Retorno de Funaro à Papuda é adiado; doleiro permanece preso na PF

Preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde a semana passada, o doleiro Lúcio Funaro voltaria hoje (14) para o presídio da Papuda, também no Distrito Federal, mas um pedido da força-tarefa da Operação Greenfield à 10ª Vara da Justiça Federal adiou a transferência. Com isso, a volta do doleiro à Papuda está suspensa até o dia 19 deste mês.

Segundo a Procuradoria da República no DF, a força-tarefa da Greenfield quer que Funaro preste mais esclarecimentos. A operação investiga fraudes e irregularidades na administração em quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcep, Petros, Previ e Postalis.

Funaro está preso desde 1º de julho de 2016, pela Operação Sépsis, um desdobramento da Lava Jato. O doleiro foi preso com base na delação de Fábio Cleto, ex-vice presidente de Fundos e Loterias da Caixa. O doleiro é apontado como operador financeiro do ex-deputado Eduardo Cunha.

No âmbito da Greenfield, o doleiro foi peça-chave na prisão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Temer. A prisão preventiva de Geddel foi pedida a partir de informações fornecidas em depoimentos de Funaro, bem como do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva. A força-tarefa da Greenfield também é responsável pelas operações Sépsis e Cui Bono.

Segundo os procuradores, Geddel enviou mensagens à mulher do doleiro, Raquel Pitta Funaro. entre os meses de maio e junho, quando o doleiro já estava preso. Para os procuradores, as mensagens em que Geddel perguntava à esposa de Funaro sobre o estado de ânimo da família do doleiro e sobre o próprio Funaro seriam indícios de que o político tentaria obstruir a apuração dos crimes a ele imputados, procurando evitar que Funaro firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Provas do Curso Técnico em Agronegócio começam a ser aplicadas neste sábado (15)

As provas do Curso Técnico em Agronegócio, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Pernambuco (Senar-PE), serão aplicadas a partir deste sábado (15) até a sexta-feira (21). São 30 vagas para o polo de ensino de Bezerros, no Agreste do Estado.

O exame será composto por 30 questões de Português, Matemática e Conhecimentos Gerais. O resultado está previsto para ser divulgado a partir do dia 25 de julho, no site do Senar Brasil. O curso, de nível técnico, é gratuito, semipresencial e certificado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelos Conselhos Regionais de Engenharia (Creas).

Especializado em técnicas de gestão e de comercialização, este profissional atua na execução de procedimentos para planejar e auxiliar na organização e controle das atividades de gestão do negócio rural.

Diferente do técnico agrícola, que trabalha focado na produção, o técnico em agronegócio é voltado à gestão das empresas agrícolas. Mas, sua atuação não se limita aos processos internos de uma fazenda, pode trabalhar em empresas comerciais, estabelecimentos agroindustriais, serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa, revendas e consultorias.

Além de identificar os segmentos das cadeias produtivas do setor agropecuário e avaliar os custos de produção e aspectos econômicos para a comercialização de novos produtos e serviços, esse profissional pode idealizar ações de marketing aplicadas ao agronegócio.

 

Desembargador Leopoldo e Dom Fernando tratam de justiça cidadã através de conciliação

Buscar formas de pacificação social através da conciliação. Esse foi o tema de encontro entre o presidente do Poder Judiciário estadual, desembargador Leopoldo Raposo, e o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, realizado no Palácio da Justiça, no Recife. O coordenador Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de Pernambuco (Nupemec/TJPE), desembargador Erik Simões, e equipe; o assessor da Presidência, juiz João Targino; e o fundador da Comunidade Obra de Maria, Gilberto Gomes Barbosa, participaram da reunião em 12 de julho.

Por meio de parceria, o objetivo das instituições é ampliar a presença das câmaras de Mediação e Conciliação nas comunidades através de ações junto às paróquias. Atualmente, na Região Metropolitana do Recife, 26 unidades estão em funcionamento sob a coordenação do TJPE e parceiros. Na última quarta-feira (12/7), uma Câmara foi instalada no Compaz Ariano Suassuna, bairro do Cordeiro, na Capital, em parceria com a Prefeitura. A ideia é formar conciliadores, por meio de cursos oferecidos pela Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), para atuar junto à população atendida pela Arquidiocese.

“Primeiro tenho de agradecer a oportunidade pela importância dessa parceria para atender os mais pobres. Sem dúvida, todos estarão disponíveis para atender a esse chamado em busca da pacificação de conflitos”, declarou Dom Fernando. “Com consciência, trabalhamos em busca de promover a justiça social, que também é papel do Judiciário, para que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam respeitados. Justiça social se faz quando todas as pessoas têm as mesmas condições e oportunidades”, disse o desembargador Leopoldo.

