano, o melhor mês desde outubro de 2014 e com uma média diária de emplacamento interessante, que já passou de 9.500. Se tudo der certo, estaremos a caminho dos 10 mil”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Megale destacou a alta de vendas até outubro. “No acumulado de janeiro a outubro, o crescimento de 9,3% foi um crescimento de 2 pontos percentuais acima da nossa previsão. Torcemos para que continue crescendo e que o mercado seja ainda melhor do que isso”, ressaltou.
Quanto às exportações, o mês de outubro registrou alta de 2,5% ao passar de 60 mil carros para 61.600. Na comparação com outubro do ano passado, as vendas para comércio externo registraram aumento de 66,6% e de 56,7%, no acumulado do ano, ao passar de 400.600 unidades vendidas entre janeiro e outubro de 2016 para 627.800 no mesmo período deste ano.
As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias também registraram alta. Em comparação a setembro a alta foi de 3% e no acumulado do ano o crescimento foi de 44,5%.
“Os mercados estão crescendo, com destaque para a Argentina. Desta forma, acreditamos que podemos chegar na nossa previsão, que é de 745 mil [unidades exportadas no ano]”, afirmou o presidente da Anfavea.
Em valores, as exportações alcançaram US$ 1,460 bilhão em outubro, 5,4% a mais do que setembro e 52,9% se comparado ao mesmo mês de 2016. “É o efeito do câmbio que nos permite suportar um nível de competitividade”, disse.
De acordo com a Anfavea, no mês de outubro houve leve crescimento do número de postos de trabalho no setor (0,3 %), com mais de 400 vagas. A Anfavea informou que, em setembro, 5.831 funcionários estavam em layoff e no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e, em outubro, o número passou para com 3.528, uma redução de 2.303 funcionários. “Isso significa claramente uma tendência de ocupação da capacidade, lógico a produção aumenta, e queremos todo mundo produzindo para atender a demanda do mercado interno e externo.”
Caminhões e máquinas agrícolas
No mês passado, as vendas de caminhões cresceram 10,8% ante setembro, com a comercialização de 5 mil unidades. Já em relação a outubro do ano passado, houve crescimento de 46% e, no acumulado do ano, queda de 4,5%. “Foi o melhor mês desde dezembro 2015. Ainda temos uma queda de 4,5% com relação ao ano passado, mas bem menor do que começamos [o ano]”, destacou Megale.
Mesmo com a queda acumulada no ano, vice-presidente da Anfavea para a área de caminhões, Luís Carlos de Moraes, vê uma recuperação no setor. “Percebemos as empresas de transporte voltando a conversar e tivemos esse resultado em outubro. Acho que ainda que vamos terminar o ano perto dos níveis do ano passado, mas pelo menos o ambiente de negócios teve uma mudança. principalmente no segundo semestre.”
Segundo a Anfavea, a produção no setor de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram alta em outubro de 11% com relação a setembro, entretanto houve queda de 23,7% ante outubro do ano passado. No acumulado do ano a produção cresceu 13,5%, chegando a 48,6 mil unidades produzidas ante 42,8 mil do mesmo período de 2016.
Previsão mantida
Para o dirigente da entidade, as previsões de vendas estão mantidas. Segundo os dados, a previsão é de 7,3% de crescimento nas vendas de automóveis, 43,3% nas exportações e 25,2% na produção. No setor de máquinas agrícolas espera-se aumento na produção de 10,4%, alta nas exportações de 34,6% e nas vendas internas a expectativa é fechar o ano com alta de 6,9%.
Para 2018, a entidade ainda não fechou as previsões. “Ainda não fechamos as projeções para ao ano que vem. Estamos aguardando um pouco mais a questão do encaminhamento da situação política do país e também para ver o fechamento do ano. Mas acreditamos que vamos ter um crescimento de dois dígitos, maior que este ano.”
Os alunos, da primeira unidade escolar a ser visitada assistiram com bastante atenção a palestra, que foi ministrada pelo protetor de animais e vereador Fagner Fernandes, sobre o verdadeiro significado da palavra vira-lata, enquanto condição de vida, fruto do abandono de animais.
A palestra que faz um comparativo entre a população brasileira, composta pelas mais diversas etnias e a mistura entre as diversas raças, que deram origem aos cães que não têm raça definida, chamados pela maioria de “vira latas”, os considerando dessa forma como sendo de raça inferior.
Na oportunidade, Fagner destacou a responsabilidade tanto do poder público, como também da sociedade, no que diz respeito aos animais que se encontram abandonados nas ruas. “Cada um se imagine num local com fome, frio, onde ninguém entende sua língua e o que você recebe dos outros são apenas agressões. Assim, é o dia a dia de milhares de animais de rua. Atualmente, pra cada cria de dez, o destino de nove deles são as vias públicas”, observou o protetor. O momento foi composto pela abordagem aos seguintes tópicos: abandono, compra de animais de raça, superpopulação animal e castração, além da exibição do antes e depois de cães que superaram as difíceis condições de saúde e abandono por qual passaram.
Durante o mês de novembro, mais três escolas da rede pública receberão o projeto. São elas: Colégio Municipal Professora Laura Florêncio, Professor Machadinho e Colégio Municipal Álvaro Lins.
Mais de 200 estudantes da rede pública de Pernambuco devem passar a ser beneficiados com o Passe Livre Estudantil. As comissões de Constituição, Legislação e Justiça e de Finanças, Orçamento e Tributação, da Assembleia Legislativa, aprovaram, nesta semana, a ampliação do benefício também para os alunos cotistas que residem na Região Metropolitana do Recife, mas estudam nas unidades da Universidade de Pernambuco (UPE) na Zona da Mata.
“Esse projeto tem um alcance social muito grande, beneficiando aquele aluno que não tem condições financeiras para estudar. Essa lei é fruto de uma luta nacional, sendo Pernambuco o Estado pioneiro para conceder aos estudantes a gratuidade da passagem no sistema de transporte público de passageiros”, explicou o deputado estadual Romário Dias (PSD), relator do projeto nas duas comissões.
O Projeto de Lei nº 1654/2017 modifica a lei nº 15.554/2015, que concede a gratuidade nas passagem para os estudantes da rede pública estadual de ensino. De acordo com o Governo do Estado, atualmente são atendidos 824 alunos e, com a ampliação, outros 261 serão beneficiados.
“Fui estudante vindo do interior e morei na Casa do Estudante. Sei da importância do Passe Livre para ajudar na formação e capacitação destes alunos”, concluiu o deputado. O projeto, agora, segue tramitando nas Comissões de Administração Pública e de Educação e Cultura, antes de ser votado no Plenário da Casa.
As novas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foram aprovadas nesta quarta-feira, 8, pelo plenário do Senado Federal, que manteve as alterações da Medida Provisória (MP) 785/2017. Entre as novidades, estão a oferta de vagas a juro zero, flexibilização no prazo de carência e mais atenção à qualidade dos cursos que oferecem o financiamento. O texto segue agora para sanção presidencial e, em seguida, se converte em lei. As novas regras passam a valer a partir do próximo ano para contratos fechados já no primeiro semestre de 2018.
“Essa votação assegura a manutenção do Fies, atendendo os estudantes mais pobres do Brasil com juro zero para 100 mil contratos e a sustentabilidade em termos de médio e longo prazo para o programa, o que mostra um compromisso nosso com o acesso do jovem à educação superior”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. Atualmente, a taxa de juros é de 6,5% ao ano.
O Novo Fies vai gerar 310 mil vagas e será composto por três faixas. Na primeira, serão oferecidas 100 mil vagas a juro real zero para estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos. Os recursos deste financiamento serão provenientes da União. Já as modalidades dois e três estão destinadas a estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários mínimos. Terão como fonte de financiamento recursos de fundos constitucionais, no caso da modalidade dois, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na modalidade três.
As mudanças propostas para o Fies visam garantir a sustentabilidade e a continuidade do programa. No antigo desenho, o Fies registrou uma inadimplência de 46,4% e um fundo garantidor insuficiente para manutenção do ritmo de cessão de bolsas. Em 2016, o ônus fiscal do Fies chegou a R$ 32 bilhões, valor 15 vezes superior ao custo apresentado em 2011.
A necessidade das alterações propostas foi ressaltada pela revisora da matéria, a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), em discurso no plenário. “Não se questiona a importância e necessidade de se financiar o estudo de milhares de alunos. O Fies é uma das ferramentas de que dispomos para isso, mas é preciso saneá-la, aperfeiçoá-la e torná-la sustentável e permanente. Nesse sentido, é muito bem-vinda a MP”, disse a senadora. Ela pontuou, ainda, que “a proposta foi exaustivamente debatida”. “Realizamos audiências e consultas públicas e buscamos a participação de todos os segmentos interessados, e o relatório aprovado reflete perfeitamente esse trabalho de conciliação”, afirmou.
Como forma de minimizar riscos, a proposta cria ainda o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies). Será de adesão obrigatória pelas faculdades que participam do programa e terá o objetivo de garantir o crédito para os financiamentos. Dessa forma, mesmo com o aporte da União, este fundo será formado, em maior parcela, por aportes das instituições. A previsão é de tenha caixa de R$ 3 bilhões.
A MP aprovada no Senado indica caminhos, ainda, para que os estudantes em situação de inadimplência possam regularizar a dívida. O texto cria o Programa Especial de Regularização do Fies, por meio do qual aqueles que tiverem contratos atrasados com parcelas vencidas até 30 de abril de 2017 possam fazer o pagamento quitando 20% do saldo em cinco vezes e o restante em até 175 parcelas.
A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do município, Fernando Silva, reuniram-se, nesta quarta (08), com uma comissão formada por funcionários e mães de crianças atendidas pelas instituições GERPE, UNECAR e UNEPE. O intuito do encontro, que aconteceu na Sala de Monitoramento da prefeitura, foi explicar às entidades sobre os trâmites que foram necessários para regulamentar a situação das instituições, que estão sem receber o repasse dos recursos federais.
No total, 22 instituições de assistência social que prestam serviço em Caruaru estavam sem a devida regulamentação no Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social, no período de janeiro à maio deste ano, de acordo com a nova legislação que entrou em vigor. Agora, com a publicação no Diário Oficial, é possível dar andamento aos tramites burocráticos para o pagamento do período de outubro de 2017 à março 2018. Em relação ao período de maio à setembro de 2017 as entidades precisam entregar o plano de ação, relatório e prestação de contas para que a prefeitura possa liberar o recurso, desde que as instituições apresentem a documentação exigida nesse processo.
“Nos comprometemos em fazer uma força tarefa com a nossa Comissão de Licitação e a Procuradoria Municipal para poder analisar a documentação que as instituições ficaram de trazer e assim poder validar a prestação de contas”, garantiu a prefeita. A representante da GERPE, Edna Dantas, falou em nome da comissão. “Agora vai ser bem mais rápido para se resolver, já que a prefeita disse que vai fazer o máximo para facilitar o processo. Espero que corra tudo certo para que nossos usuários possam ser atendidos o quanto antes”, afirmou.
O governo de Michel Temer já prepara mais um ataque aos direitos do trabalhador. A equipe econômica do presidente estuda, agora,restringir o acesso ao abono salarial e autorizar o pagamento apenas para quem ganha um salário mínimo. O líder da Oposição, Humberto Costa, criticou a proposta e disse que ela vai prejudicar apenas os que mais precisam.
“É impressionante esta sanha de destruir todas as conquistas dos trabalhadores brasileiros alcançadas nos últimos 100 anos. É inaceitável que Temer gaste, aos olhos de todos, bilhões em compra de votos para salvar a sua pele em mais uma denúncia de corrupção e depois informe que vai cortar benefícios alegando que não tem dinheiro em caixa”, afirmou o senador.
Hoje, o abono salarial é dado a trabalhadores que receberam até dois salários mínimos durante no ano-base considerado para apuração. Só este ano, o programa beneficiou mais de 23 milhões de pessoas. Criado em 1990, ainda no governo Fernando Collor, o programa garante um valor de, no máximo, um salário mínimo ao ano.
“Esse valor representa muito pouco para o governo mais significa muito para os trabalhadores. O governo está cortando na carne do trabalhador, para manter os privilégios de uma gangue que tomou de assalto o País”, disse o senador.
Os carroceiros do Parque 18 de Maio começaram, nesta quarta-feira (8), o curso de atendimento ao cliente, oferecido pelo Sebrae em parceria com a Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria Extraordinária da Feira. A oficina está sendo realizada na Fafica (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru). São seis turmas, com aproximadamente 100 alunos cada, e acontece entre os dias oito e dez de novembro.
Na aula inaugural, com a sala lotada, o Secretário Extraordinário da Feira de Caruaru, José Pereira, deu as boas-vindas e desejou sucesso aos participantes. “Vocês não sabem a alegria que eu estou, vendo vocês aqui”, disse o secretário “Escuto muito alguns de vocês dizerem: nunca ninguém se lembrou da gente. Pois eu estou agora do lado de vocês. .A prefeita pediu para eu cuidar da feira e eu vou cuidar de coração, com o maior orgulho, com a maior dedicação, porque vocês merecem a atenção da gente”, enfatizou.
Pereira lembrou, ainda, de outro compromisso que tem com os carroceiros. “Passado o curso, vou ver a melhor data para a prefeita Raquel Lyra e eu entregarmos a vocês os 591 fardamentos com crachás, bonés, coletes e plaquinhas de identificação para as carroças. Vamos deixar vocês totalmente organizados”, ressaltou o secretário.
Melhor atendimento ao client
A oficina, oferecida pelo Sebrae e com direito a certificado de capacitação, é gratuita e tem o objetivo de preparar o carroceiro para atender melhor o cliente do Parque 18 de Maio. Irão participar, até a próxima sexta-feira (10), os 591 fretistas que foram previamente cadastrados. O carroceiro que não participar da capacitação terá seu cadastro cancelado.
A Caixa Econômica Federal anunciou a liberação suplementar de mais de R$ 8,7 bilhões para o crédito imobiliário. Os recursos são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com essa suplementação, a Caixa diz que terá recursos suficientes para normalizar o ritmo de contratações do Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda familiar bruta mensal de até R$ 4 mil.
Em nota, o banco informou também que os contratos que seriam finalizados pelas agências antes das novas medidas de redução das cotas, cujo percentual de financiamento poderia atingir até 80%, terão as condições mantidas e prorrogadas até o fim deste mês. Havia queixas de clientes de que os contratos de crédito habitacional, mesmo com carta de financiamento aprovada, estavam parados devido à falta de recursos.
“As avaliações dos imóveis em garantia ao crédito de pessoa física que tiveram sua validade expirada durante o período de transição serão renovadas automaticamente até o final do ano, garantindo a continuidade dos financiamentos”, acrescentou o banco, em nota. Em setembro, a Caixa reduziu para 50% do valor do imóvel o limite máximo de financiamento.
O banco informou que adotou a estratégia de execução mensal do orçamento para todas linhas de crédito imobiliário, “com objetivo de cumprir o orçamento anual disponível até dezembro”. Segundo a Caixa, as condições de contratações de imóveis novos não sofreram alterações, permanecendo as cotas de financiamento de até 80%. “Essa medida tem objetivo de manter aquecida a indústria da construção civil do país, responsável por gerar emprego e renda”, destaca a nota.
O banco disse ainda que a contratação do crédito imobiliário neste ano está cerca de 20% superior em relação ao mesmo período do ano passado. A Caixa emprestou mais de R$ 72,4 bilhões até o momento em todas suas modalidades de crédito imobiliário.