Temer diz que “jamais solicitou pagamentos para obter silêncio de Cunha”

Da Agência Brasil*

A Presidência da República divulgou nota na noite desta quarta-feira (17) na qual informa que o presidente Michel Temer “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”, que está preso em Curitiba, na Operação Lava Jato.

A nota diz que o presidente “não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.”

De acordo com a Presidência, o encontro com o dono do grupo JBS, Joesley Batista, foi no começo de março, no Palácio do Jaburu. “Não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República”.

O comunicado diz ainda que Temer “defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos e que venham a ser comprovados.”

No início da noite, o jornal O Globo publicou reportagem, segundo a qual, em encontro gravado, em aúdio, pelo empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro para que esses ficassem em silêncio. Batista, conforme a reportagem, firmou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e entregou gravações sobre as denúncias. Segundo o jornal, ainda não há cionfirmação de que a delaçãodo empresário tenha sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Temer estave reunido hoje com governadores da Região Nordeste. O encontro terminou às 19h50. O presidente, então, iniciou uma reunião com os ministros Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo; Eliseu Padilha, da Casa Civil; Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, após a divulgação da reportagem. Também estiveram presentes assessores da Secretaria de Comunicação da Presidência. A nota do Planalto foi enviada à imprensa cerca de uma hora e meia após o início da reunião no terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete de Temer.

Por volta das 21h, cerca de 50 manifestantes se reuniram em frente ao Palácio do Planalto com buzinas para protestar contra o presidente. A Polícia Militar reforçou a segurança no local.

Congresso

As sessões da Câmara dos Deputados e do Senado foram suspensas depois da divulgação da reportagem.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão que analisava medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Casa, sem concluir a votação da MP 755/16, que trata dos repasses de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) a estados e municípios. Maia disse que “não havia mais clima para a continuidade dos trabalhos”. Ele saiu apressadamente, falando ao telefone, e admitiu que as denúncias são graves.

Após a divulgação da reportagem, o líder do PSOL, Glauber Braga (RJ), foi à tribuna. “Acaba de sair uma revelação, a notícia de uma gravação onde [o presidente] Michel Temer dá orientações para manter Eduardo Cunha calado na unidade prisional em que se encontra”, disse Braga, e deputados da oposição passaram a gritar palavras de ordem pedindo a saída de Temer.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) informou que protocolou um pedido de impeachment de Temer. “As denúncias mostram um comportamento incompatível com a função de presidente, com o decoro do cargo. […] Não há outra saída para o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia a não ser receber esse pedido.”

Depois o deputado JHC (PSB-AL) protocolou um segundo pedido de impeachment contra o presidente. No documento, o deputado diz que a denúncia contra Temer revela “sua total ausência de condições mínimas para liderar o país rumo à saída da maior crise econômica de sua história”.

Os deputados disseram que vão obstruir as votações enquanto o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), não colocar para deliberação do colegiado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do deputado Miro Teixeira (REDE-RJ), que prevê eleições diretas para a Presidência da República, caso o presidente Michel Temer seja cassado ou renuncie ao mandato.

Segundo o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE), os partidos de oposição vão trabalhar em três direções: a renúncia, “que deixaria o país mais tranquilo, com a convocação de novas eleições”, o impeachment e a realização de novas eleições.

De acordo com a reportagem, outra gravação da delação de Batista diz que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), teria pedido R$ 2 milhões ao empresário. O dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio. A entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PSDB-MG).

O líder do DEM, Efraim Filho (PB), disse que as denúncias são graves e que precisam ser analisadas de forma serena. “É preciso buscar, de forma rápida, respostas para a sociedade brasileira”, disse. “A investigação dos fatos irá dizer se houve qualquer infração à Constituição. Em se configurando qualquer infração à Constituição, o rito tem que ser seguido como foi com a presidente Dilma, de impedimento.”