Resolução de conflitos familiares, brigas entre vizinhos e problemas de dívidas e cobranças indevidas são algumas das causas passíveis de conciliação por meio das câmaras. O acordo entre as partes, depois de averiguado, é homologado por um juiz e tem valor judicial. Nas unidades do TJPE, incluindo as varas, 12,6 mil acordos foram firmados de fevereiro de 2016 a junho deste ano, diminuindo o número de processos na Justiça.

Durante o encontro, Dom Fernando também conheceu as ações desenvolvidas pelo TJPE através das Casas de Justiça e Cidadania. Com a recente instalação da unidade no bairro do Bongi, no Recife, em 4 de julho, são três em funcionamento, sendo uma no Coque, também na Capital; e outra no bairro do Carmo, em Olinda, através de parceria com uma faculdade. Em cada Casa, a população tem acesso à orientação psicológica e jurídica, com foco na conciliação de conflitos. Outras ações, a exemplo de casamentos coletivos e mutirões judiciários e de saúde também são realizadas.

MEC repassa R$21,4 milhões do salário-educação para Pernambuco

As redes Estadual e Municipais de ensino de Pernambuco já podem utilizar a parcela de junho do salário-educação. Os recursos estão disponíveis nas contas correntes dos beneficiários desde quinta-feira, dia 13. O Ministério da Educação transferiu através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Responsável por repassar os valores (FNDE) R$21,4milhões. “o salário-educação é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino.

Foram destinados R$ 14,3 milhões para as redes municipais e R$7,4 milhões para a rede estaduais. Ao lado do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o salário-educação é utilizado em programas e ações voltados à educação básica e é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino”, explicou o ministro Mendonça Filho

Após a arrecadação, feita pela Receita Federal, cabe ao FNDE repartir os recursos, sendo 90% em cotas estadual/municipal (2/3) e cota federal (1/3), e 10% para serem utilizados pela autarquia em programas e ações voltados à educação básica, com o objetivo de reduzir os desníveis socioeducacionais entre municípios e estados.

Educação básica: FNDE repassa R$ 948,5 milhões

Distrito Federal, estados e municípios de todo o Brasil já podem investir a parcela de junho do salário-educação. Disponíveis desde a quinta-feira, 13, os recursos, que totalizam R$ 948,5 milhões, foram repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC. Desse montante, foram destinados R$ 517,8 milhões às redes municipais e R$ 430,7 milhões às redes estaduais e distrital.

Ao lado do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o salário-educação é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino. Trata-se de uma contribuição social recolhida de todas as empresas e entidades vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social. A alíquota é de 2,5% sobre a folha de pagamento.

Após a arrecadação, feita pela Receita Federal, cabe ao FNDE repartir os recursos, sendo 90% em cotas estadual/municipal (2/3) e cota federal (1/3), e 10% para serem utilizados pela autarquia em programas e ações voltados à educação básica, com o objetivo de reduzir os desníveis socioeducacionais entre municípios e estados.

Os valores transferidos a cada ente federativo podem ser conferidos na página eletrônica do FNDE, em Liberação de recursos.

UNIFAVIP com vagas abertas para vestibular 2017.2

Encerram-se no dia 27 deste mês as inscrições para o vestibular 2017.2 da DeVry |Unifavip, em Caruaru. Ao todo são 30 cursos, entre graduações e cursos tecnológicos. A quantidade de vaga por curso estão no edital onde o candidato pode fazer o download através do site.

Para ser um aluno do DeVry | Unifavip o candidato faz uma redação e uma prova com 60 questões objetivas, ambos no mesmo modelo Enem, abordando Ciências da Natureza, Humanas, Matemática e Linguagens (Inglês ou Espanhol). O resultado é apurado também de forma semelhante, sendo avaliado pela nota TRI, obtendo 97% de precisão.

A prova acontecerá no dia 30 de julho e inscrição é no valor de R$ 40,00. Mais informações pelo site www.unifavip.edu.br ou pelo telefone 4020-4900 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h e aos sábados, das 9h às 13h).

Artigo: A esquerda, a inércia e o obscurantismo

Ayrton Maciel

É frustrante e obscura a inércia da esquerda brasileira – e me refiro aos partidos e seus líderes, aos sindicatos, centrais e suas lideranças, aos movimentos e organizações sociais e seus dirigentes – diante do que está passando o País.

Foram incapazes de impedir um golpe parlamentar e estão sendo ininteligentes, acomodados em seus postos e iniciativas e omissos no enfrentamento ao desmonte da estrutura social e trabalhista que um governo ilegítimo está executando sem qualquer resistência séria e significativa.

Por que as entidades sindicais não recorreram à Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o governo ilegítimo que ataca a regulamentação do trabalho no BR? Por que não recorrem ao apoio e solidariedade dos sindicatos e centrais europeus, dos EUA e da América Latina e Ásia, no sentido do governo ilegítimo e sua base congressual serem pressionados? Vão fazê-lo?

Por que as organizações e movimentos sociais não denunciam o desmonte do Estado social brasileiro – por um governo corrupto a serviço do capital mais descompromissado com o bem-estar social, herdeiros morais (governo e capital) dos escravocratas – nos fóruns internacionais?

Por que os partidos e seus velhos líderes não denunciam e recorrem ao apoio da esquerda internacional, na Europa, na Ásia, nas Américas? Não há manifestação do exterior em favor dos brasileiros, mesmo que a imprensa internacional faça a mais completa cobertura do que acontece no BR.

É frustrante e obscura essa inércia, salvo episódios isolados. É por isso que o País assiste, parte desolado e parte cúmplice, ao tratamento seletivo de fatos semelhantes em sua natureza.

O que diferencia os argumentos dos governistas para livrar Michel Temer da denúncia da PGR de corrupção passiva – “não há materialidade do crime” – dos argumentos do juiz Moro para condenar Lula, mesmo sem a materialidade de crime (não há um áudio, um vídeo, uma nota fiscal, um grampo, um e-mail, um recibo de compra e venda, um extrato bancário)? A política. Moro faz política, exerce a sua cidadania, mas não ocupa a toga. E passa impune nas instâncias superiores da Justiça, mesmo que seja transparente a falta de isenção.

Infelizmente o povo, passivo e alheio, está cúmplice. À direita, porque os objetivos eram o golpe e a chafurdação do PT. Por extensão, às demais esquerdas, buscando imputá-las a pecha de corrupta.

À esquerda, é resultado da falta de renovação dos seus quadros dirigentes, o que inibiu o surgimento de novas lideranças. Com isso, vieram os erros que geraram (em grande parte) essa grande decepção e apatia das massas. Quando a esquerda perde ou falha, a fratura é sempre na base.

Ayrton Maciel é ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco

MPF volta a pedir prisão de Geddel Vieira Lima; ex-ministro foi liberado sem tornozeleira eletrônica

O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) enviou nesta quinta-feira (13) nova petição pedindo que o ex-ministro Geddel Vieira Lima volte a cumprir pena na cadeia. Geddel, que estava preso desde o dia 3 de julho, teve sua prisão convertida em domiciliar na tarde de ontem (12).

O pedido do MPF apresenta elementos para justificar que o ex-ministro da Secretaria de Governo de Temer permaneça na prisão. O documento elaborado pelo MPF afirma que o depoimento de Lúcio Funaro traz novos indícios que Geddel praticou crime de exploração de prestígio. Outro argumento é que ele estaria agindo para tentar impedir um acordo de delação premiada de Funaro, monitorando o comportamento do doleiro e sua esposa, Raquel Pitta.

Em seu depoimento, Funaro contou que o baiano reclamou da troca de advogados e afirmou que “ficaria ruim para o Juiz”. O depoimento de Funaro, afirma o MPF, traz esse e outros elementos que incitam suspeita de tráfico de influência no poder Judiciário.

Sem tornozeleira

A decisão do desembargador federal Ney Bello Filho, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal permite que Geddel cumpra a prisão em sua casa, em Salvador (BA). A princípio, ele permaneceria na prisão enquanto não colocasse uma tornozeleira eletrônica para cumprir a prisão domiciliar. Contudo, o magistrado permitiu que Geddel só use tornozeleira eletrônica quando chegar à capital baiana.

A justificativa é que as tornozeleiras eletrônicas estão em falta no DF.

Parlamentares aprovam verba extra para retomada da emissão de passaportes

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (13) o Projeto de Lei (PLN) 8/2017, que garante R$ 102,4 milhões para a Polícia Federal (PF) retomar a emissão de passaportes, suspensa na semana passada por falta de recursos. O projeto segue para sanção presidencial.

O PLN 8/2017 foi enviado pelo governo federal e a expectativa é de que essa verba extra sustente a emissão de passaportes até o final de 2017. Essa suplementação ao orçamento da PF foi possível com o deslocamento – no mesmo montante – de contrapartida financeira do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).

Educação

O remanejamento de recursos foi a saída encontrada pelo Ministério do Planejamento para evitar que o repasse à PF alterasse a meta de resultado primário de 2017.

Na última terça (11), em reunião da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que preside o colegiado, comentou a mobilização de sua assessoria para impedir que o PLN 8/2017 retirasse os R$ 102,4 milhões para a PF do orçamento do Ministério da Educação. O movimento da CE foi reforçado pela atuação do presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC).

Passaportes

O orçamento da Polícia Federal em 2017 previa R$ 145 milhões para a emissão de passaportes. Esse valor foi integralmente empenhado até junho. Em média, a PF faz 8 mil atendimentos diários relacionados a passaporte.

Os interessados em obter o passaporte pagam taxa de R$ 257,25 pela versão comum do documento, de cor azul. A arrecadação dessa taxa deveria cobrir a emissão de passaportes ao longo do ano, mas os recursos foram contingenciados para o cumprimento da meta fiscal de 2017, estimada em déficit primário de R$ 142 bilhões para a União.

Julgamento de Lula em segunda instância pode demorar cerca de um ano

Daniel Isaia – Correspondente da Agência Brasil

 

São Paulo - Coletiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a condenação por corrupção pelo juiz federal Sérgio Moro, na sede do PT.(Rovena Rosa/Agência Brasil)
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá entrevista coletiva sobre a condenação por corrupção pelo juiz federal Sérgio MoroRovena Rosa/Agência Brasil

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), responsável pelos processos da Operação Lava Jato, julgará em segunda instância o processo que levou ontem (12) à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Os desembargadores, sediados em Porto Alegre, têm levado em média um ano para julgar os casos da operação.

Se for condenado em segunda instância até 15 de agosto do ano que vem, quando se encerra o prazo para registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula não poderá concorrer a cargo eletivo. Isso porque a sentença de Moro prevê que Lula fique interditado para o exercício de cargo ou função pública por 19 anos, caso a decisão seja confirmada pelos desembargadores. Aliados do ex-presidente têm afirmado que a decisão tem como objetivo inviabilizar sua candidatura à presidência da República em 2018.

Tramitação e prazos

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, estipulou pena de 9 anos e meio de prisão e determinou que Lula poderá responder em liberdade a fase recursal. O resultado do julgamento em primeira instância foi comunicado às partes por meio de intimações publicadas no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná (JFPR).

Os advogados de Lula têm até dez dias para abrir a intimação. A partir de então, passa a correr novo prazo de cinco dias para que a defesa apresente recurso.

Em um primeiro momento, a apelação será recebida pelo próprio juiz de primeira instância, Sérgio Moro, que fará uma avaliação técnica da peça e a remeterá ao tribunal. No TRF4, os processos são encaminhados à 8ª Turma, composta pelos desembargadores federais João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus. Ao chegar no tribunal, as ações são abertas para vistas do Ministério Público Federal, responsável pela acusação, que pode gerar recursos contra as argumentações da defesa.

No papel de relator, Gebran será o responsável por analisar o processo de Lula e, em seguida, apresentar um relatório e a sua decisão a respeito do caso a Paulsen, revisor da 8ª Turma. Quando este trâmite for finalizado, a data do julgamento será marcada.

Paulsen e Laus podem acompanhar ou discordar do voto do relator. Caso a decisão da 8ª Turma seja contrária ao pedido da defesa de Lula, os advogados podem entrar com novo recurso. Caso a decisão colegiada seja unânime, encerra-se o julgamento em segunda instância.

Os desembargadores da 8ª Turma poderão votar pela absolvição de Lula, pela confirmação da sentença de Moro ou pela alteração da pena para mais ou para menos.

Julgamento de processos

Desde a deflagração da Operação Lava Jato, o TRF4 concluiu o julgamento de 12 apelações contra 48 sentenças proferidas em primeira instância.

Até o momento, o tribunal absolveu cinco pessoas que haviam sido condenadas por Moro — inclusive o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em um dos processos a que responde na Lava Jato. Ele havia sido condenado a 15 anos e 4 meses de prisão, mas a 8ª Turma entendeu que a sentença em primeira instância havia sido fundamentada em depoimentos que não foram comprovados com outras provas.

O TRF4 manteve, ainda, dez sentenças condenatórias da 13ª Vara. Oito réus tiveram a pena reduzida e 16 tiveram a pena aumentada pelo Tribunal.

A 8ª Turma está atualmente com 16 apelações oriundas da Lava Jato pendentes para julgamento. Destas, sete já estão sob análise do revisor. Outras três apelações foram registradas recentemente e ainda estão na fase de processamento inicial.