Febraban adia para 2018 recebimento de boletos vencidos em qualquer banco

A possibilidade de pagar boletos vencidos com valores abaixo de R$ 2 mil em qualquer banco foi adiada para o próximo ano. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estendeu o prazo de implementação do novo sistema por causa da grande quantidade documentos bancários no país.

Em julho, a Febraban iniciou a implementação de novo sistema de pagamento de boletos, de forma escalonada. Na primeira etapa, os bancos passaram a aceitar o pagamento de boletos vencidos com valores a partir de R$ 50 mil. No mês passado, o valor mínimo foi reduzido para R$ 2 mil. Hoje (9), deveriam começar a ser recebidos em qualquer banco os boletos vencidos a partir de R$ 500 e, segundo o cronograma inicial, em novembro, haveria nova redução para o valor mínimo de R$ 200. Em dezembro, todos os documentos vencidos passariam a ser aceitos em qualquer banco.

“Em função do volume elevado de documentos que irão trafegar pelo novo sistema – cerca de quatro bilhões de boletos por ano, montante comparável à capacidade das grandes processadoras de cartões de crédito do mundo – o setor bancário decidiu rever o cronograma original, que previa a inclusão de todos os boletos na Nova Plataforma de Cobrança já a partir de dezembro”, disse a federação em nota.

As novas datas das próximas etapas do cronograma serão divulgadas posteriormente.

Segundo a Febraban, o novo sistema garante o registro de todos os boletos e o compartilhamento de informações sobre emissores e pagadores pelos bancos e por isso elimina o risco de pagamento em duplicidade: quando um boleto é apresentado em algum banco, o sistema informa se ele já tiver sido pago, evitando novo pagamento por engano. “O novo sistema reduz inconsistências de dados e permite a identificação do emissor e do pagador do boleto, facilitando o rastreamento de pagamentos e redução das fraudes, fonte de preocupação permanente para todo o sistema bancário”, destaca a entidade.

Temer deverá ser apresentado amanhã à tarde na CCJ

O parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) deverá ser lido amanhã (10) à tarde na Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) da Câmara. A previsão foi feita hoje (9) pelo deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais articuladores de governo, após conversar com Andrada.

“Conversei com o deputado Bonifácio e até amanhã à tarde esse relatório será entregue na CCJ. É lógico que essa será uma semana de discussões, não só do relatório do deputado Bonifácio, mas também da defesa dos que estão sendo acusados, o presidente e dois ministros. Acho também que é importante ter o tempo de um feriado no meio para que os parlamentares da CCJ possam se aprofundar tanto no relatório do deputado Bonifácio, quanto nas defesas”, disse Beto Mansur.

Mesmo com a previsão de entrega do parecer somente na parte da tarde desta terça-feira, o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), confirmou a realização da reunião da comissão às 10h. Segundo a assessoria da CCJ, mesmo que o relatório não seja apresentado pela manhã, a comissão tem uma pauta para deliberar inclusive sobre questões de Ordem relacionadas ao trâmite da denúncia.

O relator da denúncia tem reclamado do pouco tempo que dispõe para analisar as mais de mil páginas que compõem a peça acusatória elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e também pelas defesas dos acusados. A denúncia acusa o presidente Temer e os ministros de organização criminosa. O presidente também foi denunciado por obstrução de Justiça. Andrada disse hoje que, pelo prazo regimental, tem até a noite desta terça-feira para apresentar e ler seu parecer.

O presidente da CCJ já afirmou que após a leitura da peça irá conceder vista coletiva do relatório por duas sessões plenárias da Câmara. Com isso, a discussão e votação do parecer de Andrada na comissão deverá ser iniciada na terça-feira da próxima semana (17). Após a apresentação do parecer, os advogados dos três acusados poderão se manifestar oralmente para expor os argumentos da defesa contra a denúncia.

Qualquer que seja o parecer do relator sobre a denúncia e o resultado da votação na CCJ, a decisão final será tomada em votação no plenário da Casa. Para que a Câmara autorize o Sipremo Tribunal Federal (STF) a iniciar as investigações, são necessários o mínimo de 342 votos favoráveis dos deputados.

Obra do Eixo Norte do Projeto São Francisco é alvo de furto e invasão

As equipes técnicas do Ministério da Integração Nacional identificaram, nesta segunda-feira (9), o furto de uma das bombas das comportas do reservatório Tucutu do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobó (PE). O evento aconteceu no mesmo dia em que os credores da empresa Mendes Júnior invadiram a unidade do Ministério, em Salgueiro (PE), impedindo que os servidores cumprissem a sua jornada de trabalho. Os assuntos estão sendo tratados na Polícia Civil local, com o registro de mais um Boletim de Ocorrência.

Com o novo episódio, a área jurídica do Ministério apresentou hoje um recurso de reintegração de posse do prédio à Justiça Federal para normalizar a situação. Até o momento, não houve deliberação do órgão e parte do grupo invasor ainda continua instalado no edifício.

Desde a última sexta-feira (6), as estruturas do Eixo Norte do Projeto São Francisco estão sofrendo diversas avarias. Primeiro, as mangueiras das comportas do reservatório Tucutu foram danificadas, o que gerou vazamento de óleo dentro do açude, fazendo com que essas comportas fossem fechadas por questão de segurança da barragem e das pessoas que moram na região. Além disso, a estrutura de controle de Tucutu também foi deteriorada por pichações. O texto é assinado pelos credores da Mendes Júnior – empresa que havia sido contratada para a obra, mas que não a concluiu.

Esses atos criminosos prejudicam o abastecimento de mais de 4 milhões de pessoas que estão a espera da água do Projeto São Francisco, como é o caso da capital cearense de Fortaleza. Além dos vários agricultores da região que virão a ser contemplados pelo ‘Velho Chico’.

Para equacionar a situação, o Governo Federal já está analisando as medidas legais cabíveis para que as águas do São Francisco voltem a percorrer os canais. Os prejuízos causados também estão sendo analisados para que as comportas possam ser reabertas o mais rápido possível.

A construtora Emsa – nova responsável pelo trecho da 1N do Projeto – denunciou ainda à polícia que os trabalhadores da empresa têm sofrido diversas ameaças de integridade física.

RESPONSABILIDADE – O Ministério da Integração Nacional não possui nenhum débito com a antiga empresa do Eixo Norte. Ao contrário disso, a dívida da Mendes Júnior com a Pasta já supera R$ 200 milhões.

Como são prestadores de serviço com uma relação contratual entre empresas privadas, a União está impedida de pagar débitos da construtora com seus fornecedores, de acordo com a legislação. Portanto, a responsabilidade por esta quitação é da empresa Mendes Júnior, que assumiu o compromisso com os comerciantes. Segundo os credores, a dívida é de R$ 24 milhões.

Preocupado com a situação, os técnicos do Ministério mediaram diversas reuniões entre as partes, nos últimos meses, para que fosse fechado um acordo.

Armando acusa ministro da Saúde de sabotar o próprio governo

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) acusou, nesta segunda-feira (9), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, no plenário, de desafiar as decisões jurídicas favoráveis à Hemobrás e de “estar solapando o posicionamento do próprio governo” a quem serve. O petebista protestou contra as tentativas do ministro, “recorrentes”, segundo ele, de inviabilizar o projeto da estatal em Pernambuco, ao insistir em retirar dela a fabricação do fator recombinante, medicamento de alta densidade tecnológica e elevado valor agregado essencial no tratamento da hemofilia.

Armando referiu-se a recente audiência do presidente Michel Temer à bancada federal de Pernambuco em que ficou decidido que a fabricação do fator recombinante, que o ministro quer transferir para o Paraná, permanecerá na Hemobrás. O senador pernambucano lembrou que, em meados de agosto, por determinação do presidente da República, Barros manteve reunião com os ministros pernambucanos Fernando Filho (Minas e Energia), Bruno Araújo (Cidades) e Mendonça Filho (Educação), da qual foi o único parlamentar a participar, em que a decisão foi anunciada por nota oficial do Ministério.

De acordo com Armando, a audiência pública, realizada em 25 de setembro, na qual o Ministério da Saúde anuncia a licitação para a importação de 300 milhões de unidades do fator recombinante fora da parceria da Hemobrás com o laboratório Shire desrespeita medida liminar da Justiça Federal de Brasília. A decisão judicial rejeitou pedido do Ministério para suspender a liminar em que foi mantida a parceria da Hemobrás com o Shire na produção do fator recombinante, que havia sido revogada por portaria de Barros.

Apoiado por apartes dos senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Jorge Viana (PT-AC), Armando Monteiro lembrou também, além da decisão da Justiça de Brasília, que o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou a manutenção da parceria com o Shire e que o ministério Público Federal de Pernambuco está ingressando com ação civil pública para impedir a licitação da importação do fator recombinante fora da parceria.

“Na avaliação do Ministério Público, o Ministério da Saúde estaria criando uma situação de emergência de forma artificial para evitar a compra por meio da Hemobrás, que utilizaria seu parceiro internacional”, declarou Armando. Para o senador petebista, tal medida, se confirmada, atenta contra a própria sobrevivência da Hemobrás, porque o fornecimento do fator recombinante adquirido do Shire até a estatal iniciar a produção em Goiana é sua única fonte de geração de receita.

População vê aumento da corrupção pós-impeachment, denuncia Humberto

Um novo relatório da ONG Transparência Internacional levou o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), a tecer críticas à corrupção no governo de Michel Temer (PMDB). Para 78% da população, o nível de corrupção “aumentou consideravelmente” ou “cresceu muito” após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

O levantamento mostra, ainda, que para 14% o nível de corrupção permaneceu o mesmo; 4% disseram que reduziu consideravelmente e apenas 2% avaliam que reduziu muito. “Foi o líder do governo no Senado, Romero Jucá, que defendeu um acordão para colocar Temer no poder e assim salvar a pele de tantos nomes envolvidos em escândalos. Um ano depois de terem tirado uma presidente legitimamente eleita, sem que ela tivesse cometido nenhum crime de responsabilidade, Temer entra para história ao ser o primeiro presidente denunciado pela Procuradoria Geral da República. Não uma, mais duas vezes”, afirmou o senador.

Após ter se livrado pela Câmara da primeira acusação, o peemedebista foi denunciado novamente. Desta vez, por obstrução da Justiça e participação em organização criminosa que teria recebido ao menos R$ 587 milhões de propina.Segundo Humberto, para se livrar da segunda denúncia, Temer transformou a Câmara em um balcão de negócios “ainda maior que o primeiro”. “Institucionalizaram a compra de votos num nível jamais visto no Congresso Nacional. O governo que aí está faz qualquer coisa para se manter de pé. Mas, a população segue atenta e os números comprovam isso e o povo vai saber cobrar essa conta na próxima eleição”, afirmou.

O levantamento da ONG Transparência Internacional entrevistou 1.204 pessoas no período entre 21 de maio de 2016 e 10 de junho de 2016, dias após o afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República, no processo de impeachment.

Alto do Moura terá festa literária

Nos dias 12 e 13 de outubro, Caruaru será tomada por literatura, rodas de leitura, exposições e apresentações artísticas. A cidade recebe a primeira Festa Literária do Alto do Moura (FLAL), organizada pela Biblioteca Comunitária do Alto do Moura e com apoio da Fundação de Cultura e Turismo. A FLAL terá como homenageados a poetisa Regilda Pereira e o peta-artesão Antônio Rodrigues, ambos moradores do Alto do Moura.

A abertura oficial do evento será na quinta (12), a partir das 10h, na Praça do Artesão, com literatura de cordel e apresentação de grupos culturais do local. Já às 11h, na sede da Associação dos Artesãos e Artesãs em Barro e Moradores do Alto do Moura (ABMAM), haverá exibição de documentários. Ainda na ABMAN, a partir das 13h, haverá contação de histórias, oficina de livros e apresentação de breakdance. A programação segue, também, na Praça do Artesão, a partir das 14h, com apresentação de hip hop e mais contação de histórias. A partir das 17h, a Casa di Lúcio será o espaço para uma conversa com os artistas ilustradores Rodrigo Pescador e Eduard Dessay, da exposição Um Olhar Transatlântico, além de recital musical de poesias.

Na sexta (13), a programação começa às 10h, na ABMAM, com oficinas e apresentação de capoeira. Às 14h, na Praça do Artesão, haverá roda de leitura, exposição, conversa com a autora Íris Marcolino e bate-papo sobre escola e biblioteca comunitária. Além dessas ações pontuais, haverá exposição permanente e sebo de livros na Praça do Artesão e exposição na Casa di Lúcio.

Quinta-feira – 12/10

Local: Praça do Artesão
10h – Abertura Oficial da 1ª FLAL – Saudação com literatura de cordel e apresentação dos grupos culturais do Alto do Moura.

Local: Associação dos Artesãos e Artesãs em Barro e Moradores do Alto do Moura (ABMAM)

11h – Exibição dos documentários: Arte é para todos; Entre bonecos e bonecas; e Mestre Vitalino, coordenado por Darllan Rocha (Projeto Inventário do ofício dos artesãos e artesãs do barro do Alto do Moura – Funcultura)
13h – Contação de história com o Grupo Grão de Histórias (Recife): Histórias Daqui e de Lá.
14h – Oficina de livros cartoneros com Candeeiro Cartonera (Caruaru)
14h30 – Apresentação de Breakdance com Master Conexão Crew e o artista de rua Maicon (Taquara- Caruaru)
15h – Festa /Lanche Coletivo em homenagem ao dia das crianças, promovida pela família do Mestre Severino Vitalino (Alto do Moura- Caruaru)

Local: Praça do Artesão

14h- Contação de história com o Grupo Cia Agora Eu Era (Recife) e Júlia Sol (Recife)
14h30 – Apresentação de Hip Hop do Projeto Crer & Ser
15h – Festa/Lanche Coletivo em homenagem ao dia das crianças, promovida por Ana Paula Maciel (Alto do Moura- Caruaru)

Local: Casa di Lúcio

17h – Conversa com os artistas ilustradores Rodrigo Pescador e Eduard Dessay, da exposição Um Olhar Transatlântico – Un Regard Transatlantique, coordenada por Reginaldo Pereira (Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares- Recife)
20h – Recital Musical de Poesias

Sexta-feira – 13/10

Local: Clube da Associação dos Artesãos e Artesãs em Barro e Moradores do Alto do Moura ( ABMAM)

10h- Oficina1: Sussurros poéticos com Grupo RELEITURA (Recife)
10h – Oficina 2: Tapete de histórias com Grupo RELEITURA (Recife)
10h- Oficina 3: Breakdance com Master Conexão Crew e o artista de rua Maicon (Taquara/ Caruaru)
11h- Capoeira com Mestre Positivo (Alto do Moura/ Caruaru)

Local: Praça do Artesão

14h – Livros em Movimento – A itinerância da leitura em exposição, coordenado por Ana Dourado (Secretária Executiva de Direitos Humanos da Prefeitura de Caruaru)
14h30 – Roda de Leitura do livro Bichos Vermelhos, com a autora Lina Rosa (Recife)
15h – Conversa com a autora do livro Os Poemas do Poeta que Esquecia, com Íris Marcolino (Alto do Moura/Caruaru)
16h- Bate-papo sobre Escola e Biblioteca Comunitária: uma rede em diálogo, com Ester Rosa (UFPE/ CEEL-Recife), Ana Dourado (Secretária Executiva de Direitos Humanos da Prefeitura de Caruaru) e Maria Emília Lins e Silva (UFPE/CEEL- Recife)
17h- Encerramento

Visitação Permanente

Exposição Aberta com as obras dos artesãos do Alto do Moura
Local: Praça do Artesão
Data: 12 e 13/10/2017

Exposição aberta Um Olhar Transatlântico – Un Regard Transatlantique, com Rodrigo Pescador e Eduard Dessay, coordenado por Reginaldo Pereira (Biblioteca Comunitária Carangueijo Tabaiares- Recife)
Local: Casa di Lúcio
Data: 12 e 13/10/2017

Sebo/Doação de Livros para a Biblioteca Comunitária do Alto do Moura
Local: Praça do Artesão
Data: 12 e 13/10/2017

 

Pernambuco é referência ao compartilhar tecnologia para capacitar motoristas

Em tempos de economia desaquecida, compartilhar serviços vem tornando-se um caminho ainda mais viável. É a possibilidade de economizar mantendo regularmente as atividades até que o cenário macroeconômico volte a ser mais favorável. Essa tendência chegou aos Centros de Formação de Condutores (CFCs) da região nordeste do país com a criação de 109 polos de compartilhamento dos simuladores de direção veicular. Assim, esses estabelecimentos podem entregar a tecnologia necessária para a formação dos motoristas que buscam a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Só em Pernambuco estão localizados 62 desses centros para compartilhar a ferramenta.

Os CFCs pernambucanos adotaram essa proposta, visando uma economia colaborativa. Eles uniram-se para que os alunos contassem com os simuladores à sua disposição, enquanto para os estabelecimentos a iniciativa representa despesas reduzidas. “A decisão significa economia para as autoescolas. Desta maneira, unidades menores podem se juntar a outras para que concentrem em um centro compartilhado as aulas previstas para ocorrer no simulador”, explica Agnaldo Soldera, diretor comercial da ProSimulador, empresa desenvolvedora da tecnologia entregue aos CFCs.

A ferramenta é a oportunidade de quem nunca conduziu um veículo aprender as primeiras noções básicas de manuseio. Além disso, possibilita o aprendizado de como reagir em situações extremas – como ao conduzir sob chuva ou neblina. Outro recurso oferecido pelo simulador é o aluno se atentar aos riscos de dirigir após a ingestão de bebida alcoólica, por exemplo, ou conduzir manuseando o celular (3ª maior causa de mortes no trânsito do país, conforme pesquisa da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego – Abramet).

“A tecnologia oferecida pelo equipamento contribui para que o condutor tenha uma formação adequada, tornando-o mais preparado para lidar com os desafios diários propostos pelo trânsito”, destaca Agnaldo.

Realidade do trânsito

Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), dados do Ministério da Saúde apontam que em 2015, Pernambuco teve 1.919 mortes registradas no trânsito.

Artigo:Quais os rumos do país?

Por Fernando Henrique Cardoso

A crer nas pesquisas de opinião, os políticos mais cotados para vencer as eleições em 2018 mais se parecem a um repeteco do que inovação

Quando ainda estava na Presidência, eu dizia que o Brasil precisava ter rumos e tratava de apontá-los. Nesta quadra tormentosa do mundo, cheia de dificuldades internas, sente-se a falta que faz ver os rumos que tomaremos.

Com o fim da Guerra Fria, simbolizado pela queda do Muro de Berlim em 1989, se tornou visível o predomínio dos Estados Unidos. Desde antes do final da Guerra Fria, por paradoxal que pareça, em pleno governo Nixon — do qual Henry Kissinger era o grande estrategista — começou uma aproximação do mundo ocidental com a China. Com a morte de Mao Tse Tung e a ascensão de Deng Xiaoping, os chineses puseram-se a introduzir reformas econômicas. Iniciaram assim, ao final dos anos 1970, um período de extraordinário crescimento.

A partir da virada do século passado, o peso cada vez maior da China na economia global tornou-se evidente. No plano geopolítico, porém, os chineses buscaram deliberadamente uma ascensão pacífica, escapando à “armadilha de Tucídides” (a de que haverá guerra sempre que uma nova potência tentar deslocar a dominante).

Enquanto a China não mostrava todo seu potencial econômico e político, tinha-se a impressão de que o mundo havia encontrado um equilíbrio duradouro, sob a Pax Americana.

A Europa se integrava, os Estados Unidos e boa parte da América Latina se beneficiavam do comércio com a China, e a África, aos poucos, passava a consolidar a formação de seus estados nacionais. As antigas superpotências, Alemanha e Japão, desde o fim da Segunda Guerra Mundial haviam adotado a “visão democrático-ocidental”.

No início do século XXI, apenas a antiga União Soviética, transmutada em República Russa, ainda era objeto de receios militares por parte das alianças entre os países que formaram a OTAN. Como ponto de inquietação restava o mundo árabe-muçulmano.

Na atualidade, o quadro internacional é bem diferente. Com a “diplomacia” adotada por Trump, a Coreia do Norte desenvolvendo armas atômicas, as novas ambições da Rússia, as tensões nos mares de China e o terrorismo, há temores sobre o que virá pela frente.

Os japoneses veem mísseis atômicos coreanos passar sobre suas cabeças, os chineses se fazem de adormecidos, o Reino Unido sai da União Europeia, os russos abocanham a Crimeia e os americanos vão esquecendo o

Acordo Transpacífico (TPP ou Trans-Pacific Partnership Agreement), abrindo espaço à expansão da influência dos chineses na Ásia e deixando perplexos os sul-americanos que faziam apostas no TPP. Também perplexos estão os mexicanos, ameaçados pela dissolução do Nafta, outro dos alvos de Trump.

A inquietação americana pode aumentar pelas consequências da política chinesa de construir uma nova rota da seda, ligando a China à Europa através da Ásia e do Oriente Médio, bem como pela aproximação entre Pequim e Moscou.

É neste quadro oscilante que o Brasil precisa definir seus rumos. Toda vez que existem fraturas entre os grandes do mundo se abrem brechas para as “potências emergentes”.

Há oportunidades para exercermos um papel político e há caminhos econômicos que se abrem. Não estamos atados a alianças automáticas e, a despeito de nossas crises políticas, erros e dificuldades, estamos em um patamar econômico mais elevado do que no tempo da Guerra Fria: criamos uma agricultura moderna, somos o país mais industrializado da América Latina e avançamos nos setores modernos de serviços, especialmente nos de comunicação e nos financeiros. Podemos pesar no mundo sem arrogância, reforçando as relações políticas e econômicas com nossos vizinhos e demais parceiros latino-americanos.

Entretanto, nossas desigualdades gritantes são como pés de chumbo para a formação de uma sociedade decente, condição para o exercício de qualquer liderança. As carências na oferta de emprego, saúde, educação, moradia e segurança pública ainda são obstáculos a superar.

Pelo que já fizemos, pelo muito que falta fazer e pelas oportunidades que existem, há certa angústia nas pessoas. A confusão política, o descrédito de lideranças e partidos se expressa na falta de rumos.

A opinião pública apoia os esforços de moralização simbolizados pela Lava-Jato, mas quer mais. Quer soluções para as questões sociais básicas, e também para os desafios da política, que precisam ser superados, caso contrário, o crescimento da economia continuará baixo e a situação social se tornará insustentável.

O Congresso, por fim, aprovou uma “lei de barreira” e o fim das coligações nas eleições proporcionais. Foram passos tímidos, na forma como aprovados, mas importantes para o futuro, pois levarão à redução do número de partidos, com o que se poderá obter maior governabilidade e talvez menos corrupção.

Entretanto, quem são os líderes com a lanterna na proa e não na popa?

A crer nas pesquisas de opinião, os políticos mais cotados para vencer as eleições em 2018 mais se parecem a um repeteco do que inovação, embora haja entre alguns que estão na rabeira das pesquisas quem possa ter posições mais condizentes com o momento. E boas novidades podem emergir.

Alguns dos que estão à frente ainda insistem em suas glórias passadas para que nos esqueçamos de seus tormentos recentes, e pouco dizem sobre como farão para alcançar no futuro os objetivos que eventualmente venham a propor.

Se não organizarmos rapidamente um polo democrático (contra a direita política que mostra suas garras), que não insista em “utopias regressivas” (como faz boa parte das esquerdas), que entenda que o mundo contemporâneo tem base técnico-científica em crescimento exponencial e exige, portanto, educação de qualidade, que seja popular e não populista, que fale de forma simples e direta dos assuntos da vida cotidiana das pessoas, corremos o risco de ver no poder quem dele não sabe fazer uso ou o faz para proveito próprio. E nos arriscamos a perder as oportunidades que a História nos está abrindo para ter rumo definido.

Ainda sem funcionar, pátio do Hospital São Sebastião virou local de infratores

Pedro Augusto

A não reabertura urgente do Hospital São Sebastião, no Bairro Maurício de Nassau, em Caruaru, não vem causando dificuldades à população apenas por não oferecer serviços de saúde. De acordo com moradores, comerciantes e trabalhadores que, respectivamente, residem ou atuam no seu entorno, a falta de operacionalidade no hospital também vem proporcionando vários transtornos a todos que são obrigados a circular pelo local. Bastaram apenas alguns minutos presente na tarde da última terça-feira (3), para a reportagem VANGUARDA registrar diversas irregularidades cometidas na área territorial do HSS. Sem exceção, os populares ouvidos pelo semanário creditaram o alto volume de delitos praticados ao não funcionamento da unidade.

Doméstica há mais de 20 anos numa casa que fica localizada na Rua Pedro Jordão, Marivalda da Silva criticou a ausência de atividades no São Sebastião. “Sou da época em que ele funcionava, inclusive, a minha avó já ficou internada em um dos seus leitos. É lamentável essa demora que está sendo para a reabertura do hospital. Além de milhares de pessoas estarem deixando de ser atendidas, estamos tendo de conviver com a marginalidade que vem tomando conta da sua estrutura. Existe até a presença de um segurança vigiando na área da frente da unidade, ou seja, na parte da Avenida Agamenon Magalhães, mas ele sozinho não tem dado conta de tanto bandido. Eles (criminosos) estão aproveitando a falta de atividades para fazerem o que querem”, disse.

O depoimento de Marivalda se encaixou perfeitamente com a cena lamentável que a equipe de reportagem VANGUARDA registrou através da sua câmera fotográfica. À luz do dia e sem se importarem com a circulação de transeuntes, dois adolescentes utilizaram o espaço externo do antigo pronto-socorro da unidade para consumirem crack. De acordo com o balconista João Paulo, que necessita trafegar pelo local todos os dias, o uso de drogas nesse espaço específico tem sido uma constante. “Acredito que se o Hospital São Sebastião já estivesse operando, esses dependentes químicos ficariam inibidos e não estariam mais por aqui, haja vista que haveria a presença de mais seguranças. Além do consumo de drogas, já cheguei a flagrar sexo explícito por aqui. Um verdadeiro absurdo!”, lamentou.

Um trabalhador que atua no entorno da unidade, mais precisamente na Rua Teófilo Dias, também responsabilizou a não reabertura do HSS à elevada prática de delitos que vem ocorrendo naquele trecho territorial. “Se não bastasse o nosso setor de saúde que está sendo prejudicado, o não funcionamento do São Sebastião também vem contribuindo para com o acréscimo da criminalidade no Bairro Maurício de Nassau. Isso porque os bandidos vêm aproveitando que o local ainda se encontra em situação de abandono para cometer furtos, assaltos e até sexo explícito. Trabalho com medo, porque as autoridades parecem que fecharam os olhos quanto aos problemas daqui. Não aguentamos mais essa falta de segurança”, questionou.

Se não bastassem os crimes que vêm ocorrendo no seu entorno, a não operacionalidade do HSS ainda tem servido para a prática de diversas irregularidades. “Por exemplo, no jogo do Náutico contra o Internacional, isso há duas semanas, a área externa do São Sebastião, simplesmente se transformou em um estacionamento. Pode isso? Sem falar no acúmulo de lixo que está sendo gerado pelos mal-educados que jogam diariamente todo tipo de objeto na entrada do antigo pronto-socorro. Esgoto estourado, pixações nas paredes, calçadas danificadas também estão fazendo parte do pacote de problemas provocados pela falta de atividades do hospital”, descreveu o comerciante Paulo Silva.

Para a professora Maria do Carmo Souza, o grande culpado pela atual realidade do espaço é o Governo do Estado. “Por causa da picuinha política, o governador Paulo Câmara não deixou a prefeita Raquel Lyra assumir o comando do hospital e a população é quem está pagando o pato. Claro, porque, se o município tivesse assumido o HSS, ele poderia já estar funcionando e prestando serviços aos caruaruenses. Consequentemente, esses problemas externos também iriam diminuir. Nem sei quando é que ele irá reabrir, se é que isso irá acontecer mesmo. Enquanto isso, Deus nos ajude, porque se formos depender da frequência de viaturas da PM circulando por este trecho, estamos fritos!”, criticou.

Em reposta à suposta falta de segurança na área externa do Hospital São Sebastião, o capitão da Polícia Militar, Farias Junior, afirmou que a corporação irá intensificar as rondas no entorno do local. “Novas viaturas foram disponibilizadas esta semana para o nosso batalhão e informamos que iremos aumentar o número de rondas realizadas na área citada. Os populares que quiserem contribuir para com o trabalho da PM podem repassar informações pelos telefones 3719-9116 e 3719-4545 (Disque-Denúncia Agreste).”

SECRETARIA DE SAÚDE

Em relação ao não funcionamento ainda do Hospital São Sebastião, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, ressaltou que “atualmente as obras da unidade estão com 99% do serviço concluído, em acabamento final e energização. Ao todo, as obras físicas custaram mais de R$ 7,9 milhões. O trabalho englobou o centro de imagens e diagnósticos do hospital. Quando inaugurado, o HSS, que possui cerca de 60 leitos, atuará como retaguarda do Hospital Regional do Agreste (HRA), maior emergência da região, beneficiando, portanto, a população de Caruaru e de diversos municípios do Agreste.

Todas as medidas para concluir a obra e equipar a unidade já vêm sendo tomadas e a previsão é reabrir o HSS até o final deste ano. Para isso, o Estado lançará, nos próximos dias, o edital de seleção de uma Organização Social (OS) para assumir a gestão. É importante frisar, ainda, que a reabertura do HSS como retaguarda não foi uma ação isolada no desenho da rede de assistência do Agreste. A região recebeu, nos últimos anos, o maior aporte de investimentos em saúde da história. Caruaru, polo e referência para as outras cidades do Agreste, recebeu, dentro do planejamento dessa rede, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), inaugurada em 2010; a Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE), em 2013; e o Hospital Mestre Vitalino, a maior e mais moderna unidade de saúde do Interior, inaugurado em 2014”, finalizou o texto. Quanto ao abandono do local, o Estado não se pronunciou.

Caruaru celebra Festa de Nossa Senhora Aparecida

A Festa de Nossa Senhora Aparecida (Padroeira do Brasil) está sendo realizada em Caruaru, desde o dia 3 de outubro, com o tema “Das águas aos 300 anos de bênçãos”. O evento acontece até a próxima quinta-feira (12), na comunidade católica do Bairro das Rendeiras.

O tema está em comunhão com o Ano Nacional Mariano proclamado pela CNBB (Conselho Nacional dos Bispos do Brasil), em virtude dos 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas margens do Rio Paraíba, em São Paulo.

Na programação, estão sendo realizadas missas e quermesses, bem como shows religiosos e com artistas populares, sempre tendo início às 19h30. No dia 12, feriado da Padroeira do Brasil, diversas celebrações em horários diferenciados serão oferecidas. Às 16h30, a procissão com a imagem sairá da igreja percorrendo algumas ruas da comunidade e, logo após, haverá missa presidida pelo bispo diocesano dom Bernardino Marchió.

Programação

Segunda-feira (9)
19h30 – Celebração Eucarística presidida pelo padre Luciano Monteiro
Noite dedicada à Associação do Bairro das Rendeiras, escolas particulares, municipais e do estado, Vicentinos, Aprocidadania, Banco da Solidariedade e Pastoral Carcerária

Terça-feira (10)
19h30 – Celebração Eucarística presidida pelo padre José Cícero
Noite dedicada à Pastoral do Dízimo e Conselho Econômico Paroquial

Quarta-feira (11)
19h30 – Celebração Eucarística presidida pelo padre Luiz Antônio
Noite dedicada aos Corais, Liturgia, Pastoral da Criança e Comunidade Sagrado Coração de Maria

Quinta-feira (12) (Dia da Festa)
6h – Ofício de Nossa Senhora e Celebração Eucarística com os movimentos marianos, presidida pelo padre Roberto Ribeiro
7h – Café comunitário
9h – Celebração Eucarística com as crianças e, logo após, recreação e entrega de presentes
16h30 – Procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida
18h – Celebração Eucarística de encerramento presidida pelo bispo diocesano dom Bernardino Marchió