Outro lado

Em nota, a assessoria de Aécio Neves disse que o senador “está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

O senador Zezé Perrella publicou uma mensagem em seu Twitter por volta das 22h50 de hoje em que diz que nunca conversou com Wesley Batista, não conhece ninguém do grupo Friboi (uma das marcas da JBS) e que nunca recebeu, “oficial ou extraoficial”, nenhuma doação da empresa. “Estou absolutamente tranquilo”, disse o senador, que acrescentou que espera que todos os citados na matéria de O Globo tenham a oportunidade de esclarecer sua participação. “O sigilo das minhas empresas citadas, dos meus filhos estão absolutamente à disposição da Justiça, onde ficará comprovado que eu não tenho nada a ver com essa história”, disse Perrella.

A assessoria do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) informou que o deputado está em Nova York, onde proferiu palestra sobre a política brasileira a um grupo de investidores internacionais. Rocha Loures tem retorno programado para amanhã. Em seu retorno, o deputado deverá se inteirar e esclarecer os fatos divulgados. De acordo com o jornal O Globo, o deputado foi indicado por Temer como interlocutor para solucionar um problema da JBS. Posteriormente, Rocha Loures teria sido filmado recebendo R$ 500 mil.

Íntegra da nota da Presidência da República

“O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.

O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República.
O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados.”

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República

*Reportagem de Marcelo Brandão, Iolando Lourenço, Ivan Richard Esposito  e Luciano Nascimento

 

Artigo: Todo respeito à Constituição 

TODO RESPEITO À CONSTITUIÇÃO

José Nivaldo Júnior

A notícia bomba sobre um possível envolvimento do presidente Temer em operação ilegal de chantagem e corrupção acionou imediatamente toda uma série de opiniões. Das mais sensatos, que pedem um tempo para que os fatos fiquem mais claros a apressadinhos inconsequentes que saem, nas ruas e redes sociais, berrando por “Diretas Já” ou outras soluções fora do escopo constitucional.

Vivemos uma democracia que, desde os seus primeiros momentos, vem sendo posta à prova. E tem conseguido vencer, até agora, todos os desafios a que vem sido submetida por uma sociedade historicamente corrupta e por um tecido social esgarçado por um modelo econômico injusto, cruel e insensível.

A democracia constitucional é a grande conquista da geração que sofreu, enfrentou e derrotou a ditadura.

Se não foi capaz de criar uma sociedade exemplar, dispõe de mecanismos fortes e eficazes o suficiente para que as limpezas éticas e os ajustes administrativos e sociais necessários sejam realizados de acordo com os seus limites.

Nesta hora traumática é difícil, um ponto deve unir todos os brasileiros democratas e de boa vontade: todo o respeito à Constituição.

Fora disso, é só irresponsabilidade, aventura e oportunismo barato, como uma moeda de vintém.
José Nivaldo Júnior é membro da Academia Pernambucana de Letras 

Odebrecht usou de 30 a 40 contas no exterior para pagar propina, diz delator

O ex-executivo da empreiteira Odebrecht Fernando Migliaccio confirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que a empresa usou de 30 a 40 contas no exterior para o pagamento de propina. A informação consta nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor, que tiveram o sigilo retirado hoje (16) por decisão do ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF).

No primeiro dos 15 depoimentos prestados à Procuradoria-Geral da República (PGR), Fernando Migliaccio também confirmou que criou uma cópia do sistema de informática Drousys, criado pela empreiteira para gerenciar o pagamento de propina, para tentar fechar as contas e remeter os valores para a empreiteira após a deflagração da Lava Jato. O sistema foi mantido até janeiro do ano passado, quando o delator foi preso na Suíça.

Segundo o delator, o sistema Drousys funcionou até o final de 2014, quando o sistema foi retirado do ar porque as investigações estavam avançadas. Após o encerramento do sistema, foi criado um espelho, chamado Riadec, para que as operações pudessem continuar. Conforme o depoimento, o objetivo era encerrar as contas que estavam ativas no exterior e remeter os valores de volta para a empreiteira.

“Que o depoente utilizou o sistema Riadec até aproximadamente janeiro de 2016, pouco tempo antes da prisão do depoente. Que nessa época o depoente ainda não havia concluído o pagamento de todas as dívidas e o fechamento de todas as contas vinculadas ao Setor de Operações Estruturadas”, diz o depoimento.

Segundo o acordo assinado com a PGR no ano passado, Migliaccio pagará multa de R$ 5 milhões aos cofres públicos. O valor será depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal localizada no Supremo, por determinação do ministro. Além disso, a PGR confiscou oito quilos de ouro que foram apreendidos com o ex-diretor.

No mês passado, o ministro Edson Fachin autorizou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos com foro privilegiado citados em depoimentos de delação premiada de investigadores da Odebrecht.

Justiça derruba decisão que suspendeu atividades do Instituto Lula

A Segunda Instância da Justiça Federal em Brasília derrubou hoje (16) a decisão que suspendeu, na semana passada, as atividades do Instituto Lula. A decisão atendeu a um recurso protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi proferida pelo desembargador Névton Guedes.

A decisão em que as atividades foram suspensas por determinação do juiz Ricardo Augusto Soares Leite, substituto da 10ª Vara Federal de Brasília, foi tomada no processo em que o ex-presidente é réu, junto com mais seis pessoas, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Inicalmente, o magistrado informou que a decisão tinha sido tomada a pedido do Ministério Público Federal (MPF). No entanto, no dia seguinte, a Justiça Federal informou que a decisão foi tomada pelo juiz por conta própria. Dessa maneira,  Leite agiu “de ofício”, ou seja, sem provocação da defesa ou da acusação. Ele justificou a medida com base no Artigo 319 do Código do Processo Penal (CPP), que prevê a “suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais”.

O desembargador Guedes entendeu que a suspensão das atividades do instituto, concedida pelo juiz da primeira instância, não poderia ter sido decretada de forma unilateral, sem solicitação do Ministério Público.

“Dificilmente os danos eventualmente causados ao paciente [Lula] e ao Instituto Lula poderiam ser revertidos, sendo essa mais uma razão para que a medida cautelar não tivesse sido deferida na primeira instância, muito menos de ofício. E sendo também essa uma razão para que, de imediato, lhe seja imposto a competente eficácia suspensiva para fazer cessar seus efeitos deletérios”, decidiu.

A cada 25 horas uma pessoa do grupo LGBT é assassinada no país

Sayonara Moreno – Correspondente da Agência Brasil

 

Em 2017, até o início deste mês, 117 pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) foram assassinadas no Brasil devido à discriminação à orientação sexual. A informação é do Grupo Gay da Bahia (GGB), que participa de programação sobre o tema durante toda esta quarta-feira (17), Dia Internacional Contra a Homofobia.

O militante LGBT e membro honorário do GGB, Genilson Coutinho, informa que o dia será marcado por debates em diversos pontos de Salvador, como centros de apoio, para que a violência contra LGBT’s não seja esquecida e se torne alvo de medidas legislativas e políticas públicas nos níveis municipal, estadual e federal.

O foco principal este ano será a campanha, a ser lançada, no decorrer do dia, pelo site Dois Terços, de apoio a pessoas LGBT, que vai denunciar a invisibilidade de quem tem alguma deficiência ou necessidades especiais. Por estarem inseridas em dois contextos que geram discriminação, sofrem, consequentemente, “dupla exclusão”.

Para Genilson Coutinho, a crescente violência contra pessoas LGBT, pode ser atribuída a diversos fatores, sobretudo à impunidade, porque não há nenhuma lei que torne crime esse tipo de violência.

“Não há uma lei que criminalize a homofobia no país, que faça com que as pessoas abram os olhos e desaprovem isso. A impunidade fortalece a violência diária. O criminoso mata hoje e com um habeas corpus é liberado. Isso institui a banalização, porque a cada 25 horas um homossexual é assassinado no Brasil, a cada dia uma família é dilacerada pela morte de filhos LGBT”, diz Coutinho.

Além disso, ele cita, como forma de sustentar a homofobia, a ausência de políticas públicas e a falta de atendimento apropriado a essas pessoas, em locais de denúncias e apoio, o que institucionaliza esse tipo de violência. Coutinho lembra conta que muitos casos deixam de ser registrados em delegacias, por exemplo, porque as vítimas passam por constrangimentos, o que acaba sendo uma segunda violência. “Elas acabam sendo culpabilizadas e responsabilizadas pela violência que sofreram”.

Segundo ele, a luta é diária. “Hoje é um dia em que queremos dar um grito para que a sociedade acorde e entenda que somos cidadãos e seres humanos, que têm direito à vida também, sem que nossos lares sejam dilacerados, como ocorreu recentemente com a família de Tadeu Nascimento, aqui em Salvador, há pouco mais de uma semana. Não adianta termos uma Secretaria de Direitos Humanos se não sairmos dos gabinetes e partirmos para a prática”, observa.

Transexual, 24 anos, Tadeu Nascimento foi encontrado morto no bairro de São Cristóvão, em Salvador, no último dia 5 de maio. O apartamento onde morava, no bairro de Fazenda Grande, estava revirado e objetos foram levados. Ele tinha sinais de espancamento e marcas de tiro na cabeça. Segundo a Polícia Civil da Bahia, a investigação do caso está a cargo da 1ª Delegacia de Homicídios, mas não podem ser passadas mais informações, sob pena de atrapalhar o andamento do processo.

Relatório do GGB, com dados de 2016, mostra que a Bahia é o segundo estado do país que mais mata pessoas LGBT por motivações homofóbicas. O primeiro é São Paulo. Somente a capital, Salvador, registou mais de 600 atendimentos em um ano de funcionamento do Centro de Referência para essas pessoas.

Raquel Lyra entregará escola na área rural de Caruaru

A Prefeita de Caruaru Raquel Lyra entregará nesta quarta-feira, 17, mais uma obra que irá melhorar a vida dos alunos do campo. Desta vez, a comunidade beneficiada é a de Xicuru. A solenidade de reinauguração da Escola Intermediária Maria do Socorro de Freitas acontecerá na sede da própria unidade de ensino, a partir das 16h.

No ano passado, o prédio apresentou rachaduras e os alunos foram surpreendidos com a queda de parte do teto. A escola foi interditada e os estudantes transferidos para outros espaços.

O imóvel foi praticamente reconstruído e agora oferecerá mais comodidade e segurança. O ambiente ganhou telhado, revestimento e forro novos, recuperação dos banheiros e da cozinha, salas de aula completamente requalificadas, pinturas externa e interna, reconstrução e ampliação do muro, construção de reservatório superior, manutenção do inferior, substituição dos portões e grades, arborização e uma jardinagem totalmente moderna. Além disso, a escola contará com horta, quadra de areia e um playground.

“Esta é a segunda escola, no campo, que estamos entregando totalmente pronta para acolher os estudantes. A primeira foi na Vila Canaã. Agora é a vez de Xicuru. Com a reforma e requalificação do prédio, o educandário agora tem condições de acolher os mais 250 estudantes que antes estavam espalhados,e m outros 3 casas”, detalhou Raquel Lyra.

Os alunos favorecidos estão matriculados entre o Pré 1 e o 9º Ano, dos turnos da manhã e da tarde.

Prefeitura de Caruaru abre credenciamento para agricultores

A Prefeitura de Caruaru divulga que até o dia 13/06/17 às 13h estará credenciando, através do Chamamento Público 002/17, fornecedores individuais, grupos formais e informais de agricultores familiares para aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar destinados à merenda escolar. O edital está disponível da Comissão de Licitação no prédio da Prefeitura.

IFPE oferta 2.431 vagas no Vestibular 2017.2

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) anunciou, nesta terça-feira (16), a abertura de 2.431 vagas para o vestibular do meio do ano da instituição. As inscrições para o Vestibular IFPE 2017.2 começam na próxima segunda-feira (22) e seguem até o dia 11 de junho.

A novidade da seleção é a oferta do curso técnico em Enfermagem no Campus Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. O curso, ofertado na modalidade Subsequente – aquela em que se exige o ensino médio completo – já era oferecido em um campus do agreste pernambucano, o IFPE Belo Jardim.

A nova edição do processo seletivo é válida para os 16 campi do Instituto nas cidades de Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Garanhuns, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Palmares, Paulista, Pesqueira, Recife e Vitória de Santo Antão.

Entre os cursos ofertados, há 7 (sete) na modalidade Integrado, voltado para quem deseja aliar a formação técnica às disciplinas do Ensino Médio; 31 (trinta e um) na Subsequente para quem já concluiu o Ensino Médio e 2 (dois) cursos na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), para aqueles que têm mais de 18 anos e não concluíram o Ensino Médio. Já no nível Superior, essa edição oferece somente o curso de Licenciatura em Química, no Campus Barreiros.

Inscrições – Para se inscrever, os candidatos devem acessar o site da Comissão de Vestibulares e Concursos do IFPE (cvest.ifpe.edu.br), preencher a ficha de inscrição e emitir o boleto, no valor de R$ 30 para cursos técnicos e R$ 55 para o curso superior. O pagamento deve ser feito somente nas agências do Banco do Brasil até o dia 12 de junho. A inscrição é gratuita para os que concorrerão às vagas dos cursos Proeja.

Aqueles com renda inferior ou igual a um salário mínimo e meio, oriundos de escolas públicas, bolsistas de escolas privadas e egressos de programas como o Mulheres Mil e o Proifpe podem solicitar gratuidade na inscrição até o dia 25 de maio, através do site cvest.ifpe.edu.br. Depois, o candidato deve procurar o campus onde pretende concorrer à vaga, no período de 22 a 26 de maio, das 9h às 12h e das 14h às 17h, para entregar a documentação exigida no edital. A lista dos contemplados com a isenção será divulgada no dia 31 desse mês. Todos os candidatos que conquistarem a isenção já estarão automaticamente inscritos no Vestibular 2017.2.

Provas – Marcadas para o dia 2 de julho, as provas terão 30 questões de múltipla escolha, no caso dos cursos técnicos, e 50 para os cursos superiores. Nesse último caso, os candidatos também terão que fazer uma prova de redação. A data prevista para divulgação do listão com o nome dos aprovados é 12 de julho.

Acessibilidade – Aqueles candidatos com deficiência motora, visual ou auditiva podem solicitar a aplicação da prova em condições especiais. A CVEST pode disponibilizar, por exemplo, um fiscal para marcação do gabarito, uma versão da prova com fonte ampliada, um ledor para prova ou mesmo um intérprete de Libras. Para realizar a prova em regime especial, basta apresentar requerimento, disponível no Manual do Candidato, que se encontra no site da Comissão, e entregá-lo devidamente documentado com atestado médico contendo diagnóstico e CID (Código Internacional de Doenças), no período de 22 de maio a 12 de junho.

Cotas – Metade das vagas do Vestibular 2017.2 é oferecida pelo Sistema de Cotas e reservada para candidatos oriundos da rede pública de ensino. No momento da inscrição, esses candidatos poderão optar por subcotas de renda ou etnia. A primeira é destinada a quem tem renda familiar per capta de até um salário mínimo e meio. A segunda opção é voltada para negros, pardos e índios. Ainda há cotas para moradores da zona rural ou filhos de agricultores que optem por cursos de vocação agrícola. Nesse caso, a reserva é de 25% das vagas de ampla concorrência (não cotista).

Outras informações podem ser obtidas através do site: cvest.ifpe.edu.br ou pelo telefone: (81) 2125-1724.

Financiamentos de Fundos Regionais têm alta de 37,6%

Mais um indicador atesta a retomada da confiança dos empresários no futuro da economia brasileira. Depois de o Banco Central divulgar alta de 1,12% no índice IBC-Br no primeiro trimestre deste ano e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontar, para o mesmo período, crescimento de até 345% na contratação de algumas de suas linhas de financiamento, os Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento, administrados pelo Ministério da Integração Nacional, também confirmam essa tendência. Somente no primeiro trimestre de 2017, esses fundos registraram alta de 37,6% na procura e em contratos assinados para a liberação de financiamentos – melhor resultado dos últimos oito anos e o segundo melhor desde 2003. Já foram R$ 5,28 bilhões este ano em créditos aprovados para projetos privados nos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, contra R$ 3,83 bi no primeiro trimestre de 2016.

Nos Fundos Constitucionais, destinados tanto a pequenos quanto a médios e grandes empresários, o crédito aprovado cresceu 47,8% no período com linhas de financiamentos para investimento de longo prazo, capital de giro e custeio. Os Fundos de Desenvolvimento costumam registrar, historicamente, maior movimento no segundo semestre. Isso porque, por contar com menos recursos disponíveis que os Fundos Constitucionais, os analistas preferem conhecer boa parte dos projetos antes de recomendar a liberação. Ainda assim, o crescimento foi de 11,9% no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2016, puxados principalmente pelo Nordeste, com a retomada do financiamento das operações no setor de energias renováveis. Na região, as solicitações de crédito dos fundos de desenvolvimento cresceram 354,6%.

O Ministério da Integração Nacional anunciou volume recorde de recursos disponibilizados aos fundos, que promovem o desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Serão R$ 186,5 bilhões para o quadriênio 2017-2020. A programação financeira prevê a disponibilidade de R$ 44,2 bilhões em 2017, um aumento de 31,5% em relação a 2016. Para 2018, o montante previsto é de R$ 47,2 bilhões. Em 2019, R$ 47,1 bilhões e, em 2020, atinge R$ 48 bilhões. Os recursos vão atender a projetos produtivos nos estados das três regiões.

Fundos Constitucionais

Se comparados ao mesmo período do ano passado, o valor dos projetos aprovados com uso dos Fundos Constitucionais subiu de R$ 2,75 bilhões para R$ 4 bilhões. Na região Centro-Oeste, o crescimento do FCO foi um dos melhores percentuais de crescimento registrados nos últimos anos e chegou a 159,3% (passando de R$ 503,6 milhões em 2016 para R$ 1,3 bilhão em 2017). Em seguida vem o Norte, com 60,7% (de R$ 425,5 milhões para R$ 683,9 mi).

A ascensão no Centro-Oeste se deve especialmente ao volume de contratações no setor agropecuário, que obteve um crescimento de 121,9% em relação ao primeiro trimestre de 2016, passando de R$ 477,3 milhões para R$ 1,06 bilhão em 2017. A região também obteve o melhor resultado em relação às linhas de financiamento para empresas e empreendedores não rurais, alcançando um crescimento de 839,2% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

Crescimento significativo também pode ser percebido na região Norte, onde o incremento do Fundo Constitucional (FNO) chegou a 60,7% (de R$ 425,5 milhões para R$ 683,9 milhões). As demandas do setor rural tiveram crescimento de 30%, passando de R$ 336,9 milhões para R$ 437,9 mi. Porém, os demais setores tiveram aumento ainda maior no primeiro trimestre, alcançando 177,7% a mais que em 2016.

No Nordeste, o Fundo Constitucional (FNE) cresceu 13,9% no período (de R$ 1,8 bilhão em 2016 para R$ 2 bilhões este ano). Nos segmentos urbanos, especialmente indústria, turismo, comércio, serviços e infraestrutura, a ampliação na região foi ainda maior, chegando a 49,6% – de R$ 746 milhões para R$ 1,1 bi.
“Os Fundos Constitucionais, em função de seus atrativos, vêm dando uma contribuição significativa na melhoria dos indicadores. Os números de 2017 mostram que há uma retomada da confiança do empresariado no crescimento da economia”, afirma o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

Um dos beneficiados pelos Fundos Constitucionais é Vilberto Vanazzi, produtor rural em Luziânia (GO). Ele começou a plantar em um espaço de 120 hectares e, hoje, com o apoio do FCO, atua em mais de 2.300 hectares e tem 13 funcionários para auxiliar o trabalho do dia-a-dia. “Com o crédito do FCO foi possível adquirir caminhão, colheitadeira, pulverizador, silo de armazenamento e financiar 400 hectares de irrigação. Estou muito satisfeito com os primeiros resultados. Espero que esse espaço fique aberto para que eu possa fazer ainda mais investimentos”, afirmou o produtor rural.

Mendonça não apresentou nada porque não fez nada , diz Humberto sobre audiência no Senado

Autor do requerimento que levou o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), ao Senado nesta terça-feira (16) para explicar o desmonte de programas como o Ciências sem Fronteiras, Fies e ProUni, o líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), criticou a postura adotada pelo convidado “de atacar adversários para tentar encobrir a própria escassez de competência”. “Ele realmente não tinha nada no currículo para mostrar aos parlamentares”, disparou o senador.

Além de questionar a “política vulgar e paroquial” adotada pelo ministro, que atacou os governos do PT mais do que falou do próprio trabalho, Humberto afirmou que a ida de uma claque de cargos comissionados e apaniguados para aplaudi-lo na Comissão de Educação do Senado revelou-se um espetáculo vexatório de baixa estatura política.

“Nós queríamos entender o porquê de uma administração tão precária e desastrosa e de tanta negligência com uma área extremamente sensível. Mas, infelizmente, não foi um ministro que sentou à mesa. Foi um papagaio do Palácio do Planalto, foi alguém que veio aqui falar mais do PT e da presidenta Dilma do que de si mesmo”, disse Humberto.

Segundo ele, nada se ouviu de Mendonça Filho sobre o que ele fez neste um ano que está à frente do MEC por uma razão, de acordo com o senador, muito simples e até passível de compreensão: o ministro não falou nada porque não fez nada, porque não tem nada o que mostrar. “Tudo o que ele fez foi engatar uma ré e jogar o Brasil para trás numa área em que nós estávamos indo muito bem”, arrematou.

Para o senador, o ministro da Educação portou-se como se estivesse em cima de um palanque, fazendo ataques à presidenta Dilma e ao PT, sem apresentar nada de novo que tenha construído, ele ou seu chefe, o presidente não eleito Michel Temer (PMDB), a quem ele serve com uma “fidelidade canina”.

“O ministro veio aqui atacar os governos do PT, mas silenciou para o fato de que Lula aumentou, nos seus governos, em 200% o orçamento da educação. Silenciou sobre o crescimento de R$ 50 bilhões para R$ 100 bilhões que a presidenta Dilma promoveu na área até antes de ser golpeada”, disparou.

O líder da Oposição disparou contra os cortes promovidos pelo ministro nos programas do MEC e o contingenciamento orçamentário de mais de 80% imposto na pasta. “Ele está metendo um garrote que estrangula cada vez mais o setor em uma época de crise como a que estamos vivendo, crise da qual eles são a origem”, finalizou.

No embate travado entre Humberto e Mendonça, o parlamentar ainda perguntou ao ministro qual a posição dele sobre a reforma da Previdência em relação aos professores, que serão atingidos pelas mudanças propostas pelo governo. Mas ele não respondeu ao questionamento